O acampamento
Pessoal o capitulo contém mais de 20 páginas, então ainda vai ter continuação.
Boa leitura !
O destino juntou os cincos passarinhos a voar naquele instante sobre o nevoeiro da montanha cristal, aquele voo tinha como partida o tenebroso oceano.
Trance terminara de colocar suas botas coturno com salto, que a deixava com postura ereta e mais alta. Vestida com um jeans desbotado azul, camiseta com final desalinhado e manchado, arrumava sua mochila colocando pouca coisa. Travon esperava do lado de fora, um sujeito calado que planejava suas ações meticulosamente, com uma expressão fechada intimidava Trance, que sentia calafrios quando não atendia a suas expectativas. A cada dia o tornava mais próximo de seus problemas. Apressada para não se atrasar ligeiramente desceu do seu quarto, se deparando com o tom agressivo do seu pai ao falar com sua mãe. Gracy mãe de Trance , é uma pessoa que sofria de câncer, a doença afetou sua família. Enquanto definhava lentamente, trazia sua família inteira a beira do abismo, sempre rude com sua filha, a doença a fez piorar. Seu seu pai Cutty um narcisista nato veio de família alemã, apático com a situação de sua esposa, sua bipolaridade atingia sua filha negativamente.
- Aonde anda arrumando essas roupas ? Tá andando igual uma vagabunda modernista- Disse cuspindo no tapete da sala. Um hábito que irritava-a.
- Tenho ajudados alguns colegas com dever de casa e recebo por isso- Bradou ela.
- Tem só feito só ajudar ou outros favorzinho ? Você nunca foi boa em nota - Respondeu em tom irônico.
- Pai, o que?
- Se por acaso eu receber reclamação da sua conduta escolar Trance, ouça, queimo todas suas roupas nova- A fitava com desprezo. Cuspindo mais uma vez, dessa vez um catarro cinzento.
- Tenho tirado notas boas pai, o senhor verificou meu boletim ?
-Sim olhei por isso você está indo hoje a esse acampamento e não quero uma reclamação- Embora tenha jogado o boletim sem olhar, sabia que tinha que se preocupar com outras coisas, fora a nota.
- E a mamãe, está melhor? -Seus olhos enchia-se de lágrima.
- Ela está na cama, está sozinha como impôs- Com a voz tremula, virou os olhos em outra direção.
- Você está dormindo aqui na sala e deixando ela sozinha?
-Sim
- A mamãe está sozinha num quarto escuro, isso não se faz pai. Balbuciando retrucou.
- Não tenho culpa, ela que pediu.
- É, o senhor é livre de culpas. Saiu repentinamente imaginando que sua mãe não dormia com eles pelos seus modos de porco .
Travon impaciente chamou " Eae Trance, vamos logo " e saíram . As folhas ressecadas no chão, uma trilha que ia até a escola central. Os dois Planejava como levar ele sem ser visto, sendo que não são da mesma turma.
Os alunos aos poucos se reunia com mochilas feito alpinistas , a espera do ônibus. Carmela avistou Jhoel e Steve e se escondeu por entre as árvores, evitava contato com os babacas da turma. Lucy tinha chegado, vestindo uma blusa de manga longa de cor pastel, saia preta e fivela do cinto em formato em V , calçava all star cano alto da cor cinza, carregando um romance de King- Carrie White, para ler durante o percurso. Jhoeu a avistou e foi cumprimentar com um sorriso no rosto, ficando visível suas covinhas .
- Eae Lucy, não te vi ontem- Depois que Fred não teve êxito ele começou a nota-la.
- Eu estava na aula de ontem, porém pondo alguns trabalhos em ordem. Conseguia ver sua imagem refletir no seu olho de cor preto.
- Entendo, soube da proposta nova ? A professora não vai usar as casa de madeiras e sim as barracas que a escola forneceu . Maliciosamente respondeu, sem notar que mordeu os lábios.
- Bacana! uma barraca para cada pessoa? – Perguntou Lucy.
-Não , vamos ter que dividir a barraca com quatro pessoas.
- E caso eu não querer ? Isso não deve ser imposto sem uma votação.
-Ouvi dizer que falta alguns detalhes para as casas de madeira ficar pronta, ou seja, é uma obrigação as barracas-Respondeu sem graça.
- Ruim vai ser formar grupos semelhantes. Indagou ela.
- Está sujeito a sorteio, tipo aqueles bingos de casa de idosos-Disse em tom irônico.
- Suas comparações são sempre subjetivas assim ? -com a metade de um sorriso, olhou ao redor , procurando uma saída para as piadas dele.
- Oh desculpa, não quis ser interpretado mal, é que quando falamos com uma menina tão inteligente, nos atolamos em palavras-Esse momento ele a encarou sem desviar os olhos.
- Então , Frederico sempre atrasado- mudou o assunto, prosseguindo: Talvez eu faça par com ele não é .
- Vai ser grupos divididos pelo gênero- Com um tom mais sério a respondeu.
- Bom, vamos lá que já estás tendo o sorteio.
