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Capítulo 8


Capítulo oito

Martin

Faziam três dias que eu seguia de férias na casa da minha mãe e ela estava me deixando louco com a ideia de que eu tinha que ajudar sua nova filha a se enturmar.

Confesso que eu estava com um pouco de ciúme da freirinha, porque minha mãe a tratava com muito carinho e me dizia para tratá-la igual, além de me obrigar a buscá-la todos os dias no trabalho.

No início fiquei puto com a obrigação, mas logo na primeira vez que a busquei vi que era uma pessoa divertida... muito falante, mas divertida.

Após o dia na pizzaria, evitei como pude ficar perto dela e só a buscava no trabalho de onde fazíamos o caminho conversando sobre o seu dia, o meu dia e nada mais.

Fiz isso porque notei que estava me envolvendo demais, já que não parava de pensar no modo como Guilherme a olhou... Caralho! Como aquilo me irritou.

Além de que, era tão bonita e inocente quanto podia ser, o que fazia com que eu não parasse de pensar que a minha companhia iria corrompê-la. Eu havia experimentado um pouco do pior do mundo e se ela ficasse perto de mim, provavelmente veria um pouco de tudo isso também.

Meus negócios iam de vento em poupa, era incrível como as pessoas eram facilmente atraídas pelo errado. Era só dizer a palavra "ilegal" que logo fazia sucesso, principalmente no meu ramo em que o dinheiro comprava tudo e eu tinha que lidar com muito dinheiro envolvido, já que quem frequentava meus estabelecimentos eram todos cheios da grana.

Mesmo de longe eu me mantinha de olho em tudo e soube que meu pessoal de confiança pegou um homem andando próximo ao meu escritório, como se me procurasse, entretanto, depois da surra que levou abriu o bico e disse que só queria saber quem eu era para dar um recado e o recado era: "Fique em silêncio".

— Fique em silêncio? — perguntei.

— Sim, Chefe. Foi só o que ele disse e, sinceramente, acho que era a única coisa que sabia mesmo.

— Mas fique em silêncio? O que estão com medo que eu conte?

— Estamos investigando, Chefe.

— Tudo bem, me mantenha informado.

Fiquei relembrando meus últimos passos antes daquele sequestro relâmpago e nada que eu tivesse feito ou escutado explicava a fala: "fique em silêncio". Pensei que antes de tudo começar o único lugar diferente do que os meus empreendimentos que eu havia ido era a casa da minha mãe, mas ainda assim não explicava o "fique em silêncio".

Ainda estamos tentando saber quem é a mulher por trás do sequestro e agora uma nova pista.

Analisei a situação e lembrei-me que tinham alguns investidores, que se mantinham no anonimato e só recebiam os lucros no final do mês, eram "pessoas de bem" que não se mostravam e consequentemente, eu acabava negociando com gente que nem sequer sabia com quem estava lidando.

Vivendo na calmaria que era a casa da minha mãe, não podia negar que a ideia de deixar o submundo para trás passava insistentemente por meus pensamentos e era por isso que evitava ligar para ela quando estava muito envolvido com meus negócios, parecia que sempre que eu voltava para casa era puxado para luz e eu precisava da escuridão para trabalhar.

Seria perigoso abandonar os negócios e voltar de vez, tinha muita coisa envolvida, inclusive lavagem de dinheiro dos investidores secretos nos hotéis que serviam de fachada para a ilegalidade que acontecia no subsolo. Não deixariam que eu saísse tão facilmente.

Peguei-me pensando até mesmo que colocaria a minha mãe e a Rosabel em perigo estando ali, porém, aquele lar era o meu refúgio desde sempre e ninguém sabia da existência da minha família.

Ficava a maior parte do dia no meu antigo quarto e vendo TV, coisa que há muito tempo não fazia, desde que decidi investir o pouco dinheiro de herança que meu pai deixou, na compra do meu primeiro hotel, que no subsolo se encontrava o meu primeiro inferninho e o favorito, o Sweet Hell.

No início era um hotel caído, que deixei minha mãe saber apenas que seria a sede da minha empresa de entretenimento, mas mal sabia ela no que eu estava me metendo... Na verdade, nem eu sabia direito e quando soube já era tarde demais para voltar atrás e só segui até onde estava naquele momento: dono de três boates com cassino, strippers, casa de swing e luta. Onde as pessoas mais ricas da cidade iam à procura de perversão e onde pudessem manter suas identidades em sigilo.

Fui tirado dos meus pensamentos quando ouvi batidas na porta do meu quarto e ao abri-la, Rosabel estava ali.

