Capítulo 25
Quando meus pais e Clóvis retornaram Félix quis matar seu mordomo e Clóvis parecendo sem graça pediu milhares de desculpas e disse que só estava cumprindo ordens.
— Eu sempre fui muito fiel aos seus pais, menino, tinha que atender a última ordem que eles me deram. Desculpe, mas sou mais fiel a eles do que a você.
— Ah, eu percebi.
Meus pais riram depois que os contei a verdadeira história da herança.
— Bom, tudo está bem quando acaba bem. — Meu pai bateu uma palma para apaziguar a conversa entre Félix e Clóvis, no entanto meu amor continuou a falar, só que dessa vez lançou ao Clóvis um olhar grato:
— Mas ainda assim, obrigado por tudo, mordomo insolente. Você mantém viva a memória dos meus pais e é o melhor e mais fiel mordomo que alguém pode ter.
— É um prazer servi-lo sempre, menino. — Os olhos de Clóvis estavam lacrimejando e Félix o abraçou.
Quando se separaram, me aproximei do meu novamente noivo e minha mãe disse com os olhos brilhando de alegria.
— Fico feliz que vocês se acertaram.
— Nós também — falei com um sorriso enorme no rosto.
— Bom, na verdade, queria aproveitar a presença dos dois, para oficialmente pedir a mão da Arabela em casamento.
Meu pai sorriu.
— Nós concedemos a bênção, mas quem tem que aceitar é minha menina.
Meu pai apontou para mim e Félix me olhou com carinho.
— Não tenho um anel, mas...
Clóvis limpou a garganta chamando nossa atenção.
— Bem, sua mãe me confiou mais uma missão, na verdade, em uma de nossas conversas, disse que gostaria de presentear sua nora com essa joia, eu guardei essa informação e a joia também, especialmente para este dia.
Félix pegou a caixinha da mão de Clóvis e com o semblante sério a abriu. Notei que ele segurou a emoção ao ver a joia que estava ali dentro.
— Minha mãe amava esse anel. Ela usava em todas as festas que organizava.
Olhei para a minha mãe e ela chorava, voltei a olhar para Félix e ele me encarou apaixonado e me estendeu o anel.
— Bela, repetindo o pedido e sem que nada esteja entre nós que não seja o nosso amor, quer se casar comigo e ser para sempre minha?
Minha mãe soltou um "ó" e tampou a boca reprimindo o choro.
— Claro que quero, meu Félix! — Rindo ele me puxou para um beijo casto e todos a nossa volta aplaudiram.
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