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Capítulo 9

Vejo-o sentar-se ao meu lado, esticando em seguida o braço para me tocar no rosto. Sinto o toque quente dos seus dedos percorreram a zona ainda vermelha e meio arroxeada onde o meu pai me acertou, e suprimo um estremecimento.

— Dói muito?

Aceno negativamente com a cabeça, de forma algo frenética.

— Estou ótimo, melhorou bastante desde...

— Nathan... — ele interrompe-me, ainda tocando no meu rosto, fazendo algo no meu interior desmoronar-se, assim que reconheço as saudades que tinha do seu toque. — Dói?

E eu percebo o verdadeiro significado daquela pergunta, aliás, eu já o tinha percebido desde o início, só não quis acreditar que Tyler ainda fosse capaz de me conhecer tão bem. E sim, a resposta era sim. Doía como nada doeu na minha vida inteira, tanto a parte em que o meu pai — uma vez mais — demonstrou ser um autêntico estupor, como a parte da minha mãe — uma vez mais — ter ficado de coração destroçado. Deve ser mesmo como dizem: a história tem uma maneira de se voltar a repetir.

Sem conseguir controlar, como se Tyler fosse capaz de remover todas as camadas que tenho vindo a colocar desde aquele dia, começo a chorar, vendo as lágrimas caírem sobre a neve debaixo dos meus pés.

Nesse instante, sinto um toque que afasta os meus caracóis ruivos, e um beijo é depositado na minha face, exatamente sobre as gotas salgadas que correm dos meus olhos. Fecho as pálpebras, inspirando o odor a menta e aço que Tyler emana, deixando-me aturdir pelo mesmo. Ele parece ganhar confiança quando vê que não me retraio, e percorre a minha face de pequenos beijos. Com um simples toque no queixo, ele roda a minha cabeça na sua direção, depositando em seguida um beijo suave sobre os meus lábios. Ainda completamente aturdido, abro também os meus para retribuir, sendo imediatamente invadido por um pensamento assim que sinto o sabor da sua boca, esse que finalmente me desperta para a realidade. Não um pensamento em concreto, mais uma imagem: os lábios de Tyler colados aos de Margot.

— Tyler, pára... — digo, enquanto me desvio dos seus beijos, ainda absorvido pelo seu toque.

Talvez por não soar muito convincente, o rapaz continua a beijar-me, puxando-me gentilmente os caracóis para que incline a cabeça, fazendo com que a sua respiração pesada e ofegante vá contra o meu pescoço. Mordo o lábio, e obrigo-me a concentrar.

Com alguma brusquidão, aperto o colarinho do seu casaco com ambas as mãos, empurrando-o para longe. O esforço que realizo provoca-me uma pontada de dor no tronco, e não evito um esgar de dor, antes de falar num tom de voz duro.

— Tyler, pára!

Abro os olhos e encontro os seus, esbugalhados, enquanto me perscrutam com um misto de confusão e de dor... sobretudo dor.

— E-Eu lamento Nath...

Respiro pesadamente, largando o casaco dele para me levantar do banco, afastando-me como forma de não voltar a cair na tentação. Agora de pé, cerro as mãos ao largo do corpo, e observo o rapaz de cabelos negros remexer nervosamente as suas sobre o colo. Um silêncio esmagador instala-se, sendo apenas interrompido pela passagem dos carros, na estrada ao longe.

— Porquê? — a voz de Tyler não passa de um murmúrio, quase inaudível.

­— Porquê, o quê, Ty? — pergunto num tom amargo, enfiando as mãos dentro do casaco, e enterrando o rosto no colarinho do mesmo.

— Porque é que o amor não pode ser simplesmente amor? — ele responde e, embora os fios de cabelo preto tapem parte do seu rosto, a sua voz trémula denuncia o seu sofrimento. — Porque é que o amor não pode ser simplesmente duas pessoas que entregam o seu coração uma à outra? Porque é que o amor tem de trazer tanta coisa atrás, como os preconceitos, a imagem, ou o que os outros irão pensar?

Nesse instante, vejo-o erguer o rosto para me encarar, e sou surpreendido pela expressão de dor que quase desfigura o seu rosto, fixando-me nomeadamente nos seus olhos escuros, reluzentes das lágrimas. Ele estende a mão para tocar no meu braço, apertando-o ao de leve, antes de falar novamente num simples murmúrio.

— Porquê?

Engulo em seco, tentando ignorar o nó que se deposita na minha garganta.

— Eu não sei, Ty... a única coisa que sei é que para amar alguém, também é preciso coragem... coragem para enfrentar todas essas coisas que acabaste de referir. Mas também é verdade que o amor nos torna em pessoas corajosas... faz-nos realizar coisas que jamais pensávamos serem possíveis. — recuo, obrigando-o a largar o meu braço. — Por isso, a minha pergunta para ti é: tens o amor suficiente para ganhares essa coragem? Porque se não tens diz-me já, e acabamos agora mesmo com isto... seja lá o que isto for...

Depois de outro longo momento de silêncio, Tyler abre os lábios, somente para os cerrar de novo, enterrando o rosto entre os braços, enquanto despenteia os cabelos com certa violência. E aquele silêncio, aquela hesitação, vale mais do que quaisquer palavras que ele pudesse ter dito.

Uma vez mais, o meu interior estilhaça-se. Desvio o olhar da figura sentada no banco, tentando controlar as lágrimas que já se depositam nos meus olhos, turvando-me a visão. Cerro os dentes com força, evitando um soluço, enquanto tento recompor minimamente a postura.

— Adeus, Tyler.

Rodo sobre os calcanhares, caminhando em passo apressado, apesar da dor que rapidamente percorre o meu tronco. E, enquanto tento não derramar quaisquer lágrimas no meu caminho de volta, sou capaz de ouvir os ecos dos soluços de Tyler atrás de mim, acabando com cada engrenagem que compõe o meu coração partido.

A dor que sinto no tronco é excruciante, mas não maior que aquela que me aperta o coração, deixando-me praticamente sem ar. Finalmente alcanço a porta da minha casa, abrindo-a e fechando-a com rapidez, recostando as costas contra a superfície de madeira. Nesse instante, deixo todas as lágrimas que contive durante o caminho, simplesmente escorrerem dos meus olhos, enquanto o meu corpo desliza pela superfície da porta.

— Nathan? — a voz da minha mãe ouve-se ao longe da cozinha.

Tenho noção de que me encontro num choro aflitivo, aumentando ainda mais a dor proveniente das costelas fraturadas, mas por alguma razão, não consigo parar. Parece que tudo se acumulou até aquele momento, e sem espaço para guardar muito mais, finalmente rebentei. Como uma autêntica bomba atómica, com a explosão espalhafatosa e tudo incluído. 

A minha mãe, assim que me vê, pega-me com cuidado no braço e rodeia-me o tronco, obrigando-me a levantar, e conduz-me até ao sofá, a poucos metros de distância.

— Então, filho? Relaxa... — ela fala numa voz realmente tranquilizadora, enquanto me acaricia as costas.

Passados uns bons minutos, sempre com a voz apaziguadora da minha mãe de fundo, sou capaz de me acalmar, sobrando somente aqueles soluços irritantes que ficam depois de um choro compulsivo. Acho que já não chorava daquela forma, desde os meus dez anos, altura em que o pai nos abandonou.

— Foi aquele rapaz da tua banda, não foi? Tyler? É assim que se chama?

Esbugalho os olhos na sua direção, a minha visão ainda turva devido a réstias de lágrimas.

Como raio é que a minha mãe sabe da minha relação com Tyler?

Hey minhas amoras, como estão?

Gostaram deste capítulo? O final deste livro está-me a destruir, é capítulo intenso atrás de capítulo intenso. Mas eu adoro dramas, sou sincera, então adoro escrever assim este tipo de cenas. Inclusive, as imagino na minha cabeça como se fossem um filme ou uma série... também vos passa o mesmo?

Era um bocado inevitável a mãe de Nathan não vir a descobrir, não acham? O que acham que vai acontecer no próximo e último capítulo?

Para este capítulo escolhi a música "You broke me first", cover do cantor Conor Maynard. Acho que tem tudo a ver com a vibe deste "término" (hehe, repararam nas aspas?).

E é isto, obrigada por ainda estarem desse lado. Da próxima vez que nos encontrarmos é no último capítulo e agradecimentos... quero chorar!

P.S: Entretanto já publiquei um novo capítulo na minha nova noveletta (que é a mesma coisa que macro-conto/mini-livro, obrigada Cube por sempre presenciares o pessoal com a tua cultura incrivelmente estendida), com o título "Aqui Somos Todos Loucos". Incito-vos a irem dar uma olhadela :)

Beijocas!

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