— Oi — cumprimentei.

Percebi que ela observou meu corpo sem camisa e eu usava apenas uma calça surrada de moletom que eu gostava de vestir quando estava na casa da minha mãe. Era meu modo de me sentir em casa.

Seus olhos percorreram meu abdômen nu e voltaram a subir para meu rosto ao mesmo tempo que o seu era tomado por um tom rosado.

— Oi. — Limpou a garganta. — Vim dizer que... não precisa mais daqueles vips para o próximo sábado. Minha amiga da loja terminou com o namorado, ela está péssima e não tenho companhia para sair. — Deu de ombros ainda claramente embaraçada por me ver sem camisa.

— Que pena.

— Sim, mas... é... obrigada por oferecer. Só quis avisar mesmo, para você não se preocupar com isso.

Assenti e ela andou de volta para o seu quarto, acenou e completamente sem jeito fechou a porta nas suas costas.

Eu ri.

Podia parecer muita maldade minha, mas vê-la embaraçada só por me ver sem camisa foi engraçado e me diverti. Balancei a cabeça em negativo e me senti um homem mau.

Ainda com o meu quarto aberto, encarei a porta fechada de frente para mim e pensei um pouco sobre a ida dela a uma casa noturna. Rosabel queria tanto conhecer, mas não tinha ninguém para acompanhá-la e como saberia mais do mundo sem amigos para apresentá-lo?

Não conhecia nada, não tinha amigos e eu me via ali sem fazer coisa nenhuma da vida. Me senti um pouco egoísta.

Mesmo não querendo me expor na noite, os filmes já haviam me cansado e cogitei a ideia de levá-la.

Por que não?

Foi então que sem pensar muito mais no motivo de não ir, atravessei o corredor, bati na porta do seu quarto e falei quando ela abriu:

— Topa ir comigo?

— Aonde?

Pareceu confusa.

— Em uma casa noturna foda que conheço.

— Agora?

Ri.

— No sábado.

Seu rosto se abriu com um largo sorriso e lindo como o inferno que fez com que eu repensasse o convite.

— Eu topo. — Tarde demais.

— Então combinado.

Sem mais encerrei o assunto, voltei para o meu quarto e pensei melhor na merda que eu podia estar fazendo. Talvez estivesse fodendo com a minha vida saindo na noite quando eu devia me esconder.

Cogitei ir ao quarto dela e desmarcar, mas no segundo seguinte lembrei-me do sorriso feliz no rosto de Rosabel e se ela queria conhecer, era mais seguro que eu a mostrasse o mundo, aí quando estivesse acostumada e fizesse amigos, eu sairia de cena e a deixaria curtir sem mim.

Minha mãe gostaria que eu fizesse isso e era também por ela que eu faria.

Rosabel

Dia após dia desde quando coloquei meus olhos em Martin de novo, tentei esquecer veementemente a noite no convento e separei os dois como se fossem duas pessoas diferentes. O que morava comigo na casa da dona Cássia não era o homem que invadiu meu quarto e me beijou.

Mantive nosso pouco contato de forma fraternal e seguimos apenas como amigos, já que era isso o que éramos... ou, às vezes, nem isso, pois em momentos ele era doce e leve e em outras sem vontade e impaciente.

Quando Martin me buscava no trabalho as conversas eram apenas sobre indicação de filmes, livros e séries, sobre o convento e sobre o trabalho dele, que na maioria das vezes desconversava, talvez por medo de eu pedir emprego de novo, mas eu já havia entendido que não tinha o perfil moderno e descolado que provavelmente fosse o que ele quis dizer quando afirmou que eu não me encaixava.

Segui os dias com a minha nova rotina e tudo se dispunha sob controle, até o dia que fui avisar ao Martin que não ia mais sair e o vi sem camisa...

Eu rezei, porque pequei.

Imaginei-me beijando cada pedacinho do seu abdômen bem marcado e depois lambendo a linha ao lado da sua cintura que levavam diretamente para dentro da sua calça.

Enquanto conversávamos me forcei em focar apenas em seu rosto e me senti muito embaraçada, porque era difícil me concentrar com aquele monumento delicioso à mostra bem na minha frente.

Como podia ser lindo daquele jeito?

Nem a mais centrada das mulheres conseguiria manter os olhos nos olhos, quem dirá eu que nunca fui muito controlada.

Martin sorriu do meu embaraço, vi o divertimento em seu rosto, o que o tornava ainda mais lindo. Seus olhos fechavam quando sorria e seu sorriso alinhado era um ornamento próximo ao queixo bem marcado que o deixava másculo como uma pintura.

