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Capítulo 9


Na indecisão entre escolher ir ou ficar, a segurança de se manter parada, parece a escolha certa.

Capítulo nove

Othon

Foi um momento de entrega tanto meu quanto dela e quando nos separamos o silêncio tomou conta do quarto, ambos sem saber o que dizer. Coloquei a minha cueca e vendo que ela juntava as suas roupas do chão ainda quieta e de cabeça baixa, eu me senti culpado, então voltei até ela e disse com a mão estendida.

— Vem cá. — Ela aceitou e eu a aninhei em meus braços, sentindo seu corpo nu encostado ao meu. — Desculpa por não ter aceitado muito bem ter que te entregar para ele de novo, mas demorei muito a me abrir para alguém e agora que eu tive você...

Ela assentiu de encontro ao meu peito e ficou em silêncio por um instante, apenas abraçada comigo, até que se separou e disse:

— Nos conhecemos há apenas cinco dias, como é possível estarmos assim?

— Não sei dizer, só sei que está acontecendo e só sei... Sentir.

Ficamos abraçados mais um pouco e relutante ela falou:

— Vou tomar banho, eles já devem estar chegando. — Separou-se de mim e eu engoli o caroço que se formou em minha garganta vendo-a se afastar, depois Isabela saiu do quarto sem me olhar novamente.

Controlei as minhas emoções, tomei banho e já no andar de baixo lá estava eu colocando o meu terno de segurança por cima da camisa branca com gravata, junto com o coldre com a pistola. Me olhei no espelho que ficava em cima do bar da sala, ajustei a minha gravata que estava torta e meu reflexo me mostrava o que eu era: o segurança... apenas o segurança.

Meu rosto sério transmitia o meu sentimento sombrio e eu estava completamente bagunçado emocionalmente, eu queria a Isabela para mim, mas entendia que a nossa situação era complicada e que ela tinha que acertar a sua vida antes de qualquer coisa. Eu era solteiro e não tinha nada para resolver a não ser ficar com ela, já a Isabela tinha um marido, sogros, posição social e dinheiro... muito dinheiro envolvido.

Eu não tinha nada a oferecer a ela a não ser um Kitnet, uma moto e as economias que eu tinha no banco, nem emprego eu teria caso ela optasse por mim. Minha vida financeira me deixou ainda mais para baixo e me comparando ao seu marido multimilionário, eu não era absolutamente nada.

Fiquei esperando Isabela descer, mas eu sentia que ela estava me evitando e desde a hora que disse que ia tomar banho eu ainda não a tinha visto, então coloquei as bolsas no porta-malas do carro e do lado de fora do chalé encarei aquele lugar que foi tão importante na minha vida. Olhei para a janela no quarto de cima e a vi, mesmo de longe notei que tinha um olhar triste em seu rosto que parecia com o meu, em seguida ouvi um barulho no portão e quando voltei meu olhar para ele vi Gerson o abrindo e o carro luxuoso do Pietro passava por ele. Olhei novamente para a janela e troquei mais uma vez um olhar com Isabela que se afastou e sumiu do meu campo de visão.

O carro estacionou ao meu lado e percebi que era Jackson quem estava ao volante. Pietro desceu da porta traseira, com seu rosto superior de sempre deu a volta no carro, foi até mim abotoando seu terno caro e disse:

— Espero que tenha cuidado da Isabela como devia. — Me encarou como se eu fosse uma mosca.

— Está tudo em ordem, senhor — respondi, o encarando e sério.

— Aonde ela está?

— Dentro do chalé, na parte de cima.

Ele virou as costas para mim e sem dizer mais nada entrou dentro do chalé. Fiquei pensando nele lá com ela e o meu sangue começou a ferver, minha vontade era entrar lá, contar tudo o que aconteceu e dizer o quanto ele foi babaca em ter uma joia como a Isabela e a tratar como lixo. Balancei a cabeça em negativo e respirei para não fazer nenhuma besteira, afinal, era ela quem tinha que contar e tomar uma decisão.

— Como foram esses dias aqui, cara? — Jackson me perguntou, depois que desceu do carro e parou ao meu lado.

— Normal e com chuva. — Dei de ombros como se não quisesse falar.

— Os patrões ficaram irados com o sumiço da Isabela e depois acabamos descobrindo onde vocês estavam pela falta da chave do chalé. — Só balancei a cabeça em positivo e ele continuou: — Eles ficaram muito bravos com ela e até soube que a dona Nice deu a entender que a Isabela tinha fugido combinada com você.

