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00. ㅤㅤㅤPRÓLOGO


ESTAR EM HOGWARTS NOVAMENTE era deveras nostálgico. Dorian não colocava os pés ali desde sua formatura aos 17 anos de idade e estar ali novamente, o trazia várias memórias boas e ruins. Ele costumava ser um bom aluno; exemplar nas notas, mas não tanto em comportamento, ele tinha que admitir. Desde sempre sonhava em ser Auror, então suas notas tinham que ser perfeitas, mas ele admitia para si mesmo também que algumas matérias eram mais difíceis que outras, como por exemplo, Astronomia e Estudo das Runas Antigas; até hoje ele tinha um certo problema com ambos, mas era orgulhoso demais para dizer isso em voz alta para qualquer um que perguntasse.

Ver as crianças andando pelos corredores nos uniformes de suas respectivas casas e estar ali, de frente para a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, que costumava ser uma das suas matérias preferidas — e em que ele mais se destacava — o fazia imediatamente pensar em Jasper.

Ambos se conheciam desde sempre, eram vizinhos e melhores amigos. As famílias dos dois sempre se deram bem e quando ingressaram em Hogwarts com 11 anos de idade, os dois foram selecionados para a mesma casa, Sonserina. Aquilo foi um alívio para Dorian, ele não sabia o que teria sido dele sem Jasper ao seu lado naqueles tempos, ele era o único em que Dorian confiava o bastante para ser ele mesmo; não havia nada naquele mundo em que ele não se sentisse bem em compartilhar com Jasper, ele era o único que verdadeiramente o escutava e agora, estava morto.

Havia sido Dorian quem deu a notícia da morte de Jasper para a esposa do mesmo e sua pequena filha Elodie, que também é sua afilhada. Nunca algo antes havia doído tanto em Dorian quanto ter perdido seu único e verdadeiro amigo, ele nunca nem ao menos imaginou que um dia ambos não estariam lado a lado... não ter mais Jasper ali, o fazia se sentir completamente sozinho e vazio.

Quem era ele sem Jasper ao seu lado? Ele não se reconhecia mais, mas tinha que seguir em frente, mesmo com o corpo do seu melhor amigo agora enterrado a sete palmos abaixo do chão.

O súbito barulho de vozes, pés e portas se abrindo o fez sair de seu devaneio e se levantar da mureta em que estava sentado no corredor da escola. Ele observou os alunos saírem de suas salas de aulas, andando pelos corredores e olhando em direção à ele, murmurando umas com as outras e o mirando com curiosidade.

Dorian esperou todas as crianças saírem da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, antes de ir em direção a porta entreaberta e deixar duas pequenas batidas nela, chamando a atenção de quem estava lá dentro.

— Olá, professor Dumbledore — ele cumprimentou com um meio sorriso no rosto. — Posso ter um minuto do seu tempo?

Albus Dumbledore, o atual professor de Defesa Contra as Artes das Trevas da escola de Hogwarts, se virou em seus calcanhares surpreso, mirando Dorian Lance, o Diretor de Segurança Mágica e Auror do Ministério da Magia, do outro lado de sua sala de aula.

— Senhor Lance, que surpresa — ele respondeu, parecendo realmente surpreso com aquela visita repentina de Dorian. — Está esperando há muito tempo?

— Não, não se preocupe com isso. Não quis atrapalhar, então resolvi esperar — Dorian murmurou e adentrou a sala agora vazia de alunos.

Ele andou por entre as fileiras de carteiras posicionadas lado a lado e parou em uma em específico ao lado esquerdo da sala, na primeira fileira.

Dumbledore o observava, apoiado em sua mesa mais à frente.

— Costumava me sentar aqui nas aulas de Defesa Contras as Artes das Trevas — ele murmurou, passando uma das mãos na superfície da mesa de madeira. — Nem parece que faz tanto tempo assim. Essa aula costumava ser a minha favorita.

— Eu me lembro — Dumbledore respondeu, um sorriso sincero no rosto, agora observando Dorian se afastar um pouco da mesa e então colocar as mãos dentro dos bolsos em sua calça. — Eu costumava me sentar bem aqui — ele disse apontando para a fileira do outro lado, em uma carteira também na primeira fileira. — Lembro que disputávamos para ver quem se sairia melhor.

Dorian soltou uma pequena risada nasalada com aquilo.

— Sim, competíamos sempre que Sonserina e Grifinória compartilhavam a mesma sala. Me lembro disso acontecer também nas aulas de Duelos e Transfiguração — ele relembrou, rolando os olhos. — Erámos garotos bem desocupados. Mas confesso que você realmente era melhor do que eu em Transfiguração. Posso? — Dorian perguntou de repente, apontando para uma das mesas.

— Claro — Albus respondeu e Dorian logo se sentou. — E eu confesso que em duelos você era mais obstinado do que eu.

— Obstinado é uma palavra bonita para orgulhoso demais para perder para você.

Dumbledore soltou uma sincera risada com aquilo, parecendo ele o nostálgico ali agora.

— Nunca pensei que você escolheria continuar em Hogwarts, lecionando — Dorian confessou. — Sempre pensei que nossas competições se estenderiam para o Ministério.

— Tive a oportunidade, mas não. Prefiro estar aqui — Dumbledore respondeu sem nem pensar duas vezes. — Mas é engraçado você dizer isso, porque sempre soube que Dorian Lance acabaria sendo um Auror.

Dorian soltou outra risada nasalada, dando de ombros.

— Você e todos ao meu redor. Nunca escondi a minha ambição em ingressar no Ministério como Auror — ele confessou. — Caçar aqueles que merecem ser caçados sempre se encaixou bem em quem eu sou e me enche de satisfação também.

O semblante nostálgico de Dumbledore foi sumindo aos poucos, observando Dorian ainda sentado em uma das cadeiras na sala, como se fosse um de seus alunos.

— Imagino que não foi surpresa para ninguém quando se tornou Diretor de Segurança Magica. É difícil não ler uma revista ou jornal sem ter seu nome ou rosto por lá ultimamente.

Dorian negou com a cabeça; não, ninguém ficou surpreso, nem ele mesmo. Ele merecia seus títulos e cargo.

— Essas revistas que dizem que não há bruxo das trevas que Dorian Lance não consegue prender? — Dorian citou e riu. — Confesso que sempre que leio uma coisa dessas sinto meu ego inflar.

— E deveria, é bom no que faz — Dumbledore comentou, colocando as mãos dentro dos bolsos de sua calça. — Não consigo imaginar alguém melhor em tal posto.

Dorian ofereceu um sorriso de boca fechada, enquanto se levantava e olhava ao redor na sala de aula.

— Você também é bom no que faz — ele comentou, voltando a olhar para Dumbledore. — Me diga, se tem lido os jornais e revistas de ultimamente, então imagino que saiba o que aconteceu recentemente em Londres, não é?

Pelo jeito, a conversa inicial e amigável de Dorian chegou ao seu fim e então, ele finalmente resolveu começar a falar sobre o que realmente o levou até ali.

— Sim, sim — Dumbledore respondeu, retirando as mãos de seus bolsos e as juntando em frente ao corpo. — Sinto muito por Jasper, ele não merecia aquilo. Era um bom homem.

Dorian concordou com a cabeça.

— Ele era sim — ele respondeu de imediato. — O ministro me encarregou do caso de Grindelwald assim que descobrimos que o mesmo havia pisado na europa, o que, infelizmente, para ele, não durou muito tempo. Naquela noite aprendemos muitos de seus seguidores fanáticos, mas Gellert Grindelwald escapou.

— Eu li sobre — Dumbledore respondeu, concordando com a cabeça. — Não me entenda mal, senhor Lance. Mas o que o senhor deseja de mim?

— Sei sobre você e Gellert Grindelwald — Dorian respondeu sem hesitação, sem pausa, sem rodeios. O que roubou uma honesta reação surpresa do homem à sua frente. — Sei sobre o relacionamento dos dois e sei também que você deve saber bastante coisa que pode me ajudar nisso tudo.

Um momento de silêncio entre os dois. Dumbledore olhava com um semblante indecifrável na direção de Dorian Lance.

— Não pude deixar de notar que o senhor disse me ajudar e não nos ajudar — ele respondeu finalmente. — Acredito que não tenha sido enviado até aqui pelo Ministério.

— Não fui — Dorian revelou. — Estou aqui por conta própria. Mas não vai demorar muito até que eles venham até você. Não é muito difícil mexer alguns pauzinhos e então descobrir sobre vocês dois.

— Mas você descobriu antes.

— Sim.

— E não contou sobre nada.

— Não. Não contei.

Dumbledore estava confuso, ele não entendia direito o que Dorian queria ali com tudo aquilo. Ele poderia ter contado ao Ministério e então, eles estariam ali, assim como ele, mas não, ele estava ali sozinho diante dele e com um semblante tranquilo, mesmo depois de tudo que ele leu sobre os acontecimentos terríveis daquela noite em Londres.

— Eu poderia dizer que o senhor está aqui numa tentativa de me ameaçar — Dumbledore murmurou, observando Dorian voltar a colocar as mãos nos bolsos da calça e soltar um suspiro cansado. — Mas sinto que também não está aqui para isso.

— E para que eu lhe ameaçaria, professor? Sou um homem inteligente, isso não me levaria a nada.

Sim, ele era definitivamente um homem inteligente. Dumbledore também sabia disso e não somente por que ambos já estudaram juntos, mas por que Dorian Lance era conhecido como um Auror excepcional; com um olhar apurado e por tanto, grande resolvedor de casos.