Contra o relógio mais uma vez, andava a passos largos, já sem esperanças de chegar a tempo, mirava o relógio em minuto a minuto. Avistava o transito parado pela primeira vez na travessa da General, embora fosse uma bagunça os semáforos. Seguiu pela calçada notou algumas peças de carro espalhadas na avenida.
Muito falatório , as pessoas olhavam curiosas, ambulância não havia chegado ao local. Atônito ao ver sangue molhando o asfalto seco, escutou uma mulher lamuriando de dor. Se aproximando dos carros que se formava em um, avistou uma cabeça enterrada no para brisa, cabelos loiros manchado de um vermelho viscoso , o liquido descia pela lataria chegando ao motor e queimando feito larva num vulcão em erupção.
Seus olhos ficou aberto olhando em linha resta sem piscar, para dentro da casa velha. Aquela cena cheirava a morte, algo podre expelia no ar, como carne humana sendo assada. A temperatura quente queimava sua pele, de costume o lugar é mórbido e gélido , era como se a casa se alimentava do acidente. Olhando a fundo no jardim da casa, a porta estava escancarada. Fred esfregou os olhos na incerteza, quando os abriu, o portão de ferro tinha se aberto, aquele lugar estava aceso, o calor do inferno vinha dali de dentro. Saiu correndo, com uma a sensação de alguém observando-o
Ao chegar encontra Jhoel e Steve junto a Lucy e Trance, com Travon sendo a sombra, explica sobre a barraca e suas divisões , e por sorte tinha caído na barraca dele e de Steve. Lucy ia ter que dividir a barraca com Carmela, Trance e Nancy, apesar de falar somente o necessário com as meninas. Trance parecia feliz com o grupo que se formou, pensando em modernizar as atitudes ultrapassada delas . Apesar da turma ser nova, culpa do conselho estudantil embaralhar os alunos, uma ideia para acabar com os supostos gangsters que povoava os jardins da escola. O passeio servia para socializar os jovens do primeiro ano letivo, com toda essa confusão Travon passou despercebido.
A viagem a floresta foi tranquila, tomando caminho o transporte seguiu pela estrada que serpenteava em torno do Lago Lake, dentro do ônibus Frederico observa os grandes pinheiros" aproximação com Lucy ia ser inevitável" pensou. O ônibus Fez uma curva final e parou na rota 76, mochilas nas costas entre vozes e cochichos, a professora Luti guiava por uma trilha de cascalho, ao lado de grandes arvores verdes formando uma sintonia de cores com o céu. As montanhas desaparecia sobre os arvoredos de bétula, através de uma pequena moita de arbusto as correntezas se podia ver as correntezas do lago.
Atrás de uma moita, um espaço com mato cortado formando um círculo, com quase 13 metros de diâmetro. Fazendo fronteira com uma vegetação muito densa. Continha algumas casa feitas de madeira velha. Uma placa com " Bem vindo ao acampamento Cristal Lake " com tinta meio desgastada, encravada na grama lamacenta. Adiante o terreno se inclinava para baixo , próximo as margens do lago que corria tranquilo, como se imerso em sono profundo. As casa que abrigava os alunos estavam empoeiradas, com equipamentos das obras impedindo a entrada, o vandalismo foi notável ao grupo, alguns pontos queimados no mato. " Meu Deus" Fred pensou, o acampamento remetia algo diferente da primavera passada, a atmosfera ficou sombria depois do ocorrido. Desde que chegou o suor lhe escorria pelo corpo , atraindo insetos, moscas ao seu redor, e seus colegas perceberam.
A senhora Luti organizou-os por grupos acompanhada do diretor Grake, ensinando a montas as barracas. Travon abriu sua mochila ,mostrando a Trance garrafas de cervejas Matt 90, com uma expressão de satisfação, esconderam na barraca das meninas. Lucy percebeu o movimento ficando preocupada que poderia ter complicações.
Alguns meninos foi selecionado para procurar os galhos secos da fogueira, entre eles estava Jhoel, Travon e Steve. Fred ficou para ajudar na organização. Seguindo mata a dentro os meninos reclamava como o passeio fazia os ficar infantil, sendo que a sala se formava entre 15 e 16 anos de idade. Travon apareceu de súbito :
- Tenho alguns docinhos para as crianças se divertir- Disse ele.
- Não irmão, estamos sem grana para os docinhos que faz viajar- Responde Jhoel.
- Uma cerveja eu compro, estou com uns trocados- Acrescentou Steve.
- Seus pais não colocaram os docinhos para o bebe na lancheira? - perguntou Travon sendo irônico.
- Então a Senhora Luti sempre é a primeira a dormir, podemos ajudar ela a ter um sono melhor o que acham? - Desviou do sacarmos de Travon sobre seus pais, insinuando drogar os responsáveis.
- Estou dentro. Consentindo os dois.
Na barraca de Trance ela animava as demais, contando suas experiências com os meninos, Lucy se mantinha surpresa a cada história dita.
- Meninas eu digo que todas estamos no mesmo barco, é colegial não faculdade. Embora algumas estão velejando em águas calmas e outras em tempestade, porém somos comandantes do nosso navio e temos que fazer o que acharmos necessário.
