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Capítulo 11


A vida é curta demais para que não façamos nossas escolhas por medo de errar, medo do que os outros vão pensar e por medo de se machucar.


Capítulo onze

Na mesma noite do ataque com a bomba, Pietro demorou e quando chegou já tínhamos jantado, na verdade eu nem encostei na comida. Ele estava com um péssimo humor e foi logo gritando com os seguranças que ainda o esperavam mesmo passando dos seus horários de trabalho.

Vi o Othon ranger os dentes e percebi quando comprimiu o seu maxilar que ele estava irritado e se segurando para não gritar com o Pietro também, mas não fez isso e só ouviu as acusações e reclamações junto com os demais seguranças. Eu tentei interferir, mas no momento que abri minha boca para dizer que nenhum deles tinha culpa do que aconteceu, Pietro me interrompeu grosseiramente e não me deixou falar, como sempre, o que fez com que eu me sentisse completamente impotente e inútil.

Tanto Pietro quanto o senhor Bernardo cobravam dos seguranças mais atenção e diziam que ataques como aquele não podiam acontecer, mas não percebiam que os ataques eram culpa de algum doente e não dos seguranças, e se esqueciam que o trabalho deles ali era nos proteger e estava sendo feito, já que nem um de nós estava ferido a não ser o Jackson.

Gerson como chefe da segurança explicou que o trabalho estava sendo feito com primor e que o que aconteceu fugia do controle dos seguranças, já que o carro estava na rua, que era pública. Pietro disse que ia entrar em contato com a polícia para que ela ajudasse com o patrulhamento e imagens das câmeras de monitoramento da cidade, mas Gerson apesar de achar que seria válido, atentou para o escândalo que a família seria exposta se a polícia se envolvesse no caso, já que a mídia se envolveria também, aí imediatamente minha sogra concordou com ele e por medo de um escândalo, decidiram ainda não colocar a polícia no meio.

Após a gritaria meu sogro e marido dispensaram os seguranças do turno do dia e depois ambos subiram para seus quartos, minha sogra estava se sentindo tão acima de qualquer perigo que disse que ia sair para uma vigília noturna apenas para mulheres que já havia combinado com suas amigas e que Gerson a acompanharia.

Quando Pietro me chamou para subir, eu disse que subiria depois, que ia até a cozinha conversar com a Selma sobre o cardápio da semana. Era tudo que ele gostaria que eu fizesse, como a madame perfeita, sendo assim sem se impor ele subiu e me deixou em paz. Vi até um sorriso orgulhoso em seu rosto por me deixar ali dando ordens a empregada, entretanto, a conversa com a Selma era na verdade uma desculpa para não ficar com o Pietro e não tinha nada a ver com o cardápio de semana.

Fui para a cozinha e não vi ninguém lá, então imaginei que a Selma estivesse em seu quarto ou tivesse saído, mas mesmo sem ninguém para conversar preferi ficar ali a subir para o quarto com Pietro, então sentei-me no banco da ilha, pousei meus braços dobrados sobre a bancada e apoiei a minha cabeça sobre eles, depois fechei meus olhos tentando naquele momento de silêncio digerir aquele dia, que estava indo tão bem com a visita as minhas irmãs, mas como em todos os outros dias que eu estava vivendo algo bom, algo ruim tinha que acontecer, desandar tudo e fazer a melancolia tomar conta de mim de novo.

Enquanto eu pensava de cabeça baixa, um movimento vindo do lado de fora fez com que eu erguesse a cabeça e olhasse para a porta, de onde para a minha surpresa Othon estava parado e me olhando e depois de um curto silêncio em que notei que ele não diria nada, eu falei:

— Achei que você já tivesse ido.

— Só voltei para pegar meu celular. — Ele foi até uma tomada da cozinha e retirou o aparelho que estava carregando e o colocou no bolso, depois ia sair novamente, mas parou quando me ouviu dizer:

— Othon... Obrigada por hoje. — Engoli em seco para não chorar.

— Por nada, é meu trabalho.

— Eu sei.