— Não fugimos juntos, os outros seguranças viram ela sair e eu fui atrás para protegê-la.

— Eu sei, tio Gerson contou como tudo aconteceu, disse que você estava aqui para protegê-la.

Nesse momento os dois saíram de dentro do chalé. Pietro estava com o braço em volta do corpo dela, eu o vi beijá-la e senti o que eu não sentia há tanto tempo: ciúmes. Meu peito queimou com a raiva e apertei os dentes, comprimindo o maxilar, depois soltei o ar devagar os encarando e percebendo que ela parecia sem saber como agir, mas não o afastou e só se manteve imóvel.

Eu queria matá-lo, queria pegá-la para mim e dizer para se separar dele, mas eu não podia fazer isso.

— Você tinha que ver sua cara agora — Jackson falou, admirado e foi quando tirei meus olhos da cena na frente do chalé e encarei meu amigo.

— O quê?

— Você está... Algo mais aconteceu aqui, Othon?

— Não — respondi somente.

— Então qual o motivo desse olhar? Faz muito tempo que eu não o via em seu rosto.

Apenas balancei mais uma vez a cabeça em negativo e voltei a olhar para os dois, mas naquele momento Pietro falava algo para ela e segurava o rosto da Isabela entre as mãos. Engoli em seco e novamente desviei o olhar incomodado com o que via. E doía.

— Me diz que você manteve o juízo aqui, cara. — Jackson me conhecia bem e conseguia ler meus sentimentos apesar de eu tentar escondê-los.

Me mantive em silêncio e os olhei quando estavam andando em nossa direção, com isso assumi a minha pose de segurança e meu olhar frio voltou ao meu rosto.

— Gerson, vá com o meu carro, o Jackson vai com o carro da Isabela e nós vamos com ele. Othon, pode ir embora com a sua moto e tirar uma semana de folga. — Pietro falou quando ambos se aproximaram perto de mim e de Jackson. — Quando você voltar a gente vê como fica.

Assenti.

Fiquei pensando na última parte do que ele falou e se Pietro me dispensaria após a minha semana de folga, se ele desconfiasse de tudo que aconteceu ali, com certeza ele faria e aí eu ficaria longe dela de vez se ela o escolhesse.

Após dar as ordens Pietro seguiu para o carro de mãos dadas com Isabela, antes de entrar ela me olhou rapidamente e seu olhar atingiu direto o meu coração, mas desviei meu olhar do dela, a fim de me segurar para não a abraçar e pedi-la para ir embora dali comigo e não com ele.

Eu tenho que deixar que ela resolva tudo.

Jackson se virou de costas para o carro e em um tom baixo e sério ele falou somente para que eu ouvisse:

— Sei que você está me escondendo alguma coisa. A noite a gente conversa — E depois virou-se e foi assumir o volante.

Rumei para a minha moto, subi nela com a minha mochila nas costas, coloquei o capacete e parti antes do carro em que eles estavam sair. Pelo retrovisor vi o carro manobrar e seguir logo atrás de mim, mas eu acelerei e sumi na frente.

Pilotei a minha moto e enquanto passava pelas estradas cheias de árvores caídas e ainda molhada depois de tanta chuva, fiquei pensando na Isabela, pensei se ela só estava fazendo tudo como ele queria para conversar com ele depois ou se ela já tinha feito sua escolha. Meu peito ardia com o pensamento dela ainda o escolher mesmo depois dos dias que passamos.

Eu era melhor que aquele imbecil.

Cheguei em casa, abri a porta do Kitnet e as lembranças dos momentos com a Isabela me atingiram de um jeito que a saudade já era o sentimento mais presente em mim. Aquele cômodo pequeno parecia enorme e estranho e embora parecesse um sonho, era o chalé que parecia meu lar. Tudo era tão recente e ainda assim, tão...distante.

Era tudo tão louco. Era como se ela sempre estivesse na minha vida e não a ter ali era... Difícil. Imaginei Isabela no meu kitnet comigo e no mesmo momento sacudi a cabeça para limpar os pensamentos, me sentindo ridículo. Pensei que ali, ela se sentiria mal, já que estava tão acostumada com uma mansão. Como ela viveria em um Kitnet?

Como a minha vida havia mudado tanto em cinco dias?

Comecei a semana com os sentimentos e emoções no automático, ou melhor, eu nem sequer sentia nada e agora, na sexta-feira, eu me sentia completamente tomado por todos os sentimentos e emoções que eu não havia experimentado fazia nove anos.

