017
CAPÍTULO 17
121 D. C; CREGAN STARK.
QUERIDA MÃE,
Daemon se ofereceu para levar Helaena para o Norte, ele não tem problema com isso. Você sabe que ela é a favorita dele.
Como estão meus irmãos? Recebi uma carta de Aegon há algumas horas, ele diz que estava preocupado com a viagem de Helaena. Ele também me disse que Aemond ainda está tendo crises de dor nos olhos. Mãe, me dói muito ler essas coisas, não quero que meu irmão continue sofrendo.
Dê lembranças ao meu pai, diga-lhe que estamos todos bem e que em breve iremos para Porto Real.
Eu amo você,
Rhaenyra Targaryen.
Aemma terminou de pentear o cabelo de Helaena com um sorriso, a adolescente cantarolando uma música enquanto escovava o cabelo meio adormecido de Daeron. O mais novo dos príncipes estava sentado no chão com a cabeça apoiada na perna da irmã, os olhos fechados e a respiração calma. Helaena abriu a boca para perguntar o que fazer com seu irmão quando a porta se abriu e seu pai apareceu com Aegon. Um Aegon sujo.
— Você estava treinando ou limpando o castelo com suas roupas? — Aemma olhou para o filho com desaprovação.
— Sinto muito, mãe. — Aegon se inclinou e beijou a bochecha de sua mãe. — O treinamento foi muito difícil.
— Aegon vai se tornar um dos maiores guerreiros dos sete reinos. — Viserys caminhou até seus outros filhos e se agachou na frente deles. — Deixe-me levá-lo para a cama.
O rei pegou seu filho mais novo que se mexeu, mas nem abriu os olhos para ver quem era. Assim que se libertou, Helaena levantou-se e arrumou o vestido com um sorriso.
— Vá se preparar, querida. — Aemma balançou os ombros da filha. — Seu tio estará aqui a qualquer minuto.
— Claro, mãe. — a adolescente assentiu e correu em direção à porta. — Toma banho, mano, você fede!
Aegon franziu a testa e olhou para a porta por onde sua irmã havia desaparecido, mas antes que pudesse protestar, sua mãe o agarrou pelos ombros para olhar para ele. Os olhos azuis de sua mãe examinaram seu rosto em busca de um golpe, não encontrando nada, ela assentiu e beijou sua bochecha carinhosamente.
— Vá tomar banho, Helaena irá embora em breve e devemos nos despedir dela.
O príncipe assentiu e saiu da sala para atender ao pedido de sua mãe. Aemma voltou para a cama e sorriu ao ver Viserys beijando a cabeça de Daeron, murmurando uma canção de ninar. A Rainha foi até a cama e sentou-se ao lado do marido, sem tirar os olhos do rosto relaxado do filho mais novo. Viserys olhou para sua esposa e acenou com a cabeça, estendendo a mão para acariciar seu rosto.
— Eles estão crescendo muito rápido. — murmurou Viserys, afastando-se do filho.
— Aegon já tem quatorze anos, daqui a alguns anos ele nos deixará para ocupar seu lugar como Senhor dos Degraus. —Aemma suspirou tristemente. — Helaena está a pouco tempo de se casar com Cregan e...
— Não me lembre. — Viserys levantou-se e foi até a janela. — Agora me arrependo de ter concordado com esse compromisso.
Aemma saiu da cama e foi até ele, envolvendo-o nos braços e apoiando o rosto no ombro do marido, os dois olhando a cidade pela janela.
— Ela será feliz no Norte, os Stark são pessoas de palavra e Cregan gosta muito de nossa filha. — ela o lembrou em um sussurro.
— Daeron será o único que ficará em casa. — ele sussurrou.
— Deixaremos Summerhall para ele. — concluiu Aemma. — Sei que você está construindo para mim, mas quero que passe para nosso filho.
— Senhor de Summerhall. — Viserys assentiu. — Acho que parece bom.
Houve movimento atrás deles e o apito característico de Caraxes foi ouvido ao longe anunciando sua chegada.
— Mãe? — Daeron chamou da cama.
— Já vou, querido. — Aemma beijou a bochecha do marido. — Vá para receber seu irmão.
