Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 1


Capítulo um

Encontrava-me atrasada e a Madre sempre ralhava comigo quando isso acontecia. Na realidade, ela me xingava até quando não existia um motivo, isso desde quando eu ainda era criança e até já havia me acostumado com seu jeito sisudo.

O relógio marcava cinco horas da manhã e eu já devia estar na sala de orações, porém, para o meu desespero, ainda encontrava-me colocando os cabelos para dentro do véu. Vesti o hábito bem rapidamente e saí do quarto para a oração comunitária da manhã, que era feita junto com as demais irmãs do convento.

Andei às pressas e dei graças ao Senhor por aquele dia estar frio ou eu chegaria suando para a oração. Passei a mão na testa como que para enxugar o suor que ainda não tinha ali.

— Você está atrasada para a oração da manhã, Rosabel — falou a irmã Sandra, assim que me viu andando esbaforida pelo corredor, após sair do quarto de uma irmã adoentada.

— É eu sei. — Fiz uma careta, resmungando, sem parar de andar, apenas diminuindo o ritmo. Acenei e meio que pedindo desculpas com o olhar, continuei andando com toda a minha pressa.

O convento era situado em um terreno com prédios antigos e divididos em blocos. Cada bloco era uma construção quadrada de três andares e com um jardim no centro. Em frente a porta dos quartos ficavam corredores largos, ventilados pelo espaço no meio que dava para ver o céu e cercados por guarda corpos de madeira, que combinavam com as portas dos quartos do mesmo material e no estilo colonial.

Desci as escadas correndo e segui para o bloco em que fazíamos a oração da manhã, que ficava a uns cento e cinquenta metros do primeiro onde se encontrava os dormitórios. Fiz uma curva fechada saindo de um corredor e entrando em outro, até que por fim cheguei à sala de orações e lentamente me acomodei no fundo, tentando ser discreta.

Eu morava no convento desde que nasci, não sabia nada da minha família biológica, apenas soube que fui abandonada e as irmãs cuidaram de mim desde então e assim se tornaram a família que conheci.

Na época em que fui deixada, a Madre já tomava as rédeas do convento e sei lá por que, não me mandou para um orfanato em que eu pudesse ser adotada, apenas me mantiveram com elas e assim cresci tendo aquele lugar como meu lar.

Irmã Sandra era uma querida comigo, eu a ajudava na pastoral da pessoa idosa e juntas cuidávamos de velhinhos dentro e fora do convento. Ela se tornou minha confidente e amiga, tinha por volta dos cinquenta anos e dedicava-se a sua vocação há muitos deles.

Ela me ouvia e me aconselhava da melhor maneira possível, principalmente desde que eu seguia tendo algumas ideias sobre a minha vida e uma delas era de como seria ela fora do convento. Também me acobertava quando eu fazia alguma coisa imprópria ou me defendia quando me atrasava como naquele dia.

No momento em que a oração comunitária acabou, todas saímos da sala de orações e fomos nos preparar para o café da manhã. Claro que fui a primeira a sair e me esgueirei como pude da Madre Gorete, que provavelmente notou meu atraso. Com seus olhos de águia notava tudo a sua volta.

Enquanto me servia do meu café, crente que havia conseguido me livrar da repreensão pela falha, fui surpreendida quando a Madre me interceptou:

— Se atrasou hoje, , Rosabel?

— Foram poucos minutinhos, Madre. — Dei um sorriso sem graça.

— Cuidado com esses minutinhos, podem custar a sua entrada no céu. A porta pode se fechar e você ficar para fora, tudo por causa de minutinhos.

Sorri, mas tive vontade de revirar os olhos e responder que o que vai me fazer entrar no céu são minhas obras na terra, no entanto, pensei que ela devia saber disso e estava apenas tentando me assustar.

Após o café, que era quando eu apreciava um momento de descontração com as outras freiras, a atividade a seguir era me preparar para a missa da manhã que começava as sete e após ela, para os meus afazeres no convento.

