Se entregando
Clara
Saí do bar junto com a Laura, fomos ovacionadas pelo público e o bar começou a encher, outros barmans se colocaram a disposição e começaram a fazer diversas bebidas que os frequentadores pediam. Como sempre eu e Laura seguimos para o estoque para nos recuperarmos e voltarmos para o atendimento. Assim que me aproximei do sofá me joguei nele. Sentia-me aliviada como se tivesse tirado das minhas costas um peso enorme.
— Pensei que não fosse conseguir. Amiga eu estava muito nervosa. — Falei e a Laura se jogou ao meu lado.
— Eu tinha certeza que você ia arrasar como sempre. Mas falando sobre o Fernando, você o viu babando muito por você enquanto você dançava?
— Não pira Laura, ele só estava lá olhando para ver se estamos nos saindo bem. E do mesmo jeito que ele olhou para mim, ele te olhou também.
— Não senhora! Ele só te olhou. Até porque, se ele me olhasse como te olha, eu já tinha arrastado ele para esse sofá e só Deus ia me fazer largar daquele gato.
Ri e quando ia dizer algo um movimento na porta chamou a minha atenção e quando olhei lá estava o Fernando nos olhando.
— Já estou de boa, vou lá ajudar os meninos no bar. — Laura falou saltando em um pulo. — Mas fica aí mais um pouco descansando o pé Clara, você me disse que estava doendo. — Minha amiga disse e me deu uma piscada. Meu pé não estava doendo coisa nenhuma, da onde ela tirou isso?
— Você se machucou na dança Clara? — Fernando se aproximou de mim e parecia preocupado.
— Humm, não. Estou bem, não se preocupe.
— Crianças, não se comportem. E Clara lembra do sofá. — Laura falou e saiu sorrindo.
— O que ela quis dizer? — Fernando perguntou.
— Não faço ideia. — Me fiz de desentendida.
Ele sentou-se ao meu lado, pegou meu pé e colocou no colo dele, enquanto eu ficava sem entender.
— Não faça essa cara de espanto Clara. A Laura disse que seu pé estava doendo e como um bom patrão e amigo vou fazer uma massagem para parar de doer.
— Não precisa Fernando. — Tentei tirar o pé do colo dele.
— Claro que precisa. Eu insisto.
Ele ficou apertando meu pé e graças a Deus eu tinha ido à pedicure. Fiquei tensa a principio, mas logo comecei a aproveitar a massagem e relaxar.
— Está melhor?
— Ham? Há sim claro, tá melhor. — Como eu sou ridícula, meu pé nem está doendo. — Muito obrigada Fernando. — Tirei o meu pé do colo dele.
— Fernando? Achei que tínhamos deixado Claro que eu seria Nando.
Sorri.
— Nando — Sorri — Ainda não tive oportunidade de te agradecer pelos passeios, por você ter tratado a minha filha com tanto carinho esses dias. Ela está muito feliz em ser sua amiga.
— E eu estou muito feliz em ser amigo dela. Não precisa agradecer, eu é quem agradeço.
Ele ficou me olhando por um tempo, mas quebrei o olhar e coloquei meus sapatos.
— Bom, deixa eu voltar para o bar que deve estar fervendo. — Falei me levantando.
— Se não estiver se sentindo bem, tire a noite de folga. Tenho certeza que o pessoal vai dar conta do bar.
— Estou bem, mas obrigada por oferecer. — Que vergonha de ficar mentindo que estou bem, quando nunca estive ruim. Dei um sorriso sem graça á ele e me virei para sair.
— Espera. — Ele segurou a minha mão. — Quero dizer que eu adorei a performance de hoje, você estava incrível.
Pensei que ele fosse fazer algo mais, mas ele apenas me olhou e sorriu. Sorri para ele em resposta.
— Obrigada.
Vire-me e fui para o bar o deixando-o lá me olhando.
Cheguei ao bar estava uma loucura, mas a Laura e os outros barmans não deixaram a peteca cair e mesmo corrido estavam dando conta. Com tanta correria, quando dei por mim já era hora de fechar. O peguete da Laura estava lá essa noite, esperando-a terminar o expediente para saírem, fazia dias que eles não saiam, na verdade desde o dia que tive um principio de crise de pânico a Laura evitou me deixar ir embora sozinha. Mas hoje depois de garantir mil vezes a ela que eu ficaria bem, ela disse ao peguete (que descobri que se chama Mateus) que poderia sair com ele.
Falei para a minha amiga ir logo, que eu terminaria de ajeitar o nosso balcão. Ela saiu me mandando beijos e dizendo que me amava, enquanto eu sorria da minha amiga louca. Assim que terminei, fui para o estoque e todos já tinham ido. Comecei a ajeitar o armário, cantando a música da apresentação baixinho e balançando o corpo. Fechei o armário, coloquei a bolsa no ombro e virei-me para sair e tomei um susto:
— De novo você me assustando Fernando. — Falei colocando a mão no peito.
— Desculpa — ele riu e veio até mim. — Estava indo embora, porque pensei que a Laura ia embora com você, mas daí, ela veio me pedir se eu podia te levar, porque ela tinha um compromisso. E aqui estou eu. Fiquei te olhando cantar e dançar ali da porta.
— Ai meu Deus, que vergonha!
— Estou pensando seriamente em colocar você cantando nas próximas apresentações.
— Quer espantar todos os clientes Fernando? — Ele sorria largamente da minha vergonha e eu tampei os olhos.
Ele veio até mim, puxou as mãos do meu rosto e quando ergui o olhar para ele, ele estava sorrindo. Nossos rostos ficaram muito perto um do outro e tentei me afastar dele, mas foi em vão, porque assim que ele percebeu que eu iria me afastar, ele me segurou pela cintura, me puxou para perto dele e sussurrou no meu ouvido.
— Desde que eu te vi dançando, estou com tanta vontade de fazer uma coisa.
— O que? — Consegui perguntar com a respiração ofegante.
Ele sorriu sabendo o efeito que estava me causando e continuou:
— Seu cheiro é tão bom Clara. Todos esses dias que passamos juntos, eu queria te ter assim nos meus braços. Não sei o que acontece comigo quando estou perto de você. Fico assim, só querendo ficar mais perto e mais perto e mais perto. — E ele me apertou ainda mais contra seu corpo.
Ele colou o rosto dele encostado ao meu e meus olhos estavam fechados absorvendo cada palavra que ele dizia. Eu não deveria deixar isso acontecer. Eu não deveria! Eu tinha que ter autocontrole, tenho que o afastar, como eu sempre faço, mas eu simplesmente não estou conseguindo. Ele passou o nariz pela a minha bochecha e eu sentia meu peito subir e descer acompanhando a minha respiração que estava acelerada assim como a dele.
Ele foi passando o rosto devagar na lateral do meu, até que ficamos frente a frente, nariz com nariz, com uma distância mínima separando a minha boca da dele, e foi então que os lábios dele romperam a distância, encostaram-se aos meus e ele me beijou. Um beijo de inicio casto e calmo, mas que assim que ele viu que não o afastei ele intensificou. E eu não conseguia para-lo, simplesmente não conseguia para-lo! Sentia meu corpo formigando de prazer apenas com o beijo que ele estava me dando. E já fazia tanto tempo que eu não me sentia assim. E por que não aproveitar? Coloquei meus braços em volta dele e o apertei, cravei as minhas unhas em suas costas. Eu o queria! Sinto que o queria desde a primeira vez que o vi aqui. Ele me agarrou pela cintura, me ergueu sentando-me sobre a mesa que estava ao nosso lado. Pude sentir que ele estava muito afim de tudo isso e eu não estava diferente. Fiquei consumida de prazer e já não era mais dona do meu corpo, nem das minhas ações. Eram muitos dias de tesão reprimido e de desejo abafado por querer e pensar que eu não poderia começar um novo relacionamento, mas por hoje eu não pensaria nisso e me entregaria. Sim vou me entregar e fazer uma loucura a primeira vez na vida.
Sem tirar a minha boca da dele, peguei a bainha da camisa que ele vestia e puxei para que ele a tirasse. Ele ergueu os braços sem titubear e em seguida pude ter um rápido deslumbre daquela barriga cheia de gominhos e sexy pra caramba que estava na minha frente. Enquanto eu ainda admirava a barriga delicia dele, ele foi rápido e fez a mesma coisa tirando a minha blusa. Enrolou a mão no meu rabo de cavalo o puxando para baixo, deixando o meu pescoço livre, o beijando e me deixando louca.
Estávamos perdidos um no outro, quando ouvimos uma batida na porta. Fernando separou-se de mim e pareceu estar com raiva por ter que fazer isso.
— Só um minuto. — Ele disse sério, pegou a camisa do chão e a colocou enquanto ia até a lá ver o que era.
O ouvi falando com alguém, que me pareceu ser o Valmir. Enquanto eu estava ali, parada com o rosto pegando fogo de vergonha e de falta de vergonha. Peguei a minha camisa do chão e fui colocar quando ele voltou.
— Era o Valmir o mandei embora. Disse a ele que eu fecharia aqui.
Já estava vestida e não respondi. Estava morta de vergonha. Percebi que ele me olhava e parecia tenso então falei:
— Preciso ir embora.
— Por favor, não vai. Poderíamos continuar de onde paramos. — Olhei para ele e ele estava com cara de cachorro abandonado. Fechei os olhos soltei o ar e quando voltei a abri-los, o vi ali, lindo na minha frente e pensei: Por que não?
Acabei com a distância entre nós e colei a minha boca na dele novamente e recomeçamos de onde tínhamos parado. Em minutos estávamos sem as camisas de novo e em seguida sem as calças e no instante seguinte eu estava nua em cima do sofá. Perdida entre as mãos dele que subiam e desciam me acariciando pelo corpo todo. Ele se afastou e me olhou inteira. Senti-me com vergonha, afinal eu não estava em forma e tenho consciência disso.
— Você é linda. — Ele falou e colocou uma mão de cada lado do meu quadril apertou e deitou sobre mim novamente.
Tentei não pensar no meu peso extra e me deixei levar (até porque era impossível pensar em qualquer outra coisa que não fosse aquele homem gostoso me beijando) Ele puxou a minha perna pela coxa, colocando-a apoiada no quadril dele e se colocando entre as minhas pernas, para a seguir me preencher e me fazer soltar um gemido de prazer.
— Faz muito tempo que eu não faço isso. — Sussurrei envergonhada.
— Shiuuu, você está perfeita. Você é perfeita!
Ele voltou a me beijar para que eu parasse de pensar tanto e eu parei. Entreguei-me. Eu estava entregue, de corpo alma e porque não dizer de coração.
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