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PRÓLOGO

Muitas vezes o amor é o remédio mais forte ou com a dose exata para a cura que procuramos.


Prólogo Mateus

— Mãe, amanhã é sábado, ? — Em resposta a minha mãe assentiu, enquanto passava o ferro na roupa. — Então amanhã as meninas estarão aqui? — perguntei sorrindo.

— Sim, Mateus, e você está a semana inteira me perguntando quantos dias faltam para sábado.

— É que quero brincar, mãe.

— Só não vai ser sem educação na casa dos patrões, pode ser que eles não gostem de você enfiado lá com as meninas, então é melhor você só brincar do lado de fora.

bom, mãe.

Fiquei contando as horas que faltavam para o dia seguinte e quando o sábado chegou, para a minha alegria as minhas amigas chegaram com ele.

Liara e Sheila eram as filhas dos donos do sítio no qual os meus pais trabalhavam como caseiros e quando elas iam passar o final de semana, éramos inseparáveis e o sítio para mim era sempre mais divertido quando elas estavam.

Corríamos por todos os lados, cuidávamos dos bichos, subíamos em árvores e nadávamos na piscina, apesar de os meus pais não gostarem muito que eu ficasse na casa dos patrões, mas os pais das duas eram muito bons comigo, sempre me davam presentes e não me tratavam como filho dos empregados e sim como amigo das suas filhas. Eu gostava muito deles.

Uma das nossas brincadeiras preferidas era em meio aos bichos, nós adorávamos, e durante uma brincadeira esquecemos o portão do galinheiro aberto, mesmo quando a mãe disse que não era para brincarmos lá e isso foi um Deus nos acuda. Eram as galinhas fugindo para todos os lados, enquanto nós entrávamos em desespero.

— A culpa é toda da Liara que deixou o portão das galinhas aberto — Sheila disse, com as mãos na cintura e culpando a irmã.

— Foi sem querer — Liara disse, sentindo-se culpada e eu logo fiquei com pena dela e me senti na obrigação de defendê-la.

— Tudo bem, vamos dar um jeito. Vamos tentar capturá-las antes que alguém veja — falei, acalmando a Liara e pensando em bolar um plano para trancar novamente todas as galinhas, porém, antes que eu pudesse arquitetá-lo, minha mãe notou o que tinha acontecido e gritou:

— Mateusssssssss... cuida pegar as galinhas que elas escaparam.

— O papai vai brigar com a gente quando descobrir que fizemos arte, Liara, mas vamos lá enfrentar o problema de frente — Sheila falou, decidida como sempre.

Saímos do nosso esconderijo e quando minha mãe notou que o motivo de as galinhas terem fugido era por que tínhamos deixado o galinheiro aberto, quando na verdade nem podíamos brincar lá, ela começou a brigar com a gente.

— Vou contar para o senhor George e para a dona Rita que vocês duas junto com Mateuzim andam fazendo muita arte e eles vão proibir vocês de brincarem.

— Não! — Liara falou, triste e percebi que ela diria que foi ela quem tinha deixado o portão aberto e assumiria a culpa, sendo assim para protegê-la eu assumi antes.

— Mãe, não conta ou as meninas não vão mais poder brincar, fui eu quem deixou o portão aberto e eu fico de castigo sozinho.

Olhei para as duas que me olhavam com olhares assustados por eu assumir a culpa, mas fiz sinal para elas ficarem quietas. Eu precisava defender a Liara.

Minha mãe nos olhou, pensou e disse:

— Vão brincar! Não vão ficar de castigo dessa vez, mas na próxima que me desobedecerem, eu coloco, hein! Não brinquem onde não podem. — Mamãe me olhava parecendo orgulhosa e ao mesmo tempo tentando segurar o riso e eu não entendi o motivo.

Mais que depressa nós três saímos correndo de perto da mãe e fomos brincar de outra coisa antes que ela se arrependesse, mas quando estávamos longe, Liara foi até bem perto de mim, me deu um beijo no rosto e falou:

— Obrigada, Mateuzim, por assumir a culpa por mim. Você foi meu herói.

Fiquei sem jeito com o beijo, mas gostei. Olhei para a Sheila e ela sorria para nós dois.