Ele me encarou e eu notei que ele queria dizer algo mais, mas apenas perguntou preocupado:

— Você está bem?

Apenas assenti e depois de um silêncio ele disse:

— Vou indo. — Parecia não querer ficar sozinho comigo e ia saindo, mas parou novamente quando falei:

— Me desculpa por você ter que ouvir um monte de acusações do Pietro? Você está fazendo seu trabalho tão bem e ele está sendo um babaca.

— Não precisa se desculpar por ele.

Em resposta balancei a cabeça em afirmativo, Othon me encarou, depois ia sair, mas disse:

— Você vai ficar aqui sozinha?

Assenti o olhando triste e falei segurando o choro.

— Pode ir, não faz parte do seu trabalho me fazer companhia.

Ele me encarou sério e parecia estar lutando consigo mesmo, então soltou o ar, olhou em volta e depois voltou a olhar para mim, em passos rápidos veio em minha direção, me segurou pelo braço me pegando de surpresa e eu o segui imediatamente. Depressa abriu a porta da dispensa e me levou para dentro dela que ficava bem ao lado da cozinha.

O cômodo não era muito grande e quando já estávamos lá dentro ele fechou a porta, me prensou contra a parede e ficou muito perto de mim. Meu coração estava batendo tão rapidamente que a expressão "coração quase saindo pela boca" fez todo sentido. Parecendo sentir dor por toda aquela situação e com a testa franzida, Othon sussurrou com a sua boca a centímetros da minha e deixando transparecer todo seu sentimento na voz:

— Eu não estou aqui só para fazer o meu trabalho, eu não estou aqui, aguentando o idiota do seu marido por causa do emprego e se ainda sou o seu segurança é por sua causa. Porque preciso ao menos te ver todos os dias, sentir seu cheiro quando estamos no mesmo ambiente, preciso saber que você está segura... Eu preciso de você.

O olhei sem saber o que responder e ele continuou:

— Esses dias após o chalé foram... infernais e a cada segundo eu só pensava em quando você estaria ou se algum dia você estaria em meus braços de novo. Se eu ainda estou aqui e não mandei seu marido a merda, é por que tenho a esperança de que estando perto de você, você se lembre do quanto o nosso tempo no chalé foi perfeito e se lembre o quanto somos perfeitos juntos... Que se lembre... — Ele fechou os olhos e quando voltou a abri-los falou cheio de emoção: — Eu amo você, Isabela.

Depois de dizer isso ele me beijou, não esperou resposta e me apertou contra a parede com o seu corpo no meu, ao mesmo tempo que a sua língua passeava fervorosamente por minha boca e demonstrava o quanto ele me queria. Eu retribuí, pois eu o queria também e tê-lo ali comigo era como um sonho, era como voltar ao chalé e era o meu conto de fadas se tornando real novamente.

Me separei do nosso beijo e com a testa colada a dele, falei baixinho e com a respiração ofegante:

— Eu também amo você, eu te amo tanto e todos esses dias eu só conseguia pensar se para você nosso amor tinha saído do chalé ou ficado lá, como se fosse apenas um sonho bom. — Eu dei um beijo casto nele e depois continuei: — Eu só queria que tudo fosse simples e fácil e que eu não tivesse que lidar com a minha vida e a vida de outras pessoas para ficar com você — Passei meus lábios nos dele e fechei meus olhos para senti-los melhor. — Eu amo tanto você, Othon.

— Eu espero — sussurrou.

O olhei e vendo meu peito subir e descer com a adrenalina de estar ali, o beijando, escondidos na dispensa da minha casa, no mesmo momento em que o meu marido me esperava no andar de cima.

— Me espera? — eu o perguntei como se não acreditasse que ele me aceitava apesar de todas as minhas dúvidas e medos.

— Sim, eu estou morrendo diariamente por te ver com ele, mas eu espero você acertar tudo se você me disser que é comigo que você quer ficar, eu espero por você.

