34. "Please, don't say this"
Sentia minha garganta seca e meu corpo todo dolorido. Não havia conseguido comer mais nada depois daquelas palavras, pronunciadas com tanto ódio e voracidade. Doía em meu peito apenas de lembrar de todos os momentos que havia passado com cada pessoa da equipe, ainda mais com Haerin que parecia ser uma pessoa tão legal em minha frente.
Taehyung parecia querer bater em TaHoo, mas apenas o segurei abraçando em seu corpo e ainda segurando minhas lágrimas. Entramos no apartamento e deixamos as malas em um canto; até que quando ele se acalmou, me contou o que havia descoberto.
Haerin não esteve grávida nem por um minuto, era tudo uma farsa. E o pior, foi que acharam as imagens da mesma indo até HeonGyna prisão, sendo que os mesmos não se davam bem. Eles conversaram como se fossem amigos íntimos e ninguém ouviu quase nada, além de algumas frases que se encaixavam como "ele está de olho nela" ou "ela vai voltar de viagem no domingo".
Talvez tivesse que ser daquele jeito mesmo. Talvez o medo que eu tanto sentia, não fosse apenas o afastamento como havia conversado com Sra.Kim naquele dia. Talvez Taehyung realmente fosse "meu amor verdadeiro", mas naquele momento nem conseguia dizer e nem pensar se esse tal de amor verdadeiro existia mesmo.
As lágrimas já se misturavam com a água que escorria do chuveiro já fazia um tempo, nem tinha forças para empurrar meus cabelos que caiam no rosto para trás.
— Maddy, amor, está tudo bem? — ouvi a voz de Taehyung no outro lado da porta. O apelido fez meu coração bater rápido, ou até mesmo errar as batidas.
Ele tentou abrir a porta, mas quando percebeu que estava trancada, ouvi um suspiro desistente, então por baixo da porta vi sua sombra, como se ele estivesse sentado ali.
— Vamos dar um jeito nisso. Sempre damos...— ele começou, então apenas chorei baixinho, colocando a mão em frente aos meus lábios para não emitir nenhum som. — Por favor, abre para mim. Eu estou preocupado.
Não respondi nenhuma de suas chamadas. Não queria que ele me visse em uma situação tão deplorável quanto aquela, e quando desbloqueei meu celular já carregado durante o banho, parece que tudo piorou.
Armys coreanas me ameaçavam, e o xingavam. Umas até falavam que Taehyung era um vagabundo e merecia a morte. Eu tinha medo do que algumas delas pudessem fazer para o rapaz. Não se sabe o mal que pode passar na cabeça de alguém.
Desliguei meu aparelho telefônico, secando meus cabelos e meu corpo e então vestindo roupas íntimas e um camisetão largo, junto de uma calça jeans e um tênis, colocando alguns pertences meus que estavam no banheiro, dentro da minha mochila.
Caminhei até a porta e a destranquei, vendo o rapaz se levantar rápido. Tentei passar pelo lado dele, mas o mesmo se coloca em minha frente. Eu não conseguia erguer meu rosto para o olhar, talvez não conseguisse fazer o que estava destemida se o olhasse nos olhos, naquela noite.
Nós não merecíamos aquilo, com certeza não. Eu não merecia continuar ao seu lado, ao lado de quem me fazia tão bem e ele, não merecia ficar ao lado de quem poderia ser a culpada caso alguém o machucasse.
— Por que está com essa mochila Maddy? — sua voz era fraca e embargada, minha vontade era de chorar mais ainda. Fiquei em silêncio, até o ouvir mais uma vez.— Será que você poderia me responder ao menos uma vez?!— agora o tom estava mais alto. Eu entendia seu nervosismo.
— Eu vou embora.— comprimi os lábios, tapando o rosto com o cabelo. Não queria que a última imagem e lembrança que ele tivesse de mim por um tempo, fosse chorando.
— Madison...— ele começou, pegando em minha mão. — Para onde você vai? Você não tem mais casa.— ele falou calmamente.
— Não sei, talvez alguma amiga.— queria acabar aquele assunto o mais rápido possível, mas era complicado. — Por favor, só me deixe ir..
— Não vai, por favor. Sabe que conseguimos suportar uma vez, não vai ser uma segunda que vai nos fazer desmoronar..— ele fungou algumas vezes, tentando conter o choro.— Nós vamos dar um jeito, hum? Nem que eu ameace a sair da empresa, nem que-
— Taehyung, acabou. — senti as palavras saírem rasgando por minha garganta, e o mesmo sessou suas palavras.
O toque da sua mão na minha foi se soltando levemente, do modo mais torturante o possível.
— Se você acha melhor..— ele começou, segurando seu choro. Percebia-se aquilo pelo seu tom de voz, e pela quantidade de vezes que já havia fungado.
Ficamos em um silêncio torturante por mais alguns minutos, apenas olhando para o chão. Sentia um peso enorme em meu peito, como se não conseguisse mais respirar direito. Aquilo era horrível, pensar que não ficaria ao lado do garoto que eu amava, que estava fazendo aquilo, era uma sensação simplesmente indescritível.
Resolvi caminhar até a porta, agarrando a alça de minha mochila o mais forte que consegui. Era dolorido ter que fazer aquilo.
— Maddy?— o apelido me fez fraquejar, mas me virei com calma o olhando. Mas não nos olhos, apenas por cima.— Se é nossa última vez...posso ao menos te abraçar?
A sua pergunta me quebrou em pedaços internamente, mas me mantive firme em sua frente, pois sei que nunca conseguiríamos fazer aquilo se ambos fraquejássemos, em uma situação tão delicada e instável.
— Pode.
Ele caminhou rapidamente até mim, e puxou meu corpo contra o seu. Senti seu afago em meus cabelos enquanto seu braço enlaçava meu corpo. Nunca conseguiria esquecer o seu cheiro tão marcante e bom. Meus braços também estavam em sua cintura, eu não queria soltar de seu corpo nunca mais. Não queria sair de perto dele nunca mais, mas de qualquer jeito, estava ficando perigoso. Algum dos dois com certeza iria acabar se machucando muito naquela relação, mais do que estávamos nos machucando agora.
— Eu te amo.
Por favor não diga isso...
Aquelas palavras me fizeram chorar em silêncio em seu ombro, enquanto eu já conseguia o sentir chorando baixinho no meu, a vibração de seu corpo o entregava. Eu queria apenas desistir daquilo naquele momento e voltar para seus braços, mas eu já sabia que não tinha volta.
{***}
— Mad? O que está fazendo aqui? — a voz de Jaemin soou quando abriu a porta depois de minhas batidas. Meu coração se esmagou ao lembrar que havia deixado da pessoa que me fazia muito feliz, e que eu amava e era recíproco, e aquilo não tinha volta. — Por que parece que estava chorando?
— A-ainda da tempo de ficar em sua casa, apenas por uns dias? — indaguei com certo receio, mas pelo menos um pingo de alívio caiu sobre mim ao vê-lo com uma feição serena, sem incômodo sobre minhas palavras.
— Claro que sim.— ele sorriu, pegando as mochilas de minhas mãos e jogando na poltrona na entrada.— Aconteceu alguma cois-
Puxei o garoto pelos ombros ignorando suas perguntas anteriores, abraçando o seu corpo e me deixando desabar no ombro de meu melhor amigo. Por sorte, ele não perguntou mais nada depois daquilo, e me aceitou em sua residência. Naquela noite, adormeci com a cabeça no ombro do garoto, que secava minhas lágrimas vez ou outra, fazendo mais que o seu papel de um ombro amigo.
***
Não vou mentir que fiquei super triste escrevendo esse capítulo...
Enfim, isso já está melancólico demais. Como estão se sentindo? Estão ficando em casa e se alimentando bem? Espero que sim hein!? To de olho!
O que estão achando fanfic?
Hoje eu acordei com 8k, não entendi foi nada. Apenas os agradeço por todo esse carinho, amo vocês meus xuxus❤️
XOXO
💕💕
Ps: dêem uma passadinha em meu perfil! Atualizei a capa de one more crime - não que isso seja importante, mas eu adorei rs- e minha nova fic: GENUINE- j.j.k.
Aposto que vão gostar ;)
Até a próxima!
Com amor, aninha, nena ou Lara.
Agora fui!
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