— Eu sou o mais velho e eu sempre vou te defender, pinguinho de gente — falei o apelido que nós sempre chamávamos a Liara por ser a menor de nós três.

— Não sou pinguinho de gente!

Rimos e depois daquele dia eu me senti muito bem em protegê-la e fiz isso sempre que era preciso: quando ela caiu e ralou o joelho e eu a levei de cavalinho até em casa para que ela não precisasse andar, quando a boneca dela caiu no lago eu fiz de tudo até conseguir resgatá-la e foi assim sempre. Depois de um tempo Sheila começou a tirar sarro de mim dizendo que eu agradava a Liara só para ganhar beijinhos de agradecimento e eu não desmenti.

Um certo dia, quando estávamos brincando embaixo da árvore Ipê de flor rosa que a Liara adorava, eu escrevi meu nome no tronco dela usando uma pedra para riscar, quando terminei a Liara pegou a pedra e também fez o mesmo, colocando seu nome embaixo do meu, então quando Liara soltou a pedra e como Sheila adorava nos deixar com vergonha, ela riscou em volta dos nossos nomes desenhando um coração e disse:

— Um dia vocês vão casar e eu serei a madrinha.

Liara riu e como sempre foi muito romântica levou na brincadeira e falou:

— Eu vou usar um lindo vestido de noiva na cor rosa, como as flores desse Ipê.

Já eu, fiquei com vergonha e falei:

— Eu nunca vou casar.

— Nem eu — Sheila disse, fazendo careta.

Mas no meu pensamento de criança, imaginei que a Liara ficaria linda de noiva.

Os anos foram passando, fomos crescendo e para a minha tristeza as meninas pararam de ir ao sítio com tanta frequência e por isso acabamos nos distanciamos. Quando já adolescentes, depois de algum tempo que não iam mais lá, elas decidiram passar um final de semana e levaram seus amigos da escola também. Eu fiquei feliz em revê-las.

Liara estava linda, seus cabelos ondulados tinham crescido e seu sorriso com covinha estava ainda mais radiante, o que fazia com que eu ficasse desconfortável perto dela.

Assim que chegaram as duas pediram para os meus pais me chamarem e tentaram me incluir no programa com os seus amigos e eu até fui me juntar a eles, mas quando surgiram perguntas do dia a dia, sobre o que eu fazia e o que eu tinha e não tinha, notei alguns olhares de desprezo para as minhas respostas e para mim, como filho do caseiro, então esses olhares fizeram com que eu me sentisse mal de um jeito que nunca havia me sentido perto da Sheila e da Liara. Me senti diminuído.

A sensação de igualdade de quando éramos crianças, de quando os pais delas me faziam sentir como se eu fosse da família, naquele momento já não existia mais e notar as nossas diferenças sociais foi péssimo, sendo assim, para não forçá-las a nada, me afastei me sentindo apenas como filho do caseiro e não mais como amigo das duas.

Fiquei o final de semana inteiro trancado dentro de casa, com vergonha de vê-las com seus amigos ricos e inventei que estava doente, depois disso não as vi mais, pois pararam de ir ao sítio e quando iam era apenas rapidamente, passavam algumas horas e iam embora, enquanto eu me escondia até que elas partissem.

Alguns anos depois, quando eu estava quase terminando a escola e quase com idade de entrar para a faculdade, eu estava andando pelo sítio enquanto ajudava meu pai com o trabalho quando parei na sombra do Ipê e como que por atração, meus olhos foram fisgados para os nomes gravados no tronco, já com um traço bem fraquinho e quase sumindo, então peguei a faca que eu havia levado para colher a verdura na horta e com vontade de eternizar a infância em que tudo era mais leve e que eu não tinha a preocupação se nós três éramos iguais ou tínhamos diferença financeira, passei a faca sobre a marca já riscada ali e refiz nossas letras infantis e o coração em volta que a Sheila havia feito.

Sorri e senti saudade da infância, mas naquele momento eu jurei que estudaria bastante, para ter uma vida boa e com isso ser amigo delas novamente sem me sentir diminuído, não que elas tivessem feito algo, mas eu queria ser alguém a altura da Liara e voltar a ser o amigo que a defendia, protegia e a cuidava, enquanto a Sheila só nos provocava e nos irritava. Sorri, porque eu amava as provocações dela e sentia falta.

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