Os pensamentos dela voltaram para sua mãe, que mesmo ela sendo a tempestade, é estimulante a sensação que prova sendo sem limites.
- Só de imaginar alguém na minha casa saber, estou ferrada. Disse Carmella, pensando que se tivesse essa coragem seu lado ríspido jamais existiria.
- Vou te ensinar alguns truques para ninguém descobri quando chegar chapada em casa. As meninas riram com seu modo de se expressar.
Nancy tinha hábitos diferentes, se esquivando de grupos, colocando seus fones de ouvidos, sua banda favorita The Doors "Women seem Wicked, When you're unwanted " música " people are strange" . Seu pai policial influenciou no gosto pelo rock, após morto seu seguia os mandamentos dele, a impedindo de socializar com pessoas da sua idade, entretanto no silêncio da sua casa ainda com ele vivo, roubava seus cigarros.
- Nesse mar estaremos em maré baixa, não se engane Transsey. Alertou Nancy.Saboreando o silêncio.
- Tirou o fone de ouvido amiga- Disse ela
- Não sou sua amiga. Restucou.
- Ok! Ok! Senhora Lilith , mas hoje o inferno não será seu. Eu que mando nas regras e quem quiser me acompanhar-Lançou um olhar até ela colocar de volta seus fones de ouvido. Tirou da mochila algumas cervejas e ofereceu a cada uma. A primeira a pegar foi Lucy, Carmella se conteve até que cedeu, havia uma profunda conexão entre elas.
As moscas continuaram a perseguir Fred, o zumbido tinia em seus ouvidos. O suor impregnado talvez fosse a causa imaginou, uma estranha sensação arrepiou suas costas. Chegando ao banheiro que mais parecia um vestiário, era enorme, o barulho da água ecoando sobre o chão liso, os bueiros deteriorados do tempo, ele adentrou. Um sobressalto sacudiu-lhes sua espinha, que o fez pensar no acidente mais cedo. Ligou a ducha escorreu de início água fria, fazendo seu corpo tremer. Com a temperatura agradável , a cabeça ligeiramente inclinada, sentiu a água cair em sua carne e escorrer. A roupa do roupeiro de aço , abriu fazendo um barulho estridente dentro da sala. Chuveiros se abriram sozinho e o barulho continuo de água caindo, o incomodou, imaginou que os meninos estavam tomando banho ao mesmo tempo. Devagar abaixou, atormentando com o silêncio, se encolheu com os joelhos apoiados no piso, a água batia feito um chicote , olhou curiosamente ente o vão para o banheiro ao lado, e tinha somente o fluido indo pelo ralo, não havia ninguém lá dentro a não ser ele.
Gotas escuras do tamanho de uma moeda pingou nos ladrilhos. Fred assustado destrancou a porta. O zunido dos refletores de luz queria ceder, abaixando a iluminação. Um cheiro forte de animal morto veio dos boxes. Seu corpo paralisou, sem sentir suas pernas veio à tona o odor de órgãos sendo queimados. Um nevoeiro se formou, por conta das janelas e portas trancadas. Ainda assim conseguia enxergar com os olhos emaranhados. A porta ao seu lado se abriu, a sombra de uma silhueta não humana se formou no chão, formando a figura de um anjo. Fred indagava seco o cheiro de enxofre entrando por suas nádegas. Olhando para baixo percebeu que a figura tinha duas patas que pisava em cima do liquido escuro, de pelos tão negros e grossos, as unhas apodrecidas de uma cor morta. Seu ouvido tampou , o ser se movimentava , em passos lentos , se aproximando mais da porta. As tentativas dele fechar os olhos era falha pela suas pupilas secas e dilatadas. A três passos da porta desapareceu. Retomando seus sentidos, ficou incrédulo , em estado vegetativo sem ter consciência do que tinha visto.
Continuação do capitulo ( Parte 2 )
Enquanto Jhoel organizava os galhos formando um círculo. A temperatura diminuía, a sombra do escurecer tomava conta da vegetação. Travon colocava os galhos em ordem.
- Depois que o Diretor e a professora for dormir , estou organizando a festa da barraca-Com um sorriso malicioso, disse Travon.
- Espero que durmam rápido. Responde Jhoel, gesticulando um movimento sexual – como a Carmela cresceu, até que criou uma bunda.
- Essa aposta é minha irmão, tira o olho-Disse Steve lançando um olhar furioso.
- A única que sobra é Nancy irmão, ali sem condições.
- Sorte a minha que já tenho uma garantida, mas você tem a Lucy, até que bonita!- Bradou Travon
- Ela está de lance com Fred, sem chances, apesar que não é nada fixo. Disse Jhoel, lembrando das curvas dela.
- Trance me falou que ela tem uma queda por você. Observou Travon
- Meu maninho chegou primeiro- Relutando contra as investidas de seus colegas.
- Qual é? É só uma noite, nada do que temer. Vamos chapar o Fred e depois disso só céu estrelado. A esse instante Trance deve está chapando as meninas.
- Verdade é só um acampamento. Com olhar malicioso para a cabana onde Lucy se encontrava.
Com a vista embaçada entre olhares com Trance, Lucy sorria desconfortável. A bebida liberou em seu corpo uma dose de saliência. Observar o olhar dela era hipnótico, a sua pupila fazia dilatou com o teor do álcool.
- Está vendo que uma bebida torna o lugar mais agradável, a não ser por nossa colega Nancy que não tira os fones de ouvidos-Observou Trance.
- Ela é assim, deixe a em paz, depois você dá algo mais forte , parta ela sair desse estado de transe-Respondeu Lucy, surpreendida com sua resposta.
- Olha o que a bebida está fazendo com nossa amiga, a deixando com a língua afiada- Responde Trance, assustada com a ousadia da colega.
- Acho que vou parar um pouco, já falamos besteiras demais.
- Vamos falar sobre meninos, parece ser um pouco mais leve-Rindo maliciosamente Carmella palpitou.
- Falar sobre meninos é um perigo, pensando bem podemos começar. Diga você Carmella, Entre Steve, Fred ou Jhoel, qual te chama atenção? -Observadora Trance sabia que a implicância por Fred, escondia um sentimento desprezado.
- deixe me pensa... -embora estivesse alcoolizada ainda conseguia conter seus impulsos- Steve e Jhoel parecem a mesma pessoa, corpos iguais e ideias iguais.
- Então oque te sobra é o Fred- Respondeu Lucy.
- Sem ciúmes Lucy, ainda não terminei-Encarou sua colega com olhar de desprezo- Fred não me impressiona, sempre vago, não é determinado, vive em outro mundo.
- Ele vive em um mundo melhor, sem machismo- Exclamou Lucy
- Engano seu querida, ele só está tentando pegar a menina desejada da escola.
- Que não difere muitos dos outros, digo que todos são parecidos, porém sempre tem uma qualidade que o outro não tem-Trance pensou com malicia em Travon e como os dois pegavam fogo em seu quarto e continuou: Um pênis grande, uma transa boa por exemplo e até um que presenteia com uma caixa em formato de coração de bombons.
- Os que dão caixa de bombom é para nos deixar gorda- Observa Carmella fazendo todas rirem, até Nancy que essa altura estava com o fone desligado.
- Sabe todos vão ter defeitos, só temos que escolher qual defeito conseguimos encarar melhor, o resto e bônus- Respondeu Lucy.
- Sim a Lucy está certa, e também não temos que ter a pretensão de só porque ficou, já tem que namorar, o mundo está mudando- Disse Trance com pulso firme.
- Então respondendo sua pergunta, eu ficaria com Steven- Ela pensou em responder Fred , porém estava fora de cogitação no momento.
- Eu ficaria com o Jhoel, embora o Fred tenha me beijado- Retrucou Lucy.
- A bebida realmente te deixou melhor senhora Lucy, daqui vai sair uma grande amizade- Diz Trance lançado lhe outro olhar de malicia.
- Então com seu discurso de mulher moderna, que diz que relações não é nada, quem te atrai mais Trance? Travon o vendedor de drogas que não é-Replicou Nancy.
O silencio se espalhou pelos dois metros da barraca, assim podendo ouvir pisos nos galhos do lado de fora, uma sombra rápida passou através da cor amarela do cubículo montado. Lucy pensou que pudesse ser um dos meninos escutando a conversa.
- Para o curioso que está ai do lado de fora, eu ficaria com o Jhoel e ainda chamaria a Lucy para participar- Embora assustadas todas caíram em gargalhada. Nancy fechou o semblante , e colocou os fones de ouvidos de volta.
- Isso aí Trance, e eu toparia-Afirmou Lucy, envergonhada de suas palavras. Não se importava mais a essa altura, aliás é uma forma de socializar.
- Melhor corta a bebida para a princesa, pois ela está esquecendo que a dieta dela é café e livros- Advertiu Carmella.
- E eu acho que você em breve fará par com a Nancy-Retruca Trance deixando a envergonhada.
- Vou parar, ainda temos que está sóbrias para a fogueira-Finalizou Lucy.
Elas se ergueram e foram para o meio da roda que se formava em frente as barracas. Ainda um pouco tonta Lucy notou a falta de Fred . De encontro com Joel perguntou se tinha visto o amigo e com gesto negativo ele respondeu. Sentou num tronco frio, com alguns pontos com lodo. Passou alguns minutos e a fumaça a fazia arfar com frequência.
Preocupada foi até a cabana dos rapazes. A atmosfera ficou negativa por um instante, ela recordou que essa sensação havia acontecido em alguma época da sua vida, dentro da casa velha inabitada, tentou afastar o déjá vu de seus pensamentos, visto que encontrava-se em uma floresta. Seu corpo arrepiou com a passagem até o abrigo de Fred, a sensação que alguém a observava.
Enquanto Lucy caminhava, um grupo avistava seus passos próximo aos arbustos, ao redor do acampamento, lançando um olhar perverso para os alunos, as suas sombras se misturava com a das árvores. Uma Fumaça saia da boca deles , formando uma névoa no ar.
