Capítulo 15
À noite, Dean foi na minha casa. Infelizmente Ciara que abriu a porta para ele, foi toda toda pra cima dele. Infelizmente também, nessa conversa meus dois irmãos pelo visto estariam presente.
- Boa noite à todos. - disse ele assim que Ciara parou de paparica-lo.
- Boa noite, Dean. - responderam meus pais.
- Humm, Dean veio pedir a Sacha em namoro. - cantarolou Patchel.
- Cale a boca, bocó. - o olhei furiosa.
- Sacha não vai namorar. - agora foi a vez de Ciara. - Será a filhinha do papai pra sempre.
- Já chega vocês dois. - mamãe deu hm basta e falou com eles bem séria. - Sobem os dois, agora.
- E, mãe... - reclamou Patch, mas meus pais não quiseram saber.
- Vocês escutaram a mãe de vocês. - falou papai.
- Tem que ter mais respeito pelos outros e mais educação também. - eles subiram emburrados feito crianças. Fomos pra sala, o modo como nos sentamos parecia mesmo que Dean me pediria em namoro; ele ao meu lado e meus pais sentados à nossa frente.
- Bom, me desculpe pela falta de educação deles, Dean. - falou mamãe. - Mas vamos ao que interessa.
- Pelo visto você quer sequestrar nossa filha outra vez. - papai falou, meio brincando meio sério.
- Desculpe se deixei alguma impressão errada sobre mim, Sr. Jennings, mas prometo que se me deixarem levá-la à um passeio dessa e outras vezes, eu estarei aqui no horário em que vocês determinarem. - arregalei os olhos um pouco. Esqueci de dizer à ele que é um pequinique que era pra dizer, e quem disse que eu iria sair com ele outras vezes? Abusado esse Dean.
- Bom, se isso for uma promessa e você cunpri-la como disse - papai fez uma pausa-suspense. - Não vejo por que não deixar.
- Entretanto - mamãe intercedeu -, Terá de dizer o local exato que será esse piquenique de vocês.
- Se a Senhora não se importa, eu preferiria dizer com vocês à sós. - ele me olhou por um segundo. - É que quero fazer uma surpresa à ela.
- Bom, sendo assim. - mamãe sorriu, eu já sabia o que vinha. - Eu adoro guardar segredos.
- Que bom ouvir isso. - Dean lhe deu um de seus sorrisos encantador, mas eu não achei nenhuma graça.
- Vamos, Sah, lá fora.
- Estão me expulsando da sala por causa desse aí? - me levantei mesmo assim.
- Seu futuro... - Sr. Greg já ia dizendo besteiras mas mamãe o calou com um cutucão. Saí da sala e fui até a cozinha, bebi água e depois voltei. Mamãe estava com um grande sorriso só pra implicar comigo. É, ela gosta disso.
- Que maldade comigo. - emburei a cara e fiz bico.
- Tadinha dela. - Dean se inclinou e para mim e botou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. NA FRENTE DOS MEUS PAIS!
Sabem o que é aquele vermelho sangue, muito vermelho mesmo? Era assim que o meu rosto estava. E quente, pelando.
- Só por curiosidade. - chamou nossa atenção, papai. - Esse piquenique é com segundas intenções, do tipo...
- Amor, acho que eles já entenderam. - interrompeu mamãe, minha salvadora.
- Não, Sr. Jennings ,é apenas um passeio de amigos e eu a convidei porque adoro a companhia dela. - fiquei aliviada e desapontada ao mesmo tempo.
- Ai que fofo. - os olhinhos da mamãe brilharam e ela juntou as mãos em baixo do queixo. Que vergonha ter que passar por isso. - Quando Greg e eu começamos a namorar, ele não desgrudava de mim também.
- Isso soou meio estranho. - ele disse.
- Eu gostava, querido.
- É, só que ninguém falou de namorar aqui. - refutei. Eles não disseram nada, só hora olhavam pra mim, hora pra ele.
- Hamm - me virei pro Dean. - Acho que está na hora de você ir, né? Seus pais devem estar preocupados.
- Sim, claro. - nos levantamos.
- Vou levá-lo até a porta.
- Tenham uma ótima noite. - falou antes de me seguir até a porta.
Assim que a abri fiquei surpresa pela presença da Ellen alí, ela abaixou a mão que tocaria campanhia. Estava com um vestido lindo de seda amarelo, o cabelo cacheado (pelo Babyliss) e uma bolsinha bege na mão.
