bonus | around the christmas tree
Você se sentirá emocionado
Quando ouvir
Vozes cantando: Vamos nos alegrar
Enfeitem os corredores com ramos de azevinho
Rockin' Around The Christmas Tree - Brenda Lee
— Talvez seja um pouco demais, mas... é...
— É incrível! — Becky cortou o marido, sorrindo com orgulho ao recuar e admirar seu trabalho. — Eu falei que uma árvore de verdade daria um charme diferente na decoração.
Às vezes, a mulher não conseguia acreditar que ter um pinheiro de verdade dentro da sala de estar era uma cultura muito comum para os norte-americanos no Natal. Ao longo dos anos, ela se curvou ao que de mais extravagante tinha no comércio natalino, não se importando em alimentar o capitalismo que envolvia a data comemorativa. Era sobre fazer memórias, afinal.
Matt ajeitou os presentes embaixo da enorme árvore embrulhada em pisca-pisca branco, mas sua organização ficou tão semelhante ao que teria feito um Papai Noel bêbado na noite mais importante do ano para crianças ao redor do mundo. Becky riu e disfarçadamente refez a ordem dos presentes enquanto o marido comia os biscoitos feitos com a ajuda da filha naquela tarde e terminava de tomar o copo de leite.
— Hailee não vai ligar para como os presentes estão organizados ou não — Matt resmungou, cruzando os braços quando notou o que a mulher estava fazendo.
— Estou tentando criar uma mocinha organizada aqui. Ela não precisa ser parecida com você em tudo…
— Ei! Eu recolho as roupas, nunca deixo toalha molhada em cima da cama e até separo as louças na hora de lavar. Que mais organização você quer, mulher?
Becky o beijou na bochecha antes de apagar as luzes. O ambiente agora iluminado apenas pelo pisca-pisca pareceu menor e mais acolhedor.
— Tudo bem, você é um pouco organizado. Mas como Papai Noel, tem feito bagunça demais nos últimos anos. — Ela abaixou o tom de voz enquanto passavam pelo corredor que levava aos quartos.
— Não podemos esperar que um velho que entrega presentes para todo o mundo seja o mais organizado. Ele tem pressa e fome, é mais coerente acreditar se ele deixar uma baguncinha para trás.
— Você preparou todos os argumentos com antecedência? Jesus.
— Não, não. Eu só sou casado com a Sra. Organização.
Deslizando para a cama, ele rapidamente a trouxe para um abraço apertado.
— Isso é meio Peralta e Santiago da nossa parte.
— Brooklyn 99 — ele disse, pegando a referência. — É o programa perfeito para a véspera de Natal.
Passados três episódios da série de comédia, o casal ainda estava sem sono, mas precisavam dormir para que acordassem tão disposto na manhã de Natal quanto sua bebê de dois anos que certamente pularia da cama bem cedo.
Becky adorava as conversas tarde da noite com Matt, e isso a ajudava a relaxar e dormir mais rápido.
— Qual é a sua primeira lembrança de Natal? — ela perguntou na escuridão do quarto após a televisão ser desligada.
— Hm… Acho que eu tinha dois anos. E naquela noite eu vi definitivamente o Grinch entrar no nosso quarto, tirar Chris do berço e o levar pela janela.
Becky não pôde deixar de rir baixinho, aconchegando-se mais ao peito de Matt.
— Você é tão pouco sério.
— Eu estou falando muito sério!
— E você voltou a dormir depois de ver o Grinch levar o seu irmão?
— É claro que sim. Eu era apenas um bebê, o que poderia ter feito? Quando acordei de novo, Chris estava de volta no berço.
— Não vai me dizer que ele era um grande bebê verde quando Grinch o devolveu.
— Você pode não acreditar, Becky, mas eu sei o que vi — ele retrucou, nunca deixando de sorrir com a conversa boba. — E qual é a sua primeira memória?
— É de quando eu tinha uns... sete anos. Nunca acreditei em Papai Noel e não tinha quem me contasse histórias para dormir, então acho que foi nessa idade que fiquei sabendo que o Natal era uma coisa real para o resto do mundo — disse ela, e fez Matt cair na gargalhada, apenas para silenciá-lo imediatamente através de suas próprias risadas. — Você está rindo da minha infância triste com pais ausentes?
— Nunca, meu amor, mas você deu uma exagerada agora.
Eles brincaram sobre o assunto mais um pouco até que Becky ficasse emocionada ao perceber que já era o terceiro Natal desde o nascimento de sua filha e que seus pais só a conheciam por uma tela de celular.
— Eu sou tão grata por você e pela nossa família. Não acho que eu teria feito isso com mais ninguém se não fosse com você, Matt.
— O quê? Ter uma família?
— Sim, especialmente em ter filhos. Você sempre foi tão bom com crianças e eu ficava tão desconfortável perto delas porque sentia que estava agindo com frieza, sabe? E eu sabia também que não era o jeito que elas mereciam ser tratadas.
— Você é uma mãe maravilhosa, Becky. Eu vejo o amor que você dá à nossa filha todos os dias. Sua dedicação, paciência e carinho são algumas das coisas que Hailee terá orgulho em dizer que puxou dessa mãe incrível que ela tem. Você está quebrando o ciclo, construindo algo novo e bonito para essa família — Matt completou e Becky sentiu um beijo sendo depositado em sua têmpora. — Você é tão boa com ela, meu amor. Ela te ama mais do que você pode imaginar. E eu também te amo. Eu sou muito grato por nós.
Ela sorriu timidamente, sentindo um calor reconfortante nas palavras do homem por quem era imensamente apaixonada até os dias de hoje.
— Obrigada, Matty. Às vezes, só preciso ouvir que estou fazendo a coisa certa.
Ele a abraçou mais forte, deixando um outro beijo em meio aos cabelos dela.
— Você está fazendo mais do que a coisa certa, está fazendo uma coisa maravilhosa por essa família. E estamos juntos nisso, lembra?
Ela adormeceu com essa certeza no coração.
Quando acordou na manhã seguinte, Matt tinha acabado de sair para o corredor. Ele tinha certeza de que ouviu a babá eletrônica anunciar que Hailee já estava acordada e não demorou para ir buscá-la.
Por um segundo, Becky ficou naquele limbo de querer aproveitar alguns abraços matinais na cama com o marido, mas quando ouviu-o murmurar: "Hailee, é manhã de Natal!" do quarto dela, soube que seria uma manhã ao contrário de preguiçosa.
Quando sua bebê gargalhou de um jeito que o filme “Tinker Bell” diria que uma fada estava nascendo, ela apressou o passo para encontrá-los já na sala de estar, Hailee com seu pijama macio de Natal e seu cabelo loiro emaranhado, Matt com uma camiseta branca que deixava os braços à mostra e calça de pijama xadrez, mexendo nas meias cheias de pequenos presentes presas ao console da lareira.
Becky se aproximou, entrando em um abraço fofo e apertando, onde aproveitou para beijar e desejar feliz Natal a Matt. Eles repetiram a frase para fazer com que Hailee dissesse também.
— Espere, vou pegar o celular para gravar um vídeo para sua família — ela disse, correndo de volta para o quarto para pegar o aparelho que estava no carregador.
Hailee iria adorar ver o quanto havia sido uma bebê muito fofa no futuro, assim como seus parentes agradecem a fofura da pequena toda vez que surge um vídeo ou foto dela no grupo de mensagens.
Memórias, certo?
— Sabe quem esteve aqui, Hails? O Papai Noel! Sim, e ele te deixou todos esses presentes, viu só? — Matt falou baixinho para a filha, não percebendo que Becky já estava de volta na sala capturando o momento em seu celular.
Com a câmera apontada para eles, Becky sorriu emocionada enquanto observava Hailee atentamente para ver sua reação. Ela esfregou os olhinhos com o punho antes de rir quando do colo do pai, alcançou um enfeite da árvore.
Becky filmou o rosto de Matt e percebeu que, na verdade, lembraria daquele momento sem precisar de uma câmera, porque ele era sua memória feliz. Matt, que era um pai excelente para sua filha mesmo quando também era sua primeira experiência no quesito. Matt, que passou noite após noite embrulhando presentes, desperdiçando muito papel de embrulho e fita adesiva porque sempre fazia tudo desorganizadamente. Matt, que se deu ao trabalho de fazer da sua sala um grande espetáculo natalino só porque achou que seria muito especial para Hailee. E Hailee, que pouco entendia sobre o Natal, mas certamente ficaria animada para desembrulhar alguns presentes e encontrar novos brinquedos dentro.
Ela filmou mais um pouco, dando o zoom necessário nas expressões do marido enquanto ele sussurrava coisas para a bebê, as sobrancelhas erguidas no rosto enquanto apontava para cada decoração da sala de estar. Matt abraçou sua filha com força, dando um beijo em sua bochecha gorducha pouco antes de ela apontar para os presentes debaixo da árvore e ele colocá-la no chão, deixando que explorasse os embrulhos que em sua maioria pertenciam a ela.
Matt sorriu para a câmera quando viu que Becky não estava seguindo Hailee com os presentes e apontou para que virasse o foco para si própria. Quando fez isso, ele se aproximou e a abraçou por trás, beijando sua bochecha repetidas vezes, a mulher riu ao tentar fugir do ataque surpresa.
Voltando para Hailee perto da árvore, Matt entrou novamente no enquadramento e sentou-se ao lado dela. Becky sentiu uma lágrima escapar de seus olhos enquanto acompanhava a cena pelo celular.
— Hailee, filha — ela chamou suavemente, acenando para que a menininha olhasse em direção a câmera. — Feliz Natal, meu amor.
— Fefiz Natal, mamãe — disse Hailee, sorrindo para a mãe.
Não importava qual era sua primeira memória de Natal ou qual era a favorita. Para Becky, qualquer memória que incluísse Matt e Hailee era gravada em seu coração.
eles são o casal mais feliz do mundo 😭😭
para as viúvas de becky e matt essa é pra vocês!! espero que tenham gostado de mais um especial desses que meio que tem o melhor bônus de natal ❤️🩹🫂
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