Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo um


Capítulo um

Cinco anos depois

Ricardo

Eu era viúvo há cinco anos e pai de primeira viagem desde então.

Depois que minha esposa Rebeca partiu, tão precocemente, foram momentos difíceis. Minha mãe havia falecido anos antes e eu não tinha ninguém da minha família a quem recorrer quanto a minha filha e também nunca tinha tido contato com bebês, ou seja, eu era mesmo, com toda certeza, um pai de primeira viagem, como dizia o dito popular.

No início foi tudo tão difícil que achei que não fosse conseguir, me cobrava como pai e me perguntava se estava fazendo a coisa certa a cada dia, mas o meu amor pela minha filha me deu forças nos momentos de desespero e me ensinou que eu sabia sim cuidar dela.

A ajuda da madrinha da minha filha, a Talita, que era a melhor amiga da minha falecida esposa, foi crucial para que eu aguentasse o luto e cuidasse da minha vida. Talita, Rebeca e uma outra amiga que já não morava na mesma cidade que nós, a Marilia, eram como irmãs desde a infância e por isso quando Rebeca descobriu que estávamos esperando uma menina, logo disse que se chamaria Talia Maria, em homenagem às duas amigas e convidou Talita para ser madrinha da nossa bebê.

Eu vivia em uma confusão de sentimentos que variavam de gratidão, por minha filha estar bem, e revolta pela partida da minha esposa, no entanto, em vários momentos de angústia eu tinha a Talita, que se fez presente e esteve comigo como uma verdadeira amiga, me ajudando no que eu precisava.

Alguns meses depois, minha vida começou novamente a mudar e deu uma reviravolta, quando o meu relacionamento de amizade com Talita foi se tornando algo mais e um sentimento começou a surgir entre nós.

Lutamos fortemente para que o sentimento fosse apagado dos nossos corações, já que a culpa que carregávamos e a sensação de estar desrespeitando a Rebeca foi maior do que qualquer coisa que pudéssemos sentir.

Passei noites em claro dividido entre o que eu queria e o que eu não deveria fazer.

Eu via que Talita também sofria e enfrentava o mesmo dilema que eu, em uma noite em que ela passou para ver como Talia estava, conversamos de forma superficial e, por respeito à Rebeca, decidimos nos afastar.

Foi o certo a fazer apesar de ter doído em ambos. Nunca assumimos nada ou dissemos algo um ao outro, nossa conversa foi toda nas entrelinhas, mas sabíamos pelas trocas de olhares e pela grande vontade que tínhamos de ficar um perto do outro, que não era mais amizade.

Na semana seguinte, em que ficamos distantes, Talita apareceu com a novidade de que a Marilia, a terceira amiga, tinha conseguido um emprego muito bom no estado em que ela morava e com isso Talita teria que se mudar.

Em menos de um mês ela se mudou e na despedida trocamos apenas um abraço apertado, demorado, dolorido e cheio de culpa. Ela não deixou endereço ou telefone que eu pudesse entrar em contato, apenas foi.

Com o tempo, Marilia passou a ligar semanalmente para se manter atualizada sobre o crescimento da Talia e fazia perguntas que eu sabia que quem as estava fazendo era na verdade a Talita. Eu senti vontade de pedir para falar com ela, mas não fiz isso.

Em todas as datas comemorativas Talita mandava um presente com um cartão para a Talia, assinado como fada madrinha e quando Talia foi crescendo ela esperava ansiosamente por cada data para que a fada a mandasse um presente. Às vezes, os presentes chegavam sem data nenhuma, apenas como modo dela dizer que se lembrava da minha filha.

Nunca soube onde Talita morava, a procurei nas redes sociais e não achei. Foi o jeito dela dizer que era melhor não termos contato e eu também pensava que era o melhor mesmo a fazer, porém, eu queria a sua companhia e pedia perdão a Rebeca por isso sempre que desejava a presença da Talita e tinha pensamentos impróprios com ela.

Cinco anos se passaram...

Eu sentia saudade da minha esposa, mas não doía mais como antes, já quanto a Talita... ainda sentia falta da sua companhia e amizade, e nesse caso ainda me doía, pois não tínhamos tido um final e quando eu pensava nela, era como caso inacabado.

Com isso, vivi os últimos anos da minha vida com um sentimento de que me faltava algo e como um eterno pai solteiro, cobiçado pelas mães da escola da Talia, mas nunca me interessei por nenhuma delas e vivi para a minha filha.

Pai solteiro e totalmente perdido novamente, já que no momento, eu estava na primeira semana na nova vizinhança e sem saber por onde começar a organizar a vida nova que estava começando.

Tinha acabado de me mudar, eu era Engenheiro Ambiental, sempre trabalhei para a mesma empresa de tratamento de água da minha cidade, mas fui obrigado a mudar de casa, de cidade e de rotina, quando essa empresa me transferiu de estado e precisei aceitar a transferência ou eu ficaria desempregado, já que a minha antiga cidade era pequena e não tinha muitas opções para a minha área de atuação.

Com isso, ali estava eu: em uma casa nova paga pela empresa, com estabilidade financeira, com muitas caixas para desempacotar e o principal: com a minha filha comigo.

Talia era uma criança esperta, faladeira e alegre, fiz de tudo para que ela não sentisse falta da mãe e eu me orgulhava do meu papel de pai, apesar de lutar com cabelos, porque penteados não era algo que eu fazia com destreza.

Na cidade nova a semana passou voando e só consegui enfim levar a Talia para a escola na sexta-feira. Pensei em deixar que ela faltasse e começasse apenas na segunda, mas sexta era dia de brinquedo e talvez fosse mais fácil para ela interagir com os novos amigos nesse dia.

— Vamos lá, gatinha, primeiro dia na escolinha nova e eu tenho certeza que você vai tirar de letra — falei, enquanto colocava a mochila rosa nas costas da minha filha.

— Não quero ir, papai.

— Você não quer aprender a ler todos os livros que a fada madrinha te deu? — Talia assentiu. — Então você tem que ir para a escola.

Ela me olhou com seus olhinhos castanhos, com cílios pretos e cheios como os da mãe e disse:

— Mas a minha melhor amiga não estará nessa escola.

— Você fará outras.

— Mas não é igual.

— Eu sei, mas essas também serão legais iguais à Maria Manoela — falei o nome da sua melhor amiga, que ela deixou para trás, e Talia me lançou um sorriso apagado.

Saímos em direção à escola e Talia estudaria não muito longe de onde morávamos, o que era bom, pois eu ainda não tinha comprado um carro e na volta eu poderia aproveitar para fazer uma corrida para me exercitar.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro