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bonus | how fast the night change

Nós estamos envelhecendo, amor
E estive pensando sobre isso ultimamente
Já te deixou louca
A rapidez com que a noite muda?
Tudo o que você sempre sonhou
Desaparece quando você acorda
Mas não precisa ter medo
Mesmo quando a noite mudar
Ela jamais mudará você e eu

Night Changes - One Direction

31 de dezembro de 2026
Ilha de Paquetá, Rio de Janeiro

A vida de Becky nos últimos anos vinha sendo tudo questão de perspectiva. Sua carreira havia tomado outros rumos, ela vivia da internet agora. Seus dias, suas viagens, seus relacionamentos e sonhos eram compartilhados com um grupo muito fiel de pessoas. Mas, olhando de outra perspectiva, a fama também trazia a exposição exagerada, sendo sujeita a julgamentos por pessoas que se escondiam sob camadas nas redes sociais. Ela, porém, procurava olhar pela perspectiva onde as coisas davam certo, não por querer fugir da realidade ou fugir de enfrentar seus medos, mas porque aprendeu a confiar no tempo e ter esperança em dias melhores.

Durante todos os altos e baixos, olhar em perspectiva diferente passou a ser um jogo entre Becky e Matt. Alguém tinha que ser otimista e o outro pessimista, imaginando os melhores e piores cenários até que a ansiedade se transformasse em solução. Geralmente funcionava, o acessório no dedo anelar da mão direita de Becky provava isso. Mesmo que alguém pudesse achar que eles eram novos demais para se casar e começar uma família, Matt foi otimista e fez o pedido numa noite que para Becky começou sendo apenas mais uma de suas pequenas fugas para a praia em Malibu onde se beijaram pela primeira vez.

Cinco meses depois, os planejamentos para a cerimônia estavam a todo vapor e a mulher não poderia estar mais ansiosa para casar-se em maio do próximo ano.

Algo mais estava colocando a vida inteira de Becky em perspectiva naquele momento e ela não conseguia mais ignorar o grande elefante na sala dentro de seus próprios pensamentos.

Ela deu descarga no vaso sanitário e saiu do banheiro após escovar os dentes pela quarta vez no dia - que havia acabado de começar. Matt estava deitado sobre a cama, dormindo de bruços e com a boca levemente aberta, não deixando de ser fofo aos olhos da noiva. Becky riu consigo mesma e sorrateiramente saiu pela porta de vidro da varanda, logo sentindo o sol da manhã aquecer sua pele e a brisa constante do mar abraçar seus cabelos.

Recebendo a missão de serem os padrinhos do casamento de Luiza e Leonardo, o casal já estava no Brasil há mais ou menos vinte dias. Depois da festança, Matt e Becky foram o caminho inteiro para o hotel da família Motta - agora sob a administração unicamente de Luiza - falando sobre estender a passagem no país e ficar para o final de ano na cidade natal da mulher. Não foi difícil convencer Nick e Chris a ficarem também, na verdade, os irmãos estavam felizes em não estar no Brasil a trabalho dessa vez e assim poder relaxar nas praias, conhecer novos lugares e explorar a cidade sem uma agenda de compromissos.

Sentada na mesinha da varanda com vista para o mar, Becky estava fazendo um panorama do seu ano. Afinal, era o último dia do corrente ano e pensar no que havia feito ao longo dele era o que as pessoas deveriam fazer. Onde ela errou ou acertou, tudo ficaria para trás e começaria de novo. Era assustador começar de novo.

Antes que deixasse as divagações lhe engolir, a mulher sentiu o celular vibrar no bolso interno do quimono de linho que vestia. Puxou o aparelho e colocou a mão em forma de conchinha sobre a tela para que a claridade do sol não a impedisse de enxergar o nome no identificador de chamada.

A ligação vinha do número de Luiza, mas a voz que Becky ouviu foi a do marido de sua melhor amiga.

— Minha sobrinha! O que vocês ainda estão fazendo nesse quarto, hein? Estamos todos esperando vocês para tomar o café da manhã — Leo anunciou assim que a linha do outro lado foi atendida.

