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Omitir para não perder


Fernando

Quando vi a Fabiana na frente da Clara senti o maior desespero do mundo. Vi no olhar da Clara que ela tinha descoberto o bendito casamento e isso me quebrou ao meio, graças a Deus agora estou o com ela dormindo deitada em meu braço e a sensação que eu sinto é a melhor do mundo.

Olhei para ela dei um beijo em sua testa e falei baixo:

— Eu te amo.

Achei que ela estava dormindo, mas ela me respondeu baixinho.

— Eu também te amo.

— Clara vamos fazer dar certo. Eu preciso que dê certo, porque ficar sem você vai ser a pior coisa que pode me acontecer. Estamos pouco tempo juntos eu sei, mas já te amo tanto. Não vivo sem seu cheiro — Apertei-a e cheirei seu cabelo. — Sem seu gosto — Dei um beijo casto na boca dela. — Não vivo sem você.

— Para de me falar isso.

— Só estou dizendo a verdade.

— Às vezes gostaria que você mentisse. Não me dissesse coisas tão lindas, que daí quem sabe assim, eu não estaria tão apaixonada por você.

Abri um sorriso e fiquei olhando para o teto, sorrindo feito um bobo apaixonado, que é o que eu me tornei depois que eu conheci essa bendita mulher.

Levei a Clara para a casa dela, depois de pegarmos a Mayara na escola e mais uma vez o sorriso da menina ao me ver ali com a mãe, foi o maior sorriso do mundo e isso enche meu coração e me faz ter cada vez mais vontade de fazer essas duas felizes, só para ver esses sorrisos.

Após me despedir delas, depois de prometer para a Mayara que na próxima segunda passaríamos mais tempo juntos, segui para casa do meu avô para saber como ele estava, mesmo não aprovando o que ele esta fazendo comigo eu o amo e preciso saber como ele se sente. E por ama-lo que estou nessa confusão toda, mas estou por enquanto porque vou sair dela o mais rápido possível. Estava no caminho para casa do meu avô, quando avistei uma floricultura e me lembrei do quanto a Clara gostou de receber flores na primeira vez que enviei, e se é para vê-la feliz, por que não enviar de novo?

Comprei um enorme buquê de rosas vermelhas e novamente tentei me inspirar para escrever um cartão, mas o poeta em mim tinha ido dar um passeio mais um vez. Fiquei olhando para o papelzinho em branco e resolvi procurar na internet algo que tivesse a ver com esse nosso momento. Achei uma citação e escrevi.

"Ah o amor...

Que nasce não sei onde,

vem não sei como,

e dói não sei porquê."

Luiz Vaz de Camões

TE AMO MEU AMOR.

Anexei o cartão ao buquê e sorri feliz por pensar no enorme sorriso que ela daria ao receber as flores.

Segui para casa do meu avô, mas antes não tivesse ido. Ao chegar lá, toda a felicidade de uma manhã de reconciliação com a Clara passou.

— Eu não vou a esse jantar! — Falei.

— Fernando você como o futuro presidente da empresa tem que estar presente com a sua noiva.

Ditian eu tenho que trabalhar, hoje a Angels funciona e precisa de mim.

— Ela funciona tarde da noite, dá para você fazer as duas coisas. — Meu avô estava deitado no sofá e no momento que terminou a frase colocou a mão no coração e fez uma careta. Que me lembrou de que eu tinha que poupa-lo de todo aborrecimento.

— Tudo bem eu vou, mas vou ficar pouco.

— Tudo bem. Só durante o jantar. — Ele falou sorrindo.

Minha avó estava sentada no outro sofá e deu de ombros para mim como se pedisse desculpa por ter que me ver passar por isso.

Ditian gostaria de conversar com o senhor. Sei que as tradições são importantes, sei que eu deveria segui-las para que vocês ficassem felizes. Mas se eu segui-las eu não ficaria feliz, eu não estou feliz. Eu não amo a Fabiana, eu não gosto de trabalhar na empresa. Isso vai me deixar infeliz. Só peço para que você pense por um minuto, você prefere me ver triste e seguindo tradições ou feliz vivendo a vida que eu amo?

— Fernando, infelizmente nossas vontades não podem ser colocadas acima dos nossas obrigações. E você pode se sentir infeliz agora, mas com o casamento, quando você assumir seu cargo, vai ver como isso era o certo. É o que nossos antepassados fizeram e o que você tem que fazer.

Respirei fundo para não brigar com meu avô e piorar a situação da saúde dele

— Tudo bem. — Falei com o maxilar tensionado. — Vou indo. Nos vemos a noite. — Levantei, dei um beijo na minha avó e fui para casa.

Fui dirigindo e pensando se deveria ou não contar para Clara sobre esse jantar. Se eu contar, ela vai fingir estar tudo bem, por causa do nosso combinado, mas eu sei que no fundo ela vai ficar sofrendo e ficar pensando que estarei lá com a Fabiana e não com ela. Não vou contar. Vai ser rápido e não vai ter como ela saber. Não vou fazê-la sofrer por nada.

Cheguei em casa mandei uma mensagem para Clara dizendo que a amava mais que a mim mesmo e ela respondeu com um " Eu também te amo", me fazendo rir. A noite caiu rapidamente e comecei a me arrumar. A ocasião era formal e pedia terno e grava, mas como não estou a fim de impressionar ninguém lá, e vou para a Angels direto depois, coloquei uma calça jeans, uma camisa social e um terno. Quando saí rumo ao jantar, peguei o celular mais uma vez antes de ligar o carro e pensei em ligar para a clara e contar, mas o rosto triste dela me veio à mente e desisti. Liguei para a Fabiana e avisei que já estava passando para pega-la e ela respondeu que já estava pronta.

Parei o carro em frente à casa da Fabiana e ela veio andando em direção ao carro. Eu não desci para encontra-la nem nada, mas preciso dizer que ela estava linda em um vestido dourado e longo. Mas nada que se compare a beleza da minha Clara. E imediatamente já a imaginei aqui comigo, linda em um vestido longo e me acompanhando nesse jantar. Com ela eu até aceitaria ser presidente da empresa sem reclamar. Senti uma tristeza em pensar que a estava enganando e que ela não estaria ao meu lado, que nem notei a Fabiana falando comigo.

— Vamos Fernando. — Olhei para ela enfim a notando ao meu lado e só assenti sem vontade.

Seguimos para o jantar em silêncio e a Clara não saía da minha cabeça. Pensei que eu deveria contar para ela onde e com quem eu estou nesse momento, mas o medo de ela terminar tudo comigo está falando mais alto. Entramos no salão e fomos seguidos por diversos olhares e meneios de cabeça em cumprimento. Fomos em direção a nossa mesa que estava marcada e dividiríamos com meus pais, os pais dela e meus avós. Minha irmã Adriana como ainda podia fugir, fazia de tudo para não participar dessas baboseiras e não estava presente. Quem me olhasse com mais atenção, conseguiria ver em meu olhar, que eu não estava ali, que minha cabeça não estava ali e que eu não estava feliz.

O jantar estava um saco e eu estava ali só para cumprir minha obrigação perante a minha família. A Fabiana tentou puxar assunto comigo, mas foi em vão e eu continuei calado o quanto pude. Sentia todos os olhares em cima de mim e tentei desviar de todos eles mexendo na minha comida e pensando na minha Clara.

— Como você está bonita Fabi, cada vez mais bonita na verdade. Você não acha Fernando? — Minha mãe tentou chamar a minha atenção.

— Sim, está. — Falei sem vontade e a Fabiana pareceu se iluminar com o meu comentário me lançando um sorriso enorme.

— Vão me dar netos lindos esses dois. — A mãe da Fabiana se meteu na conversa.

Pensar em filhos com a Fabiana fez meu estomago revirar e eu não queria mais ficar naquela mesa. Pedi licença e fui até a frente do salão que dava para um gramado e no meio tinha um pequeno jardim cheio de rosas. Rosas... Como não lembrar da minha Clara quando vejo rosas? Fechei meus olhos e pensei que isso estava sendo demais para mim. Eu não quero essa vida. Peguei meu celular do bolso, disquei o numero da Clara e imediatamente ela atendeu.

— Olá, meu anjo nipônico. — Ah essa voz me acalma.

— Anjo nipônico? — E só com as primeiras palavras dela ela já conseguiu me tirar um sorriso.

— Sim, meu anjo. Só meu. — ela acrescentou sorrindo e continuou — Nando foi bom você ligar, eu e a May estávamos falando de você agora.

— Ah é? O que falavam? — Falei com um sorriso bobo no rosto.

— Sim. Acabamos de ver na TV, um parque aquático que tem na cidade vizinha e eu disse que poderíamos ir qualquer dia desses e advinha?

— O quê? — Eu ainda sorria.

— Ela disse que só vai se você, o melhor amigo dela, for. Segundo ela, se você for vai ser muito mais legal. Você realmente conquistou a minha filha.

— Fala para ela que nós vamos sim, e esse passeio vai ser o melhor de todos. — Ouvi a Clara dando o recado e a menina gritando de alegria ao fundo.

— Ouviu a alegria? Você faz muito bem a minha filha.

— E a mãe dela, eu faço bem?

Ela deu uma risadinha no telefone, que fez um arrepio de contentamento passar pelo meu corpo.

— Sim, você me faz maravilhosamente bem.

Uma tristeza passou sobre mim em pensar no que eu estava fazendo. Eu não posso continuar omitindo as coisas dela. Tenho que contar onde estou nesse exato momento.

— Eu te amo. — Ela me disse acabando com todas as forças que eu estava criando para contar a ela onde eu estava.

Soltei o ar que estava segurando.

— Eu também te amo. Nunca se esqueça disso.

— Não vou esquecer. Bom meu amor, vou terminar de me arrumar para Angels e nos falamos mais tarde.

— Tudo bem. Até mais tarde.

Ela me disse mais uma vez que me amava e desligou. Mais uma vez eu não tinha contado a ela a verdade e aqui estava eu olhando para o celular em minha mão.

— Fernando. — Virei-me e vi a Fabiana atrás de mim. — Estão te chamando na mesa. Seu avô e seu pai precisam de você lá para contar algo sobre a empresa.

— Vamos. — Passei por ela sem dizer mais nada, mas ela segurou meu braço.

— Olha, sei que você ama aquela moça, mas eu estou aqui, não queria estar no inicio, mas a nossa proximidade me trouxe sentimentos do passado e eu gosto de você Fernando. — Ela parecia triste.

— Desculpa Fabi, eu também gosto de você o que vivemos foi bom, mas eu amo a Clara. Aqui não era onde eu queria estar e esse noivado falso não era o que eu queria para a minha vida. Consegue entender o quanto eu estou puto com isso?

— Consigo, mas tenta esquecer essa Clara só um pouco e tenta pensar que somos só nós dois, só por hoje.

— Não consigo esquecê-la, nem por um segundo.

Ela fez uma cara de brava e me olhou com um olhar rígido.

— Você vai mesmo me trocar por uma mulher que já tem uma filha?

— Olha Fabiana, não vamos por esse caminho. Eu amo a filha dela tanto quanto eu a amo. E se quer continuar ao menos sendo a minha amiga, espero que respeite as duas e não fale mais uma palavra em relação a elas.

— Não está mais aqui quem falou. — ela ergueu as mãos em rendição com o olhar triste.

— Vamos entrar — Falei ríspido, ela assentiu e quando nós estávamos entrando no salão, um fotografo nos parou e pediu para que parássemos rapidamente para uma foto. Estávamos sendo fitados por vários pares de olhos e eu não podia fugir. Então eu me coloquei ao lado dela.

— Podem ficar mais próximos, por favor? — O fotografo pediu e a Fabiana pegou a minha mão e colocou em volta da sua cintura assumindo um enorme sorriso no rosto enquanto o meu rosto só assumia uma carranca de raiva por estar passando por isso.

Fomos em direção à mesa e após terminamos o jantar nos levantamos para acompanhar a apresentação. Eu queria ir embora, mas como a minha avó era a atração e pediu para que eu ficasse mais alguns minutos para vê-la cantar, eu fiquei. Batian era uma cantora maravilhosa de karaokê, subiu no palco usando um lindo kimono e começou a cantar uma canção japonesa que falava sobre ancestrais e tradição. Ela cantava lindamente e com uma voz que acalmou meus pensamentos e pelos minutos que a canção soava pelos autofalantes do salão, eu me permiti esquecer tudo que eu estava vivendo. Mas não por muito tempo, já que olhando em volta eu via toda uma colônia japonesa, em que apenas uma ou duas pessoas ali não eram orientais ou descendentes. Minha mãe era uma delas. Percebi vagamente a música acabar e meu pai assumir o microfone começando a falar sobre diversas metas cumpridas e a cumprir da empresa, mas não percebi o que ele disse a seguir. Minha cabeça estava na Clara e era com ela que eu queria estar agora, não sei como pude me meter nessa confusão, aliás, pensando melhor como eu pude deixar que me metessem nessa confusão.

Fui tirado dos meus pensamentos quando o flash da máquina do fotógrafo me chamou atenção e ouvi que meu pai anunciava o meu casamento. Todos aplaudiam e com o copo para o alto gritavam "kampai" em celebração aos noivos. Olhei para o lado e a Fabiana sorria radiante e quanto a mim? Só queria fechar os olhos e sumir dali. Talvez meu pânico naquele momento estivesse tão estampado no meu rosto, que quando olhei para a minha avó ela me olhava com pena.

Esperei que o foco das pessoas do salão mudasse de mim para o telão, onde gráficos de evolução da empresa nos últimos anos eram exibidos e tentei sair dali escondido sem ter que ouvir mais uma palavra sobre esse maldito casamento, mas foi em vão, quando eu estava quase chegando à porta encontrei a minha mãe. Tentei passar por ela sem ter que dizer nada, mas ela me interceptou:

— Sei que você está em infeliz, mas, por favor, pensa na nossa família, seu avô está doente e seu pai está tão feliz com esse casamento.

— Eu penso em todos, mas ninguém parece pensar em mim. E a senhora como minha mãe deveria ser a primeira a pensar na minha felicidade e não apoiar essa loucura.

Ela pareceu ficar triste.

— Não posso ficar contra seu pai.

— Então prefere ficar contra mim?

— Ela tem uma filha Fernando, nunca vai dar certo.

— Isso quem tem que decidir sou eu. E para mim, a filha dela só faz somar.

Saí do salão sem olhar para trás e deixei minha mãe lá me olhando ir embora. Preciso ver a minha Clara e beija-la muito, para esquecer todo estresse que a minha família me fez passar essa noite.

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