Traição tem perdão ?
Em sua sala Charles recebe uma ligação do departamento de polícia. Ao fundo se escuta a Banda Scorpions " Your pride has built, a waal , so Strong. That I Can't get througb". Ele balbuciou algumas palavras , cantando o refrão. Saber que Allison foi atropelada, arrepiou sua nuca. Um fio de saliva escorreu em seu lábios, saboreando , fazendo o inclinar a cabeça e limpar a saliva:
" Sinto muito " respondeu ele , sentando em sua cadeira. Uma memória vaga da sua adolescência se passou em sua mente . "Alisson compelia o seu olhar durante a aula. O interesse entre os dois eram óbvios. ' Maldito dia que a levei para aquela casa" pensou. Um sentimento de perda o assombrou, então desligou o telefone. Aquela ligação ia ficar guardada até retomarem as investigações.
Carmella prestava atenção na aula , atrás um vulto a encarava. Incomodada ela virou sua cabeça rapidamente, Fred a fitava sem piscar os olhos, como uma serpente arquitetando o bote, avessa continuou suas anotações. Ambos não se gostavam, a partir da noite de ontem, Fred começou a gostar menos. Caminhando até o refeitório sem Steve do lado, aproximação demais a sufocava. O barulho era ameno no corredor. Só conseguia escutar seus passos, um aluno em disparada, quase a levou junto, derrubando os livros apoiados em seu braço. Agachou para recolher. Faltando apenas um para pegar , repentinamente um pé que calçava um all star sujo pisou em sua mão. Uma onde de dor intensa correu pelas raízes de seus dentes. Com um olhar malicioso Fred prosseguiu colocando toda sua força em seus pés. Com um grito abafado de dor dela, ele parou de pisar. Ela então o olhou, assim que você olhar na face do mal, o mal estará te olhando de volta.
- Você enlouqueceu- Disse Carmella, com os dois braços apoiados no chão, apesar de um está mancando, tentou se equilibrar.
Então ele se aproximou mais, em tom ameaçador disse:
- Preste bem atenção. Se você inventar outra história para investigadora, não sei o que vai te acontecer- Exclamou Fred, borbulhando de raiva.
Limpando a sujeira do tênis dele nos fundilhos da sua calça , colocou o livro dentro de sua bolsa.
- Eu não sei o porque da mentira, e também pouco me interessa saber- Prosseguiu sem desviar o olhar dela.
Um momento de raiva a deixou vermelha, com vontade de ir para cima e enche-lo de porrada., porém segurou seus instintos, por saber até onde iria aquela história. Tinha consciência da sua mentira de afugentar seu porre no acampamento, a alternativa que achou para não dedurar o grupinho da amizade.
- Você é um babaca, sabe disso né? Agora agredir uma mulher o torna um covarde-Com seus braços descarnados , se virou para dá um tapa, porém foi impedida, com a aproximação sentiu a aspereza de suas mãos.
- Até o momento não te agredi, deixa para a próxima mentira, assim faço bem pior- Disse já virando as costas para prosseguir.
Ela de um riso histérico, por notar a ausência de alunos .Sua expressão até então de medo, mudou para de deboche.
- Realmente você é um idiota! Ao que eu me lembre , você sumiu. Deixe-me adivinhar, estava dormindo? Correto - Em tom exclamativo arqueou a sobrancelha.
Fazendo-o recuar, observou seus dentes brancos e perfeitos, além das covinhas em sua bochecha. O toque de Carmella o confundiu.
- E parece que anda dormindo ainda- Ela prosseguiu o advertindo- Acordado para algumas mentiras, e ainda no pesadelo de outras. Ah Fredzinho !!! eu não queria ser você.
- Como assim, não entendi- Perguntou ele. Franzindo a testa.
- Arquibancada, que tal ? depois da saída. Vai lá. Claro se não for dormir- Rindo ela esbarrou no seu braço para liberar a passagem, a dor em sua mão tinha passado.
Fred ficou paralisado por um momento, um emaranhado de ideias o apossou. Lucy o acompanhava até a metade do caminho , os dois moram próximos " Semana passada ela ficou com meu caderno , só lembrei quando nos separamos, fui até a casa de Lucy , chegando em sua casa ela não estava" Pensou ele, o pai dela tinha sido ríspido, desde daquele momento sabia que não foi aprovado como genro. O sinal de volta para sala tocou.
O sol no horizonte esquentava os bancos de madeira na arquibancada, fazia um verão lindo na cidade, ótimo para ficar passeando sem rumo, visitando alguns pontos da cidade. Não para Frederico, seus dias tinha estavam sendo péssimos. Lucy pegou em sua mão e os dois prosseguiam na avenida, o caminho inteiro sem trocar uma palavra. Apesar da pouca maquiagem, ela se arrumou mais que o normal. Fred percebia o quanto é atraente . Carmella tinha uma beleza embora muito da arrogante, entretanto Lucy emanava energia positiva, sua pele mesmo no verão permanecia lisa como folhas verdes com pingos de chuva, seus olhos em plena na luz do dia lembrava ao céu escuro em uma noite cheia de estrelas. Ele a evitava olhar, mas suas formas, seu modo de expressar , seus pensamentos encontrava-se impregnado por suas qualidade.
Depois de percorrer alguns quarteirões se despediram. Suas bocas se encontraram, fazendo-o sentir a doce fragrância de seus lábios.
Prosseguiu seu caminho ainda sentindo o beijo. Lançou um olhar em direção a residência, virando –se , duas pessoas passavam na calçada e riam dele, os rostos era semelhantes, talvez alunos. Afastou o pensamento de ter sido o motivo das risadas e escuta : " Arquibancada Babaca " entre a conversar " Ele vai dormir " Agora as gargalhadas vinha do jardim da casa. Ele fechou os olhos, quando os abriu, estava na esquina da arquibancada. Nenhum treinamento acontecia ali , tudo deserto, só o ecoar do vento batendo nos grandes postes que acendia as luzes de noite no campo. O espaço tinha quase 100 metros de comprimento por 80 de largura, acontecia muitas atividades, embora Fred não participasse de nenhuma. A arquibancada de madeira, ocupava um ótimo espaço, entre os vãos da plataforma, podia avistar alguns alunos que por debaixo dali, cometia suas primeiras relações amorosas.
Debaixo da grande pilha de madeira o pó irritou seus olhos, foi andando , tocando os pilares que segurava todos alunos em uma partida, embora aquele dia não estivesse ninguém , pisou na grama seca- seca por causa de muitos deitarem sobre a superfície- Não parecia ter ninguém, dentro de alguns minutos avistou Jhoel, com uma jaqueta preta estilo rock n roll , sentiu uma sensação fria na barriga, pensou em uma formas de gelo lá dentro. Logo mais Lucy chegou, com sua mochila nas costas, ela não parecia tão bonita aqui em baixo com ele. Então se escondeu no grande pilar de madeira, observando a intimidade que um lugar escondido proporcionava. Notou que conversavam, seu amigo parecia um palhaço pelos seus gestos. Um maldito palhaço malvado estilo Pennywise. " nunca a vi sorrir tão escandalosamente ao meu lado, que cena triste Lucy, seu olhar apaixonado pelo vilão e não o mocinho " repetiu essa frase em seus pensamentos.
Passou algum tempo os dois ficaram ali sentando sobre um pano xadrez , que remetia a um piquenique de namorados, em poucos minutos Lucy tinha feito o que em uma semana evitou fazer com o bobo da corte chamado " Frederico Gutierrez " , embora a felicidade se definia só naquele momento, pois a noite em seu travesseiro o vazio a consumia.
- É tão estranho tudo isso- Disse ela adorando a face de Jhoel.
-Estranho é você está linda todo dia- Respondeu ele, tocando em seu rosto.
Então se beijaram , ela se entregou na primeira tentativa, sem a menor chance de luta.
De repente Fred se sentiu exausto, levantou um pouco a sobrancelha para afastar a emoção. Sentou –se na grama, vencido pela tristeza " fui feliz sem motivo, Carmella estava certa fui um babaca" pensou . Seus olhos encheram-se de lágrimas , afastou as lágrimas de seu rosto e as jogou no chão. Colocou-se de pé em direção ao casal, marchando em direção ao alvo, sua fisionomia mudou parecia está maior, seu pulmão encheu de ar, mas não podia continuar essa guerra machucado, mudou a rota e seguiu o caminho de sua casa.
O pai de Lucy tinha acabado de fechar as cortinas , o sol se punha trazendo o enegrecer. Subiu até seu quarto . Adormecendo pelo efeito de cansaço que seus remédios causava, sua filha se preocupava a cada dia mais . Em seu rádio portátil tocava Glory of love " I don't want to lose you, I could never make it alone". No andar de cima dava para escutar os murros na porta de entrada. Lucy se levantou, sentindo o chão frio, descendo as escadas quase tropeça em um dos degraus. Sentia a falta de um olho mágico para avisar sobre visitas indesejadas. Uma pequeno círculo com fiapos de madeira quebrada que anunciava quem estava do outro lado, mas no escuro não adiantava.
- Meu Deus Fred, essa hora- Disse ela, com um olhar fulminante.
- Talvez não fosse o que você esperava- Respondeu Fred , abrindo espaço para entrar.
- Acho melhor não- Colocou o braço sobre a porta – Meu pai não sabe sobre nós dois.
- E nem iria saber né? - Interrompeu Fred, voltando para a varanda- Digo que você não pretendia contar. Sabe Porque?
- É que.. – Ela tentou prosseguir sem saber a forma correta.
- Deixa que eu respondo Lucy. Talvez estivesse ocupada demais após as aulas. Talvez porque estivesse lendo traições nos seus livros ? ou Talvez Lucy o papo com Jhoel a distrai muito? a ponto de esquecer sobre nós-Fred a encarava, prometendo para si mesmo não mostrar fraqueza. Tarde demais. As lágrimas escorriam no seu rosto , como uma represa que se rompe.
O equilíbrio não fazia parte daquela cena, um era a vítima e outro o criminoso.
- Fred eu posso explicar- Ela tentou segurar seu rosto para limpar suas lágrimas. Até então uma cena daquelas só foi lida e não presenciada.
- Explicar o quê ? Ou o por que não me ama ? - Ele indagou o choro , parecendo uma criança balbuciando- Você parecia tão feliz Lucy , fazendo o errado. Vi você nua pela primeira vez , sem seus disfarces, sem a sua encenação. Você destrói tudo que toca.
O vento uivava trazendo mais dor, apesar de encara-lo, queria está cega aquele momento. Só conseguia pronunciar uma frase:
- Me desculpa-Seus olhos se mantinham seco, fazendo pouco caso do rio que a molhava.
- Eu não consigo- Fred então virou de costas seguindo seu rumo.
Aquela noite de tom mais negro, encobriu a face dela. Todos temos segredos para esconder procuramos a melhor forma para esconde-los. Acontece que ninguém consegue ser feliz enganando outra pessoa, todo começo tem um gosto doce, mas é no decorrer das repetições que sentimos o amargo.
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