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Capítulo sem título 2

Capítulo dois

O dia que eu temia chegou, era a minha folga e passei o dia todo agoniado em casa, pensando nela e rezando para o dia passar rápido para que eu a visse de novo.

Pensei no nosso almoço e na história que a Alice havia me contado, imaginei o quanto foi difícil para ela enfrentar sozinha a morte do marido, a gravidez e o nascimento prematuro do filho e isso só aumentou a minha admiração por ela.

E a vontade de ficar perto também.

O dia custou a passar e era inevitável não ficar ansioso pensando no que Alice tinha achado do nosso almoço, além de pensar no que ela estava fazendo, se estava sozinha e no que pensava sobre a nossa amizade, amizade essa que eu estava gostando e não queria que acabasse.

A dúvida sobre o que eu estava fazendo também me assombrou durante o dia e o sentimento de não entender como me meti naquela vontade de ficar perto dela me deixava confuso, pois eu não me apegava fácil, nunca fui o tipo de homem que se apaixona à primeira vista, porém, algo nela me lembrava alguém ou me dizia que eu já a tinha visto, entretanto, pelo pouco que conversamos percebi que antes do hospital não tínhamos frequentado os mesmos lugares.

Abri minhas redes sociais e parecendo um perseguidor, digitei o nome dela e depois de umas duas tentativas a achei, o perfil era fechado e eu não consegui ver nada sobre ela, mas vi que não tínhamos amigos em comum, o que me deixava mais certo de que eu não a conhecia de fora do hospital.

Parecendo um adolescente sofrendo por amor coloquei uns clipes de música Romântica para tocar na TV e abri umas latas de cerveja, uma das músicas era Kiss me do Ed Sheeran que quase me enterrou por na letra falar sobre duas pessoas se apaixonando, então achei melhor ficar só na cerveja e desligar a música.

Sempre morei sozinho desde que fui renegado pelo meu pai por escolher a área da saúde ao invés de ser militar como ele, mas era a primeira vez que eu sentia falta de alguém ali comigo para me tirar dos pensamentos persistentes sobre a Alice.

Fui trabalhar no dia seguinte e quando cheguei na porta do hospital comecei a procurar a chave do meu armário na bolsa carteiro que eu levava comigo, enquanto continuava andando e foi quando distraído esbarrei em alguém que também passava pela entrada principal.

— Desculpa.

— Desculpa.

Falamos juntos e quando ergui meus olhos da bolsa para olhar em quem eu tinha esbarrado, percebi que alguém no céu era muito bom para mim, pois ali na minha frente, olhos castanhos e risonhos me encaravam.

— Desculpa, Alice. Eu estava distraído.

— Me desculpa também, é que ainda não acordei.

Ela carregava um copo com o logo da Cafeteria que ficava em frente ao hospital.

— Quer que eu pegue um para você? — Apontou para o copo e eu fiquei feliz pela oferta.

— Não, obrigado, já tomei café.

— Não costumo tomar leite, mas por conta de ter que tomar bastante liquido pela amamentação, eu passei a tomar. Vamos entrar? — perguntou e juntos nos encaminhamos para o elevador.

— Eu admiro vocês mães, passam por tantas coisas, dores e amores... Às vezes, até queria ser mulher para sentir um pouco dessa intensidade toda, mas quando penso nas dores logo penso que amo ser homem.

— Sim. Tudo dói e é péssimo.

Ela revirou os olhos e juntos rimos.

— Vocês não têm nada de sexo frágil.

— Acho legal esse reconhecimento, meu marido era meio ogro. — Ela riu com a lembrança, mas depois pareceu sentir-se culpada por isso. — Ele era militar e um pouco machista, não que todos sejam, mas meu marido... Era o tipo que achava que lugar de mulher é na cozinha e eu penso que lugar de mulher é onde ela quiser e aí a gente meio que divergia.