Passei a noite lembrando e relembrando o que eu vi, anexando a isso a sensação dos seus lábios nos meus, além de a imaginação de como seria sentir meu corpo colado ao seu abdômen nu.

Rezei para esquecer.

Precisava me manter longe do filho da dona Cássia, até porque pensava que por tudo o que já tínhamos conversado, ele não me via como mulher e sim como uma freirinha inocente, como uma irmã ou uma amiga e só.

Precisava urgentemente de alguém para começar a experimentar o que a vida de uma mulher que não tem mais os votos de castidade podia experimentar. Queria conhecer o mundo e o sexo masculino, queria descobrir todas as sensações e principalmente depois de ver Martin sem camisa, queria tocar, apertar e aproveitar algo que eu só conhecia por livros: o ato sexual.

Contei os dias para o sábado chegar desde o momento em que o Martin prometeu me levar a uma casa noturna. Sinceramente, não queria ir com ele, principalmente depois de vê-lo sem camisa. Foi muita tentação. Queria ir com a Cyndi e assim quem sabe, conhecer alguém que eu pudesse agir como uma mulher normal e que não soubesse que eu era uma ex-freira.

Foi uma pena a minha amiga ficar tão abalada com o término, de modo que não sentia-se no clima de sair e me apresentar o mundo, até porque, pelo o que me contou da sua vida, conhecia tão pouco quanto eu por conta da sua criação rígida.

Enfim o tão esperado sábado.

Depois que cheguei da loja comecei a me arrumar para sair. Procurei entre as roupas que eu havia ganhado da dona Cássia e nada parecia bom para uma noite de balada, principalmente meu acompanhante sendo o Martin.

Abri o guarda-roupas e eu não tinha celular para pedir ajuda da Cyndi com o que usar e estava morta de vergonha de pedir a ajuda da dona Cássia. Analisei algumas peças e o vestido lilás estava me chamando atenção.

— O que acha, Papa? — Coloquei o vestido na frente do corpo e o gatinho que estava enrolado como uma bolinha no seu tapetinho perto da minha cama, só me olhou e voltou a dormir. — Você não está ajudando, preguiçoso.

Olhei-me no espelho que ficava pregado na parede perto da porta e ainda com o vestido na frente do corpo, o analisei: por ser longo talvez não combinasse para uma casa noturna, mas eu poderia usar uma rasteirinha e não precisaria usar salto e arriscar cair. Nunca havia usado um.

Decidi tomar banho e parar de pensar tanto no que vestir, tentei focar que iria sair para me divertir e já estava tão tensa com tudo, que não precisava da preocupação com roupa, já que nunca tive essa preocupação mesmo.

Quando saí do banho, ainda enrolada na toalha pensei em desistir e ficar vendo filme, porém a ideia de que eu precisava viver como alguém da minha idade martelava em minha mente e imediatamente ao pensamento, xinguei-me por ser uma medrosa e por me amedrontar justamente por algo que foi o motivo pelo qual deixei o convento.

Saí do banho e optei mesmo por colocar o vestido lilás. Apaixonei-me por ele assim que o vi, queria usá-lo em uma ocasião especial e para mim aquela noite seria mais que especial, seria a primeira vez que eu conheceria um mundo completamente diferente do que conheci desde que nasci.

Soltei o cabelo, o penteei e para a minha sorte naquele dia ele resolveu ficar de bem comigo e caía em ondas perfeitas e brilhosas até a cintura. Não precisei fazer absolutamente nada e estava pronto para sair.

Coloquei uma sandália rasteira na cor prata e a pulseira que foi encontrada comigo quando fui deixada no convento. Era uma pulseira de adulto e sempre quis usá-la, mas a Madre a guardava junto com as demais coisas. Olhei para o pingente e mais uma vez me perguntei sobre o que significava aquele símbolo.

Encarei-me no espelho e eu estava bonita. Simples, muito simples, mas bonita. Pensei que queria ter uma maquiagem e sentei-me na cama com a ideia de que seria uma das coisas que compraria com o meu primeiro salário, junto com um celular.

Ouvi batidas na porta e dona Cássia colocou a cabeça para dentro do quarto.

— Posso entrar?

— Claro. — Sorri e quando olhei para o chão vi Papa se esgueirar por entre as pernas dela, depois veio para perto de mim e eu o peguei.

— Não parece muito animada para sair.

Dei de ombros.

— É que não sei se faço parte do universo que estou prestes a me enfiar.

— Por quê?

Sorri sem jeito.

— Olha para mim, nem sei me vestir para a ocasião.

