Capítulo 11
Capítulo onze
Martin
Ela é virgem, Martin!
Virgem!
Uma parte de mim dizia para me afastar, enquanto a outra dizia para eu puxá-la para mim por aquele cabelão e não soltá-la nunca mais.
— Depois que você começar, eu que não vou deixar que pare. — A ouvi dizer olhando em meus olhos e aí eu não pude fazer mais nada, ela havia me domado.
A beijei de novo, sentindo-me duro como uma rocha, lutei para me controlar e não tomá-la para mim ali mesmo no escritório, mas ela merecia ser degustada com calma como um prato raro e caro.
Dizer não para aquela loucura de desvirginar uma ex-freira não era mais viável, eu a queria mais que a minha própria vida e não me importava com o que seria o amanhã. Se era isso que Rosabel queria, então eu daria... Seria o primeiro.
A peguei pela mão, saímos do meu escritório e seguimos para o elevador que levava até a cobertura do hotel que era fachada para o Sweet Hell e também onde eu morava.
Não costumava levar ninguém a cobertura, nem meus aliados nem mulheres nem nada da vida suja que eu vivia no subsolo, lá era o lugar onde eu mantinha o pouco do Martin filho da Cássia quando não estava na casa dela.
A cobertura era meu céu e o subsolo o inferno e se ia dar a Rosabel o que ela queria, não faria em um dos quartos do Sweet Hell como fazia com as mulheres aleatórias que eu transava para aliviar a tensão, ela merecia a melhor parte de mim.
Rosabel era meu céu...
Enquanto o elevador subia, eu a mantinha pousada na frente do meu corpo ao mesmo tempo em que meus braços a envolvia, meu nariz passeava por sua nuca e sentia seu cheiro.
Tentava não pensar que nutria um sentimento especial por Rosabel, gostava dela, mais do que já gostei de qualquer mulher. Ela era diferente. Tínhamos uma história que começou de forma completamente inusitada e isso fomentava nossa relação, fazia com que ela fosse o oposto de tudo de raso que já vivi.
De maneira repentina a virei de frente para mim e com o meu corpo a prensei contra a parede do elevador. Achei que fosse surpreendê-la, mas como sempre acontecia com Rosabel, o surpreendido era eu e faminta minha freirinha me beijou.
— Rosabel, tem certeza que quer... — Antes que eu pudesse dizer mais uma palavra ela ergueu seu vestido, com um impulso enganchou suas pernas envolta da minha cintura e me puxou aprofundando o beijo mais uma vez.
Caralho!
Quando as portas do elevador se abriram na cobertura, ainda entre beijos saímos dele e seguimos para a porta do meu apartamento que ficava a poucos passos de distância.
Com o braço em volta do seu corpo, peguei a chave no bolso, abri a porta e entramos, depois com a mão enlaçada a de Rosabel, fechei a porta da sala e a levei para o meu quarto.
Assim que fechei a porta a encostei nela, depois passei levemente a minha língua nos seus lábios.
Como não costumava levar mulheres ali, vê-la no meu apartamento e no meu quarto, meio que fazia parecer tudo mais sério.
Rosabel me olhava atentamente e parecia ansiosa para o que ia acontecer, sua respiração estava desritmada e seus olhos ainda mais brilhantes. Admirando seu rosto e a encarando, relembrei quando a olhei bem de perto na noite no convento.
— Aí sim eu teria gritado.
— Hoje você também vai gritar, mas não por socorro. — Sorri e a beijei de novo.
Pensei em como fazer com que aquela noite fosse especial para ela. Nunca tinha transado com uma virgem e não sabia como me comportar.
— Quer mesmo que seja assim?
— Não quero flores e velas ou algo assim, se é o que está pensando.
— Me fale então como deseja. O que pensou que aconteceria quando imaginou esse momento?
— Não imaginei. Agora o meu único pensamento é que quero que seja com você.
Encostei meus lábios nos dela em um beijo casto, depois beijei sua bochecha até que cheguei a sua orelha, afastei seu cabelo e sussurrei:
— Tudo isso parece tão surreal que me pergunto como chegamos a este momento, Rosabel?
— Não sei — falou em meio a um gemido. —, mas se estamos aqui era para acontecer.
Senti suas mãos pequenas subirem por baixo da minha camisa e fechei os olhos aproveitando seu toque. Talvez ela não quisesse mesmo flores e velas, mas eu queria que fosse inesquecível.
Com um movimento rápido a peguei no colo e ela soltou um gritinho por ser pega de surpresa.
Rosabel
Martin era o único homem que eu conhecia e se podia usá-lo para isso eu faria.
O álcool ainda em meu corpo me dava coragem para dizer o que talvez eu não tivesse para dizer sem ele, apesar de já não estar mais tonta como no momento que bebi, me sentia diferente da Rosabel de sempre.
Quando deitou-me na sua cama com cuidado, percebi que ele queria ser delicado e isso fez com que meu coração perdesse uma batida, mas não queria me iludir.
Pousou seu corpo sobre o meu e beijou-me lentamente, passando seus lábios nos meus e eu esperava ansiosamente cada gesto dele.
Em minha mente eu tentava abafar todas as perguntas que iam desde se ia doer, se ele ia gostar de fazer sexo comigo ou até como eu tinha que me comportar na cama.
— É minha primeira vez também — falou baixo apoiado sobre os cotovelos e com o rosto perto do meu. — Nessa cama. Não trago mulheres aqui, é sempre nos quartos do Sweet Hell.
Sorri e a romântica que eu tentava esconder atrás da mulher que só queria ter a primeira noite de sexo, sorriu com aquela informação.
Não se iluda, Rosabel.
— Fico feliz em ser sua primeira. — Sorriu de encontro a minha boca quando se aproximou para mais um beijo, mas logo se afastou e perguntou:
— Posso por uma música? — Juntei as sobrancelhas e explicou: — Já que estamos na vibe das primeiras vezes, sempre quis transar ao som de uma música em específico.
— Fique à vontade, fico feliz em satisfazê-lo. — Ele riu.
— Você está muito engraçadinha.
Sentia-me nervosa e esse era meu jeito de manter tudo na normalidade, fazendo graça. Não era normal para mim, era a minha primeira vez, mas eu queria agir da maneira mais descolada possível, para que fosse apenas isso: minha primeira vez.
Ainda com o corpo sobre o meu tirou seu celular do bolso, deu alguns toques nele e após disse em voz alta "Sail, Awolnation", a música começou a tocar no quarto e ele deixou o celular na mesa de cabeceira.
A batida sexy da música que já havíamos escutado duas vezes preencheu o ambiente e logo Martin se voltou para mim com seu olhar intenso, mas antes que dissesse algo o dei o aval para começar:
— Agora sou toda sua.
Ao me ouvir fechou os olhos, como se a minha fala o tivesse provocado e quando os abriu, flamejava tesão e com vontade avançou sobre a minha boca e me beijou de forma que ligou todo o meu corpo.
Desceu beijando meu pescoço, clavícula e colo, depois ficou de joelhos sobre a cama e com a mão no meu quadril fez um movimento delicado indicando que me virasse de costas.
Obediente fiz como indicou e me mantive deitada, deixando que ele regesse o que aconteceria a seguir. Delicadamente abriu o zíper do meu vestido e depois o afastou com as mãos, fazendo com que eu fechasse os olhos ao sentir seu toque em minhas costas nua. Escorregou-as pela lateral do meu corpo até chegar na curva do meu peito prensado de encontro a cama. Reprimi um gemido.
Subiu com as mãos até as alças do vestido, as escorregou pelos meus braços e ergui o corpo para que conseguisse tirá-lo de vez, expondo meus seios. Eu não me sentia tímida com a minha nudez e sim ansiosa por qualquer fase que avançávamos.
Martin tirou o vestido, depois minhas sandálias e me deixou usando apenas a calcinha branca e rendada que dona Cássia havia comprado para mim no dia que saí do convento. Subiu beijando meu tornozelo, minha panturrilha, a parte de trás da minha coxa e minha bunda. Tudo muito delicadamente e lentamente.
Deitada de bruços e com os braços apertando o travesseiro eu aproveitava cada toque e me arrepiava sentindo pela primeira vez o contato de um homem com meu corpo nu.
Com uma mão de cada lado ele tirou a minha calcinha e a deslizou pelas minhas pernas me deixando completamente nua e a sua espera.
Subiu novamente me beijando, deu mordiscada nas minhas costas, até que chegou na nuca e quando encostou seu corpo no meu, senti que havia tirado a camisa e a sensação da sua pele nua de encontro a minha, era deliciosa.
Com uma mão embrenhou seus dedos em meus cabelos e liberou espaço para que beijasse ali, depois sussurrou no meu ouvido me fazendo arrepiar:
— Você é muito linda. Maravilhosa.
Desceu me beijando até que ficou de joelhos sobre a cama e me virou de frente novamente, me deixando exposta como nunca estive, completamente nua, entregue e disponível para ele.
— Sexy e gostosa pra cacete. — Parecia querer certificar de que não me via como uma criança como pensei.
Passou o dedo lentamente por meu colo, descendo com ele até meus mamilos que estavam rijos e ao passar o indicador sobre ele arrepiou a minha pele e me fez gemer com os olhos fechados. O que serviu de incentivo para que continuasse.
Seguiu com seus dedos por meu corpo, passeou por minha barriga, rodeou meu umbigo e chegou nos meus pelos pubianos.
Minha respiração estava acelerada e eu ansiava que continuasse e assim fez. Adentrou com seus dedos por entre minhas pernas e eu as afastei dando a ele livre acesso para fazer o que quisesse. Continuou em minha abertura e eu gemi mais alto.
Ouvi sua respiração acelerar como a minha.
— Você está me deixando louco.
Abri meus olhos para encará-lo e seu rosto era tomado de desejo, mas assim que mexeu seu dedo entre minhas pernas eu fechei os olhos novamente, joguei a cabeça para trás e gemi.
Era uma sensação nova e indescritível, eu sabia que queria mais dela e pedi:
— Não para.
Com um respiro fundo Martin se posicionou entre as minhas pernas e lentamente colocou um dedo para dentro de mim.
Senti como se estivesse me abrindo, mas estava tão absorta e ansiosa por mais que não senti dor, o que o fez seguir no seu plano para me dar prazer. Colocou mais um dedo para dentro e nesse momento senti um pouco mais de pressão, então abri meus olhos para encará-lo e ele me olhou de volta como se me pedisse permissão para continuar, sem conseguir dizer em palavras apenas respirei fundo e fechei meus olhos como se dissesse: continue.
Com o indicador ele percorreu o caminho entre minhas pernas e alcançou um ponto que fez com que eu gemesse ao sentir seu toque, depois seu dedo deu lugar a sua boca e foi onde sua língua lentamente passeou, ao mesmo tempo em que enfiava de novo dois dedos para dentro de mim, entrando e saindo bem devagar acompanhando sua lambida.
Eu só queria mais daquilo e sentia meu corpo em chamas, meu rosto queimava e eu gemia a cada movimento dos seus dedos e língua. Era algo deliciosamente inexplicável.
Agarrei o lençol da cama, apertei meus dedos nele e gemi quando meu corpo involuntariamente se perdeu em tremores e minha respiração falhou.
Intenso, quente e novo... delicioso.
Abri meus olhos para ver Martin tirando sua calça junto com a cueca e ficando nu bem na minha frente. Nunca tinha visto um homem nu e ele era lindo em toda a sua extensão.
Desci meu olhar por seu abdômen que eu já havia admirado antes e cheguei na parte que eu ainda não tinha visto. Seu pênis era grande e estava duro e apontando para mim
Eu nunca havia visto daquela forma em livros de educação sexual.
Engoli em seco e voltei meus olhos para o seu rosto sem conseguir dizer nada, notando o meu espanto por toda a sua plenitude, Martin sorriu convencido e voltou para perto. Deitou seu corpo sobre o meu e pude sentir seu membro rijo de encontro a minha coxa.
Com um olhar compreensivo, disse:
— Se quiser podemos parar por aqui.
— Agora que comecei quero o pacote completo. Não vou desistir na melhor parte
Sorriu e subiu com o corpo para me dar um beijo, fazendo com que eu sentisse seu pênis bem perto da minha abertura. Beijou minha boca meu queixo e desceu até meu peito onde bem de leve chupou meu mamilo.
— Faça acontecer — pedi com um fio de voz e seus olhos encararam os meus faiscando de desejo.
Martin afastou-se e colocou o preservativo, depois voltou a deitar com o corpo sobre o meu, mexeu-se para frente e para trás como que para se encaixar a mim e quando, sem colocar as mãos, encaixou a ponta do seu pênis na minha abertura ele parou e lentamente começou a me preencher.
Notei sua respiração forte e parecia estar sendo difícil para ele se segurar e não me penetrar de uma vez.
Apesar de tensa me abri, mas assim que senti um pouco mais de pressão quando adentrou em mim, franzi a testa começando a sentir um desconforto e ele parou. Mesmo com dor não queria que parasse, então desci minhas mãos até a sua bunda rija e o incentivei a continuar quando a apertei de encontro a mim.
Martin percebeu que apesar da dor eu estava decidida a ter o que queria e não ia parar, sendo assim, com um arremate forte ele entrou de uma vez e eu soltei um gemido de agonia e apertei os lábios em uma careta.
Como que para me fazer esquecer da dor, Martin pousou beijos no meu rosto e passou a mão no meu cabelo de maneira carinhosa, depois disse:
— Me desculpa, devia ter ido devagar. — Pousou um beijo casto em minha boca.
— Não, prefiro que seja assim.
Analisou-me.
— Quer que eu pare?
— Não — O encarei. — Continua.
Assentiu e fechou os olhos como se estivesse se controlando.
— Você está me deixando... muito excitado. — Dei um beijo no seu nariz e sorri.
— Você também.
— Vou me mexer — disse e balancei a cabeça em positivo.
Devagar se mexeu, saindo e entrando para dentro de mim. No início senti ainda um desconforto, mas que logo foi substituído pela sensação boa de novo e então eu já não sabia o que era dor ou prazer. Martin parecia gostar do que estava sentindo e disse:
— Você está molhada e apertada que está difícil de me segurar. — Arremeteu para dentro e parecia mesmo estar se segurando e não dando o máximo de si.
— Se solta e me mostra como é de verdade — falei no seu ouvido.
— Não quero te machucar.
— Não vai. Me mostra.
Martin soltou o ar e começou a arremeter com vontade, saindo e entrando ao mesmo tempo que passava a mão pelo meu corpo e me excitava.
Abri espaço para ele, erguendo minha perna e a entrelaçando em sua cintura e como eu estava entregue quase não existia mais a dor e sim era o prazer que tomava espaço, até que senti que Martin estava muito perto de se entregar.
Eu o incentivava a continuar, cravava minhas unhas em sua pele e me mexia no seu ritmo. Tentava não ser boba, aproveitar o momento e também fazer com que fosse bom para ele. O que para meu deleito pensei conseguir já que tremores como o que senti antes, tomaram seu corpo e o vi se soltar sobre mim com a respiração acelerada e um gemido rouco que dizia que ele tinha gostado tanto quanto eu.
Eu havia perdido a minha virgindade com o Martin. Meu corpo era dele e depois de ter sido tratada com tanto carinho, respeito e cuidado, eu precisava de toda a minha força para não entregá-lo além do meu corpo, o meu coração.
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