- Ah, oi, Ellen. - cumprimentei-a, ela sorriu com seus dentes super brancos e os lábios perfeito com um batom rosado.
- Como vai, Sacha? - ele perguntou, mais educada do que nunca, com certeza consciente da presença masculina atrás de mim.
-Hum, bem.
- Eu o conheço? - perguntou já totalmente virada para o Dean. - Ah! Desculpe a grosseria com sua visita, Sacha.
- Não - pisquei. - Esse é Dean. Dean, essa é Ellen, amiga da minha irmã.
- Prazer em conhecê-lo. - Ela estendeu a mão e ele deu um passo à frente, ficando ao meu lado para cumprimentá-la.
- O prazer é todo meu. - ele sorriu, sem tirar os olhos panacas dela.
- Ouvi falar muito de você, Dean.
- É, Paola também já me falou sobre você. - pronto, eles me esqueceram. Senti tanta raiva que me deu vontade de extravasar rebocando a cara dele para deformar esse sorriso tosco pra ela.
Nosso, eu nunca havia tido um pensamento tão maldoso na minha vida antes.
- Bom, espero que a gente se veja de novo. - ela disse. Boboca!
- Eu também. Me leva até o carro, Sah? - ele perguntou pegando na minha mão. Deu vontade de zoar ela do tipo: "Ele pegou na minha ma-ão e não na su-a." Mas simplesmente falei:
- Fique à vontade, Ellen, meus pais estão aí na sala. - e fomos de mãos dadas até o carro dele.
- A gente se vê amanhã? - perguntou. Ainda não tinha soltado minha mão e eu nem queria que soltasse.
- É. - ele ficou me olhando e sorrindo. - Ei, será que meu nariz ainda está vermelho?
- Engraçadinha. - ele se aproximou e por um momento achei que fosse me beijar na boca, mas foi na bochecha. - Sabia que quando você fica com raiva, sua bochecha fica vermelha e quente?
- E quem disse que eu estou com raiva?
- Ninguém, mas sua bochecha está vermelha e quente.
- Ai meu Deus, fui descoberta. - coloquei as mãos nas bochechas e, putz, esqueci e acabei soltando a mão da dele. Ele riu da minha patética brincadeira.
- E você fica linda quando está com raiva e ainda tenta fazer piada.
- Está me cantando, Sr. Dean Bricci? - fiz charme.
- E se eu estiver, Srta. Sacha Jennings? - ele se aproximou.
- Não se responde...
- Uma pergunta com outra, já sei. - me interrompeu. Droga, cacete, por que fui fazer palhaçada, agora ele se afastou outra vez. - A segunda janela pertence à sua irmã?
- Por que? Quer invadir o quarto dela na madrugada?
- Nossa, você tem pensamentos tão surreais. É que acho que se a janela estiver fechada, não tem como o vento entrar e a cortina se balançar sozinha. - fiquei pensando um pouco com a festa franzida.
- Ah, entendi. Nossa, você só precisava dizer que, quem quer que esteja no quarto, está nos espionando. - e então pensei: Como é que ele viu a cortina balançar se não o vi erguer os olhos nem por um segundo?
- Se você estivesse do lado de cá, teria como disfarçadamente olhar. Se olhar daí ela vai perceber.
- Ou elas, né? Em falar nisso, o que achou da Srta. Tacana, Sr. Bricci?
- Ellen Tacana - ele absorveu por um momento. - É, gostei.
- Eu perguntei dela e não do nome dela. - fiquei impaciente com seu jogo.
- Agora eu que quero fazer uma pergunta, Srta. Jennings, você quer mesmo saber o que achei dela?
- Na verdade não.
- Foi o que pensei. - me deu outro beijo no rosto e foi pro carro. - A gente se vê amanhã.
Estragar a noite pra quê? Já não tinha ficado muito boa mesmo depois que ela apareceu. Assim que entrei já corri pro meu quarto, pro meu refúgio. Fui me olhar no espelho e tentei ficar com raiva me lembrando dos sorrisos que Dean e Ellen se deram, não foi difícil; minhas bochechas logo ficaram avermelhadas e quente. Em pensar que ele percebeu que elas ficavam quentes as beijando, apesar de que só uma delas foi privilegiada, duas vezes. E como é que ele percebeu que era por raiva que eu ficara daquele jeito? Será que estava muito óbvio?
Essa noite sonhei com nós dois em um jardim de mãos dadas.
