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Capítulo 2


Capítulo dois

Saí de casa e preferi fazer o programa de táxi, para se caso eu pegasse um boy no restaurante, eu não teria que me preocupar com meu carro e se caso não pegasse ninguém, eu beberia até o sol raiar e não me preocuparia em dirigir.

Cheguei no prédio onde ficava o restaurante e como eu já tinha frequentado uma vez, já sabia o caminho até o Terraço. Andei toda dona de mim pelo saguão do prédio e enquanto desfilava, porque autoconfiança era tudo, eu me sentia linda.

Ali já percebi alguns olhares masculinos me acompanhando até eu chegar ao elevador, o que me certificava de que eu estava chamando atenção e me deixava esperançosa pelo o que me aguardava lá em cima.

Quando as portas do elevador se abriram no último andar, fui recebida por um funcionário muito simpático do restaurante, que se dispôs a me levar até a minha mesa e eu o agradeci sorrindo, mas quando ergui meu olhar para o salão onde ficavam as mesas, meu sorriso desapareceu e senti vontade de voltar correndo para o elevador e ir embora dali.

O lugar estava todo decorado com balões de corações e rosas vermelhas, as mesas que estavam ocupadas eram todas com casais, não tinha um solteiro e não tinha uma mesa de amigas, amigos ou de pessoas sozinhas.

Burra! Claro que os solteiros não estariam disponíveis hoje.

Quem me olhava ali, certamente me via seguir inabalável até a mesa que estava reservada para mim, mas a verdade era que por dentro eu estava coberta de vergonha de estar sozinha, porém segui com o plano e sentei-me para jantar. Dei graças a Deus que a mesa reservada estava em lugar mais discreto.

— Quer beber algo enquanto você espera? — o garçom me perguntou.

— Espera?

— A sua companhia... na nossa noite dos namorados — ele me respondeu como se fosse o óbvio.

— Ah, ! Ahm... Não, vou jantar sozinha. Quero uma taça de vinho branco. — O garçom pareceu confuso, mas saiu e pouco tempo depois me trouxe uma taça com o vinho que pedi.

Enquanto bebia o meu vinho, observei os casais a minha volta e todos pareciam tão apaixonados e felizes, sorridentes e pegajosos que me senti ainda mais louca por estar naquele ambiente. Pensei mais um pouco se era boa ideia seguir com o plano e a ideia de abortar a missão e tentar um namorado para o ano seguinte falou mais alto, então decidindo que não seria mais uma vez a solteirona de um lugar, ergui o dedo para o garçom e pedindo a conta decidi encerrar a noite.

Ele me olhou parecendo ainda estranhar minha atitude e depois de eu acertar o que devia, saí do restaurante me sentindo ridícula e sentindo os olhares de todos em cima de mim, talvez nem estivessem me olhando, mas era como eu sentia.

Entrei no elevador para ir embora e alguns andares antes de chegar no térreo, ele parou indicando que alguém tinha o chamado naquele andar. Me posicionei mais no canto para quem quer que fosse que ia entrar, se acomodasse na frente e me deixasse sozinha na minha bolha de vergonha e autodestruição, porém quando as portas se abriram e olhei para frente, tinha um homem bem gato parado ali.

Opa, talvez a noite não estivesse tão perdida assim!

Me ajeitei ficando mais ereta e em poucos segundos o olhei de baixo para cima, onde vi que ele usava um Adidas, uma calça jeans clara e uma camisa branca de botões, agarrada em seu peito, de modo que o deixava muito gostoso. Tinha uma mochila jogada em apenas um dos ombros e olhava para o seu celular, totalmente envolvido nele.

Seu cabelo era em um tom castanho claro, com corte moderno e tinha a pele clara com um leve bronzeado de quem pegou muito sol no final de tarde e eu só faltei babar.

O delícia entrou no elevador ainda mexendo no celular e usando fones de ouvidos, quando ergueu seu olhar para educadamente me desejar boa noite, ele me olhou rapidamente e ia voltar a olhar para o celular, mas como se me reconhecesse e estivesse surpreso em me ver ali, juntou as sobrancelhas e perguntou:

— Helena?

Quando ele falou meu nome, olhei em seu rosto e notei que não me era estranho e puxando na memória, mesmo atrás dos óculos que usava e o deixava com um rosto sexy e angelical, o reconheci e toda a graça que eu tinha visto naquele homem a minha frente tinha se perdido quando notei quem era:

— Pedro?

Pedro... contive a vontade de revirar os olhos só em falar seu nome.

E como se ele fosse uma espécie de praga que ainda me atormentava, lá estava o Pedro acabando com a minha última oportunidade de terminar a noite com alguém. Ele era o bendito nerd que tinha me atazanado a vida toda na escola, desde o primeiro ano até o último.

