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8 - CADA ENCONTRO, UMA DOSE


Bom dia e bom domingo, amores <3. No final, tem um recadinho procês. Leiam, tá xuxus?

Boa leitura. 



São Paulo, agosto de 2017, depois da fama


O sinal soou acima de suas cabeças, indicando o intervalo de vinte minutos. Levi precisou encontrar o seu lado mais profissional e todo seu autocontrole pra conseguir interagir com a nova turma sem se deixar olhar o tempo todo para Lia Cotrim, sentada na sexta carteira da quarta fileira.

Foram as quase duas horas mais longas da sua vida. Um nervosismo subia pela coluna, e, por dentro do terno alinhado, suas costas suavam como nunca. O que era aquilo, afinal? Lia morando no mesmo condomínio, no prédio de frente para o seu, no mesmo andar, e agora... mais essa! Era uma das suas alunas na faculdade.

Enquanto os alunos saiam, Levi voltou ao seu lugar para juntar os pertences. Esperava que Lia viesse falar com ele, mas não aconteceu. Ao levantar os olhos, a sala já estava fazia. Com um suspiro de derrota, pegou sua pasta e caminhou até a sala dos professores. Precisava de uma água.

— Levi... — chamou uma voz. Ele ergueu o olhar e se encontrou com Julian Barbosa. Era um homem alto e elegante, cabelos alourados, rosto liso e olhos claros, entrando na casa dos quarenta anos. Era docente na mesma universidade, mas ministrava aulas para o curso de engenharia civil. Puxou uma cadeira e se sentou de frente para o amigo. — Anda perdido no mundo da lua?

Levi balançou a cabeça em negativo, como se esvoaçasse os pensamentos, e forçou um sorriso.

— Só um pouco cansado — disfarçou, bebendo o restante da sua água.

— Talvez porque você tem trabalhado demais. E se divertido muito pouco. E ainda tem todo o seu processo de divórcio. Morar com Ana Paula não tem te desgastado, mentalmente falando?

— Um pouco — admitiu. — Mas enquanto o processo não sair e sabermos como ficará a partilha dos bens, o jeito é morar com ela. — Julian ia abrindo a boca para responder, mas foi impedido: — Eu sei que tenho condições de alugar outra casa e me mudar, mas não vou dar esse gostinho pra ela. É eu virar as costas, e Ana Paula enfia macho lá dentro, no apartamento que eu também batalhei para comprar e pagar. — Desviou o olhar, levantando-se e guardando a caneca de porcelana no seu armário correspondente.

— Tudo bem — cedeu Julian, também se levantando. — Eu vim te convidar pra sairmos depois da aula. O que acha? Você está precisando, amigo.

Juntos, os dois caminharam até a cantina da faculdade.

— Claro. Onde você pensa em ir? Não estou afim e nem posso beber. — Chegaram à cantina, e Levi pediu um sanduíche e suco natural. Julian optou uma torta de frango e refrigerante.

— Assim não tem graça. Nem um copo de chope?

O pedido chegou, eles pegaram cada um o seu e voltaram para a sala dos professores.

— Estou dirigindo, e você também — enfatizou. Julian rolou os olhos.

— Pensei em deixarmos nossos carros em casa. Depois, dividíamos o táxi.

Levi deu de ombros. Sentou-se de novo no seu lugar na sala dos professores, desembrulhou o sanduíche e deu uma mordida.

— Tá, mas ainda assim, não vou beber muito. Não posso chegar de ressaca amanhã na editora.

Os dois combinaram o barzinho para onde iriam e, após o intervalo, cada um voltou para sua sala de aula. Levi teve de respirar fundo e buscar pelo autocontrole quando Lia atravessou a porta.

Levi juntou rapidamente seus pertences, querendo ter tempo de alcançá-la. Precisava falar com Lia. Os alunos deixavam a sala após o término da aula, e, mais uma vez, ela não o procurou. Por que estava o evitando? Deixou a sala a passos rápidos e, virando à direita no corredor, descendo as escadas, finalmente a viu. A moça caminhava rápido, três andares abaixo, em direção ao estacionamento coberto. Ele a seguiu, mantendo uma determinada distância. Não iria alcançá-la à vista de todos. Ia esperar por um lugar mais reservado.

Ela caminhava sem olhar pra trás, segurando a mochila presa às costas, como se estivesse fugindo. Talvez soubesse que ele ia procurá-la? Levi aumentou o passo ao adentrarem a garagem coberta. Alcançou-a quando a garota chegou ao seu carro e colocava as chaves na fechadura. Não a chamou, apenas se aproximou, deixando seu corpo bem rente ao dela, e sussurrou:

— Lia.

Ela fechou os olhos e engoliu em seco, sentindo o perfume maravilhoso dele, o ar quente do seu hálito contra sua nuca. Ficou estática, parada no mesmo lugar, o coração ricocheteando dentro do peito. A respiração ficou levemente desregulada.

— Oi... — devolveu no mesmo tom.

A presença do homem era avassaladora. Viu pela visão periférica quando esticou o braço e o apoiou à lataria do carro. A boca dele se aproximou um pouco mais do lóbulo de sua orelha. Antes de murmurar, ele se certificou de que estavam sozinhos no estacionamento. Por ora, sim.

— Está me evitando? — Sua voz baixa estava ligeiramente rouca.

Uma onda de excitação correu por todo o corpo de Lia. Lembrou de meses atrás, naquele motel, de Levi sobre seu corpo esganiçando um "Que buceta gostosa, mulher..." enquanto a comia com força.

— Não — respondeu, mas balbuciou. Não soou com a firmeza como gostaria.

— Pois eu tive essa impressão. — Agora tinha apoiado a outra mão do outro lado da lataria do carro. Lia se viu entre o automóvel e o corpo de Levi, entre seus braços, os quadris se tocavam, e o desgraçado não conseguia esconder a ereção, roçando-a na linha da coluna.

— Só... — balbuciava de novo. Porém retomou o controle da voz, uma voz confiante. É só um cara com quem você transou, Lia. Sem dramas. Aja naturalmente. — Não achei que quisesse falar comigo.

— Eu quero. — Levi esquadrinhou todo seu corpo compacto e curvilíneo. Sua bunda empinada o deixava excitado. Tinha um desejo imenso de tocá-la de novo. De preferência se estivesse nua. — Mas só se você quiser.

— Tudo bem — cedeu, sentindo as pernas bambas e a calcinha molhada. Desde quando ficava de calcinha molhada só com uma troca de palavras como aquela?

Levi se afastou, e Lia terminou de abrir a porta, entrou e destrancou o lado do carona, onde ele já estava entrando e se sentando ao banco do passageiro. Fechou e travou as portas. Olhou-a. Não sabia o que dizer. Não tinha ensaiado nada para a ocasião.

Mas não foi preciso pensar em nada. No próximo segundo, Lia avançava sobre ele o beijava fervorosamente, pulando do lado do motorista para seu colo. Levi não relutou em retribuir. Inclinou o banco, trazendo-a mais para sua boca e aprofundando o beijo. Empurrou os quadris contra ela, esfregando a ereção entre suas pernas. A moça gemeu em sua boca, mordendo-o no lábio inferior. Suspirou e rebolou no colo dele.

— Não... íamos conversar? — ela ofegou, sentindo o beijo suculento traçando uma rota pelo seu pescoço.

— Você quer... conversar? — perguntou, enfiando a mão por dentro da calça jeans, sem cessar o beijo no pescoço, boca e colo. Alcançou sua vagina encharcada e procurou a entrada.

— Só depois de me foder — alegou.

— Ótimo. — Dizendo isso, depois de tirar toda sua calça, Levi enfiou dois dedos nela e calou seu gemido pegando sua boca.

Lia se contorceu em seu colo, deixando o prazer tomar conta de cada pedaço do seu corpo. Os dedos esplêndidos entravam e saiam, em um ritmo perfeito para fazê-la chegar lá, suas bocas grudadas, um devorando o outro, intenso, profundo. Os dedos de repente pararam com a maravilha que faziam dentro de si, o corpo deu um espasmo, e ela gemeu em protesto.

— Tenho algo melhor pra você — Levi sussurrou, abrindo o zíper da calça social e, menos de um segundo depois, penetrava-a com um vigor inigualável.

Uma estocada profunda lhe arrancou um grito alto, que ele logo se apressou a abafar. A última coisa que queria era ser flagrado transando com uma de suas alunas.

— Isso, Levi, isso! — gemeu, se afastando, rebolando no colo dele, segurando-o com firmeza pelos ombros, cavalgando com força.

As mãos masculinas e vigorosas se fecharam em sua cintura, marcando-a de uma forma que parecia que ele estava a reivindicando, como se quisesse prendê-la a si e não a deixar ir embora nunca mais.