Viserys a seguiu com o olhar, sentindo-se ainda mais apaixonado do que antes quando ela subiu na cama e começou a sussurrar para o filho. Se dependesse dele, ficaria o dia todo admirando a esposa, mas tinha que receber o irmão antes que fizesse bagunça.
Daemon estava desmontando de Caraxes quando Viserys apareceu no poço do dragão com Aegon que o viu saindo da fortaleza e se agarrou a ele. O jovem príncipe acenou com a cabeça para o tio antes de correr para a cova em busca de seu dragão. Viserys teve que conter a repreensão que estava na ponta da língua; ele lhe daria uma lição de boas maneiras mais tarde. Ou eu deixaria Aemma fazer isso porque eles a ouviam mais.
— A fera está crescendo. — Daemon olhou em direção à entrada da cúpula. — Em breve ela sairá daqui fugindo de você.
— É bom ver você, Daemon. — Viserys deu um tapinha no ombro do irmão. — Como estão as crianças?
— Você sabe como elas são. — o mais novo revirou os olhos. — Você escreve para Rhaenyra todos os dias.
— É bom manter contato. — o homem mais velho assentiu.
Naquele momento, Dreamfyre emergiu da cúpula, pronta com sua montaria. O dragão rosnou e seguiu os guardiões que o guiavam para fora da cúpula. Atrás dele veio Sunfyre com Aegon montado. Viserys suspirou derrotado e acenou com a cabeça para seu filho enquanto olhava em sua direção, nem um segundo depois o dragão dourado já estava voando sobre o poço.
— Você tem que aprender a dizer não aos seus filhos.
— Como se você estivesse melhor. — Viserys desviou o olhar do dragão e olhou para seu irmão. — Rhaenyra gosta de reclamar de você.
Quando Aemma e os príncipes e a princesa chegaram ao poço, encontraram os irmãos discutindo. Daeron riu e correu para apoiar o pai, quase arrastando Aemond com ele. Helaena olhou para a mãe e ambas balançaram a cabeça, já acostumadas com a visão do rei e do príncipe discutindo. Daemon deixou de lado a discussão para cumprimentar os sobrinhos e o primo, com um sorriso assustador.
— Borboleta. — Helaena o abraçou com força.
— Tio Daemon.
Daemon beijou a cabeça de sua sobrinha e depois olhou para Aemond, que acenou com a cabeça em saudação, escondendo-se ligeiramente atrás de seus pais.
— Devíamos ir. — Daeron reclamou quando seu tio bagunçou seu cabelo. — Seja bom, pequena fera.
— Eu estou sempre bem! — Daeron exclamou, ofendido.
— Eu sei que você cuidará de Hela, mas vale a pena lembrar. — Aemma abraçou Daemon em saudação e despedida. — Quando você passar pelo Vale deixe esta carta para minha prima.
— Claro, serei seu mensageiro. — ele recebeu a carta. — Quando eu voltar, falaremos sobre o pequeno dragão indescritível. — seus olhos apontaram para Aemond.
Aemma assentiu sem palavras e o soltou.
Após se despedir de seus irmãos, incluindo Aegon que pousou quando ele percebeu que eles estavam partindo, Helaena subiu em seu dragão. Caraxes e Dreamfyre voaram juntos, ambos os dragões rugindo em despedida. Quando eles estavam fora de vista, Sunfyre levantou vôo novamente com Aegon e Daeron começou a pular para obter permissão para voar.
— Você não quer ir com seus irmãos? — Viserys perguntou a Aemond, que imediatamente negou.
— Tenho que voltar a estudar. — ele murmurou, olhando para baixo.
— O Canibal deve estar com saudades de voar com você. — Aemma passou a mão pelo cabelo do filho. — Tem certeza que não quer ir?
Aemond assentiu e ela teve que deixá-lo voltar para a fortaleza com Viserys, que prometeu não deixá-lo se trancar em seu quarto. Naquela tarde Silverwing, Sunfyre e Tessarion circularam a cidade várias vezes.
★
Rhaenyra,
Não escrevi para seus pais porque sei que eles estão em Summerhall com Aegon e Daeron, mas acho de extrema importância que você saiba disso, pois afeta a todos nós.
