Capítulo 26
No dia seguinte quando saí da biblioteca, me sentia um pouco cansada, mas topei ir ao shopping com Dean. Demos um passeio por lá, ele me comprou uns brincos e depois ficamos na fila para comprar refrigerantes e hambúrgueres. Ele estava abraçado a mim enquanto eu passava os olhos pela praça de alimentação, ele sempre ficava com o cenho franzido quando estávamos em público, mas me dissera que estava começando a aprender a blindar seus pensamentos como seus pais verdadeiros o ensinaram. Parei os olhos em uns garotos, reconheci Bianca e tinha outra garota com ela sentada na beirada de uma mesa. Haviam 4 garotos em frente a elas... Um deles era Pierre.
— Olha, o Pierre! – apontei. Dean nem olhou, apenas abaixou a cabeça até a minha e sussurrou no meu ouvido:
— Quer ir falar com ele?
— Tem certeza? Você me espera aqui! – me soltei dele já me preparando para correr.
— Acho que sim, né? – ele olhou para a enorme fila.
— Não demoro! – lhe dei um beijo e fui de encontro ao Pierre, ele me viu antes e na mesma hora puxou Bianca pela cintura e a beijou... Ela pareceu surpresa e feliz ao mesmo tempo, passou o braço em volta de seu pescoço e o beijou também. Seus amigos começaram a rir e zoar ele. Ele ainda deve estar com raiva de mim, é melhor lhe dar espaço. Pensei enquanto voltava para fila e para os braços de Dean.
— Ele supera, todos superam. – ele falou abraçando-me pela cintura.
-— Assim espero. – resmungo, pousando as mãos em seu peito. Depois que fizemos nosso pedido, sentamos em um lugar bem longe deles. Quando olhei um tempo depois, eles já não estavam mais lá.
— Está tudo bem? – Dean perguntou.
— Sim, amor, vamos aproveitar o passeio, está bem?
— É o que mais quero. – consegui deixar Pierre em escanteio enquanto me divertia com meu namorado. Nós dois compramos relógios novos, também compramos livros — ou melhor, ele me comprou uns livros — e só então fomos para casa.
— Eu me diverti muito. – estávamos encostados no carro dele em frente a minha casa.
— Vamos repetir. – disse me dando um beijo casto na testa.
— Esse final de semana. – falei contornado os lábios dele com as pontas dos dedos.
— Não, vamos a outro lugar este final de semana. – ele sorriu, senti calor.
— Onde? – perguntei empolgada e apertei mais meu corpo no dele.
— Eu não vou dizer.
— O que posso fazer para que me diga? – fui subindo minhas mãos por debaixo de sua blusa e passeando por seu peitoral.
— Arrancando minha roupa na rua com certeza não é uma opção. – ele riu e abaixou minhas mãos.
— E que tal a minha então? – fui subindo as mãos dele pela meu abdômen.
— É uma tentação enorme, mas eu acho que vou deixá-la curiosa. – ele disse isso, porém subindo as mãos e massageando aquela região lá. Meu corpo respondeu chegando mais pra frente, de encontro ao dele.
— Mas você é difícil, hein? – reclamo puxando suas mãos para longe, ele queria me enlouquecer é?
— Meu amor, é uma surpresa, e você vai gostar. – me beijou.
— Vou morrer de curiosidade!
— É bom um pouco de curiosidade – ele me levou até a porta – Dorme com os anjos.
— Igualmente. – entro em casa e suspiro. Não vou aguentar!
No dia seguinte, na aula, o Pierre não sentou ao meu lado, fiquei chamando a atenção dele mas ele não olhou para mim em nenhum momento. No intervalo, fui falar com ele.
— Eu estou com dor de cabeça, Sacha. – ele fechou os olhos enquanto eu me sentava ao seu lado.
— Então eu vou falar bem baixinho – sussurro perto dele. — Pierre, seja meu amigo de novo.
— Sacha, não seja criança. – sorri.
— Pierre, me perdoa.
— Sacha, me deixa em paz.
— Mas eu quero ser sua amiga de novo, por favor...
— Mas eu não quero ser seu amigo de novo.
— Colegas?
— Ficantes – ele abriu os olhos e olhou pra mim, sorrindo de um modo estranho, meio tímida eu sorri também.
— Como assim?
— Ah, Sacha, você já é bem grandinha.
— Mas olha, eu quero apenas ser sua amiga novamente.
— Pois eu não, então tchau! – ele virou a cara de novo.
— Ei, você sabe que tenho namorado.