Ele sempre resolvia os casos que eram postos em suas mãos. Dumbledore não estava surpreso em saber que o ministro havia confiado o caso de Grindelwald à Dorian.

— O que venho fazer aqui é outra coisa, vim lhe pedir ajuda — Dorian falou se aproximando. — Grindelwald está viajando por aí, fazendo tour e a cada dia que passa mais pessoas o seguem. Jasper morreu naquela noite, mas ele era um Auror, morreu lutando pelo que acreditava, pelo o que era certo. Há muitas outras pessoas morrendo por aí; trouxas, meio-sangues. Eles estão matando essas pessoas por esporte, como se não fossem nada. Como se matar pessoas inocentes fosse algo certo a se fazer.

Albus soltou um trêmulo suspiro. Sim, ele sabia. Ele lia sobre, via as imagens, mas olhando para Dorian, ele sabia que o homem à sua frente não somente lia sobre tudo aquilo, não, ele estava na linha de frente; ele via todas aquelas coisas pessoalmente.

Pilhas de pessoas mortas, pessoas inocentes. Que não mereciam morrer daquela maneira.

Ninguém merecia morrer daquela maneira.

Dumbledore queria dizer muitas coisas sobre isso, mas ao invés disso, tudo o que disse foi:

— Se o ministro descobrir que está fazendo as coisas pelas costas dele, não vai acabar bem — ele observou Dorian erguer uma sobrancelha na direção dele. — Ainda mais se levar em conta que o mesmo não gosta muito de mim.

— Estou ciente. Mas quem irá contar para ele? Você? — Dorian indagou, mas Dumbledore não precisou responder, Lance sabia que ele não contaria. — Escute, eu sei onde Grindelwald está.

As sobrancelhas de Dumbledore se uniram imediatamente, olhando com espanto na direção de Dorian.

— Não tem como você saber disso. Estão todos atrás dele, o mundo todo. Ninguém o viu depois de Londres — Albus murmurou, olhando com dúvidas na direção de Lance.

— Mas eu sei. O problema é que não posso ir até lá, acho que ele também sabe disso — Dorian levou uma das mãos à testa, como se pensasse consigo mesmo. — Ele está atrás de algo, apenas não sei o que é ainda. Mas não vai demorar muito tempo até que eu descubra.

Dumbledore observou Dorian perdido em pensamentos, ele não duvidava que ele realmente descobrisse logo.

— Não posso — foi o que Dumbledore respondeu, o que chamou a atenção de Lance para ele.

Dorian o olhava com um tom de surpresa, ele não esperava que ele fosse recusar tão rápido.

— Não estou pedindo que faça algo terrível contra ele. Só preciso que vá até lá. É um homem inteligente e capaz, só preciso que vá até lá e faça algo. Uma distração ou algo do tipo, você é a pessoa perfeita para isso.

— Está me pedindo para fazer seu trabalho sujo.

Dorian soltou uma risada honesta com isso. Uma risada que fez seu peito vibrar e ecoar pela sala, Dumbledore olhou surpreso para o homem risonho ao seu lado.

— Sabe, não pude deixar de notar que disse que não pode e não que não quer — Dorian rebateu. — Acredite, se eu pudesse iria até lá eu mesmo. Mas alguns problemas burocráticos me impedem de ir até Nova York. Madame Picquery, a presidente nova iorquina, é muito orgulhosa para me deixar pisar lá e resolver problemas que ela jura não existirem. Mas eu tenho certeza de que você vai conseguir por nós dois — ele disse, colocando uma mão no ombro de Dumbledore e sorrindo. — É um homem muito inteligente, um homem brilhante, sei que vai dar um jeito nisso. O que vier depois, pode deixar comigo.

Dorian Lance deu dois pequenos tapas incentivadores nas costas de Albus Dumbledore e então, se virou e foi em direção à porta de saída da sala de aula, porém, antes, parou e de repente se virou novamente em direção de Dumbledore.

— No fim, sempre consigo o que quero — ele murmurou com um sorriso de lado.

E sem se despedir, saiu da sala de aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, deixando para trás o professor de Hogwarts sem reação.

De fato, Dorian Lance era mesmo um homem muito inteligente. Ele deu todas as informações que Dumbledore precisava para fazer algo e, sabendo de tudo isso, como ele poderia apenas virar as costas e não fazer nada?

Não, o senhor Lance sabia desde que entrou naquela sala, que quando saísse dali, Dumbledore faria sim alguma coisa com as informações que lhe foram dadas.

Então Grindelwald estava em Nova York e com o jeito que Dorian falou, algo de errado estava acontecendo dentro do Ministério da Magia nova iorquino.

Dumbledore passou uma mão sobre o rosto e então se dirigiu à sua mesa, sentando-se e buscando por pena, pergaminho e tinta. Ele precisava mandar uma carta à Newt Scamander.


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