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Capítulo 25


Rosabel

Vesti-me para sair e já era próximo da meia-noite. Usei a maquiagem da dona Cássia, passei lápis preto no olho e batom vermelho. Peguei também uma meia calça preta emprestada e usei com um vestido preto e curto que ela havia comprado para mim, mas achei que nunca fosse usar.

Com o barulho do salto que eu usava ecoando pela casa e com um plano na cabeça, liguei para o Edson pela primeira vez desde que Martin me passou o seu número.

— Boa noite — cumprimentei-o.

— Rosabel. — Sua voz era grossa e contida.

— Preciso que me leve a um lugar.

— A essa hora? Creio que o...

— Se você não me levar, vou chamar um táxi — o interrompi, porque sabia que ele ia dizer que Martin não ia gostar, mas eu estava pouco me importando para o que ele pensava ou não.

Houve uma pausa até que Edson disse:

— Estou próximo da sua casa. Eu que estou de vigia hoje, pode sair que te levo.

— Estou saindo.

Desliguei a chamada, peguei minha bolsa, a pasta que encontrei no quarto do Martin e saí do meu quarto para seguir até ele, porém, ao olhar a porta do quarto de frente para o meu, lembrei-me da arma e achei melhor levá-la, mesmo tendo certeza que não usaria aquele trambolho, mas não sei porquê a fala do Martin dizendo que a guardava por segurança martelou na minha cabeça.

Abri a gaveta a coloquei na minha bolsa lateral como se fosse algo nojento e parti.

Assim que abri o portão, um carro preto parou na minha frente e por estar com o vidro do passageiro abaixado vi que era o Edson. Entrei no carro e antes de qualquer coisa, pedi:

— Me empresta seu celular? — Vi em seu rosto a confusão, mas mesmo contrariado me emprestou e assim que obtive o aparelho em minhas mãos, perguntei: — Você avisou para Martin que ia me levar a um lugar?

— Não, esperei pegá-la para ver onde iria e assim avisá-lo o local correto.

— Ótimo. Onde ele está agora?

— O que você está aprontando, Rosabel?

— Primeiro que não estou aprontando nada, porque não sou criança como vocês pensam e segundo, pode me responder onde ele está? Não vou atentar contra ele ou nada assim.

Notando que eu não era uma ameaça, apesar do meu tom áspero e claramente impaciente, Edson respondeu:

— Ele está no Sexy Stripper.

— Então me leve para lá.

— Você não vai gostar de vê-lo lá.

— Por quê?

— Ele tem andado... e lá ele tem... Bom... Ele anda meio...

— Está com alguém? Raquel? Não me importo, me leve para lá — pedi decidida.

Edson respirou fundo.

— Preciso avisá-lo que...

— Se você avisá-lo eu vou descer do carro e vou arrumar um jeito de chegar até ele sem você. — Eu o interrompi, mostrando toda a minha vontade e vi que mesmo contrariado, disse:

— Tudo bem.

Começou a dirigir rumo a cidade vizinha onde ficava o antro de ilegalidade que Martin era dono e pelo qual ele me trocou. Preferiu o dinheiro, os lucros e toda a criminalidade que envolviam seus negócios ilícitos, a mim.

— Rosabel, podemos estar correndo riscos enquanto você me deixa sem o meu celular. Você pode me entregar, por favor? — Apenas dei de ombros como se não me importasse e o ouvi bufar.

Algum tempo depois reconheci o lugar e notei que estávamos nos aproximando de onde já estive com Martin.

— O que você está pensando em fazer? — Edson perguntou olhando para a rua.

— Nada demais e vai ser rápido, então se puder me esperar do lado de fora para me levar para casa eu agradeço. Se não, dou um jeito de voltar.

— Vou precisar do meu celular.

— Te entrego depois que eu fizer o que vim fazer. Sei que no momento em que eu te entregar você vai dizer a ele que estou aqui. Fica tranquilo, não vou atentar a vida do seu chefe.

Resmungou algo.

— O quê? — perguntei.

— Bem que Martin sempre disse que você era uma freirinha impossível.

— Não sou mais freira e deve ser por pensar que eu era uma freira boba que ele fez comigo o que fez.