— Para mim você está linda. Esse vestido te veste muito bem. — Encarou-me como se me analisasse. — Olha, eu não tenho a sua idade e nem sei o que vestiria para ir a uma casa noturna, mas se quiser eu tenho maquiagem e alguns acessórios que pode escolher.

— Não sei me maquiar.

— Vem.

Sem me deixar dizer mais nada, dona Cássia me pegou pela mão e fomos para o seu quarto. Lá vimos alguns vídeos sobre maquiagem, mas por fim optamos apenas por passar um rímel e um batom rosa. Ao menos não teria erro. Coloquei uma gargantilha delicada e queria ter colocado brincos também, mas não tinha orelha furada.

Quando me olhei no espelho novamente, senti-me muito mais bonita do que antes daqueles poucos detalhes e até sorri para o meu reflexo.

— Você está linda e agora, para começar, quero que você esqueça que já foi uma freira.

— Um pouco impossível.

— Então evita pensar.

Sorri.

— Vou tentar.

— Você precisa se divertir.

Começamos uma conversa sobre a juventude da dona Cássia até que ela disse que tinha baile da terceira idade para ir aquela noite e ao contrário de nós jovens, lá começava e acabava cedo e por isso precisava se arrumar.

Sai do seu quarto para dá-la privacidade e fui para o meu, no entanto, os minutos se passaram e era perto das dez da noite e não vi nem sinal do Martin, o que estava aumentando a minha ansiedade.

Decidi descer e andei pela sala, fui até a cozinha, depois para a sala novamente, sentei-me no sofá e nada dele.

— Ainda aqui, Bebel? — dona Cássia perguntou usando um apelido carinhoso, ao mesmo tempo que descia a escada, já pronta para sair.

— Sim, acho que Martin desistiu de ir.

— E não te avisou? — Balancei a cabeça em negativo e a vi fechar o cenho. — Ah, ele vai sim. Vem.

— Não, dona Cássia, deixa ele. — Sorri para amenizar a minha frustração. — Posso ir com a senhora, se não for atrapalhar.

— De jeito nenhuma que vou te levar comigo para o baile da terceira idade. A ideia é você viver como uma mulher de vinte e cinco anos. Venha.

Meio que no automático subi a escada com ela e quando dei por mim estávamos na frente do quarto do Martin.

— Oi — falou quando atendeu a porta depois da dona Cássia quase derrubá-la com suas três batidas fortes.

Seus olhos pareciam inchados como de quem estava dormindo e foi acordado. Olhou-me de cima a baixo mais tempo que o necessário e pareceu lembrar-se do que tinha combinado comigo.

— Que horas vocês vão sair, Martin? — Dona Cássia tinha a sobrancelha arqueada como que disfarçando de mim, a ordem velada que dava ao filho.

Hummm... é... daqui meia-hora já vamos. É que virei a noite resolvendo problemas da empresa.

— Ah, que bom, porque a Rosabel, já está pronta. — Arregalou os olhos e sua fala era claramente um aviso e até me senti mal por ter que obrigar Martin a sair comigo.

— Podemos sair outro dia. Desculpa te acordar.

— Não, ele vai hoje. Você está pronta e linda. Não vai, filho?

— Claro. Vamos hoje — concordou nada animado, mas eu sorri, porque queria mesmo sair.

— Então ela vai ficar te esperando lá na sala e eu estou saindo também. Se apresse.

Ele assentiu, entrou para dentro do quarto e dona Cássia e eu descemos para a sala.

— Homens se arrumam rápido. Já, já vocês estarão saindo. — Fiquei envergonhada e pensando que precisava urgente de novos amigos. — Agora vou indo. — Me deu um beijo na testa quando me deixou sentada no sofá e disse: — Divirta-se!

— A senhora também. — Soprou mais um beijo e saiu porta afora.

Fiquei tamborilando os dedos na perna até que não demorou muito, vi Martin descendo a escada e engoli em seco. Me fez até perder a fala.

Usava uma camisa de manga cumprida no estilo militar, com bolsos na frente do peito que o deixavam com a aparência de ser mais forte do que eu já havia notado, as mangas estavam dobradas de forma despojada e a calça era preta. Seus cabelos castanhos claro estavam penteados para trás e a barba perfeitamente serrada e desenhada ao rosto o deixava ainda mais lindo. Estava cada vez mais difícil vê-lo de forma fraterna.

Rosabel, ele é como um irmão. Filho da dona Cássia. Não pense o que não deve.

Ah, mas não tem como não pensar com um homem lindo desse bem na minha frente.

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