Chegando na barraca encontrou Fred com os joelhos dobrados e abraçando-os, totalmente paralisado, seus cabelos pingava de tão molhados, ao tocar nele sua camiseta estava úmida, com um gélido que arrepiou seus braços. Ao virar-se para Lucy sua expressão triste a comoveu.
- Está acontecendo alguma coisa? Esperei você com o grupo. Estão esperando por você. Disse Lucy.
Ainda assustado com o acontecido no vestiário, só conseguia ouvir um zunido, chiando cada vez mais, deixando-o em estado de transe, embora lembrou vagamente do cenário horripilante.
- Fred fala comigo, estou ficando preocupada.
- Estou bem , obrigado -Respondeu ele, sem demonstra afeto.
- Você não se secou ainda, está todo molhado. Se aconteceu alguma coisa você tem que me dizer- Lucy avistou um casaco e o encobriu.
- Não aconteceu nada, estou bem-Pensou em contar, pois confiava em Lucy, mas lembrava vagamente- Sabe quando você caminha por uma estrada, em dia quente e de pés descalços?
- Não sei, nunca andei sem proteção.
- É assim que me sinto agora desprotegido, caminhando em uma zona morta, sobre pedras , com o asfalto quente-Engoliu seco a saliva, sua garganta estava áspera.
- Olha para mim. Eu vou passar de carro por essa estrada para tirar você-Ela tentou consola-lo mesmo sem entender sua mensagem .
- Obrigado Lucy, mas estou indisposto para o acampamento- Com os olhos lacrimejando respondeu.
- Alguma coisa que comeu ?
- Eu não comi nada- Respondeu começando a sentir seus dedos congelar.
- Onde você esteve que não comeu nada ainda?
- Eu não sei, só sei que uma boa parte dentro do banheiro.
- Desculpa, não estou entendendo nada- Disse Lucy confusa.
- Alguma coisa dentro do banheiro Lucy. Tem alguma coisa lá, não sei te explicar-Aterrorizado com a presença sinistra no banheiro, resolveu contar a ela.
- Como assim?- Se afastando meticulosamente dele.
- Você não entende, tem algo aqui na floresta- Os olhos dele arregalou, suas palavras saem pausadas.
- Do que você está falando Fred, o que tem aqui?- Lucy ficou apreensiva com seu tom, notou seu rosto pálido, pálpebras escuras, a sua fisionomia não parecia a mesma.
- E eu acho que está em mim, e com todos, agora !
Ao cair da noite o clima na floresta Lake permanecia álgido, grande parte dos galhos deteriorados pela névoa, rodeava o acampamento. O céu estrelado começou aparecer com nuvens escuras e pesadas , ameaçando trazer a chuva. As vozes dos alunos incomodava as visitas não convidadas, que se escondia ao redor, observando a reunião. Travon decidiu não participar enquanto os adultos estivem por lá, ficou em sua cabana, alucinando entre álcool e drogas, ficou tão chapado que não percebeu a falta de algumas substâncias. Trance ficou contente e assustada que a professora e o diretor foram os primeiros a sair da roda, colocando Jhoel como responsável.As meninas olhavam para ele rindo. Um a um foram indo dormir, somente restando o grupo disposto a aprontar.
- Caramba o tempo passou rápido, só eu que notei que a Senhora Lutti estava alegre e sonolenta demais junto com o diretor. Não me digam que você e o Travon conseguiu drogar os dois- Disse apontando para Trance.
- Cala a boca Jhoel, está querendo insinuar que drogamos eles ? – Respondeu Trance com um sorriso malicioso- íamos fazer, mas como se ver não deu tempo.
- Travon essa hora deve ter usado tudo também- Disse Steven, aproximando suas mão sobre as chamas.
- Homens como sempre sendo egoísta e ainda larga a coitada da namorada aqui- Retruca Carmella
- Ele não me deixou aqui Carmellinha. Também não estou muito preocupada, temos dois cavalheiros aqui-Em tom debochado respondeu.
- Claro , estamos aqui para cuidar das duas- Disse Jhoeul, olhando para os seios de Trance.
Com a fogueira emitindo o barulho de galho quebrando ao ser queimado, o calor encostava na pele macia de Trance, por um momento aquele lugar a fez esquecer dos problemas, seu psicológico seu uniu com a natureza, isso a reconectou com uma lembrança de uma casa velha que morou com seus pais. Ela tinha 10 anos e achava o lugar significou sinistro, luzes emitia durante a noite . " Aquela casa foi o começo da minha infância, meus pais começaram as discursões lá" pensou Trance.
- Meus pais falou que havia uma caverna aqui perto, visitei quando era pequeno- Jhoel recordou vagamente do lugar- era o abrigo de nossos ancestrais. Um buraco no teto feito de pedra se alinha com a lua.
- Quantos anos você tinha ?- Perguntou Trance.
- Você acredita que não me recordo, porém lembro o caminho.
- Fiquei sabendo que não tem mais visitas lá, por conta do suicídio de dois estudantes, segundo os instrutores, ás más línguas dizem que ambos foram assassinados. Alguns colegas relataram ter recebidos trotes durante o passeio- Disse Trance.