— Ele não pensa isso. O Chefe gosta de você... Ele te ama na verdade, como nunca vi amar alguém.

Ri em desdém.

— Dispenso esse amor. Onde Martin costuma ficar quando está aqui?

— Ele não costuma ficar aqui sempre, só esporadicamente por algum motivo específico ou quando vem porque está à procura de... — Notei que ficou sem graça.

— Mulher? Sexo? — Assentiu. — , eu acho ele lá dentro.

Quando Edson estacionou no subsolo do Sexy Stripper, falei:

— Me espera aqui que vai ser rápido. Se eu vier para cá e você não estiver, dou um jeito de ir embora sozinha. — Saí andando sem esperar resposta.

Eu sabia que apesar de termos terminado e de todo o distanciamento, Martin fazia de tudo para me proteger e mantinha os homens de confiança de olho em mim, então usei isso para manter Edson me esperando e assim ele não conseguiria avisar ao Martin que eu estava a caminho.

Queria pegá-lo de surpresa, para que não tivesse tempo de inventar uma desculpa ou algo sobre ter preferido ao dinheiro do que a mim. Só queria a verdade.

Entrei no estabelecimento que estava a meia luz, como o outro que fui, muitas pessoas ocupavam as mesas e assistiam aos shows de strip-tease que acontecia no momento.

Andei a passos rápidos, pois o que eu tinha para fazer eu faria logo e sairia dali. Não sabia para onde ir, só sabia que precisava encontrá-lo e provavelmente ele estaria nos bastidores e não onde o público normal se encontrava.

Vi uma porta com a placa "acesso restrito" e a abri, o lugar parecia tão escuro quanto o salão por onde passei e muitas mulheres praticamente nuas andavam pelo espaço e para a minha sorte não notaram a minha presença.

Escondi-me atrás de um pano preto quando avistei Raquel e a ouvi dizer:

— Hoje o gostoso do Martin será meu de novo e ele disse que me espera daqui cinco minutos na sala espelhada. Ele quer um show.

— Você tem sorte de disfrutar dele sempre, eu só experimentei uma vez — a outra que conversava com Raquel, respondeu.

— Fazia tempo que eu não o tinha, mas hoje... Ah, hoje ele é meu.

Senti a raiva borbulhar e eu precisava saber onde era essa tal sala. Assim como entrei sem ser vista, eu saí e comecei a andar por entre as pessoas, me escondendo para não ser vista ou reconhecida pelos seguranças.

Entrei em um corredor cheio de portas e, tentando a sorte, decidi que não seria ali a tal sala espelhada, continuei andando depressa para a outra ala em outro corredor com uma placa que dizia: "360º de prazer através do espelho"

Só podia ser ali.

Atrás de uma das cortinas que davam o clima de mistério ao ambiente, observei por alguns segundos e vi um casal se aproximar das portas do corredor, mexer em uns botões em uma tela próxima da porta, depois o homem entrou nela e a mulher na sala ao lado, ambos tinham um sorriso cheio de malícia em seus rostos.

Aquele lugar exalava sexo.

Fiquei olhando o corredor e algo me dizia que era ali que eu tinha que ficar, foi então que olhei para o fundo e vi Martin entrando na última porta, carregando um copo de uísque e mais magro do que o tinha visto da última vez.

Meu coração traidor pulou no peito com o simples fato de vê-lo novamente e fechei os olhos para acalmar as minhas emoções. Era por raiva que eu estava ali.

Andei depressa até a porta que ele havia entrado há pouco, decidida a dizê-lo poucas e boas e jogar a pasta que eu carregava em sua cara, no entanto, no momento em que ia abri-la, olhei ao lado da porta e vi uma tela parecida com a que o casal anterior manuseou.

A observei e pelo o que entendi era para escolher uma música. Lembrei-me da fala da Raquel dizendo que Martin queria um show e entendi que a tal sala espelhada devia ser para uma espécie de sala de strip-tease também.

Ele queria um show? Ele teria um!

Cliquei na primeira música que o título era Say You Love Me de Jessie Ware e já do lado de fora ouvi a batida da música.