Éramos como cão e gato, competíamos entre nós por tudo e mesmo quando eu não estava com vontade de competir ele falava: "Duvido você conseguir isso" ou "Aposto tal coisa que você não consegue" aí meu lado competitivo falava mais alto e eu fazia.

Tínhamos diversas brigas no nosso curriculum escolar, inclusive uma na biblioteca da escola, que começou com uma aposta para ver quem emprestava mais livros de lá, até que um dia eu descobri que ele estava trapaceando e não estava lendo de verdade, aí brigamos feio e a bibliotecária nos proibiu de entrar na biblioteca, com isso comecei a juntar dinheiro e comprar meus próprios livros e talvez aí que começou a minha vontade de ter a minha própria livraria.

Uma vez também brigamos no refeitório quando ele colocou macarrão no meu cabelo e outra vez na quadra da escola quando ele acertou a bola em mim, outra quando ele duvidou que eu jogaria o boné dele no telhado da escola e eu joguei, enfim, vivíamos brigando e eu não o via desde quando terminamos o ensino médio, que já não competíamos mais tanto assim, mas eu ainda o odiava, por ele ter se tornado o boy lixo que pegava todas as meninas e não ficava com nenhuma, só para parecer o garanhão.

— Quanto tempo, hein? — falou, me tirando da varredura que eu estava fazendo nas minhas memórias, para me lembrar de toda a raiva que ele me fez passar e entender por que aquele homem lindo na minha frente, não era tão lindo assim.

Pedro parecia sem jeito com o reencontro, mas também parecia... feliz?

Soltei o ar que eu estava segurando e com um sorriso falso, respondi:

— Pois é.

As portas do elevador se fecharam e juntos começamos a descer em direção ao térreo.

— E aí, o que tem feito? — me perguntou e juro que fiquei com medo de responder e ele fazer alguma aposta envolvendo a minha livraria. — Se formou em quê?

— Administração, mas abri minha própria livraria.

Que situação desconfortável, mas ainda assim ele não tinha deixado de ser lindo.

O olhei mais um pouco e disfarçadamente o comparei com o Pedro de que eu me lembrava e ele tinha ganhado corpo, tinha emagrecido, mas ainda usava os óculos que agora eram... sexy? Tinha um sorriso atraente que de nada lembrava o menino gordinho e implicante da época da escola. Bom, no ensino médio ele já tinha melhorado, mas a lembrança que eu tinha dele em minha memória, era o implicante gordinho, de óculos e aparelho nos dentes.

— Olha, legal! Você mudou bastante — falou e com isso me lembrei que eu também estava diferente da menina de cabelo com corte Joãozinho, óculos e que parecia uma tábua de passar roupas de tão magra que era.

— Você também.

— Então uma livraria? — voltou no assunto e notei o sorriso insinuador em seus lábios, provavelmente se lembrando da nossa briga por livros e foi impossível não rir também.

— Sim. Não tinha como ser diferente.

— Legal.

Ficamos em silêncio e notei que para não parecer chata, era a minha vez de continuar o assunto.

— E você, trabalha aqui? — perguntei.

— Sim, trabalho na MW Publicidade. Virei Redator e hoje fiquei até mais tarde, para colocar o trabalho em dia.

— Olha, também seguiu com as palavras.

— Sim, não tinha como ser diferente — repetiu o que eu tinha dito e sorri.

As portas do elevador se abriram no térreo e ele deixou que eu passasse primeiro, fomos andando lado a lado até a porta luxuosa do prédio e já do lado de fora nos despedimos:

— Foi bom te reencontrar — Pedro falou.

— Foi bom te rever também — respondi e apesar do desconforto inicial, tinha sido bom mesmo revê-lo. Fiquei surpresa com o quanto o tempo tinha feito bem para ele e por ver sua simpatia e cordialidade, tive a impressão de que ele tinha melhorado também como pessoa.

Pedro acenou, se despedindo, e me lançou um sorriso antes de se virar e seguir para o estacionamento do prédio, enquanto eu sendo uma perfeita boba, fui sem carro e ia ter que ficar esperando por um do aplicativo.

Achei que ia encontrar um namorado gostoso, que ia me levar para cama e apagar o fogo que eu estava sentindo, mas apenas ganhei um reencontro com o ex-inimigo da época da escola. Burra!

Com isso, tirei o celular da bolsa e enquanto esperava alguém me atender, me xinguei mentalmente por pensar o quanto fui imatura em imaginar uma noite diferente para mim. Até que mesmo de cabeça baixa percebi faróis se aproximando e um carro parando no meio fio, quando levantei meu rosto para ver quem era, dei de cara com o Pedro estacionando na minha frente.

— Ei, quer uma carona? — falou, se abaixando dentro do carro para me olhar.

— Não, obrigada, vou chamar um Uber. — Sorri, sem graça.

— Já chamou?

— Não, o aplicativo está procurando um carro que esteja próximo.

— Então entra aí que te levo.

— Imagina, não quero te atrapalhar.

— Olha, hoje está todo mundo solicitando os carros no aplicativo e os táxis, então acho que vai ser difícil você conseguir um. Entra, eu te levo. Não vai atrapalhar.

Pensei em milhares de motivos para não ir e o principal era que eu não o conhecia na vida adulta e não sabia que tipo de homem ele tinha se tornado, mas também além de estar com vergonha de negar mais uma vez a sua oferta, ele tinha razão e conseguir um carro ali no centro da cidade seria difícil, então sendo bem irresponsável, eu aceitei.

Entrei e sentei-me ao seu lado no carro, com uma sensação estranha de estar com uma pessoa conhecida e ao mesmo tempo desconhecida. Agradeci mentalmente quando ele ligou o rádio e pelo menos assim a música preencheria o silêncio que talvez ficaria entre nós.

Coincidentemente estava tocando a música Me adora, da Pitty, e essa bendita música me lembrava da época da escola, em que Pedro a cantava para mim e me irritava com a letra que falava:

[...]Não sei mais o que eu tenho que fazer
Pra você admitir

Que você me adora
Que me acha foda
Não espere eu ir embora pra perceber[...]

Contive a vontade de rir para que ele não visse que eu me lembrava da música e que naquele momento eu até achava engraçada a provocação, mas que no passado ele tinha me feito muita raiva com ela.

Me mantive olhando para fora, encarando as luzes dos postes que iam passando e rezando para que ele não se lembrasse.

— Fora a livraria, o que tem feito de bom na vida? — Puxou assunto e eu sorri.

— Leio e curto uma baladinha muito de vez em quando — falei da balada para parecer descolada.

— Ah, legal. Eu também ainda leio.

Tive que encará-lo, não resisti e perguntei:

— Você se lembra da nossa briga na biblioteca?

Ele riu.

— Como esquecer? Tive que me esquivar de Os miseráveis voando em minha direção. — Tampei o rosto de vergonha.

— Como eu era inconsequente, me arrependo tanto de ter jogado o livro. Já pensou se machuca?

— Pois é, ia acertar em cheio no meu rosto.

Segurei o riso e guardei para mim, que eu estava me referindo ao livro e não a ele. Seria indesculpável machucar a capa de Os Miseráveis.

— Está indo para onde? — perguntou, quando pegou a estrada principal.

— Para a minha casa, fica próxima a livraria e ao parque dos pássaros. — Ele assentiu como se soubesse onde era e disse:

— Acho que sei onde fica a sua livraria, não tenho certeza.

— É a livraria Maria literária.

— Ah, sei sim. Acho que já entrei lá, é uma pena não ter te visto. Na verdade, você mudou bastante mesmo e talvez se eu te visse em outro momento, não te reconheceria.

— Verdade. — Ficamos em silêncio e eu voltei a olhar para fora do carro.

Era por volta das dez da noite e a noite estava fria, ideal para terminar em um sexo quente. E se Pedro não fosse o Pedro, poderia ser com ele.

Meu Deus eu estava muito na seca!

Fiquei olhando os carros vindo no sentido contrário, para parar de pensar bobeira até que avistei do outro lado da rua, uma balada maravilhosa que eu frequentava de vez em quando há algum tempo. Percebi que ela já estava começando a ficar com fila na porta, pois era muito disputada por tocar de tudo.

— Pedro, você se importa de parar em qualquer lugar por aqui para mim?

Ham?

— Mudei de ideia e resolvi que vou pegar uma baladinha hoje. — O lancei um sorriso divertido.

— Hoje? No dia dos namorados? — Pareceu confuso.

— Sim, exatamente por isso! Eu não tenho um. — Sorri.

Ele assentiu e começou a fazer a rotatória para parar mais próximo da balada, até que perguntou:

— Você não se importa de ir a uma balada sozinha?

— Prefiro ir acompanhada, mas não ligo de ir sozinha, até porque eu posso arrumar companhia lá dentro.

Pedro sorriu e assentiu mais uma vez, depois vi que ele ficou pensativo e logo entrou no estacionamento da casa noturna.

— Você se importaria se eu fosse com você? — perguntou, me pegando de surpresa.

— O quê?

— Eu, ir com você.

Meu Deus, eu e Pedro saindo juntos? Nunca eu imaginaria um plot twist desses na minha vida!

— Não... não me importo — falei tentando parecer natural, mas dentro de mim eu estava achando tudo aquilo muito surpreendente.

Ele deu um sorriso largo, parecendo satisfeito com a minha resposta e guardou seus óculos no porta-luvas do carro e eu não sabia dizer se ele ficava mais bonito com ou sem ele.

Descemos e andamos lado a lado rumo a entrada da casa noturna, mas inexplicavelmente me deu uma vontade de pegar na mão dele como os típicos namorados.

Para de doidera, Helena!


Plot twist é uma mudança radical na direção esperada ou prevista da narrativa de um romance.

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