Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 4



Capítulo quatro

Anoiteceu no sítio e já se ouvia o barulho dos grilos e o céu estrelado dava seu espetáculo de sempre, com algumas nuvens encobrindo um pouco as estrelas e as sombras das nuvens moldadas pela claridade da lua acima delas, dava um desenho lindo ao céu.

Eu havia tomado banho, colocado um vestido soltinho e estava vendo televisão enquanto esperava a hora do jantar. Me sentia cansada e sem ânimo, talvez pela anemia que não queria me largar desde que eu descobri o dinossauro, que foi como a minha irmã apelidou o meu tumor.

— Você nem sabe o que eu fiz para a gente, arrombadinha — Sheila apareceu no meu quarto e estava empolgada demais.

— Tenho até medo de perguntar, mas vou, o quê? — semicerrei os olhos já esperando qual seria a novidade que ela tinha para me contar.

— Marquei salto de paraquedas para nós duas e só fiquei de confirmar a data. Que tal depois da sua próxima sessão de quimioterapia?

— Você o quê? — Me levantei imediatamente, assustada com a nova maluquice da minha irmã.

— Marquei, já era e não dá para desistir, porque já paguei metade do valor.

— Você é maluca?

— Sim.

Comecei a rir e era de nervoso, pois eu morria de medo de altura e sempre fui medrosa para todo o resto também. A radical aqui era a Sheila e o mais perto que eu cheguei de sentir adrenalina, foi quando andei na roda gigante em um parque de diversões e isso quando eu era criança.

— Olha, se o câncer não me matar, você me mata.

— Não fala besteira, viver não mata.

— Mas eu mal consigo andar aqui pelo sítio depois que eu faço a químio.

— Já deixei avisado que o dia que você estiver se sentindo bem a gente vai.

Bufei.

— Sheilinhaaa...

— Nada de reclamar.

— Eu vou reclamar sim.

— Olha eu faço tudo por você, você pode ao menos pular de paraquedas por mim?

Bufei de novo.

— Chantagista! Vou pensar.

— Eu sei que você vai pular, porque me ama.

— Se continuar inventando essas loucuras o amor vai acabar.

Ela deu de ombros despreocupada com a minha ameaça.

— Mudando de assunto, nossos pais daqui a pouco estarão aqui.

— Ah, eles vão voltar? Achei que fossem ficar lá até o final de semana.

— Disseram que precisam conversar com a gente.

Franzi a testa preocupada e perguntei:

— Você sabe sobre o quê?

— Não, mas não deve ser nada muito sério. Não se preocupe!

— Tomara.

— Quer descer para comer alguma coisa? — ela mudou de assunto.

— Não, estou sem fome.

— Você está bem?

— Só um pouco cansada.

Ela instintivamente colocou a mão na minha testa para ver a temperatura e quando viu que estava normal deu um sorriso aliviado.

— Se sentir algo me avisa.

— Aviso. — Sorri.

— Vou lá na cozinha contar para a dona Zilda que vamos saltar de paraquedas, se mudar de ideia e quiser comer algo antes do jantar, eu te espero lá embaixo. — Assenti e ela saiu do meu quarto.

Fiquei vendo TV sozinha e pensando sobre qual seria o assunto que meus pais queriam ter conosco quando chegassem e eu estava preocupada apesar de a Sheila dizer para eu não me preocupar, eu sabia que era algo importante ou eles teriam dito pelo telefone mesmo, entretanto, meu pensamento logo mudou quando vi na TV um voo de asa delta e imediatamente me veio em mente a nova loucura que a Sheila tinha aprontado, com um frio na barriga pensei sobre o tal salto de paraquedas e eu tive a vontade de matar a minha irmã.

Sheila só apronta!

Ouvi batidinhas leves na porta do meu quarto e acordei do cochilo que eu estava tirando, quando ergui a minha cabeça e olhei em direção ao movimento na porta clareado apenas pela pouca luz da televisão que estava ligada, logo percebi que eram os meus pais que estavam ali.

Minha mãe ainda usava a sua calça social, seu terninho e o coque no cabelo, enquanto o meu pai estava apenas com o terno e já tinha tirado a gravata. Ambos eram jovens, se casaram novos e formavam um lindo casal, meu pai com seu cabelo levemente grisalho que era um charme e a minha mãe com seus olhos cor de mel e pele morena que a deixava ainda mais jovem.