— Entendo, meu pai também é militar e eu cresci o contrário dele. — Ri. — Acho que sou romântico e totalmente pró-feminismo.

Ela me olhou como que querendo perguntar algo, mas calou-se e eu fiquei curioso, mas pensei ser algo relacionado ao marido e sendo assim aceitei seu silêncio.

Entramos no elevador e seguimos quietos até o andar do berçário e quando descemos com um sorriso ela me perguntou:

— Vamos almoçar juntos de novo mais tarde?

Alice me pegou de surpresa de modo que eu não esperava de jeito nenhum esse convite, que era a confirmação de que ela estava sim gostando da minha presença, então meio gaguejando e tropeçando nas palavras respondi:

— Sim, claro... Qual sua hora de almoço? Quer dizer, sua hora é a que você estiver com fome, mas...

— Que horas é seu horário de almoço?

— Às treze.

— Combinado, então.

— Combinado.

— Sua amiga Mônica também vai?

Só então me dei conta de que não era um encontro romântico e sim um almoço amistoso.

— Vou convidá-la. — Sorri para disfarçar a minha frustração.

— Então até mais tarde.

Nos despedimos, fui trabalhar e até a hora do nosso almoço me peguei pensando nela e a procurando na sala de frente para ao berçário.

Tentei balançar a cabeça para dissipar os pensamentos insistentes que invadiam a minha mente e eram todos sobre ela, depois cheguei à conclusão de que eu devia estar mesmo louco, por me sentir tão atraído assim e tão repentinamente por uma mulher que eu nem sequer conhecia direito, apenas tinha a sensação de já a conhecer. E pensando melhor, eu estava colocando muita expectativa em algo que naquele momento não podia acontecer, afinal, qual a probabilidade de uma mulher que perdeu o marido há menos de um ano, que deu a luz recentemente e que tem seu filho lutando para ganhar peso em uma incubadora, se interessar emocionalmente por um homem? Obviamente nenhuma! E era certo que ela não poderia responder aos meus sentimentos, sentimentos esses que eu nem sequer sabia direito quais eram. Talvez fosse só o instinto de proteção, amizade e a solidariedade falando mais alto em mim em relação a ela.

Mas por que não por outras mães dos pacientes?

Por que ela tinha do nada me chamado tanta atenção?

É certo que ela não está em um momento bom para isso.

Balancei a cabeça para dissipar os pensamentos e foquei no serviço para não ficar louco.

Certo momento tive que descer até o setor da Mônica e quando ela me viu, logo perguntou:

— Almoço hoje?

Mônica era minha amiga desde a escola, era casada e o marido dela era meu amigo também.

— Sim, 13h?

— Combinado, já vou avisar aqui que esse horário é meu.

— Alice vai com a gente. — Franzi a testa já esperando sua resposta provocativa.

— É o quê? — perguntou e sorria. — Vai me trocar por ela agora, já soube pela Lígia da UTI que vocês almoçaram juntos e você nem me contou. Traidor!

Eu ri.

— Sim, Alice e eu agora somos amigos e não posso conversar agora, porque estou em horário de trabalho, na hora do almoço conversamos.

A deixei para trás enquanto me xingava e rindo voltei para o meu trabalho.

Eu estava tão cheio de coisa pra fazer que a hora do almoço chegou rápido para a minha alegria e quando saí do berçário Alice já me esperava no corredor.

— Vamos? — falou.

— Sim, estou cheio de fome.

— Imagino, se eu que não ando com muito apetite já estou com fome também, imagino você.

A encarei enquanto andava.

— Sabe que tem que se alimentar bem, ? Por conta da amamentação.

— Sei, e estou fazendo o possível pelo meu filho, mas sinceramente é tanta coisa para resolver na minha vida, que fome é a última coisa que sinto. — Minha vontade era me oferecer para ajudá-la no que fosse preciso.

Fomos andando em direção ao elevador e quando entramos nele ficamos de lado, de modo que eu conseguia a encará-la pelo espelho.

Faríamos um belo casal juntos se ela quisesse.

Fiquei em silêncio e olhei para os meus pés, para evitar ficar a admirando.

Alice riu e eu a encarei, como quem a perguntava o motivo e ela disse:

— Acho você tão grande e forte para trabalhar em um berçário.

Eu ri.

— Você não é a primeira que me diz isso, mas se quer saber, eu quero mesmo é trabalhar na UTI, que eles são ainda mais pequenos. Já até me candidatei a uma vaga lá. Pode ser que eu ainda consiga cuidar do Antony.

Ela sorriu.

— Eu adoraria. E você vai ficar ainda maior perto dos pequenininhos. Olha o tamanho da sua mão.

— Dou conta, sou delicado. — Pisquei para ela que me olhou com curiosidade.

O elevador parou no térreo e eu a deixei sair na frente, depois continuei a falar:

— Na verdade, primeiro fiz curso de Técnico de Enfermagem para saber se a área da saúde era o que eu queria, aí trabalhei em uma maternidade e amei, com isso resolvi fazer a faculdade de Enfermagem e assim que terminei trabalhei na emergência de outro hospital, mas o que eu sempre gostei foi da paz dos bebês.

— Deve ser uma grande diferença de um hospital e setor para outro.

— Nossa, muita diferença. Tem que ter estômago para trabalhar na emergência, chega de tudo e todos procurando atendimento. Descobri que talvez eu tivesse que ter escolhido pediatria. — Eu ri. — Amo estar no meio dos bebês.

Ela me olhou franziu as sobrancelhas, como se tomasse entendimento de algo e eu daria um dedo para saber o que pensou.

Chegamos no restaurante, nos servimos e quando no sentamos à mesa, ela começou a falar do marido:

— Meu marido era tão saudável, que ele nunca faria um prato igual ao seu.

Olhei para o meu prato e tinha bacon e mais outros tipos de carne de porco, que era o tipo de carne que eu amava comer. Ri para ela.

— Isso é uma crítica ao meu prato? — perguntei de maneira divertida e ela sorriu.

— De jeito nenhum, só não entendo como você se mantém em forma com ele. No nosso primeiro almoço você pegou tão pouca comida.

— Eu estava com vergonha de você achar que eu era um esfomeado.

— Agora não mais?

— Não, estou com muita fome para sentir vergonha.

Ela riu.

— Você está certo. Meu marido tinha um problema com a alimentação e tinha uma fixação que muitas vezes me irritava e quando eu apontava isso, ele dizia que era militar e que tinha que ser saudável e forte.

— Eu sou saudável e como bacon — Ela sorriu. —, mas eu entendo seu marido, porque meu pai por ser militar era insuportável com isso e não só com ele, comigo também.

— Você e ele se dão bem?

— Não. — Eu ri sem vontade para a minha resposta. — Eu tento, mas ele força demais o meu psicológico. Pensa, num militar todo machão que sonhou em ter um filho que seguiria carreira na polícia como ele e aí o filho cresce e vira Enfermeiro. — Ri de novo, dessa vez com vontade, porque sempre me divertia com a lembrança do momento que o contei que estava fazendo Enfermagem. — Quando contei ele quis me matar.

— É, imagino o quanto para ele deve ter sido difícil aceitar sua opção.

— Sim.

Ela me olhou parecendo pensar em algo e disse:

— Tiro pelo meu marido. Eu sou formada em Ciências Contábeis e ele nunca permitiu que eu trabalhasse. O que há com esses homens militares? — Sorriu.

— Nem todos, meu tio é do exército e faz tudo que a mulher dele deseja, a trata com muito respeito, como eu acho que uma mulher deve ser tratada.

— Tem razão, não podemos generalizar. — E a Mônica? — Alice mudou de assunto. — Ela não vem almoçar com a gente?

— Me mandou mensagem dizendo para virmos na frente que ela ia se atrasar um pouco.

— Ah, tá.

E no momento que parei de falar, olhei para a porta da frente do restaurante e a minha amiga estava entrando, quando nos viu abriu um sorriso e começou a andar em nossa direção.

— Falando nela, olha a Mônica vindo aí.

Alice olhou para Mônica e deu um sorriso.

— Olá! — minha amiga me cumprimentou e olhou para a Alice para cumprimentá-la também. — Até que enfim vou conhecer a tão famosa Alice. — Deu um beijo no rosto da Alice que sorria para ela, logo parecendo gostar de Mônica.

— Famosa, é? — Alice me olhou.

— Sim, muito famosa. Miguel não para de falar em você — Mônica respondeu.

Alice sorriu para mim e eu estava meio que ficando com vergonha.

— Ele vem sendo um ótimo amigo.

— Ele é. — Mônica me olhou e eu sorri para ela, sabendo que estava sendo irônica em relação a minha amizade com a Alice. — Um ótimo amigo. — Deu um tapa leve no meu ombro e falou: — Vou me servir e já volto.

Mônica saiu da mesa, deixando nós dois a sós novamente.

— Ela é legal — comentou Alice.

— Nem tanto. — Entortei a boca em desagrado e depois sorri. — brincando. A Mônica é gente boa.

Ficamos observando-a se servir enquanto comíamos nossas comidas em silêncio. Não demorou muito até que Mônica voltou, sentando-se ao meu lado e perguntou:

— E aí, me contem sobre o que conversavam antes de eu chegar e atrapalhar.

Cutuquei a Mônica sem que a Alice visse.

— Falávamos sobre homens machistas. Conhece algum?

Mônica bufou e respondeu:

— O que mais tem.

— Meu marido era um bom marido, mas tinha esse defeitinho.

— Defeitão! Mas ainda bem que o Miguel não tem esse defeito, ele é ótimo, na verdade ele nem tem defeito.

Cutuquei-a de novo e eu estava querendo arrancar a cabeça da Mônica.

— Sou cheio de defeitos, mas vamos mudar de assunto. Antony está se recuperando tão bem, , Alice?

— Sim — ela respondeu, com um sorriso orgulhoso nos lábios. — Ele é um guerreiro. Espero que tenha alta logo.

— Você conseguiu amamentar? — Mônica perguntou.

— Sim, foi tão emocionante ver aquela coisinha tão pequenininha conseguindo sugar, que eu... — Ela juntou os lábios segurando o choro e eu peguei em sua mão para mostrar conforto. Quando olhei para a Mônica ela estava com os olhos cheios de lágrimas, olhava para as nossas mãos dadas e sorria insinuante, por isso soltei a mão da Alice para que ela não achasse que meu ato de carinho tinha alguma segunda intenção. — Desculpem, eu ser tão chorona, mas é que meu pequeno Antony me deixa muito emocionada.

— Eu que nem o conheço me emocionei — Mônica falou, sorrindo. — Preciso conhecê-lo.

— Ele vai adorar te conhecer — Alice respondeu, enxugando o canto do olho.

Aí ambas começaram a falar sobre parto, como se eu não estivesse ali e com isso percebi que Alice tinha mesmo me colocado na posição de amigo, pois só assim para ela falar tão abertamente sobre parto e coisas de mulheres na minha frente, sem se importar que eu estivesse ouvindo. Mônica era mãe de dois meninos e por isso o papo rendeu.

Nosso horário de almoço acabou e juntos fomos para nossos postos: eu e Mônica trabalhar e Alice cuidar do seu bebê, mas antes de nos deixar Mônica falou para que apenas eu ouvisse:

— Adorei ela e vocês ficam lindos juntos.

A respondi com um sorriso orgulhoso e fiz sinal de silêncio para ela, contudo, dentro de mim gostei do comentário, porque eu também achava que nós dois ficávamos perfeitos juntos.


https://youtu.be/0zmUA4eQpJo

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