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Te achei


Capítulo seis

Sábado de Carnaval à noite e eu estava saindo do meu salão, empurrando o carrinho da Kelli e carregando a bolsa cheia das coisinhas dela que eu levava todos os dias. Ainda não tinha um carro, então eu fazia o caminho de volta para a casa andando, mas assim que a minha situação melhorasse o carro seria prioridade.

Minha casa era razoavelmente perto do salão, estava uma noite agradável e como era Carnaval as pessoas pareciam mais agitadas e até os carros passavam animados e com seus sons altos tocando a música do momento:

O nome dela é Jenifer
Eu encontrei ela no Tinder...

Todos indo curtir o Carnaval e era inevitável não comparar a Ariela de um ano atrás com a Ariela daquele momento e a Ariela mãe era uma mulher cansada, exausta que não queria nem pensar em Carnaval, mas com certeza era uma mulher muito mais completa.

Eu andava empurrando o carrinho e brincando com a Kelli que me olhava de dentro do carrinho e já sorria para mim. Muito esperta.

— Você é tão linda e é a bebê mais boazinha que o mundo já viu.

Ela sorriu em resposta e o seu sorriso era um lembrete constante do Gabriel.

Deus, o senhor tinha que me sacanear e colocar as benditas covinhas nela?

Além das covinhas ainda tinha os cabelos castanho claro, que pareciam tanto com os dele. Na verdade ela não parecia em nada comigo e nem precisava de exame de DNA para saber quem era o pai daquela criança, pois a cada dia a semelhança aumentava.

Segui o caminho e enquanto eu andava empurrando o carrinho na calçada larga, os carros vinham em sentido contrário e sem que eu esperasse, um carro que vinha com os faróis acesos passou por mim e logo depois freou. Meu coração já começou a bater descompassado imaginando ser um assalto, pensei no que eu tinha ali para ser roubado e além do meu celular, só tinha as coisas da Kelli. Apertei o passo, pois não faltava muito para a minha casa, mas o carro deu marcha ré bruscamente e quando parou ao meu lado uma voz masculina falou:

— Não acredito que enfim te achei, Ariela!

Gabriel

Minha vida estava relativamente boa, conclui a faculdade e eu tinha sido efetivado na construtora. Meu trabalho era maravilhoso e meus amigos da faculdade me chamavam de sortudo por já sair da faculdade com um emprego tão bom engatilhado. Saí da Uber e fiquei trabalhando só na construtora, pois além de não precisar mais do trabalho extra, ele me lembrava frequentemente da Ariela.

Procurei essa mulher por meses e um ano depois eu ainda a procurava. Fui à casa dela milhares de vezes e a pessoa que estava lá dizia que ela não morava mais ali, liguei no seu telefone e procurei-a em cada rosto feminino por onde eu passava. Me perguntei muitas e muitas vezes como era possível uma pessoa sumir daquele jeito e me martirizei por não ter dado a real importância que ela merecia, além de tê-la feito a maldita pergunta cretina a questionando se o filho era meu. Todas as vezes que eu me lembrava daquela noite, eu queria me bater.

Em um sábado de Carnaval em que eu estava voltando para casa depois de um dia cheio no trabalho, vi uma moça com os cabelos lisos e amarrados em um rabo de cavalo e sorria feliz olhando para um carrinho de bebê. Era ela! Freei imediatamente e sem que eu pudesse controlar o meu coração começou a bater acelerado. Mesmo na contramão eu dei ré no carro e voltei com ele bruscamente até ficar de frente para ela de novo e constatar que era realmente quem eu tanto procurei.

— Não acredito que enfim te achei, Ariela!

Ela me olhou assustada e me reconheceu, mas continuou andando apressada e seu rosto parecia em pânico. Desci do carro e fui em sua direção.

— Espera — falei enquanto tentava alcançá-la. — Você não vai fugir de mim de novo.

Ela não parou.

— Espera!

— Eu não sei quem é você — falou e continuou andando.

— Você sabe sim, não adianta mentir e eu me lembro perfeitamente de você e de cada detalhe do seu rosto.

Entrei na frente do carrinho de bebê e ela parou de andar, aí me veio o entendimento. Olhei para dentro do carrinho e lá tinha um pacotinho rosa, com um laço enorme na cabeça e assim que meu olhar cruzou com o dela, me olhou e sorriu... Sorriu. Como se me reconhece.