— Boa noite, bonequinha, como está se sentindo? — meu pai perguntou, sentando-se na minha cama e me tratando como se eu ainda fosse uma menininha e não uma mulher. Minha mãe passou a mão na minha testa como se acariciasse meu cabelo, mas eu sabia que ela estava testando a minha temperatura.

— Às vezes, vocês dois me tratam como se eu fosse criança — falei, me sentando a seguir.

— Para nós, você e sua irmã serão sempre nossas eternas bebês.

Ri e olhei em volta à procura do meu celular, não o achei e então perguntei:

— Não sei que horas são, acabei me perdendo no tempo. Faz tempo que vocês chegaram?

— Acabamos de chegar, deve ser por volta das oito da noite. Quer descer para jantar? — meu pai perguntou.

— Estou sem fome... mas vamos sim — aceitei para não preocupá-los por eu estar sem comer. — Se quiserem podem ir descendo que já vou atrás de vocês.

Eles saíram do meu quarto e eu me levantei, em seguida fui ao banheiro, escovei os dentes, depois desci e assim que cheguei na sala, vi meus pais sentados no sofá e conversando com a minha irmã sobre trabalho, ao lado da Sheila estava Mateus que parecia participar da conversa também.

— Será que vou morrer e já avisaram vocês? Qual o motivo dessa reunião?

Meu pai que sempre tentava fazer graça de tudo disse:

— Sim, o motivo é para você dividir seus bens.

Ri.

— Só se for para dividir as minhas dívidas entre vocês, porque bens ainda não deu tempo de conseguir nenhum, a não ser meu carro.

Todos riram e sem enrolar e direta como sempre minha irmã começou a falar o motivo deles estarem ali.

— Seguinte, irmã, enquanto você dormia eles me passaram tudo, vou te falar sem muito enrolar, porque sei que você não vai fazer drama quanto a isso, pois quanto a todo o resto você faz. — Ri para ela.

— Que calúnia! Nem sou dramática.

— Sim, você é. — Revirei os olhos para Sheila, que continuou a falar: — Tivemos um problema no escritório e dois advogados saíram sem aviso prévio e nos deixaram defasados, na verdade deixaram o escritório com um buraco ainda maior, pois já estava com poucos profissionais por causa da nossa saída.

— E vocês já estavam fazendo muita falta — meu pai falou orgulhoso.

— E com saída de mais dois advogados tão repentinamente, estamos ainda mais desfalcados e com muitos processos parados. Sendo assim, eu terei que voltar para a cidade junto com o pai e a mãe e voltar a trabalhar — Sheila concluiu parecendo triste por ter que me deixar.

— Tudo bem, pessoal — logo respondi.

Minha mãe pegou minha mão e perguntou:

— Você vai ficar bem mesmo aqui sem a Sheila, filha?

— Olha, mãe, até prefiro ficar aqui sem ela, porque quando ela fica sem fazer nada, fica inventando moda, como por exemplo hoje à tarde, que comprou um salto de paraquedas para nós duas.

— Não acredito, Sheila! — Achei que meu pai fosse brigar com ela, mas completou: — Que máximo! — Eu revirei os olhos.

Num é, pai? — Sheila respondeu animada.

— Parem vocês dois! — minha mãe falou para os calar e eu era muito parecida com ela, sempre prática, enquanto a Sheila se parecia com meu pai, engraçada e brincalhona. — Vamos continuar aqui. — Virou-se para mim. — Liara, conversando entre nós e depois conversamos com o Mateus que na hora topou, decidimos deixá-lo responsável por você... Bom, não por você, mas ele que te acompanhará nas quimioterapias e te fará companhia.

Olhei para o Mateus como se para ver em seu olhar se ele realmente achava isso uma boa ideia e ele sorriu para mim.

— Filha, não queremos que pense que estamos te abandonando, mas estamos em um momento crítico no escritório e precisaremos chegar cedo e sair tarde e a distância para estar aqui todos os dias é grande e fica inviável, além de que precisaremos da sua irmã.

— Está tudo bem, mãe e pai. De verdade. Eu entendo e até fico feliz que vocês decidiram assim, o que me preocupa é o Mateus. — Olhei para ele. — Você vai mesmo querer ficar de babá/enfermeiro?

Ele riu sem vontade.

— Vou ficar como seu amigo, Liara. — Assenti para o que ele disse, feliz por sua resposta e dei um sorriso sem graça, mas no fundo eu me sentia culpada por ter que fazer todos ali naquela sala mudarem seus planos e desejos para encaixá-los a minha nova vida.


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro