Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 5

Acordei no sábado de manhã e nos finais de semana eram as minhas folgas. Fiquei deitada mais um pouco e olhando para o teto, relembrando a noite anterior e pensando que eu só podia estar louca por ter ido atrás do senhor Orsini e com isso ter vivido aquela cena.

Lembrei-me dele dizendo meu nome, que eu era bonita e a lembrança fez meu estômago revirar.

Como eu iria encará-lo?

Se bem, que quem deveria ficar com vergonha era ele e não eu. Foi ele quem se excedeu, eu apenas fui lá ver como estava se sentindo.

Você não devia ter se intrometido no espaço do patrão, Arabela!

Resolvi levantar e parar de me remoer pelo que já aconteceu e não dava para voltar atrás, decidi aproveitar o dia e conhecer melhor toda a propriedade.

Como eu estava de folga, coloquei uma roupa bem à vontade, composta por short jeans, tênis e uma camiseta. Prendi meu cabelo castanho e ondulado em um rabo de cavalo que caiu lateral ao meu ombro e passei um rímel e um protetor labial só para dar uma vida ao meu rosto inchado da noite de sono, mas a pele estava boa depois de um orgasmo com o chuveirinho e pensando no chefe. Que vergonha de mim.

Depois de pronta saí do meu quarto para tomar café, me forçando para pensar em coisas normais e assim esquecer o que não era, além de não demostrar estranheza para que ninguém notasse que algo não estava certo.

Já na cozinha, novamente fui muito bem tratada pelas meninas, com os mesmos sorrisos e a simpatia que eu havia amado. Elas arrumaram tudo para que eu tomasse café e logo me acomodei na ilha e sentei-me nos bancos altos.

— Tem certeza que não quer tomar café na mesa? A gente arruma tudo pra você — Madalena disse toda solícita... até demais.

— Gente, não sou hóspede aqui, sou funcionária como vocês.

— Aqui o Félix faz questão que todos nós tenhamos o melhor tratamento e comemos a mesma comida que ele. É um excelente patrão — Viviane me contou.

— Então vou ajudar na cozinha também.

— Não, senhora! Faça o seu trabalho. Se estamos aqui é porque este é o nosso — Madalena disse sorrindo.

— Entendi.

— E também o Clóvis gostou de você e nos incumbiu de te tratar como se fosse a rainha da Inglaterra — Cecília contou. — E como nós também gostamos, estamos fazendo de tudo para que não desista do cargo e vá embora como os demais funcionários que tiveram que lidar com o Félix.

Ri alto.

— Queria que o senhor Orsini tivesse gostado de mim assim como vocês ou ao menos um por cento disso. O que não é o caso. E só para registrar, eu não sou de desistir de quase nada. — Pisquei um olho para ela.

— Logo você se acostuma com o jeito dele e Félix com o seu, aí quem sabe vocês não viram amigos — Viviane falou da pia, onde estava lavando louças.

— Tomara — torci e no meu pensamento imediatamente me veio nosso momento da noite anterior.

Fiquei em silêncio e achei melhor realmente manter em segredo mais essa vergonha, pois se não, eu ficaria com fama de intrometida.

Terminei de tomar meu café enquanto conversava com Madalena que me contava sobre seu neto que era o amor da sua vida. Soube que a mãe do menino havia morrido no parto e ela ficou com a guarda. Madalena falava do neto com muito amor.

— E onde ele está? Quero conhecê-lo.

— Ah, o Zipe é um menino arteiro e não para. Amo criá-lo aqui, porque ele vive solto pela propriedade, ajudando aqui e ali... ou atrapalhando melhor dizer. — Ela riu.

— Qual o nome dele?

— José Felipe, mas o apelidamos de Zipe.

— Nome lindo e apelido fofo.

Madalena me contou algumas peripécias do Zipe, que me fez rir em várias eu notei o quanto ela amava aquele neto, não só ela, mas todos ali pelo o que Viviane e Cecília me contaram.

Assim que terminei o café decidi sair para explorar e prometi que voltaria para almoçar com elas.

Passei pela porta dos fundos e saí da mansão, não sabia para onde seguir, o espaço era imenso e para todos os lados em que se olhava, se achava um caminho diferente, então comecei a andar meio sem rumo e apenas segui em frente.

Todo o entorno da casa era gramado e fui andando por ele até alguns metros à frente, onde avistei uma estrada com a largura de um carro, toda em pedra e cercada por árvores ornamentais.

Decidi seguir por ela, porém, mal tinha dado alguns passos quando fui surpreendida por um menino sorridente e com um rosto que esbanjava sapequice, ele vinha em cima de uma bicicleta grande demais para o seu tamanho e me interceptou imitando o barulho de uma buzina:

— Bi, biii... — Dei um passo para o lado e claramente vi em seu rosto um pouco das feições de Madalena e assim deduzi que ele só podia ser o Zipe. Tinha sardinhas nas bochechas e a pele e os cabelos claros como os da avó.

José Felipe parou abruptamente bem na minha frente e perguntou:

— Quer uma carona?

— Você não sabe que é perigoso oferecer carona a estranhos?

— Eu sei que você não é estranha, é a nova funcionária da casa, não é?

— Sim, sou eu, mas você não me conhece.

— Conheço sim, minha vó falou de você e que você era muito bonita, então você só pode ser você.

Sorri com seu elogio.

— Entendi e me sinto lisonjeada. — Ele pareceu pensar, sem entender o significado da palavra e eu completei: — Mas acho melhor eu não pegar carona ou cairemos nós dois.

— Então vou descer da bike e vou te acompanhar.

O vi descer do brinquedo e perguntou a seguir:

— Aonde você estava indo?

— Conhecer tudo, mas não faço ideia de por onde começar.

— Posso ser seu guia? Conheço cada pedacinho de tudo.

Sorri e já tinha gostado daquele menino de riso fácil e que parecia muito carinhoso.

— Ah, mas eu ficaria muito feliz em ter um guia que conhece tão bem a propriedade e aceito sim.

— Oba! Então vamos.

Depois de deixar a bicicleta encostada a um coqueiro, com a promessa de que na volta a resgataria, o menino desembestou a falar e começou a me mostrar tudo o que a propriedade tinha de melhor, na visão de um menino de oito anos.

— Minha vó não deixa ir à praia sozinho, mas não me importo porque a minha parte preferida da casa são as baias dos cavalos. Quer ir lá também?

— Claro.

— Você gosta de praia?

— Eu amo.

— Quando você for, pode me levar com você?

— Sim, podemos ir amanhã se a sua avó deixar.

— Ela deixa sim, quando eu ia com o Félix ela sempre deixava.

— Com o Félix?

— Sim, somos amigos e ele até jogava videogame comigo. Apesar de que há algum tempo tenho visto ele triste e quase não fica mais comigo.

Acho que a minha cara transmitia toda a surpresa em saber que aquele homem que era um poço de grosseria comigo, conseguisse ser amigo de um menino de oito anos.

Será que o problema sou eu? Não! Ou então antes de mim outros administradores não teriam fugido em disparada.

Seguimos andando por entre árvores altas e muitas delas grandes coqueiros que deixavam a paisagem ainda mais bela.

Mesmo dali onde estávamos, dava para ver a água azul, sentir a brisa do mar e ouvir o barulho das ondas quebrando leve a alguns metros de distância. O clima todo dava muita paz.

Demos mais alguns passos e chegamos aos cavalos. Inicialmente fiquei com medo, pois nunca tinha tido contato com aquele tipo de animal, já que cresci na cidade, mas logo me acostumei e admirei o quanto eles eram lindos.

O estábulo não era muito grande, tinha uns dez cavalos em um salão, em que cada um ficava em seu espaço e na limpeza era impecável.

Mais no fundo do salão vi um homem sentado em um banquinho e mexendo em algumas ferramentas. Tentando ser simpática e em sinal de cumprimento o lancei um sorriso e levantei a mão espalmada em sua direção, que me respondeu da mesma forma.

— Esse aqui é o Loirão. Ele não é lindo? — Zipe perguntou enquanto se esticava para passar a mão na cabeça de um enorme cavalo marrom, com a crina loira e que tinha o pelo mais brilhante e bem cuidado que o meu cabelo.

— Lindo. Realmente um loirão lindo. Sabe qual é a raça dele, Zipe?

— Sei... É... hum... esqueci. Espera aí. Paulo, qual a raça dos cavalos mesmo? — Zipe colocou a mão em concha e gritou para o rapaz que saiu de dentro de uma das baias no fundo e se juntou ao homem que trabalhava a alguns metros de nós.

— Palomino — o rapaz gritou de volta.

— Palomino — o menino me repassou a resposta, sorrindo, como se eu não tivesse ouvindo.

Acenei para o tal Paulo que me retribuiu com simpatia e de novo o menino colocou a mão em concha na boca e gritou:

— Paulo, essa é a... qual seu nome mesmo? Vovó falou, mas eu esqueci — perguntou envergonhado.

— Arabela.

— Ah, sim. — Voltou a olhar para o Paulo. — Paulo, essa é a Bela a nova funcionária.

Novamente o rapaz me deu um maneio de cabeça em meio a um sorriso, como se já me conhecesse, e eu sorri em resposta.

— Essa raça Palomino é bonita, , Bela?

— É sim. Muito bonita. — Imediatamente me lembrei de uma série de livros que li e que se passava em uma cidade fictícia chamada Palomino, da autora Agatha Santos. Os livros tinham homens lindos por sinal e me perdi na lembrança de certo Viny de lá.

Viajei tanto nas lembranças literárias, que não percebi a presença de um homem que andava me fazendo ter pensamentos conflituosos que iam de raiva a orgasmo com chuveirinho.

— Patrão! — José Felipe gritou e correu em direção a Félix que até então eu não havia percebido que estava do lado de dentro da baia.

Saí do meu devaneio e ainda de onde eu estava, vi o menino dar um toque de mão com Félix e vê-lo interagindo assim com tanta leveza com o Zipe, nem parecia o homem que em todas as vezes que tive um pouco de contato, tinha algo de ruim para me lembrar da situação.

O vi brincar com o menino, conversarem e logo em seguida vi Zipe, Paulo e o outro homem saírem da baia para talvez fazer algo relacionado aos cavalos e eu logo fui esquecida pelo meu guia.

Senti-me estranha por novamente ficar sozinha com Félix e antes que percebesse que eu estava ali, dei alguns passos em direção à saída e decidi partir do estábulo.

— Arabela.

Droga!

Virei-me de frente novamente e Félix disse sério e até mesmo envergonhado:

— Preciso pedir desculpas por ontem, me excedi no álcool e também nos modos como devo tratar meus funcionários.

Pedindo desculpas? Que surpresa!

— Não tem problema.

— Mas de todo modo, mantenha-se no seu espaço da próxima vez que me ver só. Ontem eu não estava em um dia bom, tenho muitas providências para tomar e acabei falando muitas coisas sem pensar e muitas até não eram verdades.

Claro que ele tinha que ser um idiota. Lembrei-me dele me dizendo que eu era bonita e creio que era isso que ele queria dizer sobre "coisas que não eram verdades". Bufei involuntariamente e isso chamou a sua atenção.

— Ou se estiver muito difícil para você, pode pedir a quebra do contrato, pagar a multa e ir embora.

— Ou o senhor pode me dispensar e pagar a multa, já que pelo o que vejo meus serviços não estão o agradando.

— Não vejo motivo para isso, seu trabalho não me causa desconforto nenhum... muito menos sua presença. Não me causa nada.

Assenti.

Sujeito intragável.

— Mas quando meu trabalho não for bom, fique à vontade para dispensá-lo.

— Ficarei, afinal, estou em minha casa.

— Entendo. Peço desculpas se achar que minha presença aqui nesse momento também seja uma invasão ao seu espaço, mas é que a Madalena e o Clóvis me disseram que eu poderia ficar por aqui nas minhas folgas, mas se for problema posso ficar no quarto ou sair nos finais de semana.

— A propriedade é livre para que os funcionários a aproveite nas suas folgas e diariamente. Creio que tenha lido isso também no seu contrato.

— Ah, sim.

— Agora se puder me deixar a sós com os meus cavalos.

Dei um sorriso forçado e antes de me virar para sair, pensei alto de maneira involuntária:

— Agora entendo por que não para ninguém no cargo.

Félix que já estava se virando, voltou-se novamente para mim.

— Não entendi. — O encarei e notei seus olhos faiscarem de irritação.

— Nada, apenas pensei alto. — Mas claramente ele ouviu o que eu falei.

Félix assentiu e falou como se estivesse controlando a raiva:

— Você não é paga para pensar.

— O quê?

— Nada, só pensei alto.

Agora era o meu rosto que estava vermelho de raiva e minha língua se controlando ou enfim o mandaria à merda.

— Entendi. Sabe, acho horrível pessoas que resumem tudo a dinheiro.

— E não é isso a vida? Dinheiro e mais dinheiro, uma busca incessante. Compra, venda e troca até mesmo de amor por interesses financeiros? Você não está aqui por dinheiro? A vida é assim!

— Não do modo como fui criada.

— Como fui, sim e agora mais do que nunca tenho certeza disso. Agora se puder sair da baia e me deixar com meus animais, eu agradeço.

Como pode ser tão patife?

Só faltei grunhir de raiva, mas me controlei e me despedi:

— Boa tarde, senhor Orsini. Tenha um excelente dia.

.

.

Félix

É muito atrevimento ela me provocar dando a entender que antes não parava ninguém no cargo por minha causa!

Eu vou demiti-la!

Respirei.

Não vou demiti-la, mas vou provocá-la até ela pedir para sair, ou melhor, vou ficar amigo dela e depois matá-la.

Não, vou ficar amigo dela, colocá-la como uma opção e depois dispensá-la.

Não, vou usá-la.

Inferno!

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro