Happy and
Epílogo
Mais de três anos depois
Eu tinha me casado com o Gabriel e quando fomos chamar o melhor amigo dele para padrinho, ele disse:
— Não acredito que você vai casar mesmo com ela!
— Eu te disse.
Os olhei sem entender e Gabriel me explicou:
— É que no dia seguinte ao que te conheci e estávamos no trio de Ivete, eu disse para o Otávio: eu vou casar com aquela mulher. — Ri e achei a coisa mais fofa do mundo.
Meu casamento foi pouco tempo depois do pedido e só para convidados mais íntimos, porém, foi lindo e inesquecível e a música que Gabriel colocou para me pedir em casamento foi a que embalou o nosso sim, junto com a música Não precisa mudar, da Ivete Sangalo, que se tornou a nossa preferida depois que em um dia, do nada, Gabriel me mandou ela por mensagem e disse que me amava do jeito que eu era e eu não precisava mudar.
Kelli já estava andando e era Carnaval, estávamos curtindo uma matinê que ela adorava e sorria com o pai que fazia todas as suas vontades e naquele Carnaval ele era uma bailarina como ela. Os dois usavam tutu rosa e um homem daquele tamanho, bonito, com o braço tatuado e usando tutu, chamava muita atenção e percebi que muitas mulheres o olhavam cobiçando, mas era só para nós duas que ele tinha olhos.
Aquela noite em que eu o ataquei no Uber foi decisiva na minha vida e eu não imaginei que aquele ato seria o ato que daria a minha maior felicidade que foi a minha filha e com ela o homem da minha vida. Tudo bem que em uma vida normal seria o contrário, primeiro eu acharia o homem da minha vida e depois teria a minha filha, mas eu nunca fui muito fã do normal.
Gabriel nunca mais tocou no assunto do meu sumiço e nem eu falei sobre pensar que ele não queria a gravidez e para vivermos em harmonia, agimos como se sempre estivéssemos juntos e nosso casamento estava funcionado e se fortalecia a cada dia.
Minhas amigas continuavam as mesmas loucas, com a diferença de que agora nenhuma mais era solteira e naquele Carnaval estavam me convencendo a sair de casal, mas eu tinha a minha Kellinha e meu Carnaval seria vendo filme e comendo pipoca.
— Vem, mamãe. — Kelli jogou confete em mim e me chamou para dançar, me tirando dos pensamentos.
Levantei-me e fui até onde meus amores estavam, quando cheguei perto do Gabriel, ele me abraçou e sussurrou no meu ouvido:
— Você está tão bonita hoje. Que tal deixar a Kelli com alguém e mais a noite darmos uma volta de carro?
Franzi os olhos para ele em desentendimento e ele continuou:
— Sei lá, pensei em ser atacado por uma mulher gostosa pra cassete e ela me dar o melhor sexo da minha vida no carro.
Sorri e senti até um arrepio pelo corpo.
— Topo!
— Você não vale nada — falou rindo.
— Mas tem uma coisa.
— O quê?
— Essa mulher dessa vez não vai te falar que está grávida depois do sexo.
Ele riu.
— Ah, que pena! Eu iria adorar a ideia, gostei da história de ser pai.
— Então... Ela não vai te falar depois e sim antes de te atacar... Estou grávida, Gabriel.
Ele me olhou assustado, deu um sorriso vacilante e parecia sem saber o que dizer. Acho que até achou que eu estava brincando.
— Você está grávida? — Balancei a cabeça em afirmativo e com os olhos marejados. Gabriel me abraçou, me deu um beijo e depois deu um beijo na minha barriga. — Filha, olha só a mamãe tem um presente pra gente. Você vai ganhar um irmãozinho ou irmãzinha.
Kelli sorriu, aplaudiu e pediu colo para o Gabriel e os dois me abraçaram, com pessoas a nossa volta nos olhando e sorrindo para a cena que se formou.
Eu nunca tinha sido tão feliz na vida e o Carnaval nunca tinha sido uma data tão importante na minha vida, sempre fui apaixonada por essa festa, mas depois que conheci o Gabriel ela teve um significado todo especial e eu tinha certeza que ia continuar tendo por muitos outros carnavais, pois eu continuaria comemorando e festejando a cada ano que eu vivesse. Conhecer o Gabriel tornou o Carnaval especial, pois aquela noite em que eu o conheci, se tornou inesquecível, um inesquecível Carnaval.
Fim...
https://youtu.be/Vky9Hs4vKdc
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