- Como assim ? Se aqui não tem sinal algum – Carmella interrompe, sem dá muita importância ela continua:
- Alegam ter visto um homem com aparência velha, vestindo um capuz preto. Investiguei alguns casos na região , exatamente esse bate com o acontecido em..- Tentando continuar foi interrompida por Jhoel.
- Pare !- Ele advertiu- Só vamos descobrir quando chegarmos lá, vocês topa ?- todos consentiram.
Parte final do Capitulo
As meninas levantam lentamente, seguindo os rapazes por uma trilha de cascalho, o nevoeiro tomando conta, fazendo curvas em torno dos Bosques, ali encontram alguns galhos queimados em decorrer do incêndio , vegetação pisada como se um caminhão que transportar gasolina tenha passado por ali. Mais adiante Trance encontra um galão de gasolina.
- Acho que os vândalos esqueceram no dia ou estão aqui querendo mais fogo- Disse Trance, erguendo o galão.
- Mal sabe eles que o fogo daqui é você- Exclama Jhoel.
- Agora não está aceso , está frio, se quiser se aproxima para esquentar- Mordendo os lábios respondeu Trance
- Só se for agora.
Agarrando a sua cintura , Jhoeul aproximou seu corpo com brutalidade. Agarrou os cabelos os puxando para baixo, aproximaram os lábios, as línguas se unem com leveza , Trance sentiu a boca dele ásperas. O movimento dos seus corpos se alisando, a excitação dele com o zíper da calça quase estourando, ela podia escutar a pulsação do toque, sentindo o latejar entre suas coxas. Steve e Carmela não ficam de fora e juntam seus lábios.
O silencio naquele lugar invadiu a barraca . Fred encontrava-se tranquilo, apesar do breu que se instalou. Ele chamou Lucy para verificar o que acontecia do lado de fora. Abriu devagar o zíper da barraca , olhou de canto a canto e não avistou ninguém , a fogueira tinha apagado, somente escuridão lá fora . A luz do vestiário acendeu , nenhum barulho saiu de lá dentro. Lucy ficou apavorada que todos sumiu, seu corpo voltava seu estado normal. Fred a pegou pelos braços e falou:
- está tudo bem, não precisa ficar apavorada.
- Fred eu estou com medo, ainda são 22:00 , o pessoal não deve ter dormido, temos que ir procurá-los-Respondeu ela.
- Lucy só tem uma luz acesa , que é a do banheiro, o resto dos abrigos estão apagados, e se for os alunos da cidade vizinha ?- O olhar de Lucy ficou atônito com a possibilidade de os vândalos estarem no acampamento.
- Temos que acorda a professora-Retrucou apreensiva.
- Não, e se o pessoal foi aproveitar em outro lugar, vocês estão com bebidas-Ele sentiu o aroma que saia da boca dela ao falar.
- É tem razão, só estou assustada, não pode ser nada, de qualquer forma preciso ir ao banheiro- Sua bexiga acumulou as cervejas a ponto de transborda.
Os dois caminharam até o banheiro, embora Lucy tremia, Fred não sabia distinguir se é por causa do frio ou do medo. Ele estava aquecido, embora não estivesse agasalhado, vestia somente uma regata esportiva. O banheiro continuo aceso, em passos ligeiros chegaram a porta , quando a luz se apaga tampando a visão do lugar. Ele acendeu a lanterna que clareou a porta de inox ,girou a maçaneta fria, adentrando no lugar, a porta emitiu um barulho atormentador, procurou o receptor para iluminar o lugar. Lucy ficou atrás dele , essa hora já não tremia, a bexiga cheia esquentou seu corpo. Nenhum som ali dentro, incomodou Fred, sentiu um gosto de sangue, provocado ao tentar sair dali algumas horas atrás.
- Parece que a temperatura aqui dentro está abaixo de zero- Observa Lucy , seus dentes tremia, fazendo eco no ambiente.
- Está quente ainda aqui dentro-Respondeu Fred.
- Você só pode está louco, vou ao banheiro
Saiu em disparada sem mais aguentar a dor que socava seu estomago.
Fred escutou som atormentado, ficou em alerta caso alguém ainda estivesse ali, apesar de não conseguir enxergar ninguém a sua vista. Lucy tentou abrir a porta porém se encontrava trancada, pensou que fosse o trinco enferrujado, empurrou o peso do seu corpo contra a porta para abrir , uma tentativa falha.
-Fred para de brincadeira-+disse em tom agressivo.
- Do que você está falando.
- A porra da porta trancada, abra por favor!- responde Lucy, lugares apertados a deixava aflita.
Quando ele avançou para abrir , o trinco se fundiu. Sentiu a presença de outras pessoas. Sua visão foi diminuindo, esfregou os olhos na tentativa de melhorar . Sua audição tampou , só conseguia escutar os gritos abafados de Lucy. Reflexo de dois corpos aparece diante dele . Tinham estatura média e vestia roupas escuras, com a visão turva não conseguiu discernir os desconhecidos.
- Quem são vocês? - Perguntou Fred- o que querem de mim?
