Capítulo cinco
Capítulo cinco
Ricardo
Eu estava me sentindo como um adolescente perto da garota que gosta e não estava conseguindo disfarçar isso. A vi se emocionando ao ver as fotos no quarto da Talia e naquele momento quis abraçá-la.
Pensei que fosse me sentir culpado perto dela, como me senti há cinco anos, mas era como se Talita fosse outra pessoa. Talvez por estarmos em outra cidade, outra casa e outra realidade o peso que senti no passado não existia naquele momento e o que existia era o desejo frequente e a vontade insistente de beijá-la desde o momento que a vi entrar na minha casa.
Enquanto eu esperava a Pizza, cheguei à conclusão que talvez pudesse ser diferente, eu respeitava a minha esposa falecida e ia amá-la para sempre, mas pensando na minha história com Talita, nunca fomos desrespeitosos com Rebeca e depois de anos eu queria me permitir viver sem culpa algo que me fazia bem.
E como me fazia bem... Apenas um dia perto dela eu já me sentia mais vivo.
Fiquei na parte de baixo da casa até a pizza chegar e depois de sair no meio da chuva para atender o entregador e voltar com a pizza quentinha e uma Coca-Cola gelada. Coloquei tudo na mesa e subi para chamar as meninas.
Assim que parei na porta do quarto, vi uma cena linda. Talita e Talia brincavam de Barbie e Talita disfarçava a voz para fazer a voz da Barbie Mãe. Quando ela notou que eu as observava, ficou sem graça e eu para que ela não ficasse desconfortável, com um sorriso no rosto entrei no quarto, peguei o boneco Ken e me juntei a elas na brincadeira, falando com a voz disfarçada e mexendo o boneco:
— Queridas, que tal se descêssemos para comer a pizza?
— Eu quero, papai — Talia falou, com uma voz fina e mexendo a boneca que ela segurava, na direção do meu.
— Que bom, filhinha.
— Eu também quero — Talita falou, rindo e também disfarçando a voz, fingindo que a boneca que falava.
— Então vamos, papai e mamãe — Talia mexia a sua bonequinha indicando que ela que falava. — , mas tem que ter um beijo do papai Ken e da mamãe Barbie — Talia falou, apontando para as bonecas.
Eu e Talita nos encaramos e fizemos o que a minha filha pediu, juntando os rostos das bonecas, depois nos olhamos de maneira divertida, sem me segurar olhei para sua boca que tinha um sorriso lindo e senti vontade de beijá-la também. Contudo, cortei o contato visual ou eu perderia a cabeça.
Por um simples beijo de boneca?
Descemos para comer e durante a refeição, conversávamos sobre como era a vida de professora da Talita e eu a contei o motivo da minha mudança, a contei algumas coisas da minha vida de pai e algumas da vida da Talia que ela perdeu pela distância, como por exemplo, com quanto tempo ela deu os primeiros passos, qual palavra falou primeiro e as gracinhas que fez. Eu contava tudo com muito orgulho e me sentia bem em ter sido o pai que a minha pequena precisou.
Quando terminamos de comer, já era mais de nove horas da noite e Talita mencionou sobre ter que ir embora, no mesmo momento Talia fez biquinho e pediu para que ela ficasse para ver um filme.
Talita me encarou e não conseguindo dizer não para a minha filha, acabou decidindo ficar mais um pouco.
Pedi para que Talia subisse, escovasse os dentes e colocasse o pijama, pois eu sabia que assim que o filme começasse, ela logo pegaria no sono. Dengosa, ela pediu a ajuda da sua madrinha e ambas subiram cheias de sorrisos.
Quando desceram, eu já tinha deixado o filme pronto para rodar e assim, nós três nos acomodamos no sofá. Nem dez minutos depois do início do filme, Talia dormiu e com cuidado para não a acordar, a peguei no colo para levá-la ao seu quarto e ela nem se mexeu.
Quando desci as escadas, logo vi Talita de pé, com a bolsa no ombro e pronta para ir embora.
— Uma pena eu não ter conseguido dar tchau para ela — falou.
— Ah, eu sabia que assim que ela deitasse, cairia no sono. Talia passou o dia muito eufórica e feliz por te ter por perto. Foi como se ela tivesse um brinquedo novo.
Talita sorriu e como sempre seu sorriso doce me aquecia o coração e me dava vontade de puxá-la para mim.
— Bom, vou indo.
— Não! — falei, desesperado demais. — Digo... fica mais um pouco e toma um vinho comigo.
Talita pareceu pensar e balançou cabeça em afirmativo, com isso, apontei o sofá para ela, que tirou a bolsa do ombro e sentou-se nele, enquanto eu nos servia.
— Você cuidou dela muito bem — falou, quando me sentei ao seu lado e a entreguei a taça com vinho.
— Tentei dar o meu máximo depois que você nos deixou. — Ela me olhou e não disse nada. — Senti muito sua falta — completei, com a voz mansa.
