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A sós

Mariana

Passei a noite em claro, de sábado para domingo, chorei ao me lembrar do que vivi e percebi que ainda não superei a perda do meu bebê. Fiquei brava com o Breno pela reação exagerada apenas em cogitar uma gravidez e muito brava com a vida por ter me colocado frente a frente com o João de novo e assim me fazendo reabrir e cutucar todas as feridas do passado, que pareciam estar cicatrizadas.

Porém, mesmo tendo visto o João e isto ter me feito voltar ao passado, tentei firmemente me manter com a cabeça no meu relacionamento e viver o presente, que é o noivado com Breno. Ver o João, me deixou balançada, mas quando eu passei o dia com o meu noivo, me lembrei de que ele me salvou da tristeza e ficar ao seu lado me fez lembrar que o amo, que é com ele que eu vou me casar e ser feliz.

Fiquei triste quando o levei para o aeroporto na segunda feira e nos despedimos: eu triste e pedindo para ele se comportar enquanto estivesse longe e ele me prometendo que voltaria em breve para o nosso casamento.

Quando Breno entrou para esperar seu embarque, fui para a casa triste por ele ter ido para longe de mim, mas animada para os preparativos do casamento e para deixar tudo pronto para quando meu noivo voltasse e aí seria só dizer o sim e ser feliz para sempre.

Fui dirigindo o caminho para casa e para aliviar a tristeza e pensamentos que me deixava para baixo, fui listando mentalmente tudo que eu precisava fazer antes que o Breno voltasse e quando passei em frente a uma loja de lingerie, um manequim vestido com uma roupa sexy de noiva, estava exposto e decidi comprar para a minha noite de núpcias. Estacionei o carro que o meu pai tinha comprado para usarmos na nossa temporada aqui e fui em direção à loja. Entrei e pedi para ver roupas íntimas para noiva.

Fiquei tamborilando o dedo no balcão e olhando a variedade de peças lindas que tinha naquela loja. Olhei em volta e vi que tudo ali era de excelente gosto. A loja era toda carpetada em vermelho, com puffs pretos de couro, espalhados e provadores amplos. No teto um lustre maravilhoso dava o requinte da loja. Achei o máximo!

— Mariana.

Virei para olhar para trás do balcão de onde ouvi a voz me chamando e dei de cara com a Isabela me olhando com olhos arregalados. Eu a olhei de volta, fiquei pensando em o que dizer para ela e então ela falou novamente:

— Já faz tanto tempo que não nos vemos. — Isabela me olhava e eu ainda não sabia o que dizer, mas me lembrava da dor. Aquela dor...

— Eu te procurei tanto nas redes sociais. Você era a minha melhor amiga.

Ela falava e eu ainda a olhava sem dizer nada, a única palavra que me vinha à cabeça era traição.

— Fiquei desolada quando você foi embora e nem se despediu de mim.

Ela tinha os olhos marejados e eu via mágoa, tristeza e alegria em seu olhar. Ela parecia feliz em me ver.

— Desculpa, preciso ir. — Não consegui dizer mais nada, peguei a minha carteira de cima do balcão e segui para a saída.

Ouvi-a me chamando, mas eu já estava andando desnorteada e com lágrimas nos olhos indo em direção ao meu carro. Entrei, apoiei a cabeça no volante e chorei. Ela era a minha melhor amiga... Minha melhor amiga!

Respirei fundo, liguei o carro e enquanto dirigia pensava na possibilidade de cancelar tudo, voltar para Portugal, para a serenidade e calmaria que a minha vida era, antes de voltar por causa desse bendito casamento.

Casamento... Será que se casaram?

Droga!

Soquei o volante com força e quase perdi o controle do carro, então tentei me concentrar na direção, mesmo com as memórias massacrando o meu coração. Peguei a estrada que saía do centro da cidade e seguia em direção à casa dos meus pais. Era uma rodovia movimentada com muitos carros, mas quase não tinha casa.

Fiquei pensando que eu deveria realmente chegar em casa e conversar com a minha mãe para cancelar todo esse casamento extravagante. Não vou conseguir encarar o meu passado tão facilmente. O reencontro com a Isabela também é prova disso. Seria melhor voltar para Portugal e fazer algo simples por lá.

Eu estava dirigindo, pensando em tudo que vivi e como dar um jeito de fugir de tudo, até que o carro que eu dirigia me tirou dos meus pensamentos, quando começou a engasgar, falhar e dar pequenos solavancos e aí desligou sozinho no instante em que eu entrei com ele no acostamento.

Tentei ligá-lo virando a chave mais algumas vezes, mas nada de o motor ligar. Saí do carro, peguei meu celular e fiquei procurando um pequeno sinal de torre, para que eu conseguisse fazer uma ligação e pedir socorro. Mas nada!

Não acreditava que o carro tinha quebrado comigo! E sortuda como eu era, claro que algo tinha que acontecer justo ali onde o celular não tinha área.

Fiquei andando de um lado para o outro, com o celular nas mãos e erguido para cima, a procura de um lugar em que ele pegasse e que completasse a ligação... Mas ainda nada, nem um único pontinho.

A tarde já estava no fim e a noite estava começando a dar as caras, pintando no céu um alaranjado pelo pôr do sol. Em mim, o medo começava a tomar conta dos meus sentimentos, principalmente quando vi uma moto, com um ronco alto, dando seta para estacionar bem atrás do meu carro.