- Você está preparado para está noite? -Disse uma voz, com tom rouco parecido com o dele.
- São os vândalos do Acampamento Fred? - Gritou Lucy, na esperança de alguém lá fora escutar oque acontecia.
O grupo se aproximou lentamente de Fred, ele sentiu o calor que os corpos emanava, parecia que vinham de um mar de larva .Ainda sem pode enxergar, entrou no banheiro ao lado do que se encontrava Lucy e o trancou.
- Escuta o que estou falando , vou passar pelo vão para os últimos banheiros , você vai atrás. É importante que seja rápida- Disse ele com a voz baixa.
- Isso é loucura. Temos que ir para os primeiros Fred, você quer nos matar?- Indagou Lucy, achando perigoso o plano.
- Isso vai embaralhar a cabeça dos dois , mas temos que ser rápidos-Quase sem conseguir pronunciar as palavras informou o plano.
- Eles vão nos matar-Com os olhos lacrimejando contestou- Isso é suicídio Frederico.
- O movimento deles são lentos , Confia em mim.
-Porque está falando no plural, sendo que só vejo um . Ela notava duas pernas parada , um pouco distante de sua porta.
- Acho que o meu está fora do seu campo de visão, talvez seja um plano, vamos !
Os dois se abaixaram ao mesmo tempo ,com as pernas e braços apoiados no chão molhado , foi seguindo para o banheiro seguinte, um atrás do outro. Lucy Indo com muita pressa olhou para trás e sua blusa agarrou um prego , impedindo-a de seguir a diante.
-Vamos Lucy- Chamou Fred preocupado.
-Alguma coisa está agarrando minha blusa- Desesperada usou toda sua força quase rompendo seu pulso.
- Tire a blusa.
Todas a portas começaram a ser socadas com força fazendo um barulho de um coral indígena. Dois chuveiros foi ligado, saindo um liquido viscoso , de um vermelho vivido, salpicando por todos metro quadrado, manchando as paredes e dando uma cor nova ao lugar, indo ralo abaixo.
- Que porra é essa , os chuveiros estão sendo ligados-Exclamou ela.
- Continue Lucy- Advertiu ele.
Fred parou antes de chegar aos últimos banheiros , olhou por debaixo da porta vendo se tinham sumido. Não avistou ninguém.
- Que porra é essa , isso é sang....
Antes que terminasse de pronunciar, todos os chuveiros jorraram sangue por todo lugar, espirrando no rosto de Lucy , a deixando enjoada com o banho, odor de ferro exalou em suas aberturas nasais.
- Abra a porta- Gritou Fred.
Naquele momento socou a porta, saindo de lá dentro. Lucy continuou trancada. Quando viu os dois vultos parado na saída, Fred deu um chute para destrancar Lucy , ele a pegou pelos braços- achava-se assustada e imóvel. Seguiu para os cômodos vazios, agachou em frente a parede. Todos os chuveiros ligaram, formando um lamaçal de sangue no ladrilho. Desroscou dois pregos que não se encontrava fixo no fundo falso da madeira , os dois enfim conseguiram sair. Do lado de fora respiraram o ar puro da vegetação, Lucy ao seu lado permanecia calada. Saíram correndo mata a dentro, sem olhar para trás do banheiro do inferno.
Enquanto se beijavam no imerso escuro da floresta , quatro sombras emergia na mata , observando seus alvos.
- Acho melhor seguirmos adiante, estou congelando- Disse Carmela, quando pequena seus pais a elogiava por sua intuição.
- Não estou te esquentando Linda- Retrucou Steve.
- Acho que ouvi alguém reclamando que não tem fogo por aí- Disse Jhoel, soltando suas mãos da cintura de Trance.
- Se quiser temos de sobra aqui-Rindo respondeu Trance.
- É Trance tem que ter fogo para administrar o Travon e o amante- Com tom irônico alfinetou a colega.
- Pois é Carmelita , tem umas que não aguenta um , então estou no lucro
Os risos fazia eco na floresta silenciosa. Prosseguiram pela trilha passando pela vegetação queimada ,a neblina cobria algumas partes do caminho. Durante percursor ouviram o estalo dos galhos secos, muitas pisadas ao mesmo tempo , assustando-os por um segundo, fazendo-os parar na trilha
- Vocês escutaram isso- Disse Trance quase cochichando.
- Deve ser algum animal- Steve respondeu, segurando Carmella pelo braço.
- O único animal daqui está conosco né meu lindo-Retrucou Carmela, rindo da própria piada, embora todos com semblante sério.
As pisadas continuaram se aproximando cada vez mais. Trance não conseguia reagir, suas pernas estava imóveis. Jhoel ficou na frente de todos, apesar de pensar em sair correndo. Carmela apertou a mão de Steven com uma força que ele deu um gemido. Os passos ia aumentando em direção ao grupo. Quando perceberam estarem mais pertos, começaram a correr sentindo ao acampamento. Trance tropeçou, sentindo o chão molhado, um pouco de lama salpicou no seu rosto a deixando desesperada, o cadarço de sua bota ficou preso na pedra , seus amigos não a perceberam cair e seguiram adiante. Quando Jhoel não notou sua presença , olhou para trás e não tinha ninguém. Logo começou a se desesperar. A trilha para a caverna tinha sumido, somente grandes arvoredos , eles estavam perdido na imensidão da natureza, a névoa começou a aumentar gradativamente.
