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Capítulo 21


Rosabel

— Acorda, preguiçosa.

Hummm... acabamos de dormir — resmunguei com a cara colada ao travesseiro.

— Hoje é domingo e temos um compromisso.

Forcei-me a abrir os olhos não acreditando que ele realmente ia cumprir. Joguei meu cabelo de lado e sentei-me na cama dele, me recostando na cabeceira.

— Vou perguntar que compromisso, só para ter certeza de que não estou sonhando.

— Combinado é combinado e sou um homem de palavra. Vamos à missa. — Sorri e até despertei.

— Vamos. Me arrumo em dez minutos. — Saí correndo do quarto e segui para o banheiro.

Olhei-me no espelho, repensei a noite anterior e eu era uma pervertida... mas uma pervertida feliz. Ri para o meu reflexo. Me sentia uma mulher linda e poderosa.

Fiz xixi, escovei os dentes e rumei para o quarto para me trocar. Coloquei uma calça jeans, uma blusa de mangas compridas e tênis. Estava frio e queria me sentir confortável e quentinha.

Algum tempo depois desci para a sala e Martin me esperava com a mesa posta para o café.

— Se eu soubesse que ia ter essa vida boa, tinha saído do convento há muito tempo.

— Não se acostume. — Riu.

Pensei que se a dona Cássia chegasse e nos pegasse naquela cumplicidade toda, obviamente notaria que algo estava acontecendo entre nós, então me apressei em acertar como ficaríamos.

— Martin, estava pensando aqui. E a dona Cássia?

— O que tem a minha mãe?

— Acho melhor não contarmos nada a ela sobre... isso... sabe? Nós dois...

— Quer manter segredo sobre nós?

Nós? Afinal, o que éramos?

— Sim, até sabermos direito o que nós... — Engoli em seco e não sabia como falar sem que parecesse que eu estava cobrando algo.

— Faremos como você quiser.

Ficamos em silêncio, tomei um gole generoso do café e criei coragem para perguntar:

— Não quero cobrar nada, mas... O que somos?

Ele riu.

— Somos o que você quiser que sejamos. Está nas suas mãos, Rosabel.

Bufei.

— Prefiro deixar nas suas. Nunca fui boa para decidir nada.

— Entendi. — Sorriu. — Tudo bem.

O olhei, esperei que definisse o que éramos... Um casal? Ficantes? Namorados? Duas pessoas que transam? Mas Martin apenas passou manteiga na bolacha e comeu parecendo pensar em algo simples que não éramos nós.

Juntei as sobrancelhas e o analisei, parecia tão tranquilo e talvez eu tivesse que agir da mesma forma.

Deixe acontecer, Rosabel!

Após o café saímos para a missa e o carro dele já estava estacionado na garagem, provavelmente alguém o entregou antes de eu acordar. O relógio no painel marcava nove e meia da manhã e apesar de frio, o sol raiava no céu e Martin usava óculos de sol que o deixava ainda mais gato do que era.

Sentia-me uma sortuda por ser dele e lembranças da noite anterior passaram por minha mente o que me fez sorrir como uma boba, mas imediatamente o sorriso sumiu pensando que ele já devia ter feito aquilo com tantas outras mulheres e talvez ainda pudesse fazer com outras depois de mim ou durante...

— Martin.

— Oi. — Tirou os olhos da estrada e me olhou rapidamente.

— Assim... como eu disse, não quero exigir nada, mas... o que nós temos ou estamos começando... É exclusivo?

— Como assim? — Tinha um sorriso faceiro nos lábios.

— Gostaria que se caso você for ter algo com outra mulher além de mim... Ai, não sei como falar sem que pareça que estou te cobrando algo, mas não tenho experiência com relacionamentos... Não que a gente tenha um relacionamento... — Eu só me enrolava.

— Sou seu, Rosabel. — Olhou-me rapidamente, lançou um sorriso lindo que me fez suspirar.

— Resumindo, não quero que se sinta preso a mim, mas quero que se caso for ter algo com outra mulher, que apenas me avise e está tudo bem. E o mesmo serve para mim. — Assentiu e o sorriso sumiu do seu rosto.

Queria saber o que estava pensando.

— Tudo bem. Concordo.

O carro seguiu e logo estávamos na porta da igreja. Não acreditava que eu havia conseguido levá-lo a missa. Ri.