Ai meu Deus!

O cara desceu da moto e era bem alto. Senti o medo fazer meu coração acelerar, mas quando a pessoa tirou o capacete, foi aí que meu coração descompassou mesmo.

Era o João.

Fiquei sentindo um frenesi na minha barriga e um arrepio que subia pelo meu corpo, em um misto de alívio por não ser alguém perigoso e um medo justamente por ser alguém muito perigoso, que pode me fazer mais mal que um malfeitor. Malfeitor? Por acaso eu era uma donzela em perigo? Não! Pensei fortemente que ele não me faria sentir nada e com isso não me faria mal nenhum.

— Oi. — ele disse sério, passando a mão de lado na cabeça, como se ajeitasse o cabelo raspadinho, e se aproximou de mim. Parecia sem jeito.

— Oi.

— Precisa de ajuda?

— Não. Está tudo bem. — falei seca.

Ele ficou me encarando e parecia bravo. Qual é? Ele estava achando que era o meu príncipe encantado e que iria me salvar? Ele estava bem longe de ser um príncipe.

— Tudo bem, então. — João se virou e estava voltando para moto. O quê? Era sério que ele ia me deixar lá sozinha, naquele lugar distante e aquela hora, perto de escurecer?

— Ei. — gritei, o parando antes de colocar o capacete. — talvez eu precise de ajuda... Por favor.

Ele voltou para perto de mim.

— Do que precisa? O que aconteceu com o carro.

— Não sei. Ele simplesmente parou, tentei ligá-lo depois, mas não deu sinal de vida. Aí tentei ligar para alguém para pedir ajuda, mas o celular não tem sinal.

Ele olhou de mim para o carro.

— Olha, não vou abrir o capô e fazer o gênero que entende sobre mecânica, porque não entendo nada. Mas uma pergunta: O carro está com combustível, certo?

Hummm... Não sei. — ele arqueou uma sobrancelha para mim, como fazia há anos e eu nem acreditava que realmente estávamos sozinhos, frente a frente de novo e só estávamos falando sobre combustível. Em todas as vezes que imaginei esse reencontro a sós, nunca imaginei que seria assim.

Ele abriu a porta do carro, entrou, olhou e disse quando saiu:

— É o combustível. Como você não se lembra de colocar gasolina?

— É que a minha mãe usou o carro e achei que ela tivesse colocado.

Ele fechou a cara quando mencionei a minha mãe e seguiu para a moto balbuciando algo sobre buscar gasolina.

Eu olhei em volta, o sol já tinha quase se posto por inteiro e estava cada vez mais escuro. Dei alguns passos meio correndo até o João e falei:

— Você vai me deixar aqui sozinha?

— Vamos? — ele apontou para a moto.

Fiz uma cara de medo e vi que ele sorriu. Um sorriso divertido e lindo, com as duas covinhas lindas que há tempos eu não via. Mas o passado me veio à mente, fazendo com que eu me lembrasse de quem ele era. E o que tinha me feito.

— Anda. Vamos?

— Eu fico aqui.

— É perigoso.

— E qual o problema? Você já estava indo sem mim.

— Eu nunca te deixaria sozinha. — ele disse essa parte com muita ênfase e percebi que ele não se referia ao presente momento.

João fechou o rosto, já tinha parado de sorrir e disse preocupado:

— É perigoso você ficar aqui sozinha. Do mesmo jeito que eu parei, qualquer um pode parar.

Pensei e ele tem razão.

— Tudo bem, eu vou com você. — Fui até o carro, peguei a minha bolsa, travei as portas e voltei para ir com o João.

— Eu não tenho um capacete para você, aqui. Então vamos até a Angels, que está mais próxima, pego um capacete para você e depois te levo para a cidade em busca da gasolina.

Assenti e João me ofereceu o seu capacete.

— E você? — Perguntei.

— Eu vou sem até a Angels. Prefiro que você fique segura. — senti um arrepio.

— Mas e se você se machucar? Vou me sentir culpada.

— Tem coisas que machucam e podem doer bem mais que uma queda de moto.

Ele subiu na moto, dando as costas para mim e mais uma vez tive a impressão de que ele falava nas entrelinhas.

João ficou me olhando esperando que eu subisse também, então coloquei o capacete. Nunca andei de moto na minha vida e não sou uma conhecedora, mas só de olhar consigo perceber que aquela não era uma moto barata e com certeza deve ser muito potente.

— Vamos? — João perguntou.

Assenti no piloto automático e montei na moto, meio desengonçada. Fiquei a uma distância segura e tentei segurar em qualquer lugar que não fosse no João, mas ele pegou as minhas mãos e colocou-as envolta da sua cintura, fazendo com que eu o abraçasse e meu coração pulasse uma batida. Ele ligou a moto e falou alto sobre o ronco que a máquina fez:

— Segura firme e acompanhe as curvas virando o corpo.

Assenti e falei por sobre o seu ombro:

— Olha, eu nunca andei de moto na minha vida, essa vai ser a minha primeira vez, eu tenho medo, então, por favor, vai devagar.

— Não vai ser a primeira vez que eu estou com você em uma primeira vez. Você vai gostar.

E com esse comentário que me fez sentir raiva dessa situação e um arrepio pela lembrança de outra primeira vez, ele partiu. 

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