Capítulo 11
Capítulo 11
15 dias para o Natal
— O que um dia após o outro na vida de uma pessoa não faz, né, amiga? — Mariah me perguntou, quando me viu sorrindo para todo cliente que passava pelo meu caixa.
— Pois é, amiga. Como diz o ditado: nada como um dia após o outro.
— Estou vendo. — Ela apontou para mim.
— Me senti uma idiota, mas como eu ia saber que o Caíque não era filho dele?
— Você devia ter perguntado.
— Ah, eu achei que estaria sendo muito intrometida perguntando sobre a vida dele logo de cara.
Mariah riu.
— É para você aprender a não fazer suposições sobre as pessoas.
— Afff... nem me fale e também eu podia ter escolhido ouvi-lo, mas eu pensei em escolher a mim e me preservar antes de dá-lo a chance de se explicar.
Minha amiga ia responder, mas viu que alguém chegava no meu caixa.
— Escolhas difíceis? — uma senhora com um sorriso amistoso me perguntou ao colocar suas compras no meu balcão.
Parei de conversar com a minha amiga, virei-me para ela e respondi:
— É a vida, né? Como dizem, é feita de escolhas. — Dei de ombros e sorri.
Comecei a passar suas compras até que passei um panetone e em seguida um chocotone, com isso ela mudou de assunto e me perguntou:
— Minha filha, qual você gosta mais?
— Eu gosto dos dois, mas prefiro o panetone.
Ela olhou para mim e pareceu se iluminar com a minha resposta.
— Boa escolha, menina, panetone não é muito mais gostoso? Meus netos não sabem o que é bom.
Sorri para ela.
— A senhora tem toda razão.
— Aí, toda vez que venho comprar, tenho que levar um de cada para agradar a todos, pois meus netinhos vão todos os dias tomar café comigo.
— A então a senhora deve ser uma excelente avó.
— Ah, eu amo a visita deles.
Enquanto empacotava as compras da senhora simpática, pensei que eu precisava ver mais a minha avó, apesar de que naquele mês por causa das festas a família vivia reunida na minha casa, então era o mês que eu sempre a via mais e certamente minha avó, assim como a minha mãe, assim que me visse me perguntaria sobre os namoradinhos e os bisnetinhos.
— Olha, minha filha, esse é presente para você. — A senhora me entregou um panetone antes que eu o colocasse na sacola. — Por você ser muito simpática.
Eu abri um sorriso encantada com o gesto e falei:
— Que linda! Como a senhora se chama?
— Madalena.
— Muito obrigada, dona Madalena, e espero que a senhora tenha um Natal maravilhoso.
Ela sorriu, terminei de empacotar suas comprar e após a senhora pagar, me agradeceu mais uma vez pela simpatia e eu a agradeci pelo presente, depois foi embora feliz.
Ah, o Natal...
Suspirei vendo-a ir embora.
Voltei-me novamente para o próximo cliente e era o Caíque com sua bolacha recheada.
— Olá, Caíque!
— Olá, você achou que meu tio Natan fosse meu pai? — logo perguntou e ele ria esfregando minha vergonha na minha cara.
— Olha, vocês dois me enganaram, pois nenhum dos dois em momento nenhum me disse que não eram pai e filho, aí eu fiquei confusa.
O mini Natan ria descaradamente de mim.
— Sempre disseram que eu sou a cara do tio Natan, mas a minha mãe também se parece com ele.
Pensei um pouco e realmente ele tinha razão, os dois tinham a mesma cor de cabelo e os olhos, além do sorriso amistoso.
— Bom, vamos dizer que eu fui um pouco boba.
— Só um pouquinho. — Ele juntou o polegar com o indicador, fazendo sinal de pouco. — Antes que eu esqueça, o tio Natan pediu para que eu te trouxesse isso. — Sorri e naquele momento depois que eu já tinha passado a vergonha de achar que Caíque era filho do Natan, o pequeno enganador chamava o tio de tio por diversas vezes. Peguei o papel que ele me entregava, junto com um embrulho.