— Bom dia para você também! — Becky riu achando divertidíssima a animação matinal que o mais velho nunca teve. Talvez a fase da lua de mel realmente mudasse o humor das pessoas e ela tinha que admitir que estava ansiosa para ver se o mesmo aconteceria com ela e Matt. — Matt ainda está dormindo e eu não me recuperei de ontem…

Foi uma cena e tanto ver Becky levantar da mesa de jantar do restaurante principal do hotel e disparar para o banheiro mais próximo. Matt imediatamente correu atrás dela, se escorando contra a porta e pedindo permissão para entrar e ajudá-la. A mulher garantiu que estava enjoada por algo que comeu mais cedo e que o mal estar logo passaria - o que certamente não aconteceu, já que acordou com o mesmo sintoma.

— Oh, é sério? Há quanto tempo está assim? Tem certeza que não quer ir ao pronto-socorro ou tomar algum remédio?

Becky fez careta com a menção aos medicamentos, era sempre sua última opção.

— Não se preocupe com isso, tio.

— Tarde demais. Bom, então eu devo dizer que vocês não vêm para o café da manhã?

— Estaremos aí para o almoço, eu garanto.

— Ok. Vamos para a piscina logo depois do café, qualquer coisa se juntem a nós! — Leo disse, sorrindo abertamente mesmo que a morena não pudesse ver.

— Pode deixar. Até mais, tio Leo.

Assim que Becky encerrou a ligação, a porta de vidro deslizou no trilho e Matt apareceu saindo do quarto. Seus olhos claros estavam praticamente fechados para evitar a claridade de incomodá-los, seu cabelo um pouco mais longo que o usual estava espetado em todas as direções e ele deixou escapar um longo bocejo preguiçoso. Era a imagem que Becky iria encontrar todos os dias pela manhã quando passasse a acordar ao lado dele. Eles trocaram um sorriso como se estivessem pensando a mesma coisa.

— Bom dia — disse ele, a voz rouca e os passos lentos até a cadeira à frente da noiva.

— Bom dia — ela repetiu com um sorriso de lado.

— Como você está? Melhor do que ontem à noite?

Becky suspirou atraindo os olhos azuis de Matt a varrerem o seu rosto e identificar a resposta antes que saíssem da boca dela.

— Nada melhor. Praticamente não dormi essa noite e não sei te dizer quantas vezes vomitei. Não tem mais nada no meu estômago, Matt. — Choramingou, colocando a mão sobre o rosto e erguendo um dos pés até que achasse o colo dele para descansá-lo ali. Matt começou a massagear o pé dela na mesma hora.

— Não é só algo que você comeu, né?

Matt também já estava juntando as peças.

— Vamos lá para dentro — Becky disse, a bochechas ficando quentes porque estava morrendo de medo de que conclusão iriam chegar sobre o que estava acontecendo com ela.

Sentou-se na cama macia, desfazendo o nó do quimono para tirá-lo, pois de repente estava calor demais para roupas de linho. Matt, pelo contrário, vestiu uma das camisas floridas de botões que havia ganhado no Natal - presentes de Chris e da namorada, que compraram para zoar achando que ele detestaria, mas lá estava ele usando todas as estampas e cores - e sentou ao lado da mulher.

— E então…? — Matt insinuou com um sinal claro que ela poderia dizer qualquer coisa que estava passando em sua cabeça naquele exato segundo. Becky engoliu em seco e o olhou nos olhos.

— Eu acho que estou grávida.

O Matt que desceu em um joelho, com o anel solitário de prata de mais quilates do que muitos poderiam pagar dentro de uma caixinha aveludada e fez o pedido de casamento para Becky já se imaginava vivendo aquele momento. Talvez não tão cedo, mas ele podia dizer que sonhou uma ou duas vezes com um bebê em seus braços durante os últimos meses. A ideia também era aterrorizante, no entanto. O que um cara de vinte e três anos poderia ensinar a uma criança? Como as pessoas se responsabilizavam pela criação completa de um mini-humano que dependia totalmente deles? Como seus pais tinham feito aquilo três vezes de uma vez só?

Aquela frase colocou toda a vida de Matt em outra perspectiva.

Sua mente lhe empurrou de volta para o quarto de hotel. Becky. O assunto principal. Precisava dizer alguma coisa porque o silêncio já havia durado uma eternidade para ela.

— Eu sei. — Ele parecia impassível quando disse isso, como se esperasse uma reação da noiva para espelhar a sua própria.