-Não estou conseguindo enxergar nada, parem um minuto- Gritou Jhoel.
- Cara que porra está acontecendo?- Respondeu Steve Ofegante, inclinou-se para a trás, notando que o caminho para a caverna tinha desaparecido. – pegamos o caminho errado, saímos da trilha.
-Não saímos não, seguimos o mesmo -Respondeu Carmella.
- Cara cadê a Trance- Steven notou seu desaparecimento.
- Ela estava atrás de mim , quando olhei para trás , tinha sumido- Ficou paralisado ao olhar que atrás da Carmella , uma sombra preta, com olhos tão negros como a noite os encarava-Carmela corre sem olhar para trás- Adverte Jhoel.
Quando tentou virar ele a pegou pelo braço em movimento brusco, então saíram daquele pico da mata e desceram o declínio , já avistando o acampamento, tropeçando nos arbustos de espinhos que feriam seus rostos , escutaram a suas próprias vozes chamando-os.
Da encontro com a mata vazia, recuperando sua visão mesmo em meio ao nevoeiro, Fred parou ofegante encostando em um galho caído.
-Vamos parar eu não consigo mais -Disse com a voz abafada.
- Estou com medo de ficar parada, ainda sinto a presença deles por perto- Responde Lucy , embora dentro da floresta parecia ser melhor do que no acampamento.
- Eu sei, mas temos que voltar Lucy, podemos nos perder, não conheço o caminho, podemos nos perder- Adverti ele.
-Realmente quanto mais distante , menos chances de voltar- Disse ela.
- Você ainda consegue avistar as barracas?
- Ainda consigo , não estamos muito distante, parece que demos voltas em torno do mesmo lugar-A estranha sensação que percorreram o mesmo caminho varias vezes, tornou ao seu pensamento.
Desceram o declínio que mais parecia um desfiladeiro para a morte. Vozes ressoava do acampamento, faísca pelo ar da brasa em fogo caia sobre seus cabelos. Diante da fogueira se encontrava Lucy, Jhoel, Steve, Carmella. Perante as gargalhadas parecem nunca ter saído de perto da fogueira , aparentemente bêbados. Ele foi se aproximando, beliscando para acordar , se fosse um sonho. Seus amigos percebeu seu estado , notaram um respingo de sangue próximo a sua boca.
- Cara o que aconteceu com você?- Olhava Jhoel assustado.
A pergunta dele abriu um silêncio na atmosfera, os sons retomaram neste plano, ficou imóvel alguns minutos sem responder, observando cada um naquela cena, sentiu falta da dona de Trance.
- Cadê a Trance ?- Perguntou a Jhoel.
- Deve ter ido curtir com Travon, ainda pedimos para ir te chamar. A vadia deve ter esquecido-Respondeu Jhoeul.
Lucy fitava Fred , se esquivando de Jhoel. Ele notará a proximidade que os corpos se encontravam.
- Vocês saíram daqui algum minuto ?- Pergunta Fred, ainda acordando do estado de transe.
- Fomos a caverna , ou melhor tentamos, porém ficamos com medo de nós perder- Respondeu Carmela medindo-o.
Lucy então se levanta e toca o rosto dele com as mãos frias , porém tão macias, o tocava delicadamente, ele se esquiva sentido o frio se instala em sua pele.
- Pronto, agora está bem melhor, sem o aspecto de vilão- Disse ela, esfregando o sangue em sua blusa, com uma risada de canto.
- Obrigado! – Agradeceu Fred ainda confuso.
O amanhecer no acampamento é belo, pássaros cantando , folhas absorvendo a umidade da neblina. O som da sirene acordou Fred no susto, ainda desconexo com a noite passada. Olhou o relógio de bolso que não desgrudava desde pequeno. Saiu do canto onde dormia, arrepiado com o frio daquela manhã . Avistou o pai de Trance desesperado , conversando em tom agressivo com os policiais. Um sujeito de porte pequeno, expressão enrugada , com um tom rústico ao falar. Jhoel estava com a mochila nas costas andando de um lado para o outro, Steve tentava acalma-lo. Lucy veio diante dele, não parecia tão bem disposta aquela manhã, porém com um sorriso sem jeito ao vê-lo.
- Você também acordou com a sirene né ? - Ela disfarçou o nervosismo, roendo as unhas- Parece que a Trance sumiu.
Sem reação Fred sentiu um tremor em seu coração, virou a cabeça tentando procurar Travon e não o viu.
- Cadê o Travon ?- Confuso ainda achando que ainda estivesse dormindo.
- Ninguém viu também-Respondeu Lucy.
Talvez os acontecimentos não tenha sido somente um pesadelo . Pensou em perguntar para Lucy se ela não se recordava de nada, mas aquilo podia o incriminar, aliás ele desapareceu parte do tempo.
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