Antes de chegar ao Norte passei pelo Vale para deixar uma mensagem para Lady Jeyne, você não sabe o quanto fiquei surpreso ao encontrar Rhea Royce no Ninho da Águia. Aparentemente ela fugiu de casa e agora é uma refugiada do Ninho da Águia com sua filha. Lady Jeyne me confessou que a Casa Royce era aliada de Otto e Larys, que eles estão tentando criar protestos em todo o Vale contra Aemond.
Em outras circunstâncias eu não teria prestado atenção nisso, mas Rhea me confessou que eles construíram escorpiões para derrubar qualquer dragão que voasse pelo Vale.
Já mandei uma mensagem para Laena em Harrenhal para avisá-la, sei que ela e as crianças voam pelo Vale de vez em quando, não gostaria que nenhum deles acabasse ferido. Também enviei um para Driftmark para Rhaenys, mas espero que você possa enviar um para seus pais.
Eu amo você,
Daemon.
★
Helaena olhou para o tio, o homem parecia preocupado enquanto conversava com Rickon Stark e ela tentava entender o que eles estavam dizendo, mas não conseguia entender nada. Eles haviam chegado em Winterfell horas antes e a primeira coisa que seu tio fez foi enviar corvos, um para Harrenhal, outro para Pedra do Dragão e um para Driftmark, mas por mais que ela perguntasse o que estava acontecendo, ela nunca recebeu resposta. E ela nem tinha Cregan para distraí-la porque o jovem estava visitando uma cidade próxima.
Ela só tinha uma coisa que poderia distraí-la: Dreamfyre, que estava aninhado em uma montanha atrás de Winterfell com Caraxes, mas ela sabia que eles não a deixariam sair do banquete. Seu tio ordenou que seu dragão não deixasse o Norte, então ela ordenou o mesmo a Dreamfyre sem saber bem por quê. Ela estava prestes a perguntar ao tio o que estava acontecendo quando as portas se abriram e várias pessoas entraram, incluindo Cregan e seus primos. O sorriso que iluminou o rosto de Helaena foi notado por todos, sem falar no olhar alegre de Cregan ao notá-la sentada à mesa principal.
As pessoas se moveram, deixando o caminho livre para Cregan, que foi direto até a mesa principal e fez uma reverência diante dela. Ao se levantar, deu mais dois passos e colocou um presente sobre a mesa.
— Princesa, é bom ver você. — Helaena corou. — Aceite este presente.
Com mãos um pouco instáveis, Helaena pegou o presente e abriu-o sob o olhar atento de todos. Sob a luz das velas, um lindo broche de prata brilhava e Daemon ergueu uma sobrancelha para ele. Era um broche com o símbolo Stark.
— É lindo. — sussurrou Helaena, acariciando o broche com os dedos. — Obrigada.
— Você não precisa agradecer, eu apenas cumpro meu desejo de vê-lo com as melhores joias. — Cregan assentiu e depois olhou para seu pai que o olhava com orgulho.
— Bem, parece que estes dois vão ser o melhor casal dos sete reinos. — Daemon sentou-se ao lado de Helaena.
Helaena olhou para o tio e depois para Cregan, que mantinha a cabeça erguida apesar da óbvia intimidação do homem mais velho. Ela não conseguiu conter o riso e a tensão quebrou quando ela colocou o broche no vestido.
— Vou me certificar de usá-lo em todos os momentos.
Em algum momento da festa, Helaena saiu para ir ao banheiro e Daemon aproveitou o fato de Rickon não estar na mesa para aterrorizar Cregan. Embora o jovem não se assustasse com o príncipe e apenas mantivesse o rosto neutro.
— Você deve estar preparado. — Daemon olhou para o mar de gente. — Há pessoas que vão tentar prejudicar Helaena e você deve enfrentá-las.
— Quem? — Cregan endireitou-se e olhou para o homem ao lado dele.
— Pode ser qualquer um. — o homem de cabelos brancos bebeu do seu copo. — Sté mesmo aqueles que são próximos a você.
Cregan franziu a testa e olhou para a porta da frente, onde Helaena apareceu acompanhada de algumas garotas que ele reconheceu como filhas de amigos de seu pai. A princesa sorria sinceramente e ele prometeu a si mesmo que faria o que fosse necessário para manter aquele sorriso nela.
★
Querida Aemma,
Estamos prontos para voltar, Laena chegou na noite anterior e assustou mais de um com Vhagar. Tentaremos chegar o mais longe possível do Vale, mas ainda assim teremos cuidado.
Rhaenys diz que deveríamos destruir a Casa Royce e eu concordo com ela, eles estão querendo nos provocar, devemos responder.
Com carinho,
Daemon.
★
Cregan olhou para a fera à sua frente e sentiu um nó no estômago. Dreamfyre abaixou a cabeça e rosnou em sua direção, mas Helaena sussurrou algo para ela e a dragão bufou, desviando o olhar. Atrás dela, Caraxes rugiu, batendo as asas. Helaena olhou para Cregan e assentiu, estendendo a mão em sua direção.
— Você deve deixar conhecê-lo. — ela disse enquanto ele se aproximava com passos cuidadosos. — Não vai te machucar, não é Vhagar.
O dragão verde bufou e moveu a cauda fazendo com que a neve voasse por toda parte. A mão de Cregan tocou as escamas quentes e ele suspirou de alívio quando viu que a dragão não fez nenhum movimento para atacar.
— Está quente. — ele murmurou, acariciando o pescoço do dragão.
— Eles estão sempre quentinhos. — Helaena o cutucou com o ombro. — Vamos levantar, querido.
Dreamfyre se moveu, abrindo as asas enquanto se agachava para que pudessem alcançar a montaria.
— Pedi à minha mãe a montaria Silverwing para que possamos voar juntos sem problemas. — ela disse a ele, agarrando a montaria. — Você só precisa ter cuidado para não escorregar.
Os olhos de Cregan seguiram cada movimento que Helaena fazia para subir na sela e ele tentou copiá-los quando ela acenou para ele. A risada de Helaena ecoou pela sala enquanto Dreamfyre se movia e Cregan quase caía, ele não se incomodou. Assim que ambos estavam na sela, a garota de cabelos brancos fez questão de ajustá-los.
— Voe!
Em Winterfell Daemon e Rickon olharam para o céu vendo Dreamfyre passar por cima deles, as pessoas pararam para observar também. O Senhor de Winterfell sorriu e balançou a cabeça para o príncipe ao seu lado.
— Cregan vai vomitar quando pousar. — garantiu.
— Harwin também vomitou na primeira vez que subiu em Vhagar. — Laena se aproximou deles com os olhos fixos no céu.
— Até Viserys vomitou quando voou em Vermithor pela primeira vez. — comentou Daemon com um sorriso divertido.
— Isso me faz sentir melhor pelo meu filho. — os três riram.
No ar Cregan não parava de ver as nuvens, a vista lá de cima era linda. Helaena estava sorrindo, poder voar com Cregan a fazia se sentir como se estivesse em um sonho. Ela se sentiu feliz e segura.
Eles estavam tão concentrados em se divertir que o som de algo acontecendo ao lado deles os assustou. Dreamfyre se inclinou para a direita com um rugido e Helaena olhou para baixo, seus olhos procurando o que os havia atacado. Assim que encontrou algo, Dreamfyre gritou, perdendo o equilíbrio e Helaena sentiu seu estômago revirar ao ver a ponta do escorpião que havia ficado presa na asa do dragão.
— Dracarys! — ela gritou desesperadamente.
Atrás dela, Cregan disse alguma coisa, mas ela não conseguiu ouvir. Dreamfyre abriu a boca para cuspir fogo, mas outro dragão apareceu à esquerda, cuspindo fogo. O dragão afastou-se então, pousando perto de Winterfell, quase rastejando pelo campo vazio. Helaena foi a primeira a descer com os olhos cheios de lágrimas, Cregan a seguiu logo atrás. Então Caraxes pousou ao lado deles e Daemon saltou para correr em direção a eles.
— Dreamfyre está ferido! — Helaena gritou para seu tio.
— Voltem para Winterfell. — Daemon agarrou os dois pelos braços.
Helaena queria discutir com ele, ela não queria sair de Dreamfyre, mas Vhagar passou por cima deles naquele momento e Cregan teve que empurrá-la em direção a Winterfell. Caraxes grunhiu e encarou-os.
— Caraxes vai levá-los. — o homem mais velho agarrou Helaena e levantou-a para ajudá-la a subir no dragão. — Deixe-os em Winterfell e volte. — ordenou ele ao dragão, ajudando Cregan a se levantar.
Assim que ambos estavam seguros, Daemon recuou e os deixou ir. Dreamfyre rosnou atrás dele e um suspiro escapou dele, agora ele tinha que ajudar o dragão sem ser comido.
— Eu vou te ajudar.
As mãos de Daemon fecharam-se à volta do escorpião e ele puxou com força, tentando tirá-lo. Dreamfyre rugiu e se moveu, tentando fugir, mas só conseguiu arrastar Daemon com ela. Eu precisaria de mais ajuda.
Rickon Stark deixou Winterfell assim que os dragões partiram, um de seus informantes havia chegado minutos antes para avisá-los do ataque que a Casa Royce estava planejando contra os Targaryen e Winterfell não pôde ficar parado quando alguém tentou ferir um deles. Primeiro eles encontraram Daemon na estrada, o homem estava tentando remover um escorpião da asa de Dreamfyre que rugia e ameaçava cuspir fogo. Depois de deixar vários homens com o príncipe, ele continuou seu caminho para o campo aberto onde podiam ser vistos fogo e cinzas.
Vhagar e Vermithor estavam no ar, ainda cuspindo fogo, e no chão vários soldados corriam tentando se salvar. Rickon olhou para seus homens e assentiu, erguendo a espada. A luta não durou muito, os poucos que conseguiram escapar do fogo foram liquidados sob as espadas do exército de Winterfell. Quando não havia mais ninguém, Caraxes apareceu, voando para o norte, seguido por Vermithor e Vhagar, que pararam de cuspir fogo assim que o avistaram.
— Envie uma carta para Lady Jeyne e peça aos médicos que ajudem a Princesa Helaena a curar seu dragão. — ele ordenou ao homem à sua esquerda.
★
Querido Harwin,
Estarei de volta em casa em dois dias, Dreamfyre está ferido e não poderá voar por vários dias, mas tio Viserys levará Helaena de volta hoje, irei com eles para Porto Real e voltarei para casa depois disso.
Como estão as crianças? Diga a eles que a mãe deles sente falta deles.
Eu amo você,
Laena.
★
Aemma suspirou de alívio ao observar Viserys ajudar Helaena a descer de Vermithor, mas seu alívio se transformou em preocupação quando percebeu que ambos tinham vestígios de sangue e cinzas. A falta do Dreamfyre também o preocupava, mas ele não tinha pensado muito sobre isso, ele se importava mais com a filha.
— O que aconteceu? — ela perguntou assim que teve a filha nos braços.
— Os Royce atacaram, Dreamfyre foi ferido e teve que ficar em Winterfell. — explicou Viserys, colocando a mão no ombro de Aegon. — Estamos bem.
— Mãe, eu estava com medo. — Helaena se afastou para poder olhar para a mãe. — Fogo dos sonhos...
— Dreamfyre ficará bem. — ela assegurou-lhe. — Enviaremos guardiões do dragão amanhã.
— Vou levá-los. — Daemon se aproximou. — Devo voltar para o Vale, ainda há um prédio da casa dos Royce de pé.
— Eu irei com você. — Laena se aproximou com um sorriso. — Vhagar aprecia uma descarga de adrenalina.
Daemon passou um braço pelos ombros da sobrinha e os dois se afastaram conversando sobre a destruição que causariam no dia seguinte. Aemma teve que balançar a cabeça para não contar alguma coisa.
— Vamos, você deveria tomar um banho, querida.
★
Querida Helaena,
Como vai? Espero que esteja bem. Eu ainda gostaria de poder estar ao seu lado.
Dreamfyre voou ontem, voou por alguns minutos sobre Winterfell e seus tratadores dizem que ele está se recuperando bem. Eu mesmo cuido de alimentá-li todos os dias, parece que ele me aceita agora.
Talvez da próxima vez seja eu quem te visite, não acho que sua mãe vai deixar você vir depois do que aconteceu. Irei para Porto Real assim que puder, prometo.
Com carinho,
Cregan Stark, herdeiro de Winterfell.
A história já está chegando ao fim. Restam apenas alguns eventos para cobrir e eles não serão tão grandes, então não espere muito.
O próximo capítulo será o casamento de Hela e Cregan. Rickon deveria morrer em 121, mas aqui ele morrerá em 122. O capítulo seguinte será sobre Aemond em Dragonstone.
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