Criei coragem e depois de respirar fundo abri a porta e entrei.

Logo vi um pequeno cômodo todo espelhado, escuro e o único objeto nele era um cano de metal disposto bem no meio. Olhei para a frente e sentado atrás de um vidro estava Martin. Meu coração logo disparou ao vê-lo e no mesmo instante uma eletricidade tomou meu corpo apenas por olhá-lo de frente novamente.

Por mais que não o quisesse eu ainda o amava.

Exibia um semblante cansado, estava largado na poltrona e segurava o copo de uísque na mão. Parecia sem paciência até.

Olhei-o esperando que me notasse ali, mas ele nem ergueu o olhar e foi aí que percebi que só me veria quando eu quisesse.

Observei o pequeno cômodo espelhado e no canto achei um painel de controle com dois botões que indicavam que um era para acender a luz, e pensei que só assim Martin me veria, e o outro botão para recomeçar a música. Tinha uma pequena instrução ao lado e entendi exatamente como funcionava aquela cabine.

Pousei a pasta no chão e imediatamente tive uma ideia. Se Martin queria apenas me usar durante o tempo em que passamos juntos e se para ele o dinheiro importava tanto a ponto de me descartar, então eu faria como se ele estivesse me pagando.

Tirei o meu vestido e fiquei apenas de calcinha, sutiã, meia calça e saltos altos, depois respirei fundo e cliquei para recomeçar a música, ouvindo novamente a batida sexy inicial preencher o ambiente. Quando olhei para frente Martin parecia ainda mais sem paciência e prestes a levantar e sair.

A seguir respirei fundo, senti a batida da música no meu corpo como ele me instruiu na casa noturna e acendi a luz.

Que comece o show!

Martin

Sentia-me levemente bêbado e se eu queria pegar a Raquel naquele dia teria que ser daquela maneira. Havia tentado outros dias, mas só a Rosabel invadia meus pensamentos e eu não conseguia desejar outra mulher que não fosse ela.

Tornei-me um bobo apaixonado, que não conseguia ir para a cama com outra mulher e chorava por amor, no entanto, eu ainda adorava admirar uma mulher bonita e ao menos aproveitaria o show na cabine espelhada e me deleitaria com uma gostosa dançando para mim.

Enquanto esperava o show começar e sabia que seria logo, porque Raquel nunca se atrasava, meu celular tocou e vi na tela o nome do segurança que estava na portaria naquela noite. Desliguei porque não queria ninguém enchendo a porra do meu saco, queria apenas passar um tempo ouvindo uma música e vendo uma mulher dançar. Eles que resolvessem sem mim o que quer que fosse que tivesse para resolver lá fora.

A batida da música começou e guardei meu celular esperando que logo Raquel aparecesse gostosa pra caralho dançando sexy e quente como o inferno. Desejei que fosse outra mulher ali... Minha Rosabel.

Imediatamente guardei esse pensamento ou correria para ela como tive vontade de fazer várias vezes durante o afastamento, mas não fiz para protegê-la.

Estranhei a demora para a luz a minha frente se acender e Raquel aparecer dançando, no entanto, quando ia xingar sem paciência, a música romântica com batida sexy parou e logo em seguida recomeçou.

Pensei ser algum problema na cabine, porque nada da luz acender, até que...

Eita porra!

Aprumei-me na cadeira de imediato quando notei que na minha frente quem estava não era a Raquel e sim Rosabel.

Linda! Estonteantemente linda e surpreendente.

Minha respiração ficou ofegante ao vê-la e nem em meus melhores pensamentos do dia, imaginei que a veria daquela forma. Senti meu corpo aquecer, meu coração acelerar e tive que engolir minha surpresa, apesar da boca seca.

Seu olhar transmitia dor, tanta dor quanto eu senti naqueles dias longe dela, mas também demonstravam raiva.

Rosabel vestia apenas roupas íntimas, meia calça e saltos altos que imediatamente ligaram todo o meu corpo. Ela começou a se mexer no ritmo da música e cada um dos seus movimentos eram sexy pra cacete. Encostou-se ao cano e deslisou suas costas nele, agachando-se de pernas abertas para mim.