— Eu não contaria, e você? – ele se virou para mim de novo, com um sorriso safado, eu não estava acreditando nessa conversa, ele estava mesmo magoado comigo.
— Não, eu sou fiel, Pierre.
— Tão fiel que ele foi viajar e você quase aceitou namorar comigo.
— Você está sendo ofensivo. – um bacaca na verdade! Era o que queria dizer.
— São só alguns beijos, Sacha. – ele aproximou o rosto do meu tão rápido que quase não conseguiu desviar o meu, senti seus lábios no meu pescoço e tremi.
— Não faz isso, Pierre.
— Você se arrepiou. – ele sorriu, ainda com os lábios passeando no meu pescoço, no pátio da escola!
— Eu estava tentando reconquistar nossa amizade Pierre, mas assim não dá! – me levanto rapidamente e limpo meu pescoço onde seus lábios estavam a um minuto.
— Ninguém está te segurando. – ele se reencostou de novo e fechou os olhos.
— Eu tentei. – voltei para a sala de aula. Tudo que estava ao meu alcance eu fiz, agora estou com as mãos atadas.
___
No sabado, eu estava eufórica esperando Dean chegar, ele não me disse onde íamos e nem que horas iria chegar. Eu fiquei fazendo várias coisas em casa que já tinham sido feitas, fiquei tão ansiosa que comecei a comer sem parar.
— Sacha, esse pudim é para depois do almoço. – disse minha mãe, fechando a geladeira.
— Desculpe. – lambi os dedos.
— Liga pra ele.
— Boa ideia. — lavei as mãos e peguei o telefone, chamou, chamou chamou...
— Alô? — ele atendeu.
— Amor, está fazendo o que?
— Eu estava subindo para pegar o celular. Calma, amor, eu já estou indo.
— Então vem logo!
— Não. – ouvi a risada dele.
— O que devo vestir?
— Está sol, obviamente uma roupa fresca.
— Vamos a praia? – perguntei toda empolgada.
— Tchau, amor. — ele desligou. Subi pro quarto e vesti um short e uma camiseta azul, depois desci a escada e fiquei contamos os minutos que daria da casa dele até a minha. Ele chegou rápido, pensei ao ouvir o barulho do motor conhecido.
— Tchau, mãe! – gritei já saindo de casa e fechando a porta. Dean saía do carro, corri até ele e lhe dei um beijo.
— Está ansiosa?
— Muito! — o beijei novamente, amava seus beijos.
— Então vamos. — ele abriu a porta do carona para eu entrar.
— Amor, por favor, me diga onde vamos. – supliquei, estava indo a caminho da cidade, o carro estava em aula velocidade, seguindo o km permitido dessa via.
— Espere, agora falta menos de meia hora.
— Isso é uma eternidade! – falei, exasperado. Ele levou aquilo com bom humor e continou dirigindo tranquilo, sem se abalar. Assim que o carro parou, abri a porta e dei de cara com o oceano. Ele rodeou o carro e me deu a mão, seguindo pelo píer em direção a um iate e ele me ajudou a subir nele.
— Não me diga que é seu?
— Não é meu. — ele sorriu. — É de um amigo do meu pai.
— E você sabe pilotar isso? – eu estava boba, olhando tudo em volta.
— Se eu não soubesse não estaria.
— Cruzes, amor, só estava perguntando. — fiz biquinho, dramaticamente.
— Oh, minha paixão, desculpe. — ele me abraçou. — Vem comigo. — descemos um escadinha e demos de cara com um mine bar, um sofá bege e no canto havia uma porta, que imaginei ser um quartinho. Estava tudo brilhando. — Gostou?
— Achei maravilhoso.
— Espere só um minuto. — ele entrou pela porta e depois voltou com uma sacola, me entregando. Olhei dentro e tirei um biquíni preto de lá, vendo que seu tamanho era "P".
— Obrigada, amor, mas esse tamanho vai ficar pequeno.
— Essa é a ideia. – ele sorriu pra mim, com cara de sem vergonha. — Agora vá se trocar.
Entrei no quartinho, reparei que a cama de casal quase todo o espaço. Tirei a roupa rapidamente e vesti o minúsculo biquíni. Era melhor não usar nada, se fosse pra sair com aquilo.
— Eu não vou sair. – gritei para ele me ouvir.
— Sacha, deixa disso, você deve estar maravilhosa.
— Eu estou com vergonha.
— Se não sair, eu vou entrar. — saí do quartinho mais vermelha que um tomate, quando ele me viu, sorriu. — Como eu disse, maravilhosa.
— Claro, né, estou praticamente nua! — reparei que ele estavam só de short.
— Não exagera, querida, agora dê uma voltinha.
— Nem pensar. — digo, e num piscar de olhos ele correu para minhas costas e segurou minha cintura, me puxando para si.
— Está uma delícia.
— É? Então prova. — o provoquei.
— Não fala assim que eu arrasto você para aquele quarto.
— Para. — corro dele e subo a escadinha.
— Me espera! —ele veio atrás de mim e fomos para a cabine do piloto.
Ele pilotava muito bem e era lindo ver o mar em volta, ficar no meio do oceano e sentir aquele friozinho na barriga. Quando o cais ficou longe o suficiente para a gente quase não enxergá-lo, ele parou o motor.
— Podemos focar aqui mesmo? – eu quis saber.
— Não se preocupa, já está tudo resolvido. – ele me deu a mão e Saímos da cabine. — vamos pular na água?
— Nem doida!
— Que é isso, vai me dizer que está com medo?
— Estou, eu posso descer direto e me afogar, talvez nunca mais aparecer.
— Deixa de bobeira, amor, eu vou estar ao seu lado.
— Não, se quiser ir, vá sozinho.
— Não, você vai comigo. — ele me puxou e desceu a escada. —Vem, por favor.
— Mas vou ficar grudada na escada.
— Está geladinha a água. — falou ele e afundou até a cabeça. Realmente estava gelada e eu não soltei as cada. Depois ele apareceu na minha frente e me abraçou todo molhado. — Te amo. — ele sussurrou e no meu ouvido, depois beijou meu rosto e foi descendo para o meu pescoço. Droga! me lembrei da última pessoa a me beijar alí. Dean parou.
— O que foi?
— O que aconteceu nesse intervalo, Sacha? – ele se afastou, me olhando sério nos olhos.
— Nada!
— Eu acho que você não tem certeza.
— Tenho sim! — empurrei ele e subi de novo. Desci para o quarto e me sequei com uma toalha.
— Por que você ficou com raiva? — perguntou ele aparecendo na porta do quarto.
— Porquê você não confia em mim.
— Eu nunca dei a entender que não confiava. Eu apenas queria saber se rola algum sentimento a mais que amizade da sua parte...
— Com certeza você seria o primeiro a saber isso, e se não soube deve ser porque não há nada. — me sentei na cama de costa para ele.
—Sacha eu só estou com ciúmes, é que parece que você se apegou demais a ele...
—Ele é meu amigo e me apoiou quando... — eu o interrompi de novo, e ele fez o mesmo:
— Eu entendo isso, Sacha, só acho que se estivesse no meu lugar também sentiria ciúme.
— Amor, me desculpe, você tem razão. — ele estava mesmo certo, bastou uns minutos para eu pensar e me colocar no lugar dele. Ele se sentou na cama ao meu lado e acariciou meus cabelos.
— Quero que a gente dê certo, mais do que tudo. Eu te amo, vou fazer o possível e o impossível para que você seja feliz ao meu lado.
— Eu já sou, você já faz isso. — eu amenizei a voz e abracei seu pescoço. Ele deitou na cama, me levando junto com ele, era um impossível não sentir a atração que estava alí, Dean era uma coisa maravilhosa, algo vindo dos deuses. Ele soltou a laço do meu biquíni e o tirou rapidamente, nos ajeitamos na cama e fizemos amor como nunca tínhamos feito. Ele só podia ter algum poder nesse ato também, porque era inexplicável as coisas que ele fazia, como me sentia todo vez que ele me tocava. Dean me me fez juras de amor enquanto se movia dentro de mim, me jurou amor eterno e um pra sempre que me fez acreditar e chorar com suas palavras. Eu sabia que agora seria pra sempre, que ficaríamos juntos eternamente, aja o que houvesse, ele faria isso acontecer, por nós.
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Apareci um ano depois mais apareci, hoje é 01/12/2021. Nem tenho cara para aparecer aqui, mas o penúltimo capítulo tá aqui, resolvi cortar umas partes e o próximo capítulo será o epílogo e fim!
Não vou me desculpar, porque "se desculpa adiantasse, pra que polícia?" Só as dorameiras vão entender kkk então irei desejar apenas uma boa leitura e daqui pra domingo eu posto o epílogo! Deixa a estrelinha pro Dean fofo aí vai, eu não mereço, mas agora ele merece sim. 🥺🥺
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