30 | next to you in malibu
Nós somos como as ondas
Que balançam pra frente e pra trás
Às vezes eu sinto como se estivesse me afogando
E você está lá para me salvar
E eu quero te agradecer
De todo o meu coração
É um novo começo
Um sonho se tornando realidade
Em Malibu
Malibu - Miley Cyrus
17 de março de 2022
Los Angeles, Califórnia
— Ok, eu vou ignorar seja qual merda isso for — Nick disse balançando a mão na direção dos irmãos, que estavam naquele momento dançando abraçados.
— A MÃO! — Matt gritou quando Chris moveu a mão muito para baixo nas costas dele, fazendo-o se contorcer para sair do abraço do mais novo.
Ambos gargalharam enquanto Nick tentava afastá-los aos socos. Enquanto isso, Becky no canto balançando a cabeça em descrença pela atitude infantil dos amigos. Ela lançou um olhar para a câmera como se fosse sua quarta parede sendo quebrada e pensou que Nick podia usar aquele exato momento para a introdução do vídeo de quarta-feira.
Eles estavam em Los Angeles há quatro dias e já tinham o conteúdo das duas semanas seguintes para o canal. A casa de Laura estava servindo de abrigo para os adolescentes e mesmo que Becky estivesse sentindo-se muito envergonhada por ocupar mais espaço na casa da empresária dos meninos, não podia negar que nunca teve um tratamento tão bom quanto o que estava recebendo da mulher.
Ela finalmente tinha conhecido Madi e estava adorando cada segundo ao lado da garota. Madi era divertida e muito doce, estava completamente disposta a ajudar Becky com a adaptação na cidade. Além de ter conhecido muitos jovens criadores e influenciadores que eram administrados pela mesma empresa que os Sturniolo, ela ainda estava direcionando ideias de conteúdo sem ao menos notar o que fazia. Era realmente uma dádiva a visão da garota para o negócio, e isso não estava passando despercebido por Laura.
— Então, hoje nós temos uma convidada muito especial. Nossa querida amiga, Becky. — Nick levantou os dois braços na direção da garota como se a apresentasse em um espetáculo teatral enquanto Chris a puxava para ficar mais centralizada no quadro da câmera. Matt bateu palmas fingindo uma comemoração e a garota sorriu por cima das bochechas coradas enquanto acenava para a câmera.
Eles conseguiam deixá-la confortável com a menor das bobeira que faziam e por isso foi tão fácil convencê-la a estar naquele vídeo. Ela era a convidada especial porque foi quem deu a ideia do conteúdo, nada parecia mais justo para os trigêmeos do que trazê-la para participar.
— Ela pirou quando encontramos lojas que vendem produtos brasileiros aqui em Los Angeles e sugeriu que fizemos um vídeo provando alguns doces de lá — Chris continuou a falar para introduzir a participação da morena e sorriu ao balançar de leve os ombros dela. — Eu estou tão animado por isso.
— Você é uma criança, Chris — Nick disse olhando-o de lado.
Matt apontou para as embalagens de doces em cima da mesa de tênis. Eles tiveram que improvisar aquela já que a mesa da cozinha estava sendo usada pela funcionária da casa que preparava o almoço.
— Esses são todos os doces que compramos. Por qual devemos começar, Becky? — Matt perguntou.
Chris apoiou os cotovelos na mesa enquanto olhava para o saco de Dadinho como se fosse a coisa mais interessante do mundo. A morena riu e apontou para o doce à base de amendoim.
— Sim! — Chris comemora dando um soquinho no ar e ajeita a postura quando pega o pacote.
— Qual é o nome desse? — Becky o incentivou a ler o nome na embalagem.
— Dadino? Dadio? Daiiiino…
Os três tentaram falar ao mesmo tempo, enrolando a língua e fazendo caretas engraçadas na pronúncia da última sílaba. Becky repetiu e eles a acompanharam, mas ainda assim soava errado, o que fez a garota rir.
— Hm, amendoim — Nick disse assim que colocou o doce na boca.
— Eu ia dizer a mesma coisa. — Matt balançou a cabeça.
— Até porque você está comendo o mesmo doce que eu, né porra? — ralhou o mais velho, sem paciência com o irmão sendo óbvio e lerdo.
— Vocês gostaram? — a morena perguntou.