— Você sabe? — Becky respondeu alarmada, arregalando os olhos e abrindo a boca em confusão e surpresa.

— Quer dizer, eu acho que sim. — Matt procurou olhar nos olhos dela para completar: — Não me entenda mal, mas você tem estado sempre cansada, essa coisa de "Mattitude" minha parece ter passado para você, — Becky riu e piscou os olhos vermelhos que seguravam as lágrimas. Ele respirou mais aliviado ao fazê-la rir. — e bem… Seu corpo parece mais sensível. E eu notei isso aí.

A mulher desceu os olhos para o próprio busto, para onde o noivo também olhava quando disse a última frase. Ela balançou a cabeça desacreditada consigo mesma por não ter reparado naqueles detalhes ou escolhido ignorá-los.

— Desde quando você sabe?

— Há uma semana, mais ou menos. Eu não disse nada porque sei que você odeia quando aponto a chegada da sua TPM ou algo assim. — Ele estava na defensiva como um gatinho acuado. Becky achou graça. — Desde quando você sabe?

— A ficha caiu esta manhã, mas minha menstruação está a um dia de estar atrasada duas semanas agora. Eu deveria saber.

— Mas não temos certeza.

— Não temos certeza — ela disse, respirando fundo e evitando o possível choro. Se Matt reparou que ela estava prestes a se debulhar em lágrimas, não disse nada tampouco fez alguma coisa. Ela preferiu assim, de todo jeito.

Ele levantou-se, bateu as mãos na bermuda de tactel como se procurasse por algo nos bolsos inexistente e anunciou logo em seguida:

— Precisamos ter certeza, então. Vou sair para comprar um teste de gravidez. Você viu a minha carteira?

Matt parecia estar no automático; Becky não conseguia decidir se aquilo tudo era bom ou ruim.

— Na mesinha de cabeceira do seu lado da cama — ela respondeu e riu baixinho, mais para descontrair a si mesma do nervosismo do que por estar achando graça de algo. — Mas, Matt, você não sabe falar ou ler em português, como acha que vai conseguir encontrar uma farmácia e comprar algo por aqui?

— Você tem razão. — Ele piscou, se dando conta de onde estava. — Então, o que faremos?

— Bem, você pode sentar, respirar fundo e me esperar ligar para a farmácia. Você parece prestes a entrar em pânico, amor… — Becky disse, se levantando da cama enquanto Matt voltava a sentar na ponta do colchão.

— Me desculpa, eu só estou processando tudo. Isso é uma grande coisa, linda, um bebê muda tudo agora. — Ele estreitou os olhos, se inclinou e deu um tapinha no próprio rosto como se tentasse acordar a si mesmo.

Era claro que Becky entendia a reação dele. Ela já era bastante crescida para saber que nem tudo era como nos livros ou nos filmes onde os personagens sempre tinham reações instantâneas, ou odiavam ou amavam a notícia e faziam um grande espetáculo por isso. Eles eram pessoas reais, com sentimentos reais e com a possibilidade de ter suas vidas reais balançadas por riscos em um teste de gravidez.

A mulher suspirou e fez a discagem do número da farmácia que o Google indicou ser a mais próxima. Enquanto não atendiam do outro lado, ela mandou um olhar ansioso para Matt e sorriu com os lábios fechados.

— Eu sei que é muito, mas só quero ter a certeza de que você está comigo nessa — a mulher disse, soando mais apreensiva do que esperava.

— É claro que eu estou — Matt garantiu, se apressando para segurar a mão dela. — Eu sempre vou estar com você nessa e em todas ou quaisquer outras.

— Obrigada — ela sussurrou, bem antes de ouvir o clique que indicava a ligação sendo respondida. Enquanto falava ao celular em sua língua materna, - pedindo que a farmácia garantisse a entrega das caixas dos testes em uma sacola de papel - seu noivo estava ali segurando sua mão.

A espera foi um tanto demorada para duas pessoas corroendo de ansiedade. Becky ainda ligou para a recepção do hotel e informou que Matt iria buscar a entrega em seu nome antes que realmente chegasse - todo o cuidado era pouco para duas pessoas meramente públicas e conhecidas por pelo menos todos os funcionários da albergaria.

Pelo lado positivo da coisa, ela teve tempo de reparar no homem com quem estava prestes a dividir a vida. Não que não tenha feito isso ao longo dos quatro anos em que estava com ele, mas precisava ver se algo tinha mudado desde alguns minutos antes quando a possibilidade de terem um filho juntos foi exposta. Matt era o mesmo, com olhos brilhantes de paixão toda vez que a olhava e sorrisos compreensivos quando ela contava nos mínimos detalhes sobre o seu dia. Um pouco de barba, os braços mais fortes, novas tatuagens e o cabelo cortado de uma forma diferente vieram nesse meio tempo, mas nada que pudesse alterar a essência do homem pelo qual Becky se apaixonou.

Ela pensava no quanto iria mudar caso estivesse realmente esperando um bebê. Já tinha ouvido dizer que algumas mulheres tinham mudanças reais de pensamento, personalidade e visão do mundo quando se tornavam mães. Enquanto Matt estava lá embaixo buscando o pedido da farmácia, ela se perguntou se ele continuaria amando-a do mesmo jeito.

Felizmente ela tinha um exemplo excelente de mãe convivendo bem próximo dela e sabia que teria muitas, senão todas, as suas dúvidas sanadas pela mais velha. Falaria sobre isso com Mary Lou assim que contassem para ele e o marido sobre o bebê. E… oh, meu Deus, ela já estava pensando como se estivesse grávida.

Bom, mais alguns minutos e ela descobriria a verdade. Matt bateu na porta do banheiro quando Becky terminou de seguir as instruções do último teste.

— E aí? — ele perguntou evidentemente ansioso, as mãos suadas sendo limpas no short a cada poucos segundos.

— Temos que esperar mais um pouco pelos resultados. — Ela sentou no chão do banheiro com as costas apoiadas na parede contrária a pia, onde os testes estavam enfileirados.

— Você está bem com isso? Independente do resultado que der? — Ele sentou-se ao lado da mulher e trouxe a mão dela para seu colo, girando o anel de compromisso no dedo comprido de unhas pintadas de branco para o Ano Novo.

— Acho que estou. Nós nunca chegamos a conversar sobre quando teríamos filhos, mas eu estava planejando algo em torno do terceiro ou quarto ano depois do nosso casamento. Caso dê negativo, essa é a nossa conversa sobre planejamento familiar, caso dê positivo, essa conversa não adiantou de nada — Becky disse calmamente, como uma garota bêbada no chão de um bar. Matt riu disso, sabia que era a intenção dela meio que fazer aquela piada.

— Há algumas coisas em que comecei a acreditar desde que começamos a namorar. Uma delas é o destino. Se tivermos um bebê agora, é como deveria ser segundo o que o destino traçou para nós. Não é como se fossemos adolescentes inconsequentes ou coisa parecida também. Quero dizer, o que as pessoas esperam de um casal de jovens adultos que moram na mesma cidade e convivem quase vinte e quatro horas/sete dias por semana juntos? Com certeza não esperam que um saco de batatas seja feito! — Ela estava gargalhando, do tipo jogar a cabeça para trás e lágrimas nos olhos. Matt se considerava sortudo por fazê-la rir mais uma vez. — A segunda coisa em que acredito desde o dia um é que você será uma mãe incrível, Isis. Você tem esse instinto natural com as crianças, eu já te vi proteger, orientar e verdadeiramente se envolver com meia dúzia delas e fiquei infinitamente mais apaixonado na ideia de ver como se sairá com uma criança nossa. Quando o choque inicial passar, eu prometo que vou ter mostrar exatamente a mãe em você que vejo.

— Você está falando como se já soubesse o resultado — ela murmurou com a voz embargada. Lá estavam todos aqueles hormônios, era muito óbvio.

Matt desviou o olhar para a pia, de volta para a morena e então pegou o celular para checar os minutos passados.

— Está na hora de realmente saber. Vem, me dá a mão. — Ele se colocou de pé e a ajudou a se levantar também.

Eles trocaram um olhar, apertaram os dedos das mãos que estavam entrelaçadas e viraram em direção aos três testes diferentes.

Dois risquinhos na vertical.

Dois risquinhos, um na horizontal e outro mais aceso na vertical.

Grávida +3, aparecia no pequeno visor do último teste.

— Vamos ter um bebê — Ela riu e balançou a cabeça lentamente, a visão começando a ficar turva pelo acúmulo de lágrimas.

— Essa é a minha resolução de Ano Novo, porra — Ele sussurrou ao sentir o peito se encher de um sentimento anteriormente desconhecido, um amor por alguém que ele havia acabado de saber da pré-existência.

Puxou Becky para seus braços e passou os próximos cinco minutos murmurando palavras de afirmação no ouvido dela. Eles se beijaram, uma, duas, três vezes até que voltaram para o quarto e encontraram um jeito de assimilar - ou comemorar - a notícia.

Naquela noite, Matt realmente fez suas resoluções em forma de oração e pediu aos céus que lhe concedesse sabedoria para cumprir com o dever que iria desempenhar quando o seu bebê chegasse. As resoluções de Becky não foram tão diferentes, e mesmo que não fosse uma mulher religiosa, ela também se permitiu pedir proteção, sabedoria e coragem para o novo ano que com certeza mudaria sua vida para sempre.

— Eu quero contar para o tio Leo e para a Lulu antes de irmos embora — Becky comentou quando estavam voltando da queima de fogos de artifícios em Copacabana.

Chris estava tão feliz e impressionado com o momento que havia vivido que ao menos ligava para a conversa que acontecia no banco de trás da minivan alugada por eles. Ao lado dele, Nick descansava a cabeça no ombro do namorado enquanto revisava a pequena gravação que fez antes da virada do ano e nos bancos da frente, Luiza e Leo - no banco do motorista - conversavam alheios ao resto do mundo.

Matt beijou a testa de sua noiva e balançou a cabeça em concordância, mesmo que Becky ao menos pudesse ver já que também estava deitado no ombro dele.

— É justo — disse ele, olhando ao redor para se certificar de que ninguém estava nem remotamente interessado na bolha deles. O que era engraçado já que Matt e Becky estavam literalmente agindo como bobos o dia inteiro. — Eu acho que tenho uma ideia de como quero contar aos meus irmãos.

— Você quer gravar isso?

— Se você estiver confortável, por mim tudo bem também.

— Acho que seria legal um vídeo com as reações.  — Becky sorriu, brincando com o botão da camisa branca de algodão que o homem usava. — Eu quero que as pessoas saibam em algum momento.

— Mas nós vamos esperar o primeiro trimestre passar, não é? — Matt soou preocupado.

— Com certeza. — Ela o olhou desconfiada logo em seguida. — Você parece saber bastante sobre isso.

— Bom, eu nunca tive uma noiva grávida antes, então tive que fazer uma pesquisa.

— Acho bom, porque eu nunca estive grávida antes — ela sussurrou e os dois riram baixinho.

Seguiram o resto da viagem em silêncio, mas os toques estavam sempre ali, demonstrando a presença e o carinho um para o outro.






















15 de janeiro de 2027
Los Angeles, Califórnia

Era a sexta vez em que os trigêmeos Sturniolo gravavam o vídeo anual fazendo entrevistas a eles próprios. Muitas respostas foram diferentes desde o primeiro vídeo e essa era a graça da coisa e o objetivo pensado lá atrás, ver o quanto cresceram, mudaram e aprenderam durante um ano.

O car video de sexta-feira havia sido lançado há poucas horas e eles estavam ajeitando o cenário para gravar o das entrevistas - mais câmeras que o normal foram instaladas na sala espaçosa da casa deles em Los Angeles sem que Nick e Chris notassem. Os dois estavam tão cansados das semanas corridas que se seguiram após o Ano Novo que não repararam como Matt e Becky estavam de cochichos pelos cantos e nem as câmeras extras no cômodo.

— Meu nome é Matthew Bernard Sturniolo. Hoje é dia quinze de janeiro de dois mil e vinte e sete — ele disse, conferindo a data no celular e sorrindo brevemente para a câmera, levantando os olhos para onde Becky estava atrás dela, ouvindo a próxima pergunta ser feita. — Tenho vinte e três anos.

Matt foi o último a conceder a entrevista para o vídeo. Seus irmãos estavam no outro sofá, onde a câmera principal não os gravava e distraídos com qualquer coisa nos próprios celulares. Nick foi o primeiro a se atentar quando Becky leu o último tópico para o moreno na frente da câmera.

— Diga algo ao seu futuro eu — Becky disse.

— Oh, cara, eu espero que você ainda esteja fazendo o que gosta, se descobrindo nesse mundo e com seu bebê nos braços. Sei que deve estar sendo assustador e excitante ao mesmo tempo, mas você tem uma mulher incrível ao seu lado e que com certeza está te ajudando a ser o melhor pai que você tem potencial para ser. — Matt gesticulava com as mãos, sorria nervoso e então olhou para os irmãos ao lado.

— Você está brincando comigo agora… — Chris disse, paralisado com o celular na altura do rosto e a postura desleixada e congelada no sofá.

— ISSO É SÉRIO? — Nick gritou procurando ver a reação de Becky, que começou a rir e acenar com a cabeça.

— Cadê as câmeras!? Isso é uma pegadinha! — Chris levantou-se do sofá e rodou a passos apressados pela sala.

— Chris, tem câmeras em literalmente todos os lugares aqui, mas é verdade, irmão. — Matt se aproximou para dar dois tapinhas nas costas do mais novo e o acalmar.

Becky estava pegando o envelope do ultrassom na bolsa em cima da mesa da cozinha nesse meio tempo.

— Aqui. — Ela entregou a Nick.

— Cacete, vocês vão ter mesmo um bebê? — o rapaz disse, cada vez mais embasbacado ao perceber que não se tratava de uma pegadinha.

— Puta merda, gente! — Chris colocou a mão na boca após olhar por cima do ombro do irmão e ver a confirmação da gravidez na imagem da ultrassom que ele não sabia muito bem o que deveria estar enxergando. Definitivamente há um tipo de ovo aqui, ele pensou. — Quando vocês descobriram?

— No dia do Ano Novo lá no Brasil — Becky respondeu passando o braço pela cintura dela Matt, que a abraçou pelo ombro. — Eu fiz alguns testes de gravidez apenas para confirmar a nossa desconfiança.

— Fizemos o exame de sangue assim que voltamos para LA porque queríamos contar logo para vocês e de um jeito higiênico — Matt completou.

— Graças a Deus vocês tiveram o senso de não me fazer segurar um objeto em que minha cunhada fez xixi. — Nick fez uma careta e balançou a cabeça, enojado só de imaginar. Todos caíram na gargalhada.

— Parabéns, irmão. Meu Deus, isso é incrível, insanamente louco e incrível — Chris disse, um pouco emocionado ao abraçar Matt. Ele negaria se alguém perguntasse se haviam lágrimas nos seus olhos quando abraçou Becky em seguida.

— Eu estou tão feliz por vocês, de verdade. — Nick beijou o topo da cabeça de Becky ao abraçá-la. — Se essa criança não for minha afilhada, nós teremos um problema — ele avisou a Matt ao trocarem um abraço reconfortante.

— Eu não posso dizer que não estava esperando por essa ameaça. — Matt riu.

— Uau… Um bebê — Chris enfatizou ao limpar os olhos. — Eu vou estragar tanto esse pestinha.

— Deus, não! — Becky sussurrou-gritou levantando uma das mãos. — Nós não precisamos de outro Christopher!

— Falando nisso, já pensaram em nomes? Eu acho Christopher uma ótima sugestão…

Os quatro até esqueceram que o vídeo ainda estava rolando pelos próximos dez minutos em que passaram rindo e comentando sobre o mais novo integrante da família que ainda nem havia chegado.

Quando Matt e Becky se olharam em algum momento entre a risada escandalosa de Chris e a piada inapropriada de Nick, eles souberam que suas perspectivas estavam alinhadas, enfim.

i. era pra eu postar isso aqui apenas dia 31 mas infelizmente tenho ansiedade 🤩

ii. capítulo muito importante, eu escrevi ele todinho chorando!!!!! já sabem o que vem por aí agora né? 🤱🏻👨‍👩‍👦 estou me sentindo uma AVÓ, eu vi essas crianças nascerem gente 😭

iii. espero de coração que vocês tenham gostado e aproveitem essa pequena fase final (extra) de dear diary, muito obrigada a quem me convenceu a fazer isso. amo vocês e até o próximo 💞

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