O meu dia era cheio de tarefas, nós irmãs não tínhamos nenhum funcionário e todo o convento era mantido com o nosso trabalho, inclusive os pesados como capinar o terreno, aos arredores da área construída. Eu não fugia de nenhum serviço que me era confiado e até gostava dos braçais.

Nos finais de semana praticávamos esportes e o que eu mais gostava era vôlei e, aliás, vivia sendo repreendida pela Madre por minha competitividade. Tudo bem que ela me pegou praguejando algumas vezes, mas eu não admitia perder.

A noite nos reuníamos para conversar e ver TV. Gostávamos de saber o que acontecia no mundo e assim podíamos rezar para quem quer que fosse que precisasse de oração.

No final do dia, quando entrava para o meu quarto me sentia exausta depois de tantos afazeres, o que era bom, já que me fazia dormir como uma pedra. Entretanto, da janela do meu quarto, todos os dias antes de dormir eu reservava um tempinho para admirar o céu. Amava esse momento. Sendo assim, quando a noite acalmava e tudo ficava em silêncio, admirar a lua e as estrelas se tornava meu passatempo favorito.

Gostava de viver ali por ser tranquilo, seguro e por ser o lugar que sempre conheci como lar, no entanto, olhando a imensidão acima de mim, a pontinha de curiosidade me atingia todas as noites fazendo com que me perguntasse sobre como era admirar o céu de outros lugares e como seria viver como uma mulher da minha idade em um mundo fora dali.

O convento se localizava um pouco afastado das cidades, na verdade ficava entre duas delas, na área rural, e o céu estrelado era um espetáculo, além de ser acompanhado pelo barulhinho de grilo e o cheirinho de mato das plantações próximas que perfumavam a noite.

Bem próximo da minha janela, há muito tempo, foi plantado um pé de jaca que com o passar dos anos se tornou enorme a ponto de seus galhos chegarem no segundo andar e passá-lo, seguindo para o terceiro. Virava e mexia, tínhamos que cortá-los para que não entrassem janela adentro, principalmente no meu quarto, no entanto, eu não queria que o cortassem, já que quando dava fruta nós doávamos aos moradores ao redor do convento e a árvore ficava linda carregada de jaca. Frutas grandes e suculentas.

Amava tudo ao meu redor, do pé de jaca as estrelas no céu e perdia horas observando a natureza e tudo ali, bom, não achava que as perdia e sim só ganhava com aquela experiência. O que eu perdia era a hora no dia seguinte e assim chegava atrasada na oração da manhã.

Em mais uma noite em que eu apreciava a lua e as estrelas, meu olhar foi tirado do céu quando os faróis de um carro passando do lado de fora do muro do convento chamou a minha atenção. O observei seguir pela estrada mais alguns metros para longe, até que parou.

Fiquei observando e não consegui ver muito bem o que acontecia, por conta da escuridão e a distância, mas, mesmo distante notei que o que pareceu ser duas pessoas, descerem do carro, tirarem algo do porta malas e jogarem no mato.

Revirei os olhos, já que por aquele bairro ser afastado, muitas vezes as pessoas deixavam lixo e coisas velhas pelo entorno do convento, o que me irritava muito. Abandonavam também filhotinhos que eu sempre queria adotar, mas a Madre não deixava e acabávamos levando para uma ONG de proteção animal. Ali era praticamente um lugar de descarte.

Fiz uma nota mental para que no dia seguinte me lembrasse de sugerir a Madre que colocássemos uma placa de "não jogue lixo".

Tirei a minha atenção do carro que voltou a seguir seu caminho pela estrada após deixar o que quer que fosse ali, e saí da janela, depois apaguei a luz do quarto para que ninguém visse que eu ainda estava acordada e deixei a luz da lua iluminando o ambiente, junto com o pouco de claridade que vinha dos refletores do lado de fora e após isso fui ao banheiro me preparar para dormir.