***
Sábado eu acordei com os pássaros cantando e com um solzinho gostoso no nascendo horizonte. Me levantei com toda calma do mundo, fui ao banheiro para as necessidades de sempre, depois desci e com toda a calma tomei meu café. E aí a campanhia tocou e eu me assustei, era cedo de mais e todos ainda dormiam. E...caramba! Eu estava de tanga e top. Abri um pouco a porta para passar só a minha cabeça.
- Bom dia. - Dean sorriu para mim.
- Ham, bom dia, espere só um minuto, tá? Já volto! - fechei a porta e fiquei alí, pensando. Então Patchel desce a escada com o cabelo todo despenteado com a cara amassada.
- Eu ia atender, mas já que você está aí... - ele fez menção de subir de novo.
- Patchel, volta aqui. - implorei, ele desceu a escada. - Dean está aqui e tenho que me arrumar, então faz sala pra ele e só abra a porta quando eu já estiver longe.
Ele acentiu e eu corri, sendo que quando coloquei o pé no primeiro degrau ouvi o clic da porta se abrindo.
- Patchel! - arregalei os olhos e subi a escada de frente para eles, e claro que vi o sorriso boboca e lindo do Dean.
Ai que mico, ter irmãos mais velhos é um saco. Entrei no meu quarto e vesti a roupa que já tinha escolhido, um short jeans pequeno mas bem folgadinho e uma camiseta rosa bebê. Mas eu tinha ficado na dúvida sem saber aonde ele me levaria. Peguei minha bolsa com meus pertences,tipo; uns 15 objetos no mínimo. Fazer o que, eu sou previnida, não sei aonde vou. Coloquei meu óculos escuro na cabeça e desci - meus pais sabia que iríamos cedo e disse que eu não precisava acorda-los. Assim que me viu, Dean abriu a porta, parei na frente do Patch e esperei ele fazer a gracinha já esperada. Ele abriu a boca mas logo a fechou de novo.
- Também não quero falar nada, não.
- Seu panaca. - saímos e Dean fechou a porta.
- Pronta?
- É, acho que sim.
- Então tenha certeza porque vamos ficar aqui até você ter certeza.
- Tá, Dean, eu tenho certeza.
- Depois diz que eu sou sem graça. - fomos pro carro.
- Mas você é. - falei. Em vez dele virar pro lado esquerdo, o da cidade, virou para a direita. Fiquei olhando a paisagem pra ver se eu adivinhava.
- Curiosa? - ele quis saber.
- Não, eu sei onde vamos, te cagoetaram. - menti.
- Sacha, você ainda não entendeu que não me engana? Você não sabe onde vamos, sua curiosidade transparece.
- Eu nem estou fazendo nada. - Ficanos quietos por um momento até ele começar a falar de novo.
- A propósito, você estava sexy com aquela calcinha. Aquela imagem sim, nunca sairá da minha cabeça.
- Você não acha que está muito saidinho, não? - perguntei, porém, adorando o rumo da conversa.
- Não acho, não. Acho que estou saidinho de menos. - Ele sorriu e, Deus, aquela boquinha!
Nunca vou deixar de pensar isso toda vez que olhar pra ele.
- Pois pode tirando seu cavalinho da chuva. - ele riu e virou o volante, olhei e nos vimos em uma pequena estradinha que dava à um casarão antigo de madeira, mas bem cuidada, ao longo do casarão tinha um canavial bem familiar.
- É o...
- Canavial que viemos outro dia, é muito mais além que isso, por isso não vimos a casa.
- E o que viemos fazer aqui? - saí do carro e olhei para ele do outro lado.
- É propriedade dos meu pais. - o olhei, na dúvida.
- Achei que não era necessário dizer naquele dia. Como eu ia dizendo, papai comprou todo esse terreno, incluindo o casarão, por causa do canavial. Mas os negócios não vão bem porque até hoje não vingou o bastante para a safra.
- Entendi. - eu realmente havia entendido, parece que os pais se deram mal em relação aos negócios.
- Porém - continuou, eu parei ao seu lado. -, o casarão é bem válido para festas, férias de verão para alugá-la; ou, como mamãe sempre faz, uma sociedade beneficente.
- Nossa, espetacular.
- E hoje eles me emprestaram a chave e todo esse casarão é só n9sso.
- Só por hoje?
- É. - ele sorriu. - Só por hoje.
- Eu quero conhecê-lo.
- Então seu turismo começa agora. - ele me ofereceu o braço e entramos na casa. - Essa é a sala de visitas.
Como eu esperava, era enorme e tudo bem aconchegante, móveis de madeira marrom e tudo brilhoso.
- Alguém cuida da casa?
- Seis empregados, eles vem uma vez por mês fazerem suas "visitas", menos quando tem evento, aí combinados de virem no dia anterior ao evento. Essa é a cozinha.
Era enorme também, tudo com ar de fazenda. Subimos pros quartos, ele me contou que eram onze ao total, isso sim és a exagero. Depois ele me mostrou o salão, achei bem legal e sofisticado.
- Gostou? - estávamos no jardim especial da mãe dele, haviam 29 cercadinhos com dezenas de verbenas. Dean pegou uma e a esfregando no meu braço, o cheirinho delicioso dela logo ficou em mim.
- Agora é você quem me deve uma, se não conto pra sua mãe que arrancou uma florzinha do jardim dela.
- Ok, me pegou. - ele destriu a flor, jogou tudo no meu cabelo e depois saiu correndo. Balancei a cabeça e fui atrás dele, parei lá atrás no jardim de coqueirinhos, não o vi, mas aqui não tinha outra saída... Ele apareceu por trás de mim e me jogou no chão; detalhe: com o próprio corpo.
- Você não é levinho, não, sabia? - eu falei, mas estava gostando de te-lo em cima de mim.
- A geladeira e o armário estão abastecidos. Quer alguma coisa?
- Tudo para tirar você de cima de mim. - como sou fingida.
- Tá bom. - Ele se levantou e me ajudou a levantar também, então me deu a mão e entramos. Ele ficou olhando a geladeira e dizendo tudo o que tinha, e eu da mesa dizendo se queria ou não. - Tem sorvete.
- Agora não.
- Pavê.
- Se é só pra ver então eu não quero. - ele parou para olhar pra mim. - É brincadeira, continue.
- Tem mousse.
- Não.
- Coca, suco, yorgute, natural, mate...
- Não.
- Sacha!
- Eu vou escolher, continua. - eu estava brincando com ele.
- Tem frutas e essa é minha última oferta.
- Tem pêra?
- Ai, eu te estrangulo, essa é a única que não tem.
- Tá, vai, me dá uma laranja. - ele me trouxe a laranja e se sentou na minha frente com um copo de suco.
- É suco de manga?
- Sim, por quê ?
- Eu quero. - ele franziu os olhos para mim e fiz uma carinha de anjo piscando os olhos.
- Eu devia fazer você pegar. - disse, mas se levantou e me trouxe o suco.
- Não tem piscina?
- Infelizmente, o engenheiro esqueceu dessa parte.
- Que pena.
- Mas tem aquele lago, lembra? A água é limpinha.
- Vamos ir lá depois. - pedi.
- Como quiser.
- Ah é, eu não trouxe roupa de banho. - me desanimei.
- Eu não vejo problema nenhum nisso. -argumentou com um sorrisinho nos lábios.
- Pois eu vejo.
- Fala sério, Sah, eu vi você de calcinha e top hoje. - me deu um sorriso provocativa.
- É tanga, não calcinha. - protestei.
- Tanto faz.
- Mas o top que estou é branco e ficará transparente se molhar.
- Eu voto à favor. - ele levantou um dedo, sorridente.
- Ninguém falou em eleição aqui! - comecei a ficar com calor.
- Mesmo assim, meu voto ainda é sim.
Me levanto e vou até a sala, me sento sofá, nos poucos segundos que tenho antes que ele chegue, eu penso: Isso é só por um dia, só até a rotina voltar ao normal e eu ficar para trás em relação às outras.
- Vai ficar desde jeito o resto do dia? - perguntou sentando -se ao meu lado. E então repenso de novo: Ah, é o último dia de me divertir com ele; esse cara que me faz rir, enlouquecer e que me faz bem. Eu tenho é que aproveitar enquanto posso!
- Lavanta daí, seu molenga. - saio do casarão correndo e não olho para ver se ele está vindo atrás de mim.
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Vamos lá galera, quero ânimo com esse capítulo! Comentem o que acharam( ou o que não acharam...) E votem se Dean e Sacha estão finalmente fazendo suas alegrias.
>>☆<< abóbora está quase sendo minha cor favorito, depois do roxo! Abraços. \o
Qual a cor favorita de vocês? Comentem, fiquei curiosa agora! Hahaha
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