— É bom, é cremoso — Chris disse, logo depois levando olhares suspeitos dos irmãos. Ele revirou os olhos enquanto os outros dois se acabavam de rir. — Porra, vocês têm 5 anos, não é possível.
— Ok, que nota vocês dão para o Dadinho?
— É um 7 pra mim. Parece pasta de amendoim em outro formato, nada de novo — Matt respondeu a brasileira que o olhou como se estivesse ofendida.
— Não se pode comparar tudo feito de amendoim com pasta de amendoim!
Alguns muitos doces depois - Chris já segurando a barriga por ter devorado três Chokitos e Nick escondendo a caixa de paçoca como se a câmera não estivesse gravando-o - Becky deu as médias das avaliações que os trigêmeos fizeram. Paçoca, Chokito e o biscoito Bono foram os que tiveram as notas mais altas.
— Eu gostei, realmente gostei dos doces — Nick disse, tentando falar mais alto e interromper o falatório dos irmãos. — Mas o tesouro brasileiro é isso aqui.
Ele pegou uma lata de Guaraná Antártica e levou para perto da câmera.
— Da onde você tirou isso? — Chris perguntou quase perdendo o ar de tanto rir ao perceber que o mais velho apareceu com a lata de refrigerante do nada.
— Cala a boca, feio — ele murmurou, virando-se para encarar o garoto depois de girar a lata mostrando para a câmera.
— Sim, Guaraná! Meu Deus, eu amo esse refrigerante! Aí que saudade. Eu nem sabia que você tinha encontrado! Quando comprou? — Becky disparou a falar enquanto ia na direção de Nick para pegar a bebida.
— ESSE É MEU! Tem mais na geladeira! Sai, Rebecca!
— Espero que vocês tenham gostado desse vídeo e até o próximo. — Chris se despedia enquanto fazia uma dancinha com os braços. Ele tirou a câmera do tripé e levou até o irmão, Matt gritou na lente e encerrou a filmagem.
— Você já foi mais carinhoso com os inscritos, sabia? Antes era um beijinho e agora você grita com eles! — Becky perturbou quando parou ao lado do moreno para ajudá-lo a arrumar as coisas espalhadas pela mesa.
Nick e Chris já tinham se dispersado dentro da casa, provavelmente para reunir e guardar seus pertences antes da viagem até Malibu dali a poucas horas. Eles resolveram alugar um Airbnb na costa californiana para passar o fim de semana antes de terem que voltar para Boston.
— É o meu jeitinho. — Matt deu de ombros com um sorriso de lado no rosto. Becky riu e subiu o olhar até ele, logo notando que o garoto já a encarava. Ela abriu a boca para dizer algo, mas as palavras se tornaram inúteis diante daqueles olhos azuis. — Pode deixar que eu termino aqui. Vá arrumar as malas porque nós sairemos logo depois do almoço.
— Não, tudo bem. Já está tudo no jeito, eu te ajudo com isso aqui.
Matt sorriu mais uma vez, apreciando a companhia da morena e voltando a organizar as embalagens para jogar fora em silêncio.
Quando Becky passou pela sala de estar com o que havia sobrado dos doces para guardar, Laura a interceptou.
— Becky, querida, podemos conversar? — a mais velha pediu.
19 de março de 2022
Malibu, Califórnia
Era a primeira hora da madrugada de sábado quando Becky acordou no susto. Seu coração batia descompassado e o cabelo estava grudado na testa suada. Ela movimentou os dedos, sentindo-os dormentes sob sua palma. Se fora um pesadelo, ela não se lembrava, mas a agonia no peito continuava a incomodar até que ela saísse da cama.
Madi dormia tranquilamente bem ali ao lado, Becky suspirou quando percebeu que poderia tê-la acordado também. Deixou o quarto depois de fechar a porta de correr por onde a brisa noturna de Malibu fazia as cortinas balançarem.
A semana não podia estar sendo mais incrível. Além da companhia dos amigos, o descanso merecido da faculdade e poder aproveitar as praias da Califórnia, Becky ainda tinha acabado de conseguir um emprego. Laura viu o potencial que a garota tinha na área digital e pessoalmente a convidou para fazer parte de sua equipe. A administração da carreira dos trigêmeos ainda seria supervisionada pela empresária, mas Becky teria a oportunidade de ser os olhos, ouvidos e a mente criativa da CEO da Z Star Digital.