Levi a puxou para outro beijo, mordeu-a um no lábio inferior e sussurrou rente à sua boca:

— Você é linda. E gostosa. Linda e gostosa pra caralho. Porra, Lia. Porra. — Suspirou, jogando a cabeça mais para trás, erguendo os quadris e se arremetendo com mais força para dentro dela.

Lia sorriu, um sorriso imoral, cheio de sensualidade também, indecência e prazer. Tesão. Ela se inclinou sobre o ouvido dele e murmurou:

— Seu pau também é extremamente delicioso. Use ele pra me comer bem gostoso, vai.

— Ah, mulher... — titubeou, e, num malabarismo, Levi os levou para o banco de trás. Colocou-a de joelhos e de costas, abraçou-a com firmeza, segurando seus seios, e se enterrou para dentro dela, com metidas fortes, vigorosas, duras e profundas. Sua boca voou para o pescoço e ombros da amante, deixando um rastro úmido e delicioso por onde passava.

O dedo médio e o indicador encontraram o clitóris, circundando-o de leve. Ele sentiu ponto do prazer inchado, a boceta dela úmida além do normal. Sorriu. Ela já tinha gozado em algum momento.

— Levi... — balbuciou. — Assim... Com esse dedo maravilhoso. Isso! Ah! Me coma mais forte, sem tirar a mão de mim, por favor! Eu vou gozar! Eu vou gozar, Levi! — anunciou, com um grito esganiçado de prazer. Atendendo ao seu pedido, aumentou a intensidade de suas estocadas, os dedos longos continuaram a circulando no clitóris, em um ritmo perfeito para levá-la ao paraíso do prazer e voltar. Estava prestes a deixar escapar um grito de satisfação, mas Levi colocou sua mão delicadamente aos lábios dela, e, sussurrando obscenidades e enfiando-se mais afundo, Lia gozou com um gemido abafado.

Seu corpo meio que desfaleceu, mas o companheiro a manteve firme na posição. Não disse nada, apenas fechou os olhos com mais força, intensificou o ritmo do sexo e dos golpes, apertou-a com mais vigor pela cintura. O barulho de seus quadris se chocando foi um dos estímulos para fazê-lo chegar ao orgasmo e gozar com um gemido contido atrás dos dentes.

Ele caiu de lado dois segundos mais tarde, depois de deixar um beijo cândido e doce ao pé do ouvido dela. Mirando o teto do carro, conseguia contar as batidas do coração descompassado, a respiração irregular, o calor do corpo. Ela veio e se pôs ao seu lado, encostando a cabeça ao seu ombro, num gesto íntimo demais se tratando de dois completos desconhecidos. Porque era isso o que eram: desconhecidos. Mas tinham uma conexão incrível e uma química extraordinária.

— Não íamos conversar? — ele quebrou o silêncio. Ainda arfava levemente.

Lia inclinou-se um pouco e pegou a calça jeans jogada no banco do passageiro. Levi ergueu a pélvis e puxou a calça para cima enquanto ela também se vestia.

— Íamos — disse e por alguns segundos ficou calada, terminando de se vestir. Ajeitou os cabelos e o olhou com um sorriso meio encabulado. Levi era bonito. E cheiroso. Adorava o cheiro dele. — Mas amanhã cedo tenho aula e preciso ir pra casa. Talvez, em um outro momento?

Sim, ela queria adiar aquela conversa constrangedora — ou pelo achava que seria constrangedora —, mas não sabia dizer exatamente o porquê. Tempos atrás tinha se arrependido de não ter pegado nenhum contato de Levi, e agora, com a oportunidade em mãos, simplesmente parecia querer fugir do assunto. Um assunto extremante maravilhoso no sexo.

— Tudo bem — Levi apenas assentiu. — Eu também tenho um compromisso agora à noite e... trabalho amanhã cedo. Então... — Olhou para trás, certificando-se de estarem isolados e sozinhos o bastante para sair sem ser notado. A película do carro de Lia era escura, o que ele só pensou e deu importância naquele momento. Poderia ter sido flagrado trepando com uma aluna da faculdade. E isso seria terrível para sua imagem, carreira e emprego.

— Certo — ela disse apenas, enquanto Levi abria a porta e pulava para fora. Lia saltou para o banco da frente. Olhou-o pelo retrovisor. Ele lhe deu um sorrisinho e um aceno discreto de despedida. Lia devolveu o sorriso, girou a chave na ignição e deu à ré.