— Obrigada. — Deixei o pacote de lado, cobrei sua bolacha e quando ia colocar em uma sacola, ele me parou.
— Não precisa de sacola não, vamos salvar o planeta com menos plásticos. Aprendi isso na escola ontem.
Olhei para ele e sorrindo falei:
— Olha, fiquei orgulhosa.
Ele pegou a bolacha e ia saindo quando eu o parei:
— Caíque, se você não é filho do Natan, então quer dizer que você não mora lá, né? — Ele balançou a cabeça em negativo.
— Moro aqui do ladinho e minha mãe tem uma loja de roupas ali,ó. — Apontou como se conseguisse ver.
— Ah, tá, fiquei preocupada achando que era longe.
— É bem pertinho.
Despreocupada me despedi dele, que riu e antes de se afastar falou um "até a noite" e eu acenei sem entender.
Abri o embrulho e dentro de uma pequena caixinha, tinham dois enfeites que pareciam de pendurar em árvore de Natal. Ambos eram feitos de resina com gliter e tinham formato de arara-azul. Fiquei olhando e não entendi o motivo daquele presente, então abri a carta que estava escrita a caneta e com a letra que eu pensava ser do Natan:
Olá, luz do meu Natal!
Continuo na empreitada de fazer você colecionar lembranças boas nessa época do ano, então vou usar agora algo que lembra muito o Natal, que é o filme Esqueceram de mim. Lembra que no filme ele ganha duas rolinhas que depois ele dá para a amiga? Então, eu escolhi te dar duas araras azuis, pois elas são aves que são parceiras para o resto da vida.
Fica a dica.
Beijo nessa sua boca linda.
Natan.
(vou terminar igual os homens terminavam as cartas românticas de antigamente)
SEU Natan.
Ps: quando terminar o expediente, veja seu celular.
Terminei de ler a carta rindo feito uma boba, depois peguei as araras na mão, fiquei olhando para elas e me perguntando: o que será que ele quis dizer? Será um convite para passarmos a vida juntos? Achava que sim e sorri com a constatação.
Terminei o expediente e peguei meu celular, nele tinha uma mensagem do Natan, que dizia para que quando eu saísse do mercado fosse para a sua casa e o encontrasse lá, que ele faria um jantar especial, então depois de me despedir de Mariah pedi um carro pelo aplicativo e fui para a casa dele novamente.
Quando cheguei em frente ao portão, pensei em tocar a campainha, mas me parei por um minuto e me lembrei imediatamente do momento em que estive ali antes e a minha vergonha tomou conta de mim, mas eu ri. Depois apertei a campainha, não demorou muito e Natan apareceu para me atender.
— Olá, minha linda. — Ele me abraçou forte.
— Olá, meu lindo.
— Vamos entrar, Elen está doida para te conhecer.
Parei.
— Ai que vergonha!
— Para com isso, ela já adora você.
Relutante passei pelo portão e a casa do Natan era um bonito sobrado. Passamos pela garagem até chegarmos até uma grande porta de madeira que dava para a sala. Assim que entrei Natan me apresentou a Elen que estava sentada no sofá e foi ao meu encontro, enquanto eu não sabia onde enfiar a minha cara, mas engoli minha vergonha, pedi desculpas pela cena que eu havia feito e aí me apresentei direito dessa vez. Caíque assim que me viu me abraçou e ele era uma criança muito carinhosa, eu já amava aquele menino.
Depois dos cumprimentos Natan me levou até o sofá que antes Elen estava sentada e a sua sala era grande e no formato retangular, era integrada com a cozinha, apenas separada por um balcão e pela mesa de jantar. Apesar de ser a casa de um homem solteiro, era tudo muito organizado e as paredes todas brancas davam um ar arejado a casa. Me sentei em um sofá de dois lugares, Natan sentou-se ao meu lado e de frente para mim estava Caíque e Elen, que logo começou a conversa perguntando:
— Então é você a mulher que tem feito o meu irmão sorrir? Porque ele era um chato.
— Se controla, Elen! — Natan chamou sua atenção, rindo.
Eu ri também e falei olhando para ele:
— Espero que seja eu.
