Capítulo 15
Cyndi
Após mais ou menos duas horas ouvindo cantoras soltando suas vozes sem parar com a música da Cyndi Lauper, a audição daquele primeiro dia havia acabado. Apenas dez das muitas que se apresentaram tinham a voz consideravelmente boa. Não se assemelhavam a minha em tonalidade, mas eram vozes muito bonitas.
Depois de nos despedirmos de todos, Lipe e eu caminhávamos em direção ao estacionamento do hotel onde ele tinha deixado o carro que havia alugado.
— Está cansada?
— Não, seus amigos deixaram o concurso mais animado. Os comentários de Cleber foram sempre muito engraçados.
— Ele tem a língua solta e temos que freá-lo muitas vezes.
Sorri.
— Gostei muito dos três, Caio é o mais sério, mas mesmo assim é muito engraçado.
— Eu também gosto muito deles, são como irmãos para mim, me ajudaram a encontrar você, porque sempre apoiaram a minha busca e as minhas letras sofridas.
— Vou começar a prestar atenção em cada uma delas.
— São todas sobre você. — Riu parecendo envergonhado e ele ficava lindo tímido.
Chegamos à vaga em que o carro estava estacionado e ficava de frente para a as luzes da cidade. O hotel ficava em um monte mais elevado e tinha uma vista linda.
— Não notei essa vista quando chegamos.
— É que o carro está em uma posição diferente de quando chegamos. Aquele momento em que me afastei de você, pedi para o segurança manobrar o carro para mim. Assim ele ficaria com a frente do carro de costa para as câmeras do hotel, nos dando privacidade e também não chamo atenção das pessoas agora manobrando-o e ficando no mesmo lugar.
Juntei as sobrancelhas sem entender e depois de me puxar para ele, disse bem próximo da minha orelha:
— Vou realizar sua fantasia, bebê. — Separou-se, deu um beijo na minha mão e tinha um sorriso insinuante em seus lábios.
Ai, meu sexo no carro!
Sentindo meu corpo já ansioso pelo o que estava por vir falei:
— Não me chame de bebê se não pôr para mamar. — Pisquei um olho.
Ele ergueu os olhos admirado, me empurrou em direção ao carro e me prensou com o seu corpo.
— Para quem não tem muita experiência, sua língua está muito afiada, mocinha.
— Você não faz ideia no que conviver com você está me transformando.
Lançou-me um sorriso sexy que ligou cada parte do meu corpo e em seguida abriu a porta do carro para mim.
Sentindo meu corpo todo elétrico com a ansiedade pelo o que ia acontecer, ocupei meu lugar no banco do carona, Lipe deu a volta no carro e assumiu o banco ao meu lado, puxou o banco para trás como se me desse espaço, esticou a mão para mim e disse:
— Vem.
Eta, caceta!
Eu não entendi muito bem o que era para fazer, mas sendo ousada, fiquei de joelhos no meu banco, a seguir montei em seu colo e me sentei sobre ele já o sentindo duro entre as minhas pernas.
Com a voz arrastada sussurrei em seu ouvido:
— Por não ter muito espaço deixo a sugestão anterior para mais tarde.
— Vou esperar por isso.
Encarnando a deusa erótica e realizando a minha fantasia do sexo no carro, o segurei pelo queixo, ergui sua boca para mim e passei a língua lentamente em seus lábios. Lipe despertava em mim a mulher sexy adormecida por anos.
— Meu Deus! — gemeu.
Sabia que não tínhamos todo tempo do mundo naquele estacionamento, então com pressa pedi que descesse a calça que usava e me obedecendo Lipe abaixou-a junto com a cueca, liberando assim, seu pênis ereto e cheio de veias, brilhando de tão duro e sendo iluminado apenas pela pouca luz do lado de fora do carro.
Eu usava uma saia na altura do joelho e larga, o que favoreceu o movimento, mas a minha calcinha no meio do caminho estava atrapalhando o meu deslizar com facilidade por seu membro, então com a boca colada na dele ouvi um "crec" e Lipe a tinha rasgado.
— Juro que te dou outra depois.
— Isso foi muito másculo.
Sorri e voltei a deslizar para baixo, enquanto o sentia me preenchendo a cada centímetro.
— Posso rasgá-la sempre.
Seus olhos estavam nos meus e ambos estávamos quentes e cheios de tesão.
— Talvez quando você realizar outra das minhas fantasias.
— São tantas assim?
— Você não faz ideia.
Fechou os olhos enquanto eu subia e descia.
— Está tão molhada — sussurrou.
— Você me deixa assim.
Encarou-me e apesar da pouca luz vi seus olhos em chamas e sua língua umedeceu seus lábios como se saboreasse a sensação de me preencher e me dar prazer.
Cavalguei sobre seu pênis rijo tentando buscar meu prazer, enquanto ele colocava as mãos por baixo da minha roupa e ia em busca dos meus seios. Notei que ele havia gostado deles desde a primeira vez que os tocou.
Sendo ousada, me livrei da blusinha e do sutiã, ficando nua da cintura para cima, para que ele desfrutasse e enquanto me mexia, meus seios balançavam e Lipe sugava um, depois outro e me deixava excitada de uma maneira que eu tinha vontade de gemer alto e gritar, mas me mantive com gemidos baixos ou seríamos presos se fôssemos descobertos.
Com um movimento rápido, passei uma de minhas pernas por cima de seu corpo e me virei de costas para ele, ficando sentada sobre o seu colo. Puxei a saia, para que ele tivesse uma vista privilegiada do seu pênis me preenchendo enquanto eu quicava.
Segurei no volante do carro e o usei como apoio para subir, descer e rebolar. Parecia que eu sempre tinha feito aquilo, quando na verdade, era a primeira vez que me permitia ser tão ousada.
As mãos de Lipe não paravam, percorriam meu corpo, alisavam meus mamilos e meu clitóris, me deixando louca com tamanho estímulo.
— Não para — falei, segurando a mão dele de encontro ao meu ponto mais sensível ao mesmo tempo em que eu sentava e levantava em seu colo sem parar, até o momento em que estremeci e me entreguei, vendo Lipe se entregar também, estremecer e gozar dentro de mim.
— Não usamos camisinha — falei com a respiração ofegante.
— Estou limpo, sempre uso e tenho certeza que você também.
Assenti, mas naquele momento meu medo não era doença, mas sim filho. No entanto, não estava no meu período fértil e sabia que nada ia acontecer.
Limpamo-nos com o papel higiênico que eu levava na bolsa, me vesti e o cheiro de sexo tomou conta do carro, enquanto Lipe me levava embora.
Não conversamos muito durante o percurso, sentia-me tímida depois de ter virado a deusa do sexo e me entregado ao momento daquela forma. A todo momento só queria saber o que ele estava pensando.
Quando estacionou na esquina da minha casa virou-se para mim, pegou minha mão e disse:
— Amanhã vou ter que viajar para a cidade que faremos um show, como é longe, vamos ter que nos hospedar lá por mais uma semana até o outro show que faremos no sábado. Temos um show em uma cidade vizinha daqui quinze dias, então vou voltar a me hospedar no mesmo hotel. Só que enquanto isso vou ter que ficar longe de você. A não ser que você venha comigo. — Sorriu e eu também.
— Eu trabalho, engraçadinho. E está tudo bem, não precisa sentir-se preso a mim ou ficar me dando satisfação.
— É exatamente nesse ponto que quero chegar. — Engoliu parecendo nervoso. — Eu quero ficar preso a você e prometo que vou ser fiel, pode acreditar em mim, porque nunca falei tão sério. Quero saber se quer aprofundar o que começamos, se quer ser minha além de uma noite de sexo casual ou amizade. Quer namorar comigo, Cyndi?
Senti meu coração querer sair do meu peito.
— Você não acha melhor você ir, se afastar de mim, dar um tempo para ter certeza e quando voltar, se tudo estiver igual, aí a gente decide sobre isso.
— Eu tenho certeza do que eu quero, quero que seja minha, Cyndi.
Respirei fundo e o encarei sem saber o que responder. Queria dizer sim, mas tinha tanto medo de me machucar, ficar presa emocionalmente e depois o perder.
— Acho que você deveria ficar longe de mim e testar se realmente não vai querer levar ninguém para o camarim. — Lembrei-me quando estive nessa posição e guardei a lembrança no fundo dos pensamentos, afinal, tinha decidido que nunca tinha vivido aquilo. Nunca fui a Cyndi do show.
— Não quero pegar ninguém no camarim, eu te prometo fidelidade. Juro que vai ser só você, mesmo quando estivermos distantes.
Apertei meus lábios.
Como dizer não a esses lindos olhos castanhos me olhando tão de perto?
Suspirei.
— Sim, Luiz Felipe, eu quero namorar com você.
Puxou-me para um beijo cheio de carinho, com a língua passando lentamente na minha.
— Prometo que não vou te decepcionar, trair ou mentir.
A parte da mentira me cutucou, mas eu não estava mentindo e sim omitindo para o bem da banda.
— Agora preciso ir.
— Então nos vemos daqui mais ou menos uns dez ou quinze dias, mas quero falar com você todos os dias pelo celular.
Sorri.
— Combinado. — Dei mais um beijo nele e desci do carro.
Senti um vento gelado subir por baixo da minha saia e alcançar minha virilha, fazendo com que eu sorrisse com timidez e antes de fechar a porta e partir, falei:
— Você sabe que estou sem calcinha, né?
— Não fala assim, que tenho imaginações e vou querer conferir novamente.
— Estou e a culpa é sua.
— Desculpa. — Fez cara de inocente. — Mas em minha defesa, você ficou bem feliz quando se livrou dela.
— E você também.
— Sim, fiquei feliz como se estivesse no céu.
O encarei e uma quentura começou a novamente a tomar meu corpo. Era mais forte que eu, ele era capaz de ligar todos os botões do meu corpo.
— Boa noite, Lipe.
— Boa noite, minha Cyndi. — Sorri e não podia negar que amava ser dele.
Comecei a andar com passos mais justos possíveis para que a saia de pano fino não entrasse na minha bunda, enquanto mais uma vez ele pareou o carro comigo ao mesmo tempo em que eu andava, até que quando notou que me encontrava em segurança e do lado de dentro do portão, se foi.
Passei pela casa e respirei aliviada quando cheguei no meu quarto sem ter cruzado com ninguém que pudesse notar minha falta de calcinha.
Como eu explicaria?
Corri para o banho mesmo não querendo tirar o perfume dele de mim e no momento em que a água morna escorria por meu corpo, eu sorri e pensei que me sentia feliz, apesar do problema com a minha família, eu me sentia feliz.
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