Ela recebeu a oportunidade de começar uma carreira quando ainda não era ao menos formada e especializada na área de comunicação, e apesar da responsabilidade, Becky não poderia estar mais feliz. Ela não sabia se os meninos estavam envolvidos nisso, mas foram os primeiros a quem ela agradeceu quando aceitou o trabalho.
E como a cabeça dela não parava, já tinha bem umas três ideias diferentes do que poderia fazer para ajudar os garotos a crescerem ainda mais e estava ansiosa para colocar em prática. No entanto, esse passava longe de ser o motivo pelo qual Becky perambulava pela casa por não conseguir voltar a dormir.
Vinte minutos depois, quando ficou entediada com o celular, a garota ouviu uma movimentação no corredor que dividia a sala dos quartos. Apreensiva com o barulho repentino, ela se ergueu por cima do sofá apenas o suficiente para ver quem surgiria das sombras. Coçando os olhos e com o cabelo bagunçado, Matt passou pela sala sem notar a morena e entrou na cozinha.
— O que você está fazendo acordado? — a garota sussurrou ainda sentada no sofá, o que fez Matt tropeçar para trás de susto.
Ele arregalou os olhos e viu a silhueta de Becky sufocar uma risada com a mão na boca.
— Caralho — ele cochichou, levando uma mão ao peito de forma mais dramática do que o necessário. — Não faça isso de novo.
Enquanto ouvia a risada baixinha da garota, Matt abriu a geladeira para pegar uma garrafa de água. Ele bebeu em pequenos goles ao passo que seguia até a sala, Becky o observou sentar na outra extremidade do sofá e cutucá-la com o pé. Ela virou de frente para ele e apoiou o cotovelo no encosto do sofá.
— Por que você está acordada? — Ele quebrou o silêncio.
— Por que você está acordado? — Becky retrucou. Matt levantou uma das sobrancelhas e um sorriso petulante pairou em seus lábios. — Eu perguntei primeiro.
— Justo. Eu só acordei com muita sede. Acho que não foi uma boa ideia ter comido todas as paçocas que roubei do Nick.
Becky não pôde evitar a risada ao ouvir o sotaque de Matt tentando pronunciar a palavra estrangeira para ele. Era fofo como ele sempre franzia o cenho e fazia um biquinho involuntário toda vez que tentava falar em português.
— E você? — ele completou, jogando a pergunta de volta para a morena.
— Acordei meio assustada e não consegui mais pregar os olhos. Tem essa… sensação no meu peito que está me incomodando — ela sussurrou a última parte como se não quisesse que Matt escutasse. — Eu não sei. Acho que estou ansiosa, mas não faço ideia sobre o que. Como se estivesse esperando algo dar errado.
— Ei, está tudo bem. Você está aqui e está bem. Olha para mim — Matt disse, carinhosamente pegando na mão da brasileira enquanto se aproximava. Becky jogou as pernas para baixo no sofá e deixou que ele chegasse mais perto. A mão livre de Matt acariciava as costas dela. — Tem algo que eu possa fazer? Nós podemos dar uma volta, se você quiser.
— São quase duas horas da manhã, Matt.
Ela riu sem acreditar no que o moreno havia sugerido, mas ao olhar de volta para o rosto dele, percebeu que falava sério.
— E daí? É meio dia em algum lugar do mundo, Becky.
— Tem certeza?
— Sobre o fuso horário? Não, sou péssimo nisso. Mas sobre darmos uma volta, eu estou muito dentro. E eu sei que sou uma pessoa entediante sem meus irmãos, então se não quiser ir…
— Para. Não diga isso. Nós vamos. Eu só preciso trocar de roupa.
— Você está legal — Matt disse passando rapidamente os olhos no que a garota vestia.
— Matt, eu estou de pijama — Becky argumentou enquanto se levantava e soltava a mão dele que estava junto a dela durante todos aqueles minutos de conversa. — O que vamos fazer?
— Algo divertido — ele garantiu, mas não entrou em mais detalhes.
— Ok. — Ela riu com confusão, mas deu de ombros ao concordar. — Volto em um minuto.