Meu dormitório era bem pequeno e tinha apenas uma cama, um guarda-roupas pequeno e uma mesinha com uma cadeira. Em cima da minha cama ficava um quadro de Jesus com os dizeres: "Jesus, eu confio em vós" e ao lado da cama a porta do banheiro, que era também pequeno com só um chuveiro e um sanitário.

Lavei minhas mãos após fazer xixi, escovei os dentes e penteei meus cabelos compridos, que aliás estavam mesmo muito compridos. Depois avaliei que precisava cortar minhas unhas ou a Madre chamaria a minha atenção no dia seguinte. Peguei minha bolsinha de higiene pessoal no gabinete embaixo da pia, as cortei rapidinho e lixei para que ficassem certinhas.

Alguns minutos depois, saí do banheiro de cabeça baixa, avaliando a minha camisola surrada que precisava ser urgentemente trocada por outra e mesmo na penumbra do quarto dava para ver o quanto estava velhinha. Fiz outra nota mental para pedir um corte de pano a irmã Débora e assim costurar uma nova. Eu não era boa com costura, mas aprendi o básico no convento para costurar algumas peças.

Ainda analisava a minha camisola, indo rumo a minha cama, quando fui pega de surpresa por mãos tomando minha boca, vindas de trás de mim e um corpo me puxava ao seu encontro.

Dei um grito que foi abafado pelas mãos que cobriam os meus lábios e com os olhos arregalados por não entender o que estava acontecendo tentei enxergar algo, mas só sentia o cheiro de perfume masculino misturado com o odor do ferro do sangue e não conseguia ver nada de quem estava atrás de mim, até que ouvi uma voz calma e masculina sussurrar no meu ouvido:

— Calma. Fica calma e não grita. Não vou te fazer mal, só preciso me esconder aqui por alguns minutos. Não grita que vou tirar a mão da sua boca. Posso contar com você?

Não sei o motivo, mas aquela voz me passou confiança e senti que realmente quem quer que fosse que estivesse ali não me faria mal, sendo assim, assenti freneticamente confirmando que podia me soltar.

— Se você gritar, vai chamar atenção do resto do convento e aí não sei o que farei, entendeu?

Senti sua ameaça velada e balancei a cabeça em positivo de novo, foi aí que bem devagar tirou sua mão da minha boca, como se esperasse que eu gritasse a qualquer momento, mas não gritei, não sei por qual motivo... Apenas não gritei.

Virei-me lentamente e a primeira coisa que vi na pouca claridade, foram olhos muito azuis me observando com cautela, em meio a uma respiração tão acelerada quanto a minha.

— Calma, não vou te machucar, tudo bem? — sussurrou e eu balancei a cabeça em positivo meio que no automático. — Quer se sentar? — Assenti de novo e dei um passo para trás, logo chegando na minha cama e me sentando nela. Minhas pernas tremiam tanto que mesmo que eu quisesse não conseguiria me manter de pé.

O desconhecido após perceber que eu não gritaria mesmo, foi até a janela e de costas para mim ficou olhando do canto, espiando como se vigiasse algo que acontecia na rua.

Pensei que eu poderia acertá-lo com a cadeira, poderia gritar ou fazer algo para acabar com ele, mas o que eu conseguiria com isso? Alarmar o convento todo e fazer várias irmãzinhas atacar aquele homão? E se ele estivesse armado? E se com isso ferisse alguém? Não! Se fosse para alguém morrer, que fosse eu.

Balancei a cabeça em negativo, engoli o medo e decidi esperar o que Deus estivesse preparando para mim naquela noite.

Observei o homem a minha frente e era alto, usava uma jaqueta de couro e eu não conseguia ver muito mais por conta da pouca iluminação.

— O que... O que quer aqui? — consegui perguntar com um fio de voz.

Ele se manteve em silêncio ainda olhando para fora do quarto, com isso criei coragem e me aproximei, evitando falar alto e fazer barulho.

— O que quer aqui?

— Apenas me esconder.