Fechei meus olhos e tentei respirar sobre a intensidade daquele momento que parecia apertar meus pulmões, eu estava com medo, o mesmo medo de todos os dias após o retorno do chalé, menos um, o medo do Othon não sentir o mesmo que eu e ao saber que ele ainda me queria, após dias terem se passado e que o sentimento que ele demonstrou ter por mim ainda estava ali, percebi que eu podia dar um jeito em tudo e viver como eu realmente queria. Dei mais um beijo nele e falei ao me separar:

— Quero ficar com você, só me espera acertar tudo.

Ele sorriu satisfeito.

— Você é tão linda, ficar sem você esses dias só fez o que eu estava sentindo aumentar, não posso mais ficar sem você. — Me beijou enquanto me jurava amor e eu estava de olhos fechados pensando que era aquela sensação que eu queria. Era ele que eu queria.

— Othon... Sim... Me espera — sussurrei, com a minha boca ainda bem perto da dele ⸻, mas não podemos mais fazer isso, tenho que resolver tudo antes. Eu não posso ser esta pessoa.

Ele se afastou poucos centímetros, mas voltou a colar sua testa na minha.

— Tudo bem — Me beijou novamente e segurou meu rosto entre as suas mãos. ⸻, me desculpa por te pôr nessa situação, é que eu não estava mais aguentando, mas juro que até a gente acertar tudo eu só estarei nessa casa como seu segurança. Só preciso estar aqui com você. — Passou o rosto no meu como se para me sentir mais um pouco.

Assenti e relutante falei:

— Precisamos sair daqui.

Ele concordou balançando a cabeça em positivo, entretanto, parecia triste por me deixar ir, então o puxei para mais um beijo e sem pensar muito se tinha alguém do lado de fora da dispensa ou sem pensar se queria ficar mais com ele, eu me afastei relutante e saí.

Andei apressada para fora da cozinha, mas antes de me afastar de vez troquei mais um olhar com ele e subi para o meu quarto ainda sentindo as pernas bambas e coração acelerado.

O que eu estou fazendo?

Antes de entrar no meu quarto fiquei no corredor e tentei controlar a minha respiração que ainda estava ofegante pela intensidade com Othon, até que alguns minutos depois e com os sentimentos em ordem e até tomada pela tristeza da situação, eu entrei e voltei para a minha realidade nada feliz como a de minutos atrás.

Logo vi Pietro com o notebook em seu colo e ele nem sequer se virou para me olhar quando notou a minha presença e na verdade eu até gostei disso. Fui para o banho e demorei muito lá, na intenção de quando eu saísse ele já estivesse dormindo e eu não tivesse que conversar.

Se era assim que eu me sentia, por que eu não me separava de vez? Por quê?

Com a água caindo pelo meu corpo, pensei que eu tinha que resolver tudo e logo, pois a vida era curta para que eu perdesse tempos tão maravilhosos que eu podia estar vivendo ao lado do Othon, pensei também que se eu saísse do banho e Pietro estivesse acordado, eu juntaria a minha coragem e tentaria começar uma conversa sobre o nosso relacionamento e o fim dele.

Depois do meu banho demorado, quando fui para o quarto ele ainda estava acordado e para a minha tristeza, toda a certeza e coragem que eu estava sentindo para conversar com ele sobre o término do nosso relacionamento, tinha ido ralo abaixo com a água do banho e só de olhá-lo, todo medo e insegurança voltaram e aí permaneci em silêncio me sentindo uma covarde, mas decidi que conversaria com ele no dia seguinte quando eu resolvesse a forma como entraria no assunto sem magoá-lo.

— Me desculpa por ter te tratado rispidamente na frente dos seguranças?

Pietro falou quebrando o silêncio e me obrigando a falar com ele, então o olhei séria e respondi:

— Tudo bem, eu já estou acostumada com isso. — Ele ficou me olhando enquanto eu passava o hidratante no corpo.

— Não sabia que isso era tão frequente.

Bufei e ri em desdém.

— Claro que não, normalmente só quem apanha sente a dor.

Ele ficou em silêncio e terminei de me aprontar para dormir, sentei-me ao lado dele na cama e neste momento seu celular vibrou anunciando a chegada de uma mensagem, Pietro então fechou o notebook e o deixou no criado mudo, depois pegou seu telefone e foi inevitável eu não olhar para a tela do aparelho e nele consegui ver o nome de uma das sócias da Mineradora que aparecia na tela.

— Bianca está mandando mensagem a esta hora? — perguntei, estranhando.

— Por mais que você ache que a sua vida de madame caia do céu, os negócios não param e eu tenho que trabalhar independente do horário. — Pietro me lançou um olhar reprovador por tê-lo feito a pergunta e a sua resposta me doeu. Fiquei com vontade de fazê-lo engolir cada palavra, mas como sempre eu que engoli minha raiva, me mantive em silêncio, no entanto, para me machucar ainda mais ele continuou:

— Não se esqueça que o dinheiro que você gasta vem do meu trabalho.

— Eu tinha o meu restaurante quando nos casamos — falei, ofendida e ele riu debochado.

— Aquilo não paga nem uma das bolsas que você tem no seu closet.

Eu me senti muito humilhada ao ouvir isso, entretanto, não consegui respondê-lo, pois ele logo virou-se para o celular e digitou o que parecia uma resposta que eu não consegui ler, depois voltou a se deitar ao meu lado ainda mexendo no celular e aí pude ver que não era mais com a sócia que ele conversava e sim com um dos sócios.

Pensei no modo como ele falou sobre o restaurante e o desmereceu, de modo como se não se importasse nem um pouco que estava me magoando, porque ele sabia que estava. Como fui burra em largar tudo e abrir mão da minha vida e da minha independência para nos casarmos, independência que eu lutei para conquistar e abri mão por alguém que naquele momento eu via que não merecia. No começo do relacionamento tudo é lindo, mas depois que conheci o Othon e vi como ele me apoiava e me incentivava a fazer as coisas que me faziam feliz, percebi que Pietro já não merecia que eu largasse tudo por ele desde o início, eu que não consegui enxergar. Como fui burra.

Perdida em pensamentos, ali deitada ao lado do Pietro, a parte financeira martelava na minha cabeça e aí a certeza do largar tudo para ficar com o Othon deu uma titubeada, pois como eu ia entrar em um relacionamento com Othon, dependendo financeiramente dele? Eu tinha que dar um jeito de ao menos reaver o que eu tinha antes de me casar com o Pietro, apesar de naquele momento, ao levar em conta o que Pietro disse sobre o restaurante, eu não tinha nada.

— Não se esqueça que depois de amanhã é o baile do clube — falou, sem me olhar e eu fiz uma careta, já me sentindo com ódio de ter que comparecer a esse evento que estaria cheio de homens chatos e mulheres esnobes.

— Preciso mesmo ir? — perguntei, rezando para que a resposta fosse negativa.

— Você vai me fazer passar a vergonha de estar sem você, no meio dos meus amigos, que estarão todos com suas esposas?

Soprei exasperada.

— Tudo bem, eu vou.

— Vê se vai ao salão de beleza, pois a minha mãe disse que você anda muito apagada e descuidada e verdade seja dita, você não está mais tão... com boa aparência como antes. Acho que essa descrição não combina com a mulher do milionário dono da maior Mineradora da região — falou, com um sorriso convencido e sem notar o quanto a sua fala havia me insultado.

Não consegui responder e então Pietro me deu um beijo na bochecha e se virou para dormir, enquanto eu fiquei me perguntando: se eu não era tão bonita quanto antes, por que ele ainda estava comigo?

Vários pensamentos deprimentes passaram pela minha cabeça e se estenderam pela noite e cada comentário de Pietro me colocando para baixo martelaram na minha mente e me mostraram a realidade e ela não era feliz.

Enquanto isso, eu tinha um homem que me amava não muito longe dali e me esperando resolver a bagunça em que eu estava metida.

Só vou esperar o baile e após ele eu acabo com tudo e vou ser feliz com o Othon.


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