Engoli minhas emoções e com o coração acelerado e a boca seca eu vi sua covinha no lado direto do rosto... Igual a minha.

Meu peito estava apertado e meu coração batia na garganta.

Não tinha como eu dizer que ela não era minha! Seus cabelos e olhos... Era como se eu me visse nela. Suas mãozinhas gordinhas indo ate a boca e chupando o dedinho. Ela era a minha filha.

Olhei para a Ariela com os olhos cheios de lágrimas e rancor.

— Como você pode tirá-la de mim?

— Ela não é sua filha — falou e tentou continuar andando.

— Ariela, para! — falei alto e ela me olhou assustada.

— Faz um ano que te procuro e me sinto um idiota por ter te perdido e agora que eu te achei você vai não vai mais conseguir fugir de mim. Ela é minha filha, porra!

— Ela é minha filha! — Ariela gritou.

Apertei os lábios e respirei fundo.

— Você não a queria! — ela gritou. — E não vai tirar ela de mim agora. Ela é minha filha!

— Nossa filha! E eu não a queria? Você nem me deu tempo de digerir a ideia, de entender o que estava acontecendo e sumiu.

— E você acha que foi fácil para mim? Acha que eu tive tempo de digerir a "ideia" — Fez aspas na palavra ideia e eu esfreguei o rosto com as mãos, por nervoso.

— Eu sei que não...

— Pois é, e em momento nenhum eu pensei em resolver o problema de outra forma que não fosse sendo mãe dessa criança.

— E você acha que foi fácil para mim conviver com a culpa? — eu falei alto, mas então entendi o que ela quis dizer e franzi as sobrancelhas com raiva. — E quando eu disse resolver o problema, não era interrompendo a gravidez.

— Tem certeza? — perguntou irônica.

— Claro que tenho.

— E para de chamar a minha filha de problema, que não está sendo fácil, mas ela nunca foi um problema.

— Nossa filha! — gritei. — E eu não a chamei de problema.

Estávamos os dois descontrolados.

— Você acha que foi fácil para mim ser mãe solteira tão repentinamente? — gritou.

A menininha começou a chorar e ambos nos calamos, então institivamente eu me abaixei no carrinho e a peguei no colo. Era a minha filha! Eu sentia vontade de chorar e um nó estava entalado na minha garganta. Eu estava em um misto de muita raiva e alívio por enfim tê-las encontrado.

Fechei meus olhos e senti o seu cheirinho. Era incrível que aquela coisinha linda e delicada fosse uma mistura minha e da mãe, em uma noite louca de carnaval.

Olhei para a Ariela e naquele momento ela estava chorando e parecia além de nervosa, com medo.

— Eu quero ser o pai dela, eu quero colocar o meu nome no documento dela e eu a quero na minha vida.

Ela arregalou os olhos e disse brava enquanto enxugava as lágrimas:

— Você não vai tirá-la de mim. — De imediato tirou a menina do meu colo, a colocou no carrinho e começou a empurrá-lo.

— Espera. — Parei-a novamente e falei com raiva: — Nem você vai tirá-la de mim, entendeu?

Nos encaramos. Ambos com suas razões.

— Eu tenho direitos, Ariela.

— E deveres também.

— Farei questão de cumprir cada um deles.

Ela me encarou e parecia pensar em algo, em seguida disse:

— Me dá seu telefone que eu te ligo amanhã.

Ri em desdém.

— Não vou deixar você fazer a sua mágica de novo e dessa vez você não vai sumir da minha vida. Você não vai sumir com ela da minha vida de novo.

— Eu não vou fazer isso.

— E eu não confio em você.

Ela me encarou com raiva e depois de muito insistir, Ariela me deixou levá-las em casa, onde eu a fiz me mostrar seus documentos e anotei seu nome completo e todos os números de registro. Ela parecia se divertir enquanto eu anotava tudo por medo que ela fugisse de novo, mas eu não via a mínima graça e estava com raiva dela, pois só eu sabia o quanto a tinha procurado durante o um ano em que ela sumiu, me deixando com a preocupação e o pensamento de que eu tinha um filho perdido. Bom, naquele momento eu sabia que era filha e nunca mais ficaria sem ela. Uma filha linda!

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