Olhei para o seu rosto onde notei que tinha um corte no supercílio e um filete de sangue escorria até chegar na sua barba com pelos claros. Involuntariamente levei a minha mão ao seu rosto, mas ele se afastou com um movimento rápido e eu puxei bruscamente a mão.

— Você está sangrando. — Engoli em seco e criando coragem de onde não tinha, continuei: — Posso te ajudar...

Novamente aqueles olhos azuis encaram os meus, juntou as sobrancelhas estranhando minha oferta e depois um leve balançar de cabeça indicou que sim.

Fui ao banheiro onde molhei uma toalha de rosto com água, peguei um Band-Aid e um analgésico. Eu não guardava muita coisa comigo, principalmente de medicamento, o que a gente precisava ficava na enfermaria.

Voltei para o quarto e o encontrei sentado na cadeira que puxou para perto da janela e ainda olhava fixamente para a rua do outro lado do muro.

Sentia-me com medo ainda, mas nem tanto quanto no momento em que ele me interceptou, naquela hora o medo tinha dado lugar a vontade de ajudá-lo. Eu pressentia que aquele homem não era de todo ruim e devia ter uma explicação plausível para entrar no meio da noite no quarto de uma freira.

Lembrei-me que nos encontrávamos no segundo andar e me perguntei como tinha conseguido entrar ali?

Andei até ele com receio e quando me aproximei o desconhecido tirou os olhos da rua e me encarou, como se dissesse que eu podia ajudá-lo. Primeiro limpei seu rosto com a toalha molhada, devagar e ainda sim ele reclamou algumas vezes, depois coloquei o Band-Aid no supercílio que estava começando a inchar e fui até a mesa pegar água na garrafa que eu sempre deixava no quarto, para que ele tomasse o analgésico.

— Beba, vai fazer passar a dor. — O ofereci o comprimido.

— Não preciso disso. — Parecia desconfiado de que não fosse um analgésico.

— Aceite. Não vou te fazer mal — repeti suas palavras. — Uma freira não mentiria para você.

Eu não tinha jeito! Estava fazendo graça com um bandido? Madre tinha razão, eu não tinha juízo!

Vi que pareceu reprimir um sorriso e ainda meio receoso aceitou e engoliu o remédio. Depois voltou a olhar para fora e eu me perguntava quando aquele homem grande e misterioso sairia do meu quarto.

Voltei-me a sentar na cama, de onde fiquei o observando por alguns minutos e ele não disse mais nada. A Madre sempre me acusou de ser curiosa e por mais que minha autopreservação dissesse para que me mantivesse quieta, precisava perguntar e saber de tudo. Era mais forte do que eu.

— Do que você se esconde? — perguntei baixinho e ele balançou a cabeça em negativo como se não quisesse contar. — Como conseguiu subir no meu quarto? — tentei outra pergunta na intenção de que dissesse alguma coisa, mas o homem só apontou para o pé de jaca. — Por que o meu quarto?

— Você sempre faz tantas perguntas assim? — Ouvi sua voz grossa, baixa e sem paciência enfim dizer alguma coisa.

— Só quando um bandido entra no meu quarto.

Olhou-me.

— Não sou um bandido — sua voz estava séria e fiquei com medo. — É melhor ficarmos em silêncio, assim não te conto nada do mundo lá fora e você continua inocente.

Mundo lá fora? Ele acha que vivo totalmente enclausurada?

— Eu conheço o mundo lá fora — falei ofendida.

Ele riu em desdém.

— Imagino o quanto deva conhecer.

— Conheço sim, saio para missões, retiros e visitas a asilos. — Pensei um pouco mais. — Já fui ao cinema, praia... — Lembrei-me da vez que nós irmãs fizemos uma excursão à praia e foi muito divertido. — Vou onde Deus me chamar e permitir.

— Duvido muito que estar em companhia de um homem como eu, seja algo permitido por seu Deus.

— Se está aqui é porque Ele permitiu e você acabou de me dizer que não é um bandido.

— Mas também não sou o mocinho.