No meu coração desejei que eu pudesse trazê-lo para o caminho do bem e tirá-lo do trabalho ilegal de alguma forma. Não sabia se conseguiria ou se mesmo tinha aquele poder, mas eu tentaria até conseguir. Por dona Cássia, por ele e por mim.

Martin

Fazia muito tempo que não pisava em uma igreja e só Rosabel para me fazer voltar às origens.

Fui criado em meio a religião, recebi os sacramentos e me desvinculei na vida adulta quando entrei para a ilegalidade. Não queria ser hipócrita e continuar frequentando algo que eu não seguia na minha vida.

Rosabel queria sentar na frente, mas preferi ficar mais no fundo. Durante toda a celebração pensei e repensei como faria para mostrar a ela que eu a queria, que o que tínhamos não era algo sem sentido ou sem vínculo.

Na realidade, eu não sabia se o que estávamos construindo seria para sempre, mas desejava que fosse, porque Rosabel fazia com que eu pensasse em um futuro com ela e andando em acordo com a lei. Coisa que nenhuma mulher fez com que eu desejasse.

Nenhuma fez com que eu me sentisse tão preso, tão dela e tão afim de algo maior como Rosabel fazia. Ela não entendia que tinha controle sobre mim e por mais que eu não quisesse pensar nisso, com uma palavra, um afastamento ou rompimento, Rosabel me destruiria.


A observei durante toda a celebração e sua entrega e fé me fascinavam, além de servir-me como um soco, de forma que até voltei a acreditar que Deus usava mesmo as pessoas para falar com a gente, principalmente quando o Padre falou sobre se reconectar, sobre assumir e sobre seguir o caminho do bem.


Ao final da missa nos dirigimos a saída e instintivamente peguei-a pela mão enquanto andávamos pelo corredor principal da igreja, mas antes que chegássemos à porta parei e tive uma ideia.

— Rosabel, vem comigo. — A puxei em direção ao altar.

A igreja já estava quase vazia, permanecia apenas o pessoal da animação que começava a desligar os equipamentos da música.

— Aonde você vai?

A olhei e sorri, pois a cada passo que eu dava sentia mais certeza do que estava fazendo.

Quando chegamos aos pés do altar, parei de frente para ela e falei meio tímido:

— Rosabel, eu sei que você tem fé por nós dois, acredita no que é bom e... eu não faço ideia de como fazer isso ser perfeito. Sei que quer uma definição sobre o que somos e eu também quero.

Quando nós trocamos o primeiro olhar
O meu coração pediu pra se apaixonar...

Ouvimos e olhamos para a banda que antes guardava os instrumentos, mas que naquele momento tocava uma música romântica.

— Ai, meu Deus! — Rosabel exclamou e sorriu.

— O quê?

— Essa música. É a que eu cantava na cozinha da sua mãe logo que nos reencontramos e se um dia eu me casar quero que toquem ela. — Ela riu para o pessoal da banda que riu para ela de volta.

— Rosabel, por enquanto não é pedido de casamento, mas... — Porra! Eu sentia-me tão nervoso. Perdão, Deus, por pensar palavrão na igreja. Balancei a cabeça em negativo, como se para colocar os pensamentos em ordem e continuei: — Quer ser minha namorada?

— Aqui? — Olhou em volta. — Está me pedindo em namoro aqui?

— Sim, sei o quanto sua fé é importante para você e estou usando-a para mostrar o quanto você é importante para mim e o quanto o que sinto é verdadeiro.

Ela sorriu e olhou para a banda que sorriu para ela.

...Prometi a Deus que ao céu vou te levar

E vou gritar pro mundo ouvir
Que sempre te amei e vou te amar...

— E então?

— Martin... — Pareceu pensar, olhou para o altar e disse quando voltou a me olhar: — Aceito.

Eu ia beijá-la, mas com a mão entre nós ela me parou e eu ri.

— Tudo bem, espero um pouco, namorada. — Pisquei um olho em sua direção.

...E nada vai nos separar na alegria ou na dor
O mundo não verá o nosso amor se acabar
Logo no primeiro olhar Deus nos casou (No primeiro olhar)
E escreveu seu nome e o meu no azul do céu
Pra sempre vou te amar.

A banda encerrou e um deles disse:

— Nos contratem para o casamento.

Vi que Rosabel ficou sem jeito e eu respondi:

— Pode deixar que me lembrarei disso.

De mãos dadas seguimos novamente para a porta da frente da igreja e eu tinha certeza que meu rosto exibia um sorriso vitorioso. A freirinha era minha.