No caminho, por mais que tentasse esquecê-lo, o vão entre suas pernas — ainda completamente úmido — não deixava.

Na quarta-feira, Lia não teria aulas na escolinha de educação infantil, pois o local estaria fechado para dedetização. Assim, tinha um dia livre para sair da rotina, dormir até mais tarde e aproveitar a folga como bem entendesse.

É claro que, da outra torre, Levi sentiu falta de vê-la zanzando para lá e para cá antes de sair e seguir seu caminho. Ficou na janela, esperando, até por volta de sete da manhã, mas Lia não apareceu. Eles tinham transado na segunda à noite, logo após a aula e de se reencontrarem tão subitamente. Na terça, não a viu, até porque não dava aulas às terças e quintas. Vê-la-ia de novo naquela quarta, quando ministraria as aulas em sua turma.

Aceitando que, por algum motivo, a moça quebrara sua rotina, seguiu caminho até a editora, trabalhando em um original de romance policial até por volta de três da tarde, pausando apenas para o almoço. Mateus veio até sua sala, próximo do meio-dia.

— Continua trabalhando mesmo estando cheio do dinheiro — zombou.

O editor-chefe era o único em toda a editora a saber sobre Levi ser Theo Venturini. O amigo o fez jurar que não diria nada a ninguém, era isso ou não publicaria sua trilogia erótica com a Letras & Cia. Mas nem foi preciso muitas ameaças. Mateus era uma boa pessoa, um colega respeitável e sabia compreender seus motivos. Prometeu não dizer nada, e assim estava sendo.

— Bem, quem é cheio do dinheiro é Theo Venturini, não Levi Alencastro — contestou, baixinho.

— Aliás, está quase tudo certo para o lançamento oficial do volume I e volume II de "Ensina-me" na livraria do shopping. Temos uma expectativa de um público de, no mínimo, quinhentas pessoas.

Levi suspirou, desviando rapidamente o olhar para o original em mãos. Mateus e ele tinham encontrado uma maneira de dar mais autenticidade a Theo sem expor o verdadeiro autor. E foi esse "modo" que, definitivamente, acabou com seu casamento e o fez tomar a atitude de pedir o divórcio de uma vez por todas.

—... inclusive temos uma reunião marcada com ele aqui, amanhã, pra falarmos dos últimos ajustes. — Alencastro ergueu o olhar, percebendo ter divagado e perdido parte da conversa.

— Ele vem aqui, amanhã? — indagou, somente para confirmar que seus ouvidos não entenderam errado.

— Sim. Precisamos deixar tudo certo para o lançamento no shopping, Levi. Eu sei que vocês não se dão por causa...

— Está tudo bem — cortou, sentindo-se meio rígido no lugar. — Vou colocar meu lado profissional na frente disso, e não o pessoal.

Mateus apenas acenou, despediu-se do amigo e se foi. Às três, recebeu uma ligação de Ana Paula, desesperada, dizendo que tinha se esquecido da chave no carro e estava trancada dentro de casa — pois Levi tinha uma mania irritante de sair e trancar a porta.

— Não foi pra Boutique hoje? — questionou-a, ainda em seu lugar.

Não. Não fui. Larissa está cuidando de tudo. Me levantei e não me sentia bem. Você trancou a porta, mas a minha chave está dentro do meu carro, Levi! E agora preciso sair. Venha abrir a droga da porta pra mim!

Com um suspiro derrotado, Levi foi até o apartamento. Libertou uma mulher furiosa, que o estapeou no peito e disse, antes de tomar o elevador, repleta de raiva:

— Pare com essa sua mania irritante!

Levi a ignorou, tomou as escadas e desceu. Sentiu o estômago roncar de fome. Por sorte tinha uma padaria excelente do outro lado da rua, bem de frente para o seu condomínio. Lembrou-se, com certo amargor, de ele e Ana Paula terem tido o costume de tomar o café da manhã lá, e de fazer planos para o futuro. Um deles foi a de ter filhos. Moveu a cabeça com força, tentando se esquecer do passado. Atravessou a rua, fez seu pedido e se sentou à mesa, puxando um livro que sempre carregava dentro da sua maleta.

Quando foi por volta de quatro da tarde, Lia decidiu ir até a casa da avó materna, muito próxima à casa dos pais, pois sentia falta de comer um bolo de fubá e tomar uma xícara de café. Passaria no supermercado para comprar os ingredientes; depois, da casa da avó, iria direto para a faculdade.