A garota entrou cautelosamente no quarto que estava dividindo com Madi e foi até uma de suas malas jogadas no canto para pegar um short jeans e um moletom com capuz e bolsos. Se trocando no escuro, a morena soube que aquele casaco não era dela assim que o vestiu e viu as mangas ultrapassaram seus dedos. Bom, estava em suas coisas, naturalmente agora passava a ser dela.
— Tem pelo menos dois dias que eu estou procurando esse moletom — Matt falou apontando para Becky assim que ela cruzou o portal da sala.
A garota riu e olhou para baixo, a iluminação externa que entrava pelas janelas de vidro permitindo que ela visse a roupa que vestia.
— Ele foi parar na minha mala e eu não sou a responsável por isso.
Matt revirou os olhos para deixar claro que não acreditava naquela baboseira.
— Certo, o que te fizer dormir melhor à noite, Rebecca. — Ele sorriu e passou por ela para pegar a chave do buggy numa tigela de cerâmica na estante da sala.
— Nós podemos usar o buggy? — ela perguntou depois de notar a chave na mão dele.
— Bom, eles não iam deixar aqui se não quisessem que a gente usasse.
— E você sabe dirigir um buggy, Matthew?
— São tantas perguntas, Becky…
Um sorriso provocante se abriu no rosto do garoto enquanto oferecia a mão para ela. Era um convite que Becky estava totalmente disposta a aceitar quando deu a mão para ele e o seguiu para a garagem da casa de praia.
No segundo em que o buggy roncou quando foi ligado, Becky soube que não tinha mais volta - e que provavelmente tinham acordado todos na casa. Matt avançou através do portão aberto no lado que dava na areia da praia e acelerou. O veículo pulava nas dunas enquanto areia era jogada para todo o lado na praia deserta.
— Matt! — Becky riu quando o garoto desacelerou abruptamente numa parte mais firme da areia. — Nós somos fugitivos ou o que?
— Eu assisti muito Velozes e Furiosos, desculpa — ele respondeu com um sorriso travesso que denunciava culpa nenhuma em seu semblante. — Quer tentar?
— Pode ser, mas antes… Acho que isso está pedindo uma música.
Ela tirou o celular do bolso traseiro do short e conectou com o rádio do carro via Bluetooth.
— Você vai colocar uma música da sua playlist? Mas aí só tem pop!
— Isso não é verdade! E ainda que fosse, são as melhores músicas para animar.
— Não, você está errada. Me dê isso aqui — Matt ordenou, tentando pegar o celular da garota.
— Tá! Então, saí para lá.
Becky passou do banco do passageiro para o do motorista pulando o câmbio de marcha, enquanto Matt foi obrigado a descer do buggy e dar a volta. Ela ligou a ignição ao passo que o moreno escolhia uma das músicas da playlist dela, não sem antes reclamar do gosto musical da brasileira.
— Essa é minha música favorita! — ela gritou quando ouviu os primeiros segundos de Little Talks da banda Of Monsters and Men.
— Ela é bastante velha.
— Mais respeito, por favor! É antiga, velha é essa sua cara feia!
— Ouch! Saiba que você não ofende só a mim quando diz isso, viu.
Becky riu e o ignorou, balançando os ombros no ritmo da música. A voz e a risada dela era tudo que Matt conseguia prestar atenção. O som das ondas ao fundo não era nada comparado a tranquilamente que lhe dava ouvir o timbre da gargalhada de Becky.
Naquele momento tudo pareceu ficar em câmera lenta, o veículo dando voltas na areia, as mãos dela para o alto enquanto ele controlava o volante solto e o olhar dela que sorria tanto quanto seus lábios.
Becky ainda ria quando freou o buggy e teve o corpo alavancado um pouco para frente. Ela apoiou uma das mãos no volante enquanto a outra ajeitava o cabelo selvagem por conta do vento que soprava nele. Quando encontrou os olhos de Matt, ele já a encarava de volta espelhando o mesmo sorriso no rosto. Ele afastou mais fios que caíam rebeldes diante do rosto da garota e manteve os dedos muito parte da bochecha dela.
Ela sentia a hesitação nas ações dele, como seus dedos pairam sobre a pele dela sem realmente nunca tocá-la de fato. Becky foi quem se inclinou primeiro, a respiração de Matt se perdeu no mesmo segundo.
O próximo acontecimento daquela noite que ambos iriam se recordar por muito tempo foi os lábios se encontrando timidamente. Lábios frios por conta do vento, porém os mais macios que já haviam experimentado.
Matt levou uma das mãos para o pescoço de Becky enquanto ela procurou apoio no peito dele, suavemente agarrando o tecido do moletom que ele vestia. O beijo não se aprofundou por muito mais tempo quando precisaram se afastar para recuperar o fôlego. Becky ainda manteve os olhos fechados por cinco segundos, esperando que não fosse um sonho ao abri-los.
— Sinto muito… — ela sussurrou.
— Não. Não diga isso — ele protestou logo em seguida, fazendo um carinho no queixo dela com a mão que ainda a tocava. — Quer ir para casa?
— Sim, estou ficando com frio.
Eles trocaram de lugar novamente para que Matt assumisse o volante e os levasse de volta para a casa de praia. O silêncio que perpetuou por todo o caminho de volta e até a hora que se deitaram para dormir juntos no quarto que Matt estava dividindo com Chris, era reconfortante e seguro.
Na manhã seguinte, quando Chris acordou e encontrou Matt e Becky dividindo a outra cama de casal do quarto, nada parecia fazer mais sentido. Ninguém agiu estranho sobre a cena flagrada e por enquanto os dois adolescentes não foram interrogados por conta dela. Mas Nick guardou para si a foto que tirou deles pela manhã.
20 de março de 2022
Los Angeles, Califórnia
O aeroporto estava um caos e era desanimador ficar na imensa fila do check-in. Tudo que Becky queria era chegar em casa e dormir por horas intermináveis, Chris já estava fazendo isso sentado ao lado de Matt e dormindo em seu ombro.
— Chris, estão chamando nosso voo. Hora de ir — Matt disse balançando o irmão com cuidado.
Becky, sentada entre Madi e Nick, estava alheia ao que acontecia e também precisou ser alertada sobre o voo. Ela deu um abraço apertado na nova amiga e a fez prometer que aparecia em Boston em breve ou vice-versa.
Caminhando para o portão de embarque, a garota digitava as últimas mensagens antes que precisasse ligar o modo avião. Ela tirou uma foto para mostrar os últimos minutos em Los Angeles e sorriu ao encaminhá-la.
— O que tanto você sorri para esse celular, hein? — Nick questionou dando uma leve cotovelada na menina. — Está feliz por ir embora?
Matt se atentou a conversa, mas fingiu não ligar quando passou na frente do irmão e da amiga.
— Não tanto. Foi bem legal não ter que me preocupar com trabalhos e provas e estar com vocês aqui.
— Aw, fofa. Mas você me parece animadinha para voltar.
— Logan está prometendo me levar no parque de diversões porque estou voltando. Sério, eu venho perturbando ele para irmos em um desses desde o começo do ano.
— Ah, isso é legal. — Nick sorriu, mas tinha o cenho franzido.
Logan? Sério? Matt virou rapidamente para trás e trocou um olhar com o irmão mais velho.
— Acho que ele está mais ansioso do que eu — Becky continuou.
O sorriso que tinha no rosto ao embarcar no avião lentamente foi substituído por confusão quando viu Matt escolher o assento da janela, colocar o fone de ouvido e ficar na dele até a hora da decolagem.
Becky não precisou de muito tempo para notar o comportamento distante dele e também não demorou para deduzir o que poderia ter acontecido, afinal, ela estava sentindo o mesmo, porém estava se saindo melhor em esconder. O que aconteceu na praia de Malibu não foi mencionado na manhã seguinte, ou no dia inteiro que se sucedeu e ali estavam eles, indo embora do lugar que tinha sido esclarecedor para os sentimentos de ambos.
Esse certamente era um dos motivos, mas para Matt havia mais um agravante. Becky estava voltando para Boston e consequentemente para Logan, era isso, ela estava brincando?
Mas a conversa com Luiza só pareceu atingi-la quando Matt friamente desviou dela assim que eles desembarcaram no aeroporto de Boston e no caminho de volta para casa, ao ter Chris acompanhando-a no táxi para garantir que chegasse bem em casa, ela realmente se deu conta de que fez a única coisa que jurou não fazer: estragar as coisas.
i. olá rs
ii. como ontem não postei, hoje veio dois! juro quase 3.500 palavras nesse aqui, não consigo escrever nada pequeno
iii. o que acharam hein 🤭 amo todos, não me odeiem 🥰
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