Quando colocamos o pé para fora da igreja um vento frio nos atingiu e notei Rosabel se encolher, com isso a puxei para um abraço e foi uma delícia senti-la se aconchegar em mim.

— Rosabel? — Ouvimos uma voz doce e calma chamá-la logo atrás de nós e quando nos viramos, imediatamente ela separou-se de mim, como se ficar ao meu lado fosse errado. Não gostei desse gesto.

— Irmã Sandra! — Rosabel abraçou a mulher vestida de freira e ambas tinham sorrisos felizes. Me perguntei se íamos encontrar com todas as freiras do convento nas nossas saídas.

— Como você está linda, minha querida! — A freira me olhou e disse: — Não se lembra mais da sua tia, Martin? — Juntei as sobrancelhas e sorri.

— Tia Sandra?

A mulher riu.

— Sim, sua mãe me mostra suas fotos quando me visita. Você continua com o mesmo sorriso e lindo como sempre. — Me puxou para um abraço afetivo. — Estão passeando pela cidade? — perguntou após nos separarmos.

— Viemos para a missa.

Tia Sandra semicerrou os olhos.

— Você conseguiu trazer o Martin a missa? — Rosabel assentiu com um sorriso lindo no rosto. — E a Cássia sabe disso? Deve estar feliz.

— Ainda não sabe, porque está viajando, mas vou contar a ela quando chegar.

— Sabia que você era danada, mas não sabia que fazia milagres.

— Ei! — reclamei e elas riram.

Olhei para a Rosabel que me encarou com seu olhar risonho e quando encaramos a minha tia a nossa frente, ela nos observava como se desconfiasse de algo, até que perguntou como quem não quer nada, mas notei a desconfiança:

— E de resto, querida, alguma novidade?

Rosabel respirou fundo.

— Nada demais. Estou trabalhando muito e só.

Fechei o cenho e tia Sandra sorriu, me olhou e disse:

— Que ótimo. E você, meu sobrinho querido, novidades?

— Nada de novidade e sou o único, por isso sou querido, ? — brinquei.

— Agora que sua mãe meio que adotou a Rosabel, não é mais o meu único sobrinho e considerando que não nos vemos há muito tempo, acho que deve perder o posto de preferido.

— Não duvido, considerando que Rosabel conquista a todos. — Ri para a Rosabel que não me olhou.

— Que bom... que bom. — Minha tia sorriu de maneira acolhedora e mais uma vez nos analisou como se notasse que tínhamos algo mais que somente amizade. — Bem, meus queridos, preciso ir, porque o ônibus com as irmãs está estacionado ali e provavelmente só me esperando. Rosabel sabe como a Madre não tem paciência.

— Verdade. — Sorriu. — Foi tão bom te ver, irmã Sandra.

— Muito bom ver vocês também. E fiquei muito feliz em saber da amizade de vocês e ainda mais por saber que Rosabel está tendo uma participação positiva na sua vida, filho. — Tia Sandra me deu um abraço, depois abraçou Rosabel e ambas se despediram.

Ficamos olhando-a se afastar, até que depois de um último aceno ela entrou no ônibus e vimos o veículo partir em seguida, então virei-me para Rosabel e perguntei:

— Por que não disse que somos namorados?

— Você queria que eu dissesse? E sua mãe?

— A ideia era que todos soubessem. — Respirei para não ser ríspido com ela, mas a minha voz saiu mais grossa do que tive a intenção. — Tem vergonha de mim ou sente-se fazendo algo errado estando comigo?

— Claro que não. Não é isso.

— É o que então?

Encarou-me como se procurasse as palavras.

— O que é? — insisti.

— Eu não quero ter que explicar para as pessoas quando tudo acabar — disse sem me olhar.

— Você acha que vai acabar?

— E não vai? — Me olhou.

— Não no que depender de mim.

Encaramo-nos, olhos nos olhos, tensão no ar e quando vi que ela não diria nada eu a tranquilizei:

— Somos extremos, claro e escuro, certo e errado, doce e azedo, mas a combinação final vai dar certo. — A puxei para mim e a abracei na frente da igreja. — Vamos fazer dar certo, minha marrenta.

Rosabel ficou em silêncio e notei que ela sentia uma ponta de dúvida sobre nós, mas eu adorava um desafio e ia mostrar para ela que daríamos certo. Eu só precisava me organizar e decidir o que seria do meu futuro, mas uma certeza eu tinha: queria Rosabel nele. 

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