A noite caiu e mesmo relutante, eu estava em um bar próximo a minha casa esperando meus amigos Jackson e Ricardo saírem do turno deles na mansão e encontrarem comigo ali. Jackson havia me ligado depois de chegar na mansão e exigiu que eu os encontrasse no bar ou eles iam até a minha casa. Eu não tinha como fugir.

Não demorou nada e os avistei entrando, vieram andando até onde eu estava e pediram bebidas para nós três mesmo eu dizendo que não ia beber.

— Ah, vai beber com a gente sim. Tenho certeza que você fez merda, porque vi no seu olhar hoje no chalé e só bebendo eu vou conseguir entender tudo — Jackson falou sorrindo.

— Eu ainda não sei de nada e não vi nada, então quero beber para entender — Ricardo falou, também sorrindo e eu os observava sem nenhuma paciência.

— E quem disse para vocês que tem alguma coisa para entender?

— Cara, a gente se conhece desde pequenos, você acha que eu não conheço seu olhar de quem fez merda? — Jackson falou e cruzou os braços na frente do peito.

Eu ri.

— Eu não fiz nada de errado, na verdade acho que foi a coisa mais certa que já fiz.

legal, agora vocês me contem o que está acontecendo, pois o Jackson só me tirou da mansão falando que você tinha se metido em encrenca e precisava de nós, e detalhe, minha mulher está preocupada com você, porque eu falei exatamente isso para ela — Ricardo falou, curioso.

— Vai, Othon, conta para ele. — Jackson atiçou.

— Eu estou apaixonado pela Isabela — falei como se fosse algo simples e tirando todo o drama que a história tinha. Dei um gole na minha bebida que o garçom tinha acabado de colocar na mesa, para esconder a sensação estranha de dizer aquilo em voz alta.

— Sabia! — Jackson deu um tapa leve na mesa. — Vi que você parecia querer arrancar a cabeça do Pietro.

— Cara, você é louco? — Ricardo perguntou. — A Isabela? E em menos de uma semana? Como aconteceu tão rápido depois de anos sozinho.

— Não sei explicar e estou me perguntando exatamente isso desde que algo em mim começou a mudar, mas não sei... só sei que aconteceu.

— Mas o que quer dizer com aconteceu? E ela sabe? — Ricardo perguntou, preocupado.

— Aconteceu alguma coisa entre vocês no chalé? — Jackson perguntou.

Os dois me olhavam à espera da minha resposta.

— Sim.

— Sim o quê? — Ricardo perguntou, impaciente.

— Sim para tudo — respondi como sempre, contido e sério.

— Puta que o pariu! — Jackson exclamou. — Você sabe que isso vai dar merda, ?

Aí eu não consegui segurar o riso.

— Espera, eu ainda não consigo acreditar, o que aconteceu naquele chalé? — Ricardo perguntou.

— O que acontece entre duas pessoas apaixonadas? — respondi, arqueando a sobrancelha e me sentindo divertido com o desespero deles.

— Othon, a gente trabalha para um dos homens mais ricos do país.

Dei de ombros como se isso não quisesse dizer nada.

, mas e agora? — Ricardo perguntou, me trazendo para a realidade e minha diversão passou.

— Agora eu estou de folga por uma semana, já com saudade dela e ela está lá com ele. Não sei o que ela vai decidir, só sei que aquele imbecil não a merece, vocês viram como ele a trata e eu vi que ela não é a dondoca que achávamos. Ela é tão humana, pensa no próximo e o pior, ele é abusivo, não a deixa fazer as coisas que ama e poda todos os sonhos da Isabela só pensando nos dele. Ele não a merece — falei tudo de uma vez, com o rosto sério.

Os dois me olharam como se eu estivesse ficando louco, eu também pensava que estava, mas era louco por ela.

Metade da semana havia se passado e eu estava entrando em desespero de não poder ver a Isabela. Me perguntava a cada instante como era possível eu estar com tanta necessidade de vê-la se a conhecia há tão pouco tempo.

Queria vê-la, mas como eu não podia, para matar a curiosidade de saber como ela estava, eu perguntava aos meus amigos sobre o seu estado de espírito, se ela parecia triste ou feliz, se havia perguntado ou falado alguma coisa sobre mim, porém a resposta era sempre negativa, eles não tinham nem um contato com ela e nem a viam pela casa ou saindo para algum passeio, Isabela ficava apenas no quarto e eu até começava a ter a impressão de que ela havia escolhido o marido a mim, pois nem pelo celular ela tentou entrar em contato comigo, mas aí Jackson e Ricardo me disseram que a dona Nice estava intragável e em uma das refeições em que eles estavam presentes, viram a velha diminuir a Isabela, a criticando sobre ela fugir e sobre o silêncio dela pós-fuga.

Isso me preocupava e eu pensava em como estava a saúde mental da Isabela.

Passei meus dias de folga descontando cada pingo da minha energia no Muay Thai, lutava horas seguidas para que quando eu chegasse em casa, só tivesse força para dormir e não virar a noite pensando nela e relembrando cada minuto que vivi no chalé.

Enfim o dia de eu voltar ao trabalho chegou e não pensei que uma semana fosse tanto tempo, aquele idiota me deu esses dias como forma de agradecimento e bonificação, mas foi mais como um tormento e castigo. Voltei e ao entrar na casa, antes de começar o meu turno fui chamado ao escritório pelo Pietro.

— Bom dia — o cumprimentei, quando entrei no seu escritório.

— Sente-se — falou sem me cumprimentar, sem me olhar e guardando uma folha de papel na maleta. Puxei a cadeira à sua frente e me sentei. — Bom, Isabela me contou tudo sobre como foi parar no chalé, me disse que você fez seu papel de segurança perfeitamente durante o tempo que ficaram lá e se manteve sério como sempre, por isso você continua como segurança dela e vai continuar me mantendo informado de cada passo que ela der. — Me encarou e entrelaçou as mãos em cima da mesa. — Sabe, Isabela é meio avoada e tem umas ideias que não condizem muito com a classe social dela. — Me mantive em silêncio, mas a vontade era de socar a cara dele por falar dela daquela maneira, porém eu queria continuar sendo segurança da Isabela e me manteria em silêncio até falar com ela novamente. — Ela pensa que é igual a vocês funcionários e as demais pessoas de classe inferior e aí tem uma vontade constante de... ajudar — falou a palavra com desdém. — entretanto, eu não gosto disso, já a proibi e depois do retiro dela no chalé ela parece ter entendido e concordou em seguir as regras.

Depois de ele dizer a última parte da sua fala eu fiquei em choque e já não prestei atenção em mais nada. Ela tinha continuado com ele mesmo depois de tudo que vivemos? Até que o ouvi concluir:

— Então é isso, pode seguir com o mesmo trabalho que você fazia antes, só atenção redobrada por conta do último evento. Está liberado. — Fez gesto com a mão como se eu fosse uma mosca, com isso eu me levantei e saí do seu escritório.

Eu estava me sentindo decepcionado por ela, mesmo depois de tudo, ter decidido ficar com ele. Pensei se foi um erro eu ter me aberto tanto para Isabela depois de ter me fechado tanto para a vida.

Por que ela? Por que justo com a pessoa que não pode corresponder o que eu estou sentindo? Droga!

Fui para a cozinha cabisbaixo e encontrei a Selma lá.

— Quanto tempo. E as férias no chalé? — perguntou assim que me viu, eu sorri discretamente para o cumprimento e depois respondi apenas com um balançar de cabeça em negativo, claramente mostrando que não queria falar sobre o assunto.

Me sentei de frente para ela na ilha da cozinha e Selma continuou a falar:

— Othon, Isabela voltou tão triste lá do chalé, mas fez questão de contar que você foi incrível.

Ri em desdém.

— Imagino que ela tenha dito.

— Foi um arranca rabo dos diabos aqui quando ela voltou, os velhos a culpavam e a chamavam de irresponsável por ela ter saído durante a noite, mesmo com o risco que eles estão correndo, apenas o Pietro a defendia, mesmo nitidamente bravo também.

Assenti e na minha cabeça imaginei a cena, enquanto pensava o quanto ela devia ter sido pressionada naquele covil.

— Sabe se ela vai querer sair hoje? — perguntei.

— Creio que sim. Ela não sai do quarto desde que voltou.

Assenti, imaginando a confusão que ela devia estar e em seguida ouvi o barulho dos carros saindo e levando Pietro e Bernardo para a empresa, enquanto Jackson saiu no outro carro com a dona Nice. Sem querer mais conversar saí da cozinha e fiquei vagando pelo espaço da mansão a espera de que Isabela precisasse de mim, mas naquele dia ela não desceu para sair ou sequer falar comigo.

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