Umedeci meus lábios e respirei, porque tinha me esquecido de respirar enquanto a olhava.

Eu a observava tentando entender aquele momento e quando fitei seus olhos, notei que logo começaram a se encher de lágrimas, elas escorreram por seu rosto e eu me segurei para que as minhas não atingissem os meus olhos também.

Rosabel parou de dançar, levou as mãos ao rosto e seus ombros demostraram o choro compulsivo que a tomou.

Doía aquele momento... Doía muito e eu queria abraçá-la, mas meu corpo seguia paralisado pela surpresa de vê-la ali e pelo conflito interno de ter que me manter longe e querê-la ao mesmo tempo.

Logo ela tirou as mãos do rosto e me encarou com seus olhos cheios de mágoa, abaixou-se e pegou uma pasta que encontrava-se pousada no canto do chão e só então a notei. A pasta.

Abriu, pegou fotos nossas e as bateu de encontro ao vidro e viradas para mim, uma a uma, documento a documento, foi jogando contra o vidro como se os jogassem na minha cara.

Juntei as minhas sobrancelhas em desentendimento e eu não fazia ideia o que ela estava pensando que era aquele dossiê. Tirando seu olhar do meu Rosabel se abaixou, pegou seu vestido e o passou pela cabeça vestindo-o.

Foi aí que me libertei do transe em que me encontrava, levantei-me e como um raio rumei para a saleta ao lado para falar com ela, tentar explicar e entender o que aquela cabecinha estava pensando que eram aquelas fotos.

Assim que abri a porta, ela terminava de arrumar o vestido, depois se abaixou, pegou sua bolsa, a pendurou no ombro e olhando para baixo tentou passar por mim, mas eu a parei:

— Preciso te contar tudo sobre isso.

Encarou-me e seus olhos molhados pelo choro doeram em mim.

— Agora você quer me contar? Agora que eu já descobri que me trocou por dinheiro.

— O quê?

Riu sem vontade.

— Não se faça de bobo, Martin. Você preferiu manter seus negócios ilícitos ou quanto será que recebeu para fingir que gostava de mim? — Seus olhos encheram-se de lágrimas de novo.

— Não é nada disso. Eu não preferi nada, você não sabe de nada e não tive escolha.

— Não teve escolha?

— Olha, me conta o que você acha que sabe e vamos conversar.

— Não vou contar nada, o seu tempo de me dizer alguma coisa era antes que eu descobrisse, era no dia que você terminou comigo do nada e me virou as costas. Você só quer conversar comigo hoje porque eu descobri tudo.

—Você pensa que descobriu. — Nos encaramos até que perguntei: — Se não quer saber a verdade o que veio fazer aqui então?

— Eu não sei! — gritou. — Só queria dizer que... Você acabou comigo, que tenho passado dias horríveis, que lutei contra esse amor dentro do meu peito, mas não consigo tirá-lo daqui. Queria que fosse tão fácil para mim quanto foi para você.

— Fácil? Você não sabe de nada — Foi a minha vez de gritar e ela encarou-me enquanto as lágrimas rolavam por seu rosto.

Parecendo cansada de discutir, respirou fundo, passou por mim, abriu a porta e andou pelo corredor cheia de razão.

— Espera. — A segurei pelo braço. — Vem comigo, vamos a um lugar mais calmo onde eu possa te explicar, você não pode continuar sem saber o motivo pelo qual terminei com você.

— Foi porque não me ama. Me solta — falou tão gélida que sua voz doeu e a soltei.

Avistei Edson aparecer no início do corredor, esbaforido e ao olhar para Rosabel respirou como se encontrasse o que procurava.

Como a coisinha cheia de razão que era, Rosabel passou por ele pisando duro, Edson me olhou, deu um meneio de cabeça e a seguiu para a saída, mas eu não deixaria que ela saísse assim, sem que soubesse o real motivo pelo qual parti o seu coração e principalmente o meu que estava em pedaços desde a última vez que a vi.

— Não me faça fazer uma cena aqui, vamos conversar — pedi alguns passos depois.

— Me deixa.

Seguiu andando e eu segui ao seu lado, esperando que chegássemos a um lugar com menos pessoas e eu pudesse puxá-la para mim e enfim dizer que a amava e tudo o que fiz foi para proteger a nós dois e a minha mãe e tia. Se ela me deixasse ao menos explicar...

Rosabel andou sem rumo por todo o Sexy Stripper até que pegou a rampa que saía na rua e aí antes que ela nos colocasse em perigo andando pela cidade, eu tive que puxá-la pelo braço e pará-la na calçada.

— Me escuta!

— Não.

— Rosabel, é perigoso ficarmos juntos e em público. Volta comigo e vamos conversar — pedi, olhando em volta e eu sabia com certeza que Gabriela tinha alguém nos observando em algum lugar.

— Em público?

Olhei em volta e vi um homem encostado a um carro, na rua vazia pelo tardar da noite. Ele encarou a mim e a Rosabel, depois pegou o celular e o colocou na orelha como se avisasse para alguém que estávamos ali.

— Rosabel, por favor.

Notei logo atrás de nós que Edson e mais um dos meus homens de confiança se posicionaram, com isso o homem entrou no carro como se fosse embora.

— Martin, só me responde com toda a sinceridade, algo do que vivemos e do que você disse sentir por mim, foi verdadeiro?

— Tudo. Absolutamente tudo foi verdadeiro.

Vi seu olhar suavizar e eu ia beijá-la, entretanto, o carro do outro lado da rua chamou a minha atenção e depois disso foi tudo muito rápido: o homem ligou o carro, cantou pneu e quando passou por mim e Rosabel sacou uma arma.

Quando percebi o que tinha em uma das mãos e o que ia acontecer, imediatamente o meu instinto foi proteger Rosabel que estava de costas, então a abracei protegendo-a com meu corpo e girando-a para que saísse da mira do atirador, consequentemente, quando o homem atirou em nossa direção apenas as minhas costas foram alvo e levei o tiro que provavelmente era destinado para ela, depois outro e caí abraçado a Rosabel, enquanto meus homens atiravam em direção ao carro que saiu em disparada noite a dentro.

Senti minhas costas queimarem e minha visão ficou turva ao mesmo tempo em que o rosto que eu via em minha frente era o da Rosabel, que não estava mais cheio de mágoa, mas sim de preocupação.

— Martin! — Virou-se me pousando no chão e abaixou-se em minha direção, apoiando a minha cabeça em seu colo.

Olhou-me com aqueles lindos olhos castanhos que eu amava desde a primeira vez que vi, mas que naquele momento estava repleto de desespero.

Senti o gosto do ferro na boca e tentei falar em meio a queimação em minhas costas:

— Rosabel... — Engoli tentando focar nas palavras. — Era por isso... que tive que te deixar. Ela quer te matar... me chantageou. — Respirei fundo e doeu.

— Chama uma ambulância! Edson... ajuda... Alguém... — gritava e sua voz estava cheia de medo e aflição e levantei minha mão para que ela me olhasse.

— Rosabel, preciso te falar... — Tentei me mexer e fiz uma careta.

Shiuuu... fica quieto a ajuda já vem. — Sua voz estava trêmula e seu rosto molhado de lágrimas.

— Ela... sua tia... ela me obrigou ou te mataria — falei, porque tinha a necessidade de me explicar, não sabia o que aconteceria comigo. — Ela descobriu sobre a nossa investigação. — Rosabel arregalou os olhos como se tomasse entendimento de tudo.

— Ai, meu Deus. É tudo culpa minha, me desculpa... me desculpa.

— Você não tem culpa de eu te amar.

— Martin...

— Eu... amo você — falei e ela fitou meus olhos com atenção. — Te amo... desde sempre... desde quando coloquei meus olhos nos seus... eu... — gemi e tudo rodou em minha volta. — Sabia que era você... Minha Rosabel.

Fechei meus olhos e ela falou desesperada:

— Não fecha os olhos, fica comigo. — Eu os abri. — Martin eu amo você também... muito. Fica comigo.

— Você é meu céu — falei.

— E você é o meu — respondeu com os olhos cheios de lágrimas e aí eu fechei os meus em definitivo e não vi ou ouvi mais nada.

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