Capítulo 16
Mais uma semana começava e eu trabalhava com um sorriso largo no rosto. No dia anterior, Félix e eu agimos como amigos pela propriedade, apesar der ser claro para quem nos via que éramos mais do que isso, porém, eu insistia em manter tudo discreto, por vergonha.
Andamos a cavalo e eu conheci de perto sua égua, a Meia-noite, que ele me contou que por diversas vezes ela quem foi sua melhor amiga. No final da tarde, ficamos em seu quarto, conversamos, vimos filme e Félix me mostrou ser uma pessoa muito agradável, como amigo e como homem, já que lógico que fizemos sexo novamente.
Contrariando a impressão inicial que tive dele, não era uma fera e sim um príncipe.
Eu não queria que ninguém soubesse sobre nós ainda e não sabia se gostaria que tão cedo descobrissem, na verdade, dentro de mim tinha um misto de querer contar para todo mundo que eu estava pegando o grande CEO da Orsini Enterprises, com manter segredo absoluto para que não pensassem que eu era interesseira.
Eu não fazia ideia sobre como definir meus sentimentos por Félix, não queria admitir que sentia algo por ele, mas também era inevitável não admitir, já que ele me arrancava suspiros com cada ato seu.
Olhei para a rosa que estava em um vaso na mesa do meu escritório e sorri ao mesmo tempo em que apertei o pingente do colar que estava em meu pescoço.
Sonhava acordada quando um e-mail chegou ao endereço que eu usava em cópia com o Félix. Era endereçado diretamente a ele e a remetente era uma mulher chamada Tatiana, com o cargo de assessora da Orsini Enterprises.
Li o conteúdo do e-mail e nele tinha um link em anexo, que era para confirmação de presença em um coquetel. Um texto explicava que estariam presentes os membros masters e de alto escalão das empresas parceiras da Orsini, além de muitos investidores e sócios e das empresas de fora do país.
Eu não estava sabendo nada sobre aquele evento e decidi ligar para o Félix e descobrir se eu confirmaria ou não sua presença. Como a mansão era enorme, preferi ligar a procurá-lo, assim economizaria tempo.
— Olá, princesa — me atendeu de forma carinhosa e só de ouvi-lo meu coração traidor disparou.
— Estamos em horário de trabalho, senhor Orsini — o repreendi, sorrindo e me levantei para olhar janela afora.
— Eu sei e estava mesmo precisando falar com você.
— Posso ir até o senhor. Onde está?
— Bem na sua porta. — Olhei para trás e Félix estava parado na porta do meu escritório.
— Qual a dificuldade de me chamar por meu nome?
— Me sinto desrespeitosa.
Ele ergueu uma sobrancelha e andou até a minha mesa, depois sentou-se na cadeira à minha frente e com sorriso safado e lindo, perguntou:
— Quando estamos a sós, fora do horário de trabalho, não?
— Não. Aí é como se eu estivesse com o homem lindo que em uma balada lutou contra três homens e me salvou do perigo. Meu herói.
— Para com isso — falou tímido e ele ficava lindo assim. — Falando nisso, Valter me ligou há pouco, disse que os três estavam foragidos, mas que foram encontrados e estão presos.
Dei um sorriso largo.
— Que notícia ótima!
— Sim, também fiquei feliz com isso. Espero que mofem lá e vou cuidar para que seja assim.
— Muito obrigada.
Em resposta ele apenas piscou um olho e sorriu sedutor, depois perguntou:
— Mas o que você queria falar comigo?
— Ah, recebi um e-mail sobre um evento amanhã. Pelo o que pude entender do e-mail parece ser organizado pela Orsini. É isso? Mas pede para que confirme a presença. O que eu faço?
Ele bufou em descontentamento.
— Odeio esses eventos, mas a assessoria insiste em fazer e diz que devo comparecer, além de promovê-los, para me manter em contato direto com os sócios em local informal. Sempre convidam também os possíveis investidores. — Depois de pensar alguns segundos continuou: — Pode confirmar a nós dois.
— Oi? — me assustei, pois não imaginei que Félix me convidaria para ir a um evento tão importante.
— Além de minha acompanhante, preciso que você vá como minha secretária.
— Ah, claro. — Tentei disfarçar a decepção na minha voz. Achei que ele queria que eu fosse apenas como sua acompanhante.
— É black-tie. Tem o que vestir?
Pensei e eu não tinha, mas eu não me humilharia assim. Daria um jeito.
— Sim.
Analisou-me e assentiu.
— Tenho certeza que mesmo que vá de chinelos, ainda assim será a mulher mais bonita da festa.
E com o seu comentário fofo até esqueci a decepção.
— Não me diga essas coisas em horário de trabalho, posso entender como assédio. — Sorri.
— Ah, é?
Assenti com um sorriso travesso nos lábios e o olhei com desejo.
Félix me analisou, sorriu e se levantou, a seguir foi até a porta do escritório e a trancou, depois voltou até onde eu estava, fechou a persiana da janela e sussurrou em meu ouvido:
— Assédio, senhorita Arabela? Posso te acusar disso também, pois consigo ver o modo como me olha.
Imediatamente sua voz grossa perto do meu ouvido me deixou molhada e eu rodei minha cadeira para ficar de frente para ele.
Eu posso jogar esse jogo de sedução.
— Meu olhar? Já que reparou, quer saber o significado do meu olhar quando te vejo. — Ele assentiu, eu me levantei e foi a minha vez de sussurrar de encontro a sua boca: — Penso na vontade louca que sinto que você me penetre e imediatamente concluo que... quero sentar com força em você.
Félix fechou os olhos como se apreciasse o que eu disse e quando voltou a abri-los, os vi em chamas.
Em um movimento rápido, ele me virou e me jogou com a barriga sobre a minha mesa, depois ergueu a saia que eu usava, deixando a minha bunda de fora. Com pressa o ouvi abrir o zíper da sua calça e depois de puxar minha calcinha para o lado, me penetrou.
Fechei os olhos e estava tão duro que gemi.
— Te penetre assim?
Ele enrolou meu cabelo na sua mão e me puxou para ele, fazendo com que eu ficasse de pé novamente, com seu pênis ainda dentro de mim enfiou sua mão por dentro da blusa que eu usava, alcançou meu peito e apertou o bico, me deixando tão excitada que era difícil controlar os meus gemidos. Mostrei que eu estava a seu dispor.
— Gosta disso? — perguntou com a boca na minha nuca e eu balancei a cabeça devagar em positivo.
Depois tirou a mão do meu seio e a desceu até a minha coxa, ao mesmo tempo em que se movimentava para dentro e para fora de mim e ainda segurava meu cabelo, me puxando para junto dele.
Subiu com a mão por baixo da saia, alcançou minha calcinha e imediatamente o meu clitóris, que massageou levemente, me fazendo gemer.
— Gosta disso, minha Arabela? — Ouvir ele me chamar de "minha" me excitou ainda mais e ele notou. — Gosta de ser minha? Quer ser minha Arabela? — Eu estava tão absorta no tesão que ele me fazia sentir com tantos estímulos que concordei com suas perguntas.
Girando o dedo no meu ponto mais íntimo no mesmo tempo em que me preenchia Félix me deixou louca e não demorou até que me fez gozar, me fazendo gemer alto, enquanto me estremecia em seu pênis que não parava de me penetrar.
— Veja o quanto é bom, vou te mostrar o quanto é bom ser minha e eu preciso tanto que queira ser minha.
Dito isso, me virou de frente para ele e me deitou sobre a mesa, derrubando o computador no chão com o movimento, mas sem se importar arremeteu com vontade contra mim, me olhando nos olhos e fazendo com que eu conseguisse ver todo o seu desejo.
— Você mexe comigo e me deixa louco, Arabela.
— Você também.
Totalmente envolvidos no momento e um no outro, gozamos e Félix encostou sua testa sobre o meu ombro, me fazendo sentir todo o peso do seu corpo grande sobre o meu.
— O que você faz comigo, mulher?
— O mesmo que você faz comigo.
Levantei-me, subi minha calcinha e abaixei minha saia, quando já estava apresentável Félix se aproximou e me deu um beijo na testa, me pegando completamente de surpresa.
— Obrigada por mudar e alegrar a minha vida. — Ia sair da sala, mas virou-se e com um desgraçado de um sorriso lindo, disse: — Já que estou te assediando, te dou o resto do dia de folga. — Piscou de um jeito deliciosamente sedutor e saiu.
Eu tinha que aceitar aquela folga, já que eu precisava de um banho para tirar o cheiro de sexo e apagar o calor que ele me deixou ou eu correria para cima dele novamente, pedindo desesperadamente por mais.
Félix
Sorrindo fui para o meu quarto e meu corpo cheirava a Arabela e sexo. Melhor combinação.
Decidi tomar banho e enquanto sentia a água me lavar, repassei a conversa com Arabela sobre o evento e lembrei-me do olhar negativo da Arabela quando a perguntei se tinha roupa para o evento. Eu já conseguia ler seus gestos e olhares tão bem.
Com uma ideia em mente, encerrei o banho e imediatamente liguei para Clóvis e o pedi para subir ao meu quarto.
— Pois não, senhor — falou ao entrar.
— Clóvis, você se lembra daquela estilista famosa, que costumava trazer aqui modelos de vestidos para a minha mãe experimentar quando tínhamos bailes na mansão?
Os olhos do meu mordomo brilharam com a lembrança.
— Sim, menino, sua mãe a adorava.
— Consegue trazê-la aqui, amanhã e também uma equipe de beleza?
— Ah, sim! Mas vestidos para o senhor?
— Claro que não, Clóvis! Para a Arabela. Temos um evento black-tie amanhã e desconfio que ela não tenha o que vestir. Provavelmente deve sair para comprar, mas quero surpreendê-la com esse presente.
Clóvis sorriu feliz.
— Que maravilha de presente.
— Talvez ela reclame, porque é cheia de princípios e orgulho, mas não a deixe recusar.
— Deixe comigo. Falando nela, senhor, ainda há pouco Arabela me chamou e disse que seu computador, acidentalmente, caiu de cima da mesa. Perguntou-me se teríamos o número de um técnico, entretanto, acho que por ele já ter sido usado há bastante tempo, seria bom se o trocássemos.
Sorri lembrando-me o que fez o computador parar no chão e parecendo ler meus pensamentos, Clóvis perguntou:
— Pelo sorriso em seu rosto, creio que o senhor tenha algo a ver com a queda do computador, não é?
Abri um largo sorriso.
— Vamos dizer que possivelmente eu possa ter algo a ver sim. Diga para comprar outro.
— Sinto-me absurdamente feliz em saber que o senhor e Arabela estejam derrubando computadores. — Ri para Clóvis até que ele continuou: — No entanto, não tem como não perguntar, como o senhor está resolvendo seu problema... o da carta que seus pais deixaram?
— Ah, Clóvis, você tem mesmo que acabar com a minha alegria?
— Oras, senhor, sinto te dizer de forma tão direta, mas se continuar assim, quem acabará com a sua alegria, será o senhor mesmo. Se é algo que tem que resolver, então resolva logo e pare de ser tão relapso com o que é deveras importante.
— Não estou sendo relapso e você é deveras enxerido.
— Que afronte! — Se fez de ofendido.
Ri.
— Clóvis, estou apenas tentando buscar outros meios de chegar ao fim.
— Fale com a Arabela. Ela vai concordar em ajudá-lo.
— Não! Não agora e não quero assim. Quero que seja verdadeiro. Que seja deveras, saca?
Clóvis revirou os olhos por notar minha ironia.
— Se ela descobrir...
— Ela não vai. No momento certo eu vou contar e contar o que eu...
Clóvis riu.
— Você gosta dela, não é mesmo, meu caro?
Sorri.
— Como nunca gostei de ninguém.
— Por isso reafirmo que devia contar.
— Clóvis!
— Desculpe, senhor, não explanarei mais minha opinião. Quanto à estilista, que horas peço que venha?
— Cedo, ou Arabela sairá para comprar.
— Tudo bem. Precisa de mim para algo mais?
— Não.
— Vou avisar a doce Bela para comprar outro computador.
— Diga a ela que pode usar o meu escritório enquanto o novo não chega.
— Sim, senhor. — Fez uma mesura e ia sair, mas o chamei:
— Clóvis.
— Senhor?
— Ela é incrível, não é?
— A melhor que já conheci e eu nunca me engano em relação às pessoas. — Abri um sorriso largo. — Sendo assim, conte-a a verdade. — Bufei e revirei os olhos. — Cuidado para não perdê-la, mulheres como a linda Bela chamam atenção e se demorar muito, outro cavalheiro a levará ao altar.
— Fora, Clóvis! — O expulsei e após outra mesura e com um sorriso debochado no rosto, Clóvis me deixou sozinho.
Mordomo atrevido!
Nem fodendo que ela será de outro depois de ser minha. Eu não seria tão cuzão a ponto de perdê-la. Arabela era minha.
Minha Arabela.
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