Capítulo 7
Há tantas formas de errar, mas nem um erro é tão certo quanto os cometidos por amor.
Capítulo sete
Othon
Eu me controlei o máximo que podia, eu estava com pensamentos que não devia e desde o momento em que eu a abracei, no segundo seguinte abraçá-la novamente era o que eu mais queria.
Em todos os anos desde que eu optei pela solidão nunca ninguém chegou nem perto de me fazer sentir o que eu estava sentindo pela Isabela, era um misto de vontade de protegê-la com vontade de me afastar, não me afastar por respeito ao seu marido, pois aquele idiota não merecia respeito, não merecia nada, mas respeito a ela. Pietro tinha uma joia e não sabia dar o valor que ela merecia, a fazendo sofrer e se fechar a cada dia.
Quando Isabela admitiu que também me queria, meu coração se encheu de alegria, mas eu entendia a sua recusa e entendia o quanto se sentiria culpada em relação ao marido, sendo assim eu só me afastei e mesmo meu corpo estando em chamas querendo o dela, apenas me mantive distante, entretanto, quando pensei que tudo tinha se acabado e ela tinha optado por se manter fiel ao marido, eis que Isabela veio até mim e me beijou.
Pensei em recuar para que ela não se arrependesse depois, mas eu não consegui. Os lábios dela nos meus e o nosso corpo colado um no outro me fez sentir desejo novamente, me fez querer tomá-la para mim e era inviável colocar qualquer distância que fosse. Suas mãos acariciaram meu rosto levemente e nosso beijo era casto e doce... Era perfeito.
Isabela foi me puxando para o sofá e no meio do caminho começou a erguer a barra da minha camiseta indicando para que eu a tirasse e assim eu fiz. Não sabia se eu realmente estava entendendo direito e aquilo realmente estava acontecendo ou se era um sonho. Era difícil acreditar na mudança repentina que a minha vida estava tomando e que naquele momento Isabela ia ser minha, contudo, quando ela tirou sua camiseta e ficou apenas de sutiã eu percebi que eu não estava sonhando, muito menos entendendo errado. Sim, ela também me queria.
A deitei no sofá e me acomodei por cima do seu corpo, depois a olhei, a beijei e deixei um rastro de beijos no seu pescoço, fui a beijando e descendo indo até a curva dos seus seios ainda cobertos pelo sutiã. Eu estava nervoso, mas além de nervoso eu estava louco por ela e com tanta vontade reprimida e tanto tempo sem ninguém, que eu estava a ponto de explodir apenas por a olhar.
Ela dava gemidos e fechava os olhos parecendo aproveitar cada toque meu, o som que ela fazia era o paraíso. Desci beijando sua barriga e quando cheguei na sua calça eu a puxei tirando junto com sua calcinha, eu estava ansioso para vê-la nua e para a senti-la, sendo assim também fiquei nu e voltei logo para ela, subindo com um rastro de beijos por todo o seu corpo. A vi se arrepiar e quando cheguei novamente em seus seios, dessa vez os tirei do sutiã e chupei cada um deles a erguendo delicadamente ao meu encontro para que eu desabotoasse seu sutiã e deixasse sua pele livre para encostar na minha, sem nada que nos impedisse e assim foi: pele com pele, eu posicionado entre suas pernas, com meus braços em volta do seu corpo e uma das minhas mãos se embrenhando em seus cabelos, então eu enfim a preenchi, nossos corpos conectados e devagar começamos um movimento ritmado ao passo que de olhos fechados ela jogava a cabeça para trás como se cada estocada a enchesse de prazer.
— Abra os olhos, linda, e olhe para mim — falei. Isabela os abriu e me encarou. Olhos nos olhos que me fizeram ver o céu, eu movimentava o meu corpo sobre o dela, sua perna abraçando a minha cintura e suas mãos passeando pelo meu corpo, me apertando e arranhando. Eu arremetia seguidas vezes enquanto a olhava e sentia o quanto ela estava gostando e com isso eu gostava ainda mais e eu tive que fechar os meus olhos e me concentrar para não parecer um adolescente cheio de tesão. Eu tinha me esquecido o quanto ter alguém era bom e Isabela não estava me lembrando apenas o quanto era bom o sexo e sim o quanto era bom ter sentimentos, o quanto era bom me sentir vivo e com ela era perfeito.
Ela me fez voltar a sentir, quando a olhei nos olhos de novo e ela estava com a cabeça jogada para trás, se entregando aos tremores de prazer do seu corpo, eu não consegui aguentar muito mais e depois de sua mão subir acariciando minha costela eu fui ao céu e me entreguei, me livrando de anos de solidão e tristeza e pensando que eu estava perdido antes de encontrá-la, mas que naquele momento eu tinha achado o meu lugar.
Dei um beijo nela, me deitei ao seu lado, mas de frente para ela. Tínhamos aberto o sofá para ver o filme, então cabia nós dois e com espaço.
Isabela puxou o cobertor para cobrir seu corpo nu e sorriu para mim com um olhar satisfeito.
— Espero não ter decepcionado. Sabe, passei muitos anos sem ninguém e me guardando para você.
Ela riu.
— Mentiroso! Você está estragando o momento.
Também sorri e passei o indicador pelo contorno do seu rosto e Isabela fechou os olhos aproveitando o carinho.
— Não estou mentindo, parece que eu estava te esperando, porque tudo aconteceu tão rápido.
Ela abaixou o olhar.
— Sei que não é o momento e eu posso estar estragando tudo, mas o que vamos fazer agora? — ela tinha um olhar envergonhado ao me perguntar sobre o futuro.
— Eu estou disponível para o que você decidir. — Deixei claro que eu estava ao seu dispor.
— Você é tão lindo, uma pessoa incrível. — Ela passou a mão no meu rosto.
— Minha autoestima ficou bem inflada agora.
— É sério, você podia ser uma pessoa amargurada por tudo que passou, até pensei que era quando te conheci, mas agora que te conheço melhor sei o quanto você é uma pessoa do bem.
Sorrindo dei um beijo em sua testa e a puxei para perto de mim a aconchegando em meu peito.
— Você que é linda.
Ela sorriu de encontro ao meu peito e ficamos abraçados, nus e curtindo a presença um do outro, fazendo desse um dos momentos mais perfeitos da minha vida, era como se eu estivesse me reconstruído e foi a Isabela quem colou cada pedacinho de mim.
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