— Eu também — disse tão baixo, que mais pareceu um sussurro e deu um longo gole no seu vinho.
— Eu estou tão feliz quanto a Talia, em te ter de volta nas nossas vidas.
Talita sorriu e eu continuei a falar:
— Eu pensei muito desde que te vi ontem e... o que eu sentia por você no passado, não sumiu com o tempo. — Ela me olhou séria.
Meu coração estava acelerado e meu corpo estava elétrico. Eu estava decidido a dizê-la que a queria e passei as horas que ela estava ali comigo juntando coragem para esse momento, mas antes que eu pudesse começar a dizer, Talita colocou a taça sobre a mesa de centro e nervosa a vi engolir em seco, se levantar e dizer:
— Preciso ir, Ricardo.
— Não, espera. — A peguei pelo braço e falei de uma vez: — Não acho que devemos viver fugindo ou com a culpa pelo o que sentimos. Sei que você também sente. E se não nos livramos dessa atração que sentimos, mesmo com tanto tempo longe um do outro, não adianta fugirmos mais, porque ela nunca vai sumir vai só aumentar, além de não ser justo com a gente.
Vi que seu olhar parecia pensar em tudo e que ela estava em dúvida, então agindo por impulso, a puxei para mim e a beijei.
Primeiro nossos lábios apenas se encostaram, mas logo a paixão reprimida que sentíamos um pelo outro, começou a tomar conta dos nossos corpos e quando ela abriu a boca para mim, eu a beijei com vontade, deixando as nossas línguas dançarem, se enrolando uma na outra.
Sem pensar muito no que era certo ou errado, eu a peguei em meus braços e a levei de volta para o sofá, onde a deitei e pousei meu corpo sobre o dela, deixando que Talita sentisse minha ereção e visse o quanto eu estava excitado e a querendo.
Ela colocou suas mãos por baixo da minha camiseta e passou suas unhas de leve na minha costela, fazendo com que eu soltasse um gemido involuntário e cheio de tesão. Eu precisava entrar nela, senti-la, explorar cada pedaço do seu corpo como imaginei tantas vezes e se eu não fizesse ficaria louco.
Estava tão excitado que estava a ponto de gozar na calça como um adolescente inexperiente, de tão louco que Talita me deixava.
— Eu sei que pode ser precoce, mas eu preciso tanto de você, me diz sim, Talita, e me deixa matar a vontade que sinto há tantos anos — sussurrei, com a testa encostada a dela.
Ela me olhou por um segundo e como se lutasse uma batalha entre a razão e o desejo, disse com sua voz delicada:
— Sim.
Sem esperar, a ergui em meu colo e com ela em meus braços subi para o meu quarto.
Já lá em cima, Talita tinha mais pressa que eu e não foi algo romântico e delicado, fizemos sexo cheio de tesão e com uma vontade arrasadora. Parecia que tínhamos urgência de viver algo reprimido, que esperamos muito para experimentar e tivéssemos que fazer antes que algo nos separasse de novo.
Tiramos as roupas rapidamente, enquanto nossas mãos passeavam por nossos corpos. A apertei, a lambi e chupei seus mamilos, enquanto nós dois nus andávamos em direção à cama.
A deitei e admirei cada pedacinho do seu corpo que por muitas vezes imaginei como seria e me repreendi por ter esses pensamentos, mas não era o que eu sentia naquele momento, nós dois ali, nus e cheios de tesão e eu só me sentia completo e queria deslizar para dentro dela, no entanto, apesar da minha vontade, eu queria fazer bem feito e antes a daria prazer, para que ela se lembrasse do quanto comigo era perfeito e não fugisse mais.
Desci beijando seu corpo, suguei seus mamilos enquanto juntava seus peitos e a encarava beijando um a um, desci dando beijos e lambidas por sua barriga, até que cheguei ao seu ponto mais sensível e ali passei minha língua lentamente e em círculos, enquanto no mesmo momento, meus dedos entravam e saíam de dentro dela, fazendo com que ela gemesse e me deixasse louco.
Seu gemido era música.
Repeti o movimento, me segurando para não explodir de tesão, até que a vi se tremer e apertar meu rosto com as suas pernas, puxando meu cabelo com as mãos, com o nítido aviso para que eu subisse e a penetrasse.
Rapidamente coloquei o preservativo e a olhando nos olhos para admirar o quanto era linda e o quanto aquilo era real, eu a penetrei e estoquei para dentro dela com força, para que ela sentisse que eu estava ali, que eu a queria e não só naquele momento, eu queria na minha vida. E era real... imaginei muito, mas naquele momento era real e não tinha culpa como quando no início eu pensava nisso.
Quando não mais aguentava, novamente ela gozou e aí permiti me soltar, me perdendo em estocadas intensas e soltando um gemido baixo de prazer, que há tempos eu não sentia e há muito desejava sentir... com ela.
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