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Ciúmes


Capítulo oito

Fui deitar me sentindo confusa e meio paralisada, depois não consegui dormir, não consegui pensar em nada que não fosse os lábios dele nos meus e me sentia culpada por ter caído em tentação e quebrado a minha promessa. Depois de muito vira e revira na cama, consegui dormir e só acordei no dia seguinte.

Já era mais de dez horas da manhã quando acordei exausta, psicologicamente e fisicamente por ter dormido tão mal. Fiquei um tempo sentada na cama, revivendo a noite anterior e o que eu sentia era um misto de: quero dar loucamente para aquele homem e Deus me defenda e me livre de tamanha tentação. Balancei a cabeça para tirar os pensamentos que me atormentavam, desci para tomar café da manhã e não vi nem sinal do Vinícius. Sinceramente, eu estava pensando com que cara eu iria encará-lo.

Após terminar meu café da manhã subi para o quarto, pois tinha que me preparar psicologicamente para a apresentação que seria ás treze horas.

Subi sozinha no elevador e ao olhar aquele lugar, não tinha como não me lembrar do Vinícius. Ainda não acreditava que ele tinha procurado sobre o livro e, além disso, o leu rapidamente só para saber sobre o que eu estava falando. Balancei a cabeça em negativa e estava rindo com os meus pensamentos, quando as portas do elevador se abriram no andar em que era meu quarto e de frente para elas estava o Vinícius abraçado com uma mulher e... a beijando.

O sorriso bobo no meu rosto congelou e se apagou, senti meu corpo formigar e uma bola se formar no meu estômago. Eu estava com raiva, mas sem motivo e sem direito de senti-la e por isso juntei minha dignidade e com muito esforço sorri inabalável e os cumprimentei:

— Bom dia! — Meu sorriso era o mais falso que o mundo já viu.

— Bom dia! — os dois responderam e a bonita mulher tinha um sorriso de felicidade que eu gostaria que estivesse no meu rosto, depois de dar a noite toda para o homem à minha frente e acabar com a tensão sexual que nos cercava desde quando nos encontramos pela primeira vez, mas aí me lembrei de que ele era meu chefe e eu não poderia acabar com a seca em que eu me encontrava, bebendo daquele pote e fazer de novo a mesma burrada.

Abaixei a cabeça, sem graça e segui para o meu quarto sentindo meu coração tão apertado que o reflexo disso era um caroço na minha garganta. Fechei a porta do quarto e respirei fundo repetidas vezes lutando para que aquela sensação que há tempos eu não sentia, saísse de dentro de mim. Depois de algum tempo decidi que não deixaria aquele sentimento determinar como seria o meu dia e aquele seria um dia como outro qualquer e logo eu estaria de volta em casa e de volta à agência, deixando tudo aquilo para trás.

Fui tomar banho e me arrumar para a apresentação com o cliente da marca de sapatos. Trabalhar sempre me tirou da bad e quando eu estava quase me entregando à tristeza e a solidão, era o trabalho ou Panfleto que me ajudavam e como Pampam não estava ali, o trabalho faria a vez.

Já estava quase na hora que combinamos com o cliente, quando desci e fui para a sala reservada para nós. Abri o notebook e coloquei o pen drive para dar mais uma revisada na apresentação. Não demorou muito e notei uma figura alta, atravessando a porta e sentando-se à minha frente.

— Você está adiantada — ele falou brincando, como se testasse a minha reação, mas como eu estava praticamente merecendo o Oscar ultimamente, com tanta atuação, eu o respondi normalmente.

— Sim, eu estava sem fazer nada e resolvi descer mais cedo.

— Você já almoçou?

— Não, vou almoçar depois da apresentação.

— Ah, tá.

Ele fez o mesmo processo que tinha feito na noite anterior, começou a arrumar tudo para a apresentação e acabamos ficando em silêncio.

— Celina... Sobre ontem e hoje...

— Não, precisa explicar nada, Vinícius — falei normalmente, sem cobrança nem nenhum sentimento na voz e sorri amigavelmente o deixando com olhar de perdido.

— Ah, tá. Eu saí ontem.

— Legal. — Sorri mais uma vez e ele parecia estranhar a minha reação.

Será que ele esperava uma louca chorando por ele ter saído, voltado com outra e por ter levado essa outra para a cama, depois de me beijar?

Rá, se ele pensa que vou ser a louca que chora e sofre por homem de novo, ele está muito enganado!

Não demorou muito e fomos avisados que o cliente da marca de sapatos havia chegado. A mesa já estava pronta e arrumada de maneira informal, o equipamento estava todo em ordem e era só o recebermos.

Fomos até a porta da sala e para a minha surpresa quando o avistei, não era o homem que eu estava esperando, aquele com quem eu já havia conversado desde o início do processo, quem estava lá era um homem mais jovem, que assim que entrou foi logo se apresentando:

— Oi, me chamo Lucas. Desculpem, meu pai não conseguiu folga na agenda hoje e pediu para que eu viesse em seu lugar.

Trocamos apertos de mãos e apresentações e eu perguntei:

— Então você está a par de todo o projeto?

— Sim — ele me respondeu com um sorriso largo.

Olhei para Vinícius, ele parecia contrariado e disse:

— Mas como faremos com o contrato? Ele teria que assinar o acordo final e aprovação do trabalho.

— Eu tenho uma procuração, que diz que também respondo pela empresa.

— Ah, que bom! Sendo assim podemos começar? — perguntei.

Ele assentiu e eu apontei para que entrasse na sala em que faríamos a reunião, muito educado ele cedeu a passagem para mim. Fui para o fundo da sala, mostrei onde Lucas podia se sentar e ele me olhava parecendo admirado. Era um bonito homem, tinha por volta dos trinta e poucos anos e um sorriso simpático e apesar de não ter uma beleza excepcional, era bonito.

Começamos a apresentação em que eu mostrei todos os números, gráficos e a pesquisa de mercado que foi feita para aquela campanha. Falei por cerca de meia hora, em que mostrei rapidamente o que eu já havia mostrado para o pai do Lucas e tirei todas as dúvidas que surgiram durante a minha explicação. Eu estava de pé com o meu vestido preto que estava justo em meu corpo, enquanto à minha frente Vinícius e Lucas me olhavam.

Depois de alguns minutos de apresentação, percebi que Vini me encarava de modo diferente e encarava também o Lucas, porém, me conformei que era apenas coisa da minha cabeça e continuei com a minha apresentação impecável. Modéstia à parte, eu era boa no que fazia e sempre que apresentava meu trabalho eu fazia com firmeza, pois eu tinha certeza de tudo que falava e as poucas vezes que olhei na direção do Vinícius, além do olhar diferente, tive a impressão de que ele me olhava com orgulho.

Quando terminei passei a palavra para o Vinícius que iria apresentar a parte da Publicidade, em que ele mostraria parte comercial e propaganda. Vinícius levantou, começou a falar a sua parte, mas vi que o Lucas não prestava tanta atenção como quando eu estava lá na frente e a cada minuto, ele olhava para o outro lado da mesa onde eu estava sentada, como se me pedisse aprovação para o que o Vinícius falava.

Após alguns minutos Vini terminou sua parte e parecia irritado, enquanto Lucas do outro lado da mesa era só sorrisos e todos eles destinados a mim, o que estava me deixando sem graça.

Lucas também me direcionava todas as dúvidas que tinha, me deixando ainda mais desconfortável com aquela situação, já que a maioria das dúvidas era sobre a parte elaborada por Vini. Por diversas vezes dei graças a Deus que eu estava muito inteirada de cada detalhe da campanha daquele cliente e não gaguejei em nenhuma resposta, mas Vinícius não parecia contente e sim irritado.

Mesmo com o mal estar pairando entre nós, tudo estava indo bem e eu estava feliz com a minha participação na reunião, até o momento que Lucas fez uma pergunta sobre o comercial e ele, como em todas as outras vezes, olhou para mim para perguntar, mas quando fui responder Vinícius tomou a frente e respondeu:

— Lucas, talvez você não esteja inteirado das posições aqui, mas eu como Publicitário chefe e filho dono da agência que estamos representando, posso perfeitamente responder essa pergunta, que no caso é sobre a minha parte da apresentação. Eu sou o responsável por essa campanha e Celina é apenas a Analista de Marketing, que só veio comigo por exigência do seu pai, que, aliás, nem veio à reunião.

Senti minhas bochechas corarem de raiva e meu coração acelerou. Ele falou o "apenas Analista de Marketing" com tanto desdém, que eu me senti menosprezada, diminuída e era como se o trabalho duro de meses que dediquei àquela campanha, não fossem absolutamente nada.

Enquanto eu estava perdida na minha raiva, Vinícius respondeu a pergunta dele e as outras que vieram e eu não sei dizer qual foi a resposta do Lucas ao que o Vinícius disse, pois eu só conseguia pensar o quanto ele foi injusto me mencionando daquela maneira tão pequena.

— O que achou? — Vinícius perguntou sério ao Lucas, após sentar-se à mesa onde estávamos.

— Eu achei o trabalho muito bem feito e dou a minha aprovação final. O produto vai atingir o público alvo e o comercial está maravilhoso. Aprovado.

— Que bom — Vinícius falou aliviado e com a minha visão periférica o vi me olhar, mas me mantive olhando para o Lucas.

Na minha cabeça a frase de Vinícius não parava de martelar e era como um soco no meu estômago.

— Você fez um ótimo trabalho, Celina. A primeira parte que cabe ao Marketing foi elaborada de forma excelente — Lucas falou e vi um olhar envergonhado aparecer no rosto do Vinícius, enquanto ele separava os papéis que iam ser assinados.

— Obrigada, por reconhecer. Foi trabalho de meses e me dediquei muito para trazer o melhor para vocês. — Ri sem vontade e ele me deu um meneio de cabeça em resposta.

Dentro de mim eu estava com vontade de chorar, mas claro que fui profissional, como sempre, e segurei o choro.

Após tudo assinado e acordado entre ambas as partes, encerramos a reunião ficando em pé para nos despedirmos. Vinícius ficou ao meu lado e mesmo com o rosto sério, eu conseguia ver que ele tinha em seus olhos o alívio de mais um trabalho entregue com sucesso, enquanto eu só sentia vontade de arrancar a cabeça dele.

— Foi um prazer conhecê-los. Obrigado pelo trabalho — Lucas falou e estendeu a mão para o Vinícius que apertou educadamente, mas ainda tinha uma feição carrancuda no rosto e nem parecia ser o homem tão simpático que era. — Celina... — Lucas estendeu a mão para mim e em seguida me puxou levemente em sua direção, para que eu o desse um beijo de despedida no rosto e assim eu fiz.

Quando voltei para o meu lugar, ao lado do Vinícius, ele em um gesto possessivo pousou a mão na minha cintura, dando a entender que éramos algo mais que patrão e funcionária, então dei um passo para o lado me livrando do seu gesto e Lucas percebeu, mas apenas disse a seguir:

— Bom, vou passar tudo para o meu pai, mas estamos acordados. Mais uma vez obrigado.

— A MW Publicidade que agradece a preferência — Vinícius falou sério.

Com um meneio de cabeça entre um sorriso, Lucas se virou para sair, deu dois passos, mas se virou novamente de frente para nós e de dentro de sua carteira tirou um cartão branco com o seu telefone e me entregou dizendo:

— Se tiver algo mais que queira conversar, me liga. — E então foi embora.

Ao meu lado, Vinícius parecia muito irritado e começou a desligar o equipamento, bruscamente, sem falar comigo. Pensei que ele só podia ser louco já que eu que tinha sido ofendida e quando não aguentei mais, perguntei:

— O que foi aquela mão na minha cintura? Você está louco?

— Sim, estou! Só posso estar.

Não dei muita atenção ao que ele respondeu, comecei a arrumar as minhas coisas em silêncio e batendo tudo com força em excesso como se fosse uma criança mimada, mas eu estava muito brava com ele, por tudo. Terminei minha parte e antes de sair falei:

— Ainda vai precisar de mim?

Ele apenas balançou a cabeça em negativo enquanto olhava para o seu celular. Então peguei o cartão com o contato do Lucas que eu tinha deixado sobre a mesa e me virei para sair. Entretanto, antes de eu me afastar de vez Vinícius me parou quando perguntou:

— Vai ligar para ele?

Senti minha raiva borbulhar dentro de mim e respondi bruscamente.

— Minha vida pessoal não interessa a ninguém, muito menos a empresa em que trabalho e sou "apenas a analista de marketing" — usei o mesmo desdém na voz que Vinícius usou.

Virei-me e saí da sala, não deixando que ele dissesse mais nada sobre aquilo. Eu já havia sido menosprezada demais. 

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