— E hoje é quarta, droga! — pensou alto, descendo as escadas, uma escolha para se exercitar pelo menos um pouco. A ideia de rever Levi a agradava e a deixava constrangida ao mesmo tempo.

Estava para atravessar a rua quando algo a fez parar. Ali, do outro lado da avenida, ela o viu. Pulou e escondeu-se atrás de um tronco de árvore e o observou por um segundo. Seu olhar agora estava perdido no condomínio onde morava. Trajava uma camisa branca e blazer preto, estava de óculos, os cabelos louros bem-arrumados. Bebia uma xícara de café quando a garçonete lhe trouxe algo — talvez uma torta. Levi baixou o olhar para o que lhe parecia ser um livro. O que ele estaria fazendo ali, na padaria justamente de frente para o seu prédio? A moça tentou ignorar a paranoia crescendo em sua cabeça, respirou fundo e seguiu seu caminho.

— Ah, mas só pode ser brincadeira! — Lia resmungou, olhando pelo retrovisor do carro pela quinta vez. Já tinha uns quatro quilômetros que ele a seguia. — Qual é a desse cara?

Mirou para frente de novo, tentando não se sentir paranoica. Levi estava a seguindo desde que saíram da faculdade. Pra começar, por algum acaso ou destino, ela tinha estacionado justamente uma vaga perto do carro dele.

A sensação de estar sendo seguida começou logo ao deixar a sala, quando o viu a poucos metros atrás. Embora ele tenha primeiramente seguido caminho oposto — talvez para a sala dos professores da ala —, não demorou a vê-lo perto de alcançá-la. Nenhum dos dois trocou palavra alguma durante a única oportunidade que tiveram — os vinte minutos do intervalo. Ela saiu da sala rapidamente ao sinal — já na intenção de evitá-lo, mesmo sem saber o motivo exato —, e Levi como sempre comprou algo na cantina e se refugiou na sala dos professores. Sua paranoia se abrandou um pouco quando percebeu que seus carros estavam próximos.

— Boa noite, Lia. E até sexta — ele disse apenas, enquanto ela entrava no carro e dava à ré. Outros alunos passavam por ali, por isso sua resposta foi:

— Boa noite, professor Levi. Até sexta.

Quando Lia parou na guarita de saída da universidade, deu uma olhadinha pelo retrovisor, e foi então que o viu. Levi. Seu carro estava bem atrás do dela. Forçou um sorrisinho. Ele pareceu não ver, porque seus olhos estavam abaixados, os lábios se moviam devagarzinho. Cantando, pensou. Deve estar trocando a música.

Voltou à realidade quando a cancela subiu. Engrenou a primeira e saiu. Com menos de um quilômetro depois, ela notou que Levi continuava atrás. Encrespou o cenho. Achou estranho, mas continuou dirigindo, agora a sensação de estar sendo seguida voltando. E já estavam para completar seis quilômetros, e o homem continuava atrás dela!

— Deve ser um maluco obsessivo — concluiu, olhando pela vigésima vez pelo retrovisor.

Deu seta à direita, já vendo o condomínio cem metros à frente. Pelo espelho, viu que Levi também dava seta na mesma direção. Parou o carro bruscamente na entrada do edifício, desengatou, desligou o motor, puxou o freio de mão e engatou de novo. Pulou para fora no exato instante em que Levi parava em seu encalço.

— Qual a porra do seu problema, Levi? — esbravejou, batendo na janela do motorista. Ele baixou o vidro, tinha um olhar confuso.

— Do que está falando?

— Está me seguindo! — cuspiu.

— Como é?

— Não se faça de sonso. — A voz tinha baixado. Não queria arrumar um escândalo ali na rua, àquelas horas da noite. Mas se precisasse gritar e pedir por ajuda, o faria sem nem pensar. — Te vi hoje mais cedo na padaria aqui de frente. Está me seguindo e me espionando. E agora mais essa! Veio da universidade aqui me seguindo! Pare com isso.

— Lia... — tentou se explicar, mas a moça estava implacável. Ela se inclinou sobre a janela do carro e o olhou dentro dos olhos.

— Sei que nós transamos duas vezes, foi maravilhoso, mas foi só isso, entendeu? Não quero você me perseguindo por todo canto. Pelo amor de Deus!

Levi abria a boca para se defender quando outra figura surgiu em seu campo de visão.

