Capítulo 2
Peguei meu caderno e fiz umas lições de casa. Depois foi me dando sono e dormi com os livros ao meu lado. Fui acordada pela minha mãe dizendo que o jantar estava pronto,então fui ao toalhete lavar o rosto e desci.
— Oi, pai. — falei o abraçando.
-— Tudo bom?
— Sim. — nos sentamos à mesa, eu estava fechando os olhos de sono ainda.
— Vá lavar o rosto, Sah. — disse minha mãe.
— De novo? — Tentei manter os olhos abertos o máximo que pude,mas estava difícil. Comi a metade da refeição e pedi licença, era como se alguém tivesse me drogado. Me levantei e coloquei a mão no ombro do Path.
— Parabéns, você tem um fã club.
— Como? — Ele perguntou.
— Tem certeza de que está bem? – perguntou papai com o cenho franzido.
— Sim,boa noite, família. — me arrastei degrau à cima e me joguei na cama. Estava frio então me cobri com a colcha e deixei que a escuridão me tomasse.
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Na manhã seguinte eu estava muito melhor e elétrica, tomei uma ducha e me arrumei. Depois desci para tomar café.
— Bom dia,bêbada. — falou Ciara,sentada ao lado de Patch.
— Cale a boca. — Falei.
— Começou? — perguntou mamãe arrumando a gravata do paipai,para depois lhe dar um beijo.
— Ô Sacha — chamou Patch. — Que fã club é esse que você mencionou ontem?
— Lembra da Bethânia, Acássia...?
— Elas ainda estão de olho em mim?
— Bê te adora. — falei
— E a Lili,não falou nada de mim?
— Eu entrei rápido ontem...
— Path saiu com a Lili. — soltou Ciara.
— Mentira? — olhei para ele, sentado a mesa e tomando meu café.
— Eu só dei um beijo nela de despedida antes de vir pra cá.
— Por que ninguém me disse? — perguntei, pegando meu café de volta.
— Está com ciúmes, Sah? - zombou Path.
— De você? Duvido. — revirei os olhos.
— Patchel e Sacha, está na hora. – disse mamãe.
— Patchel, de vagar na rua. — falou papai se aproximando dele.
— Tchau, mãe. Tchau, pai. — nos despedimos e fomos pro carro de Patchel.
— Fofoqueira! — Patchel falou, com raiva.
— Patch, eu não disse nada! — prendi o cinto de segurança.
— Então fui eu. — debochou.
— É serio, Patch.
— Será que ele tem nos seguido? — ele franziu o cenho.
— Não sei. — Patch estacionou no lugar de sempre e descemos do carro. Sabia que ele esteve todo atento no trajeto até o colégio hoje.
— Hoje não vou pro treino, a que horas venho para buscá-la?
— As 15:30min.
— Até lá.
Ele foi para um lado e eu pro outro. Quando estava subindo os degraus da entrada do colégio, vi o Dean sentado no topo do corrimão. Logo atrás dele,um pouco afastadas, estavam Maya e sua colega. Maya acenou para que eu fosse até ela.
— Bom dia. — as cumprimentei.
— Oi, Sah, eu tive uma idéia fantástica! - era tanto entusiasmo para sei lá o que, que seus olhos brilhavam. — E se a gente falasse com a professora Lauren para você fazer dupla com a Luana e eu com o Dean?
— Ia ser legal, mas não precisa, a minha irmã vai me ajudar.
— Ah, por favor, Sah. O Dean é tudo de bom! Por mim? — fez cara de criança pidona. Muito exagerado.
— Pede pra professora mudar você de dupla.
— Mas eu não queria deixar a Luana sozinha.
— Sinto muito, Maya. — me afasto e entro no colégio. Fui pro meu armário pegar o livro de geografia e levei um susto quando o fechei e dei de cara com Dean Bricci mexendo no armário ao lado do meu. Soltei um "ai" exagerado.
— Desculpe. — falei com a mão no coração acelerado. Ele não disse nada,só ficou olhando pro meu rosto. — É que estou acostumada a ver o Tadeu aqui.
— Ele pediu pra trocar de armário, queria ficar ao lado da namorada. — a voz dele era suave e encorpara ao mesmo tempo e, olhando de perto, me perdi nos olhos dele. Eram uma mistura de cinza com verde, sinistro e...legal.
— Ham... Desculpe, com licença. — me virei e fui para a sala de aula. Quando o sinal tocou e os alunos entraram, ele nem sequer abaixou o olhar pra eu; não que eu esperasse isso.
Percebi que o Dean fazia a minha "linha" de poucos amigos, falava com alguns meninos porque eles puxavam assunto, as meninas davam em cima dele na cara dura e ele nem dava bola. Sempre com o olhar a sua frente, roupas escuras; calças jeans escuras ou preta,camisas preta,cachecóis preto ou verde de vez em quando. E botas sempre pretas e muito bem limpas. As vezes eu o achava meio rockeiro por causa das correntes penduradas na calça além das roupas preta,claro. Mas ele fazia bem mais a linha misterioso e sexy,e tinha um ar enigmático. Sem querer percebi que estava o observando de mais, tá certo que ele era bonito,charmoso e parecia ser mais velho. Mas eu aprendi que meninos atrapalham o nosso futuro, ainda mais um "tira atenção" como esse.
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