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Capítulo 1

Capítulo Um 

Liara

Mais um amanhecer e eu estava ali: encostada à sacada do meu quarto e admirando a vista linda que ela tinha.

Eu andava perdendo o sono com frequência desde que descobri a minha doença e olhar as árvores em torno da minha sacada e o grande espaço verde que tinha ali, me trazia paz e eu me sentia como se estivesse sendo acolhida por Deus. Podia até parecer uma bobagem, mas eu tinha colocado Ele à frente da minha vida e do meu tratamento e enquanto eu ficava ali observando um pouco da sua criação eu o sentia perto de mim.

Meu quarto ficava no segundo andar da casa de sítio dos meus pais, não era o quarto maior ou melhor, mas era o único que tinha a vista direta para a mata, para os bichos e a vista com mais verde e eu o tinha escolhido por isso.

Meus pais tinham um grande escritório de advocacia na cidade vizinha e se desdobravam entre idas e vindas para se manterem no sítio e na cidade ao mesmo tempo. Eu tinha me mudado, pois na cidade em que ficava o sítio estava situado o hospital que era referência no tratamento contra o câncer e para me dar o melhor, toda a minha família se mudou comigo para o sítio, bem, não se mudaram de vez, mas como eu disse, ficavam entre as ida e vindas entre o campo e a cidade grande.

Minha família era formada por meus pais e minha irmã Sheila que era a alegria da casa e desde que eu havia descoberto que estava doente ela tentava me fazer aproveitar o melhor da vida e não me deixava esmorecer. Ela era a doida da família, tinha a mania carinhosa de chamar todo mundo de arrombado, o que não era uma coisa normal e fazia com que meus pais quisessem matá-la, mas para Sheila era um chamamento engraçado e que ela fazia com naturalidade.

Minha irmã tinha aversão a casamento, adorava curtir a vida e em uma das suas ideias para me animar depois que descobri a doença, ela me fez virar a noite em uma balada, onde saímos de casa às sete da noite e só voltamos às onze da manhã do dia seguinte, depois de tomar café na padaria preferida dela. Nossos pais quase nos mataram, mas foi divertido apesar de ela ter ficado a noite toda parecendo esperar alguém.

Éramos apenas dois anos de diferença uma da outra, Sheila era a mais velha com vinte e sete e eu tinha vinte e cinco. Sempre fomos muito parecidas com a pele morena, os cabelos ondulados e nossos olhos eram pretos como jabuticabas, a diferença era que eu tinha uma covinha na bochecha e ela não.

Sempre usei os cabelos compridos, mas como eu sabia que com a quimioterapia o meu cabelo ficaria ralo ou eu teria que cortar careca, assim que comecei o tratamento eu o cortei curtinho, na altura do ombro, para amenizar a aparência defasada e sinceramente, eu tinha gostado do novo corte.

Sheila era a descolada da família, não era apegada ao cabelo e já tinha colocado dreads, feito tranças, pintado de várias cores e me dizia que logo o meu cabelo cresceria novamente quando eu estivesse saudável e que era para eu desapegar e ser feliz.

Ela era tão descolada e livre de tudo, que muitas vezes eu quis ser como ela, mas eu era a romântica, a delicada e a certinha da família e eu gostava de ser assim.

Depois de um tempo lá vendo o nascer do sol, resolvi voltar para a minha cama e enfim consegui dormir e quando acordei novamente já era mais de dez horas da manhã.

Levantei, escovei os dentes e estava arrumando a minha cama quando minha irmã me pegou de surpresa ao abrir a porta do quarto e dizer:

— Bom dia, Liara! Vamos dar uma volta no sítio?

Hum... desculpa, irmã, mas não vou não, estou meio com preguiça, não dormi direito e acabei de acordar. Ainda nem tomei café.

— Só preguiça mesmo? Está se sentindo bem? — Ela apesar de ser louca, sempre foi muito família e a que mais se preocupava com tudo relacionado a nossa família.

— Sim, só preguiça. — Sorri para ela, para garantir que estava tudo bem e ela sorriu de volta.

bom, vou dar uma volta a cavalo e qualquer coisa vai atrás de mim.

. — Ela saiu do quarto e fechou a porta, me deixando sozinha novamente.

Depois de terminar de arrumar a cama voltei para a sacada do meu quarto e admirei novamente o dia que estava lindo: sol brilhando, céu azul, ouvia-se passarinhos cantando e ao longe o barulho de um trator trabalhando, bem o clima interiorano que eu me lembrava da infância e início da adolescência.

Fiquei olhando o horizonte, observei o sítio da minha família e era bem grande, tínhamos alguns cavalos, porcos, galinhas, que meu pai gostava de criar como seus pais faziam, apesar de que quem realmente criava eram os funcionários, pois antes da doença só íamos ao sítio no Natal e era rapidamente.

Lá também tinha um lago com peixes, uma capela, uma horta e a minha parte preferida quando criança: o tronco embaixo da árvore Ipê rosa, que ficava próxima ao lago.

A casa era grande, tinha dois andares e em volta da casa, meu pai construiu uma área de lazer com churrasqueira, redes de descaso, sala de jogos e uma piscina não muito grande.

O sítio sempre foi nosso refúgio de momentos felizes e quando éramos pequenas, diversas vezes Sheila e eu levávamos amigos para passar férias conosco, depois crescemos e se tornou cada vez mais difícil aproveitar todo o espaço. Há anos que eu não passava grandes temporadas ali, pois quando acabamos a escola, logo Sheila começou a faculdade de Direito, o que deixou nossos pais de queixo caído com a escolha, já que eles sempre acharam que ela faria algo relacionado a arte e eu dois anos depois, também decidi fazer Direito, ambas escolhemos a profissão dos nossos pais e até trabalhávamos no escritório com eles. Sendo assim, com a vida corrida não dava mais tempo de voltar ao sítio e ficar aproveitando a vista como eu estava naquele momento, era só rapidamente e logo voltávamos para a cidade.

Embora eu não tivesse aproveitado muito, eu amava aquele lugar e mesmo que ele estivesse sendo palco para a tragédia da minha vida, eu ainda amava estar ali. Quando eu disse sobre o sítio para a Sheila ela me mandou parar de drama e pensar que eu o amaria ainda mais, pois ali seria onde eu receberia a notícia da minha cura e onde eu colecionaria mais esse e muitos outros momentos felizes.

Nós duas tivemos que deixar vários processos em aberto para outro advogado assumir, na verdade eu já tinha parado de trabalhar logo que descobri a doença, pois meus pais disseram que me dariam todo o respaldo que eu precisasse para focar apenas em me curar, com isso, a minha irmã tinha assumido meus casos, só que a Sheila também parou de trabalhar para me acompanhar nas consultas e ficar comigo no sítio no meu dia a dia para que os nossos pais seguissem levando o escritório e assim sobrecarreguei a todos.

Eu me sentia culpada por fazê-la mudar seus planos e sua vida por minha causa e quando eu a pedia desculpas, ela me xingava, dizia que me amava e que tinha certeza que eu faria o mesmo por ela. E faria mesmo.

Do meu quarto, a uns cento e cinquenta metros, eu conseguia ver o estábulo com as baias dos cavalos e vi quando Sheila saiu cavalgando devagar e usando um chapéu de palha. Ri com isso, pensando que ela devia ter pego aquele chapéu de alguém, já que nunca a vi usando um.

Logo atrás dela saiu um rapaz branco, mas bronzeado de sol, usava jeans, botina e uma camiseta polo branca com o nome do sítio no peito, que logo reconheci, pois meu pai fez essas camisetas para todos os funcionários e fui eu quem as encomendou.

Eu conhecia todos que trabalhavam ali, mas não àquele. Fiquei o observando e ele organizava uns fenos e apesar de ser de manhã o sol já estava ardido.

Parecendo cansado e com calor, vi quando o rapaz colocou as mãos na cintura e respirou enquanto olhava em volta, depois andou até a mangueira que ficava a alguns passos mais próximo de onde eu estava e a pegou do chão, em seguida abriu a torneira, tirou a camisa, abaixou a cabeça na frente do corpo e começou a jogar água na nuca para se refrescar.

Mesmo ainda longe, consegui ver quando o rapaz fechou os olhos em contentamento, mexendo a cabeça de um lado para o outro para se livrar da quantidade excessiva de água que tinha caído em seu rosto. Da minha varanda, mesmo não fazendo ideia da temperatura que estava a água, pude sentir que estava revigorante só pela serenidade que ele transmitia em seu rosto ao se refrescar. Reparei nos seus braços fortes segurado a mangueira acima da cabeça e na água que escorria por seus cabelos castanhos claro e pescoço e me deu vontade de me juntar a ele.

Quando o rapaz se levantou, ficou de olhos fechados aproveitando a sensação e vi quando filetes de água escorriam por seu abdômen definido e eu as acompanhei com o olhar até que elas chegassem a sua calça jeans que estava segura com um cinto marrom e se perdessem dentro dela, depois voltei olhando toda a extensão do seu abdômen novamente e ele era perfeito e eu nunca tinha visto um homem tão lindo. Perfeito!

Me sentindo capturada pela cena e praticamente babando, voltei a olhar para o seu rosto e foi o momento que notei que ele já tinha aberto os olhos e estava me olhando de volta, no mesmo segundo me perguntei se ele estava me observando a todo instante enquanto eu o admirava.

Imediatamente me recompus e me desencostei da sacada do meu quarto, fiquei sem graça por estar o encarando e mudei o meu olhar de direção sem saber o que fazer, quando voltei a olhá-lo ele estava com um leve sorriso no rosto e não fez nenhum movimento com a intenção de parar de me olhar, então para fugir daqueles olhos intensos e do pequeno sorriso debochado que enfeitava seus lábios, saí da varanda, fechei a cortina e voltei para dentro do quarto claramente me escondendo.

Que vergonha!

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