— Claro que é você ou pode ser a minha ex. — Ele apontou para a irmã.
Todos riram.
— Vocês nunca vão me deixar esquecer disso, né?
— Não!
— Não!
— Não!
Os três responderam juntos e riram de mim mais uma vez, até que Natan se levantou e disse:
— Bom, eu vou começar a fazer a janta ou vai ficar tarde. Elen não coloca a Natália contra mim.
— Tio, posso te ajudar? — Caíque perguntou, animado para cozinhar.
Natan convencido falou que o sobrinho teria uma aula com o melhor chef de cozinha e os dois saíram, enquanto isso Elen nos serviu vinho e talvez por ser apenas os três ela se sentia à vontade na casa do irmão, assim entendi a roupa de dormir do outro dia. Ela era uma excelente pessoa, me contou que o pai do Caíque morreu um pouco depois dele nascer e Natan pegou para ele a responsabilidade de ser como um pai para o sobrinho, mesmo ela dizendo que ele não precisava fazer isso, Natan se sentiu responsável e assim era até aquele momento.
— Os dois se parecem muito e você não é a primeira que acha que são pai e filho, mas é a primeira que acha que eu sou a ex-mulher. — Ela riu alto.
— Vou levar essa vergonha para sempre.
Ela olhou para o irmão e viu que ele estava empolgado em uma explicação culinária que dava para o Caíque e então ela começou a falar baixo:
— Ficamos muito felizes que você apareceu, Natan está sozinho há muito tempo, desde que a sua namorada de anos, resolveu ir trabalhar em outro estado e excluiu completamente meu irmão da sua vida. — Ergui a minha sobrancelha admirada e ansiosa para saber mais sobre a história. — A princípio o combinado deles era o Natan ir depois morar com ela lá, mas em menos de um mês que a vaca estava na cidade nova, ligou e terminou o relacionamento por telefone. Ele ficou arrasado e nunca mais teve ninguém.
Dei um gole no meu vinho e perguntei:
— E quanto tempo faz isso?
— Vai fazer três anos nesse Natal. Foi no dia vinte e quatro de dezembro, ele ia viajar para passar o Natal com ela, quando a biscate ligou e terminou tudo. Depois disso os Natais dele foram miseráveis. Ah, inclusive, a família toda dela é daqui, é capaz até que você a conheça, Sofia é o nome dela.
— Imagino o quanto ele sofreu. Pelo nome não a conheço.
Assenti e não sabia como me sentir ao ouvir aquela informação. Pensei primeiro que Natan podia estar me usando para esquecer outra pessoa e o sentimento inicial não foi um que eu tivesse gostado, aí a irmã dele continuou a falar:
— Você não é a primeira mulher que Caíque tenta jogar para o tio, teve a professora, a motorista da Van e a moça que limpa a nossa casa. — Ela riu. — Sempre que Natan vinha para cá ou íamos até a casa dele, Caíque inventava uma dessas, pois dizia que o tio tinha que casar para dar primos a ele, mas você foi a única que Natan realmente se interessou e estamos muito felizes com isso.
Sorri para ela e olhei para a cozinha onde ele estava explicando algo para Caíque.
— Não imagino o motivo dele ter se interessado.
— Meu irmão sabe, e com certeza ele viu em você a felicidade, pois faz uma semana que vejo ele de bom-humor. — Eu ri, mas estava com medo.
O olhei e da cozinha ele piscou para mim e sorriu, acertando diretamente no meu coração.
— Tenho certeza que ele teve a mesma influência no meu humor.
O jantar foi maravilhoso, eles me contaram que desde muito cedo a família são apenas os dois, pois Natan e Elen perderam a mãe quando ele tinha apenas dezoito anos e ela dezesseis, já o pai eles nunca conheceram. A mãe deixou apenas a casa em que Elen morava com Caíque e Natan sustentou a irmã por muito tempo, com trabalhos temporários que arrumava e com custo contou que fez faculdade de Educação Física. Os dois também me contaram que quando Elen se casou e Caíque nasceu, foi a alegria de todos e depois que Elen ficou viúva o laço entre os dois se estreitou ainda mais, pois mesmo morando em cidades diferentes por causa da profissão do Natan quando ele passou no concurso, eles ainda eram próximos.
Eles não falavam do passado com tristeza e sim como se tudo que aconteceu fosse o que fortaleceu o carinho que os unia e eu os admirava por isso.
Caíque ficou o jantar inteiro me perguntando sobre como era o Natal na minha família, o tamanho da minha árvore, se tinha mais crianças e eu ria da carinha dele quando o contava que enfeitávamos a casa até demais, que todo mundo falava de uma vez só e era uma loucura, os olhinhos dele brilhavam e ele até se convidou para passar o Natal comigo, mas foi repreendido pela mãe.
No jantar eu ri muito, me senti acolhida e era como se eu já fizesse parte da família, ao mesmo tempo tentava me manter com os pés no chão e pensar que Natan e eu não tínhamos nada sério, tínhamos acabado de nos conhecer e parecia que tudo estava indo rápido demais.
— Bom, vamos indo — Elen falou, quando já estávamos na sala e já tínhamos limpado toda a cozinha juntos.
— Está cedo — Natan falou.
— Já é quase meia-noite e para mim e para esse mocinho aqui, já passou da hora. — Elen puxou o filho para perto.
Caíque reclamou querendo ficar, só que já estava caindo de sono, então ambos se despediram de nós, Elen pediu para que eu cuidasse do seu irmão e disse que tinha gostado muito de mim, como eu disse o mesmo para ela.
Natan os levou até o portão, o vi se despedir com carinho e ouvi quando Elen falou para ele não estragar tudo, que estava aprovada (acho que era de mim que ela falava) e que só dependia dele, em resposta Natan sorriu.
Depois de fechar o portão e voltar para mim, me puxou para um abraço e falou com o queixo apoiado na minha cabeça:
— Minha família já te ama mais que a mim. — Eu sorri de encontro ao seu peito.
— Impossível, eles te amam incondicionalmente.
Ele ergueu meu rosto para ele, me beijou e quando nos separamos, falei:
— Natan, preciso ir embora também.
Com um sorriso faceiro me perguntou:
— Não quer conhecer meu quarto?
Abri um sorriso largo para ele.
— Nem pensar, vim direto do serviço, inclusive você nem me avisou que sua irmã estaria aqui ou eu teria ido em casa me arrumar e não teria vindo com o uniforme do mercado.
— Sua bunda fica linda nessa calça social.
— Natan! — Dei um tapa nele e ele riu.
— Sabe, depois do seu sorriso, o que me chamou atenção na primeira vez que te vi foi sua bunda redonda, nessa calça apertada. Me conquistou no momento em que você se virou para colocar as coisas na sacola.
— Meu Deus, seu tarado!
— Tô brincando, mas é verdade.
Gargalhei e dei mais um tapa de leve nele, que me puxou para mais um beijo.
— Vem, quero te mostrar meu quarto — falou, quando nos separamos do beijo e sem esperar a minha resposta me guiou de mãos dadas, pelo corredor que dava em seu quarto.
Chegamos em frente à porta do quarto, ele parou antes de abri-la e disse:
— Hoje faz dez dias que nos conhecemos. — Juntei as sobrancelhas sem entender e ele continuou: — E eu... estou... — Engoliu em seco. — Entra. — Ele parecia nervoso e abriu a porta para mim.
Entrei no quarto e imediatamente levei as mãos a boca, pois em cima da cama que estava coberta com uma colcha branca, pétalas de rosas formavam a frase:
"Quer namorar comigo?"
Ele foi até a TV, apertou o play e Jorge e Mateus começou a cantar O que é que tem. Engoli em seco sentindo meu coração acelerado e parecia um filme. Virei-me para ele e Natan estava encostado ao batente da porta e segurava uma rosa. Lindo!
— E aí, quer namorar comigo?
Sorri para a sua carinha pidona, fechei meus olhos me sentindo completamente tomada pelo momento e soltei o ar, depois a passos rápidos andei até ele, o abracei e perguntei:
— Você tem certeza?
— Absoluta certeza — sussurrou no meu ouvido, fazendo todos os pelos do meu corpo se arrepiarem.
— Ai, Natan... Quero... Claro que quero!
— Você tem feito uma grande diferença na minha vida.
Natan me olhou nos olhos, depois os fechou, passou seu lábio devagar nos meus e em seguida me beijou com a língua invadindo minha boca como se me beijar fosse algo que ele quisesse muito. Ele separou-se do beijo, me olhou e depois me abraçou e quem tocava na TV naquele momento era Matheus e Kauan, Pedacim de Noite, e ele começou a cantar baixinho no meu ouvido:
Eu sei, você deixou bem claro
Que era só mais um encontro avulso
Ninguém aqui queria sentimento
Mas a gente mandou bem no escuro
Como é que eu vou, se eu quero ficar?
Como é que fico, se eu preciso ir?
Me diz, como é que eu vou me levantar dessa cama e sair?
Se o problema dorme aqui
Se o problema dorme aqui
Bastou um pedacim de noite pra me apaixonar
'Cê fez amor de um jeito que eu vou, mas vou voltar
'Tô passando aí, perdoa a minha falta de atenção
Esqueci meu coração...
— Você apareceu para ser luz na minha vida — falou.
— E você na minha.
Eu ainda estava abraçada a ele, feliz com o momento e completamente apaixonada por aquele homem romântico que estava mudando a minha vida, mas bem no fundo do meu coração eu desconfiava que aquilo não era real e a história dele com a ex-namorada martelava no meu pensamento, mesmo eu tentando colocá-la em baixo de todos os momentos felizes que eu estava vivendo, porém, era inevitável pensar que ele também tinha seus traumas, medos e receios com aquela data que estávamos vivendo... o bendito Natal. E eu me perguntava: por que Natan não me contou? Eu me abri com ele e ele podia ter feito o mesmo e não fez, talvez porque a ex ainda tinha um espaço no seu coração e para ele falar do assunto fosse difícil.
— Você ficou estranha.
Me afastei do seu abraço.
— Espera, Natan... Eu gosto de você... muito. E por isso, antes de começarmos algo eu preciso saber tudo para que nada fique entre nós.
Ele me olhou apreensivo.
— Claro, o que você quer saber?
— Sua irmã me contou sobre a sua ex, que terminou com você... no Natal. Eu entendo o que você sentiu, pois vivi algo parecido e te contei, além de eu ter te contado todas as minhas ressalvas sobre essa data e você mesmo ouvindo tudo que aconteceu com o meu ex e depois de ouvir todos os meus traumas com essa época do ano, mesmo assim não me disse nada. Por quê?
Ele ficou me olhando com cara de criança que é pega fazendo arte, mas falou:
— Elen é uma fofoqueira — Soltou o ar. — mas foi bom ela contar para você, porque eu também não quero que fique nada entre nós. Eu sofri muito pela Sofia e assim como acontece com você essa época para mim não era uma época feliz, mas quando eu te vi no mercado, sorrindo e dizendo que amava as tradições natalinas, eu me apaixonei de imediato. — Ele sorriu. — Senti que você poderia tirar de mim a angustia que eu sentia quando chegava dezembro.
— Hum... Você pensou em me usar como um apoio.
— Não! Eu queria você. Quando te conheci melhor, você mudou a minha vida e assim que você chegou, tudo que eu senti antes ficou tão pequeno e se transformou em nada. — Ele deu de ombros. — Talvez por isso não contei, é como se nunca tivesse acontecido.
— Hum... — foi o que eu consegui responder.
— Eu juro, Naty, depois que você apareceu na minha vida, não restou mais nada dela. Absolutamente nada... Acredita em mim.
Fiquei o olhando com o rosto sério, depois assenti e parecendo aliviado ele me puxou para um beijo. Eu acreditava no Natan, senti verdade no que ele me falou, mas o problema era que eu não confiava em dezembro, nada dava certo tão fácil assim na minha vida naquele mês e eu sentia que com o Natan não seria diferente e já estava esperando algo de ruim acontecer.
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