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Capítulo 2

Capítulo Dois

Meu coração estava meio que saltitando em meu peito e eu estava sentindo meu rosto quente.

Que droga! O que foi isso?

Balancei a cabeça para me livrar do sentimento de vergonha que tomou conta de mim e decidi que desceria para tomar café e descobriria quem era o homem lindo que me encarou e descaradamente sorriu do meu desconforto.

Assim que cheguei na cozinha, que era ampla e rústica, porque meu pai amava lembrar das suas raízes e da infância vivida em sítio, avistei a dona Zilda que trabalhava de caseira para a minha família desde quando eu era bebê. Ela era uma mulher de mais ou menos uns cinquenta e poucos anos, morena e cabelos lisos na altura do ombro, que viviam presos com um lenço. Dona Zilda estava fazendo almoço e o cheiro do seu tempero já invadia o ambiente.

— Oi, dona Zilda, bom dia!

— Bom dia, Liarinha.

— Dona Zilda, sei que acordei tarde, mas ainda tem café? — falei, envergonhada e me sentando à mesa.

— Claro que sim, querida. — Ela pegou a garrafa térmica, uma xícara e as colocou na minha frente na mesa.

— Você sabe se os meus pais voltam hoje ou vão ficar na casa da cidade?

— O pior é que não sei, hoje não os vi, eles me disseram ontem, que hoje sairiam bem cedo, pois tinham uma audiência.

— Acho que devem voltar no final de semana. Depois envio uma mensagem para eles. — Me servi do café e tomei um gole do líquido que eu amava, mas que por causa da quimioterapia eu quase não sentia o gosto. — Ai, me sinto culpada, sabe, dona Zilda? Essa minha doença está atrapalhando tanto a rotina deles, que fico me sentindo mal com as idas e vindas dos dois.

— Não se sinta, eles fazem isso por amor. Eu no lugar deles faria o mesmo.

Sorri para ela e dei um gole no meu café, depois a perguntei por seu marido:

— E o senhor Antônio, melhorou da gripe?

— Está melhorando, sabe como é homem, ? Uma gripe e estão morrendo.

Ri e ela continuou a falar:

— Você devia sair mais do quarto, como a Sheila, lembro que quando vocês eram crianças que vinham pra cá, dava o que fazer para a sua mãe colocar vocês duas para dentro. — Assenti, sorrindo para a lembrança e era verdade, nós duas e o filho da Zilda aprontávamos muito juntos e logo perguntei:

— E o Mateus, dona Zilda? Ele casou?

— Que nada, minha fia — Ela balançou a mão como se ele não quisesse saber disso. — , aquele ali parece que não quer compromisso sério e quando a gente pergunta, porque a gente quer netinhos, ? Ele diz que está esperando pela mulher certa.

— Ah, eu lembro disso dele. — Ri. — Quando ele tinha por volta de uns oito ou nove anos, dizia que nunca ia se casar. Mas e onde ele está morando?

— Aqui.

— Aqui?

— Sim, voltou ontem. Ele tinha conversado com o seu pai que queria dar um tempo da cidade, que as coisas lá não estavam muito boas e perguntou se podia trabalhar no sítio e aí está de volta, igual você.

Abri um sorriso enorme para o que dona Zilda disse, pois eu adorava o filho dela e logo fiquei ansiosa para revê-lo.

— E onde ele está que não veio me dar um abraço, faz tantos anos que não nos vemos.

— Deve estar lá no estábulo. Ele ficou responsável por cuidar dos bichos.

Imediatamente me lembrei do homem lindo que eu tinha visto da sacada do meu quarto e comparei suas características com as que eu me lembrava do pequeno Mateus e se pareciam.

Ah, que ótimo, eu estava admirando o meu amigo de infância!

— Legal, vou lá falar com ele.

— Não quer comer nada?

— Não, eu como quando o almoço estiver pronto.

— Já já sai.

— Quando estiver pronto me grita.

Ela assentiu e sorrindo saí da cozinha, passei pela piscina e desci o jardim que dava para o quintal gramado em volta da casa, fui andando para a parte de trás, em direção ao estábulo e logo avistei o Mateus, que enrolava uma corda no braço e estava distraído. Quanto mais eu me aproximava, mais eu conseguia ver com clareza que realmente era ele, com os traços do menino que eu conheci, porém já como um homem feito, como dizem no interior... e que homem!

Seu cabelo liso, com corte curto, moderno e jogado de lado, eram um charme e vi que o cabelo ainda estava molhado do momento refrescante com a mangueira de minutos atrás. Ele tinha ficado alto e acho que pelo trato com os animais tinha adquirido músculos, muitos músculos. Estava realmente lindo.

— Oi, Mateuzim — o cumprimentei do modo como a sua mãe o chamava e nós também o chamávamos quando criança.

Ele estava distraído e quando ouviu a minha voz imediatamente me olhou com seus olhos verdes e sorriu, mas se manteve onde estava parecendo surpreso por ter me visto ali.

— Liara!

— Não vai me dar um abraço? — perguntei.

Ele deixou a corda no chão, andou até mim e me deu um beijo no rosto.

— Eu estou suado. Quanto tempo, pinguinho de gente! — Gargalhei quando ele citou o apelido que me chamavam na infância.

Ele e minha irmã tinham a mesma idade e quando éramos pequenos, os dois me provocavam me chamando de pinguinho de gente, o que me deixava muito irritada, pois os dois eram apenas dois anos mais velhos que eu.

— Ah, como eu odiava e amava isso. — O abracei, mesmo ele dizendo que estava suado e Mateus me abraçou de volta. Era muito bom revê-lo e o abraço foi reconfortante. — O que você fez da vida esse tempo todo? — perguntei quando nos separamos.

— Dei umas cabeçadas.

— Tem mulher envolvida, aposto — falei e ele fez uma careta.

— Que nada!

Ri.

— Você dizia que só ia se casar se fosse com a Ranger rosa dos Power Rangers.

Ele riu.

— Eu dizia mesmo. E você dizia que era a Ranger rosa e a Sheila a amarela.

Fiquei com vergonha por pensar que quando eu era criança, mesmo sem querer, me insinuava para o Mateus usando os Power Rangers, com isso mudei de assunto:

— Ai, muito bom relembrar a nossas brincadeiras de infância, fomos tão felizes aqui.

— Sim, muito bom estar de volta. — Ficamos um pequeno instante em silêncio até que ele continuou a falar: — Te vi agora pouco na sacada do seu quarto.

— Ah, sim, assim que te vi te reconheci e fui correndo trocar de roupa para descer e falar com você.

Menti descaradamente e ele sorriu para mim.

— Eu vi mesmo que saiu correndo, achei que não tivesse me reconhecido.

— Imagina, claro que te reconheci — eu estava tentando parecer natural e esconder minha mentira, mas eu estava claramente envergonhada e tentei mudar de assunto: — Estou te atrapalhando?

— Não, já estava acabando aqui e ia parar para almoçar.

Hum... Eu adoraria conversar mais com você, colocar o assunto em dia, saber o que você aprontou durante o tempo que ficamos sem nos ver.

— Não aprontei nada, porque eu não tinha minhas companheiras de encrenca.

Ri.

— Ei, e a Sheila já te viu?

— Sim, a primeira vez que ela me viu depois de todo esse tempo que ficamos sem nos ver, a doida veio correndo pulou em mim e falou: "Quanto tempo, seu arrombado". — Ele fez aspas com as mãos na fala dela e eu gargalhei.

— Ai, ela cresceu e ficou muito louca, ?

— Ela sempre foi louca, desde criança. Quando ela me disse que era Advogada eu fiquei pensando como ela deve ser com o Juíz?

— Por mais incrível que possa parecer, no trabalho ela é comportada e nem parece que tem pouco tempo de carreira, leva tudo muito a sério e é muito respeitada no escritório, é até uma pena ela ter tido que largar o trabalho lá para ter que ficar aqui comigo, sabe? Eu gosto de ser advogada, mas a Sheila... Ela ama.

Acho que devo ter deixado transparecer todo o meu desconforto e a minha tristeza com a situação, pois logo Mateus perguntou:

— Você está bem? Eu soube sobre a doença.

— Não, mas vou ficar.

— Sinto muito que tenha que passar por isso.

— Não sinta, tinha que acontecer e aqui para vencê-la.

— Agora fiquei orgulhoso. — Ele sorriu. — Você tem problema de falar sobre ela?

— Não, problema nenhum.

— Que tal se já conversássemos na hora do almoço?

— Claro e quero.

— Então vou terminar aqui e já te encontro lá. Quero saber como você se meteu nessa encrenca. — Ele riu e continuou: — Sempre foi a que mais arrumou confusão mesmo, viu?

Eu ri.

— Nem vem...

— Você sabe que sim e a Sheila pode confirmar.

— Não, não, não... Vocês faziam as coisas erradas e me culpavam por tudo, por ser a menor e saber que isso amenizaria a nossa pena.

— Eu?

, você não, mas a Sheila desde pequena já era advogada e sempre me usava como atenuante. Já você era o que sempre me defendia e me ajudava. Cuidou de mim tantas vezes.

— Era mesmo. — Ele pareceu sem graça. — Mas para de se fazer de inocente, porque você também aprontava. Você se lembra do galinheiro que você deixou aberto? O pessoal demorou uma vida para recolher todas as galinhas de volta.

Rimos com a lembrança e coloquei as mãos na cintura.

— Me lembro, foi péssimo.

— Mas foi naquele dia que ganhei o primeiro beijo de uma garota. O seu beijo de agradecimento na bochecha.

Fiquei envergonhada com a lembrança.

— A Sheila te irritava com isso.

— E você ria com ela.

Ri e falei:

— Verdade. Bom, vou voltar para a casa e deixar você terminar seu trabalho, mas na hora do almoço a gente continua essa discussão.

bom, pinguinho de gente.

— Você para, hein, Mateuzim!

Rindo, me virei e comecei a andar em direção à casa, mas antes de me afastar de vez dei mais uma olhada para trás e Mateus ainda me olhava com um sorriso nos lábios. Eu ri para ele e voltei a olhar para frente sentindo uma alegria que há tempos eu não sentia. Sensação de algo bom acontecendo.

E Mateus era algo bem bom.

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