— Senhor Alencastro? — Era o porteiro. — Está tudo bem aí?

Lia se virou imediatamente.

— Senhorita Cotrim, o que está havendo? Algum problema?

— Conhece esse sujeito? — perguntou ao porteiro.

— O senhor Levi? Claro! Ele mora ali na Torre Dois.

Sem saber onde enfiar a cara, Lia se voltou para Levi, que tinha um sorrisinho cínico em sua direção.

— Está tudo bem — Levi disse, sem tirar os olhos dela. — A moça está brava porque bati o farol alto.

O porteiro acenou e acreditou na mentira, se retirando enquanto pedia a Lia para liberar a passagem. Meio desajeitada, entrou no carro. Nem tinha avançado direito quando parou novamente, dessa vez deixando o automóvel apenas em ponto-morto e freio de mão puxado. Foi até Levi, que já tinha parado.

— Me desculpe — pediu, olhando-o nos olhos. — Achei que estava me seguindo.

— Está tudo bem, Lia. — Acenou.

Um segundo de silêncio até ela dizer:

— Ainda quer conversar? — Agora, não tinha a coragem de olhá-lo nos olhos. — Estou sozinha, se quiser subir eu... moro no 112 da Torre Três. Acho que devíamos mesmo falar sobre isso.

— Não quero incomodar ou te pressionar. — Alguém buzinou atrás deles. Lia ergueu o olhar. Tinha uns dois carros parados, esperando para entrarem.

— Não vai. Estou te esperando. — Voltou para o carro e partiu.

Levi fez seu caminho e guardou o veículo na garagem. Por cinco minutos inteiros ficou lá dentro, pensando se subia para seu apartamento ou se ia falar com Lia. Desceu do carro e, meio que se esgueirando, foi até a Torre Três. Subiu para o apartamento 112. Tocou a campainha. Esperou trinta segundos até ser atendido.

E, Deus do céu, quase teve uma ereção instantânea ao vê-la. Trajava uma camisola preta, decotada, de seda. Nem teve muito tempo de assimilar a perfeição à sua frente. Lia outra vez tomou a iniciativa e pulou em seus braços, tomando-o em um beijo sôfrego e repleto de luxúria.

Trouxe-o para dentro, arrancando dele o blazer e tentando abrir os botões da camisa. Levi tentou afastá-la, balbuciou:

— Achei... que íamos... conversar.

Lia o jogou no sofá, montou sobre seus quadris.

— Nós vamos. Depois de transarmos. Por que não enjoo de transar com você, Levi? Por que cada vez que te vejo, cada vez que te encontro, quero ter uma dose do seu corpo, da sua boca, de você?

Passou as mãos lisas sobre o peito dele, a camisa agora já desabotoada.

— Você é tão lindo e gostoso — repetiu suas palavras.

Um suspiro pesado veio acompanhada da respiração irregular de Levi.

— Lia... foco. Se transarmos...

— Não tenho pra onde fugir hoje... — contestou, aproximando seus lábios do tórax dele. — Depois de transarmos, vamos falar sobre toda essa coincidência nas nossas vidas, certo?

Levi não teve forças o suficiente para contestar ou confirmar. Deixou-se apenas se envolver quando Lia o beijou. Um beijo que os levou madrugada adentro para um sexo incrível e indescritível.



Olá, meus xuxus

Capítulo de hoje foi pra esquentar o frio, tá frio aí onde vocês moram? Acho que agora não mais né? hahaha 

Eu trabalho com teorias. Vocês têm algum palpite de quem se trata do homem que vai se passar pelo Theo e que Levi tem ranço? Personagem novo, será? Aguardem o próximo capítulo (literalmente). Levi tem ranço dele e não é pouco (vocês também vão ter), por que será? e.e 

Não se esqueçam de dar as estrelinhas e comentar sobre o capítulo. É muito importante pra mim saber o que estão achando do desenrolar da história. 

Agora sobre o recadinho. Quarta-feira, dia 27, tem jogo do Brasil de novo. Querem bolão outra vez? Se sim, é só deixarem o placar do jogo aqui nos comentários. Se uma acertar, vocês ganham capítulo na quarta-feira.

Lembrando que, se batermos 10 mil leituras antes disso, teremos postagem também. Por isso, se puderem compartilhar e indicar Codinome Venturini praszamiga a tia aqui agradece e vocês ganham 2 capítulos extra na semana. 

Então é isso, mores.

Até breve. 

Beijos

A.C.Nunes



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