Fiquei lhe encarando curiosa para saber mais daquele homem e ao mesmo tempo com medo do que pudesse fazer comigo e até mesmo com as outras freiras.

Não gostei de ele pensar que sabia mais que eu, talvez me achava uma mulher burra, alienada e sem informação. Coisa que eu não era.

— Vai demorar para você ir? — perguntei cheia de razão e pelo pouco que conseguia ver do seu olhar na penumbra da noite, parecia me encarar com surpresa e até mesmo com um pouco de diversão com meu tom irritado.

Encarou-me como se analisasse meu rosto e só então lembrei-me que estava sem o hábito, de roupa de dormir e meus cabelos compridos e ondulados que batiam na cintura, estavam soltos. Imediatamente me cobri com o edredom o levantando perto do queixo.

— Todas as freiras são assim iguais a você? — Não consegui decifrar seu olhar, mas parecia sério e o vi engolir, como se controlasse suas emoções.

Já tinha dito que eu perguntava demais, parecia sem paciência e eu tinha certeza que naquela pergunta tinha um tipo de insinuação ou algum tipo de acusação.

— O que tem de errado comigo?

— Absolutamente nada de errado com você. Nada. — Encarei-o e eu sentia a ironia na sua voz.

Virou seu olhar janela afora de novo e ficou sério, muito sério, parecendo lembrar-se de algo nada bom. Depois levantou-se fazendo uma careta de dor e com poucos passos andou até a cama onde eu estava.

Parou bem perto de mim e mesmo com medo ergui meu rosto para encarar seus olhos azuis. Engoli em seco, com o coração batendo acelerado e com medo do que pudesse fazer comigo, entretanto, o medo se misturava com a ansiedade por seu próximo gesto.

Ergueu sua mão, enquanto eu o encarava com atenção, a levou até meu rosto, descendo com o dedo levemente por minha bochecha e parando em meu queixo.

— Você é muito corajosa.

Não sabia o que responder, mas meu coração batia tão rapidamente em meu peito que parecia que ia pular pela boca a qualquer momento.

— Respira, não vou te fazer mal — falou com seus olhos nos meus e ainda com a mão em meu rosto, até que abaixou-se ficando bem próximo de mim, a ponto de eu sentir sua respiração. — Acho melhor eu ir... ou... — Me encarou muito intensamente e seus olhos pareciam indecifráveis. — Obrigado. E quando eu sair, fecha a janela para que ninguém mais entre. — Desceu seu olhar para os meus lábios.

Meu peito subia e descia aceleradamente e eu o observava com muita atenção. Foi então que me pegando de surpresa puxou-me pelo queixo com delicadeza, acabou com a pouca distância entre nós e encostou seus lábios nos meus vagarosamente, me deixando paralisada, mas ao mesmo tempo totalmente envolvida.

Ele me beijou.

Beijou... Meu primeiro beijo.

Separou-se de mim, virou-se de costas e sem me olhar nem mais uma vez andou para a janela. Depois passou as pernas para o lado de fora e seguiu seu caminho se pendurando no pé de jaca.

Com passos rápidos fui até a janela e o vi subir o muro, pular para o lado de fora e sumir na noite, ao mesmo tempo que eu me dava conta de que meu corpo estava quente, o coração batia como uma britadeira e a boca encontrava-se seca como o deserto.

Fechei meus olhos e pedi ao pai:

— Deus, me explica o que aconteceu aqui e já perdoa os meus pecados?

Levei a mão aos meus lábios e o alisei, depois fechei os olhos e respirei fundo. Logo os abri, fechei a janela depressa, passei o trinco e corri para a minha cama.

Passei a noite em claro e rezei para conseguir dizer não a tentação.

No dia seguinte tudo parecia ter sido um sonho... ou um pesadelo. Levava comigo a ansiedade, a curiosidade e uma sensação indescritível de que precisava saber quem era aquele homem... Ah, e claro, mais uma vez cheguei atrasada para a oração da manhã.


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro