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you're my favourite

"Se você se for, todas as músicas de que gostamos soarão como agridoces canções de ninar."

Taylor não sabia em que ponto a situação havia mudado para aquele lado. Ela e Jamie estavam bem, até que não estavam mais.

Lágrimas encheram seus olhos, a americana estava realmente tentando não deixá-las cair quando olhou para Jamie do outro lado da cozinha. As duas estavam em seu apartamento em Tribeca, e alguns cacos de vidro estavam espalhados pelo chão de madeira. Taylor os havia jogado, sem realmente querer, e se arrependeu instantaneamente, porque achava que esse era exatamente o tipo de comportamento que as pessoas pintavam sobre ela.

A menina sem controle, que por nada agia como se o mundo fosse acabar. A Taylor que ela mesma pintou quando escreveu "Blank Space", zombando do que estava longe da realidade. Ou nem tanto, porque anos depois, lá estava ela fazendo a mesma coisa que jurou que nunca faria, porque não era assim que ela era.

Ou talvez fosse.

Talvez fosse a parte ruim que ela tentava esconder a todo custo, pois sabia que assim que a deixasse sair, bastaria isso para Jamie fosse embora, como das outras vezes em que seus outros romances a deixaram. E ela nem culpou Jamie se a ideia de ir embora já estava por sua cabeça há um tempo, porque ela também iria embora se estivesse naquela situação.

O último ano tinha sido muito bom, o suficiente para ela pensar que tudo poderia se repetir, mas ela estava de volta à estrada, e a distância, mais as horas dedicadas à turnê, colocaram Jamie completamente em segundo plano. Como a vida estava passando, elas se separaram ao longo dos meses, e os dois últimos foram especialmente difíceis. Então, quando Taylor voltou para Nova York em uma pequena pausa, encontrar Jamie arrumando suas próprias coisas não deveria ser uma surpresa, mas foi. Principalmente quando ela comentou que estava saindo porque precisava pensar em si mesma, e isso que ela e Taylor tinham não parecia a levar lugar nenhum.

Taylor tentou entender o que ela havia feito de errado. Mas, por si mesma, ela deu o seu melhor e, mais uma vez, o seu melhor não parecia ser suficiente. Ela se irritou e, entre o aumento de sua voz e Taylor seguindo Jamie escada abaixo, a discussão se transferindo do corredor para a sala e depois para a cozinha, Taylor pegou os copos do balcão da cozinha e os jogou em direção a parede.

Um deles chegou muito perto de Jamie, mas a garota foi rápida o suficiente para se esquivar e, olhando para Taylor em total descrença, ela deixou escapar, como um deslize, algo como: "Você está completamente fora de si", que se emendou sobre o pedido de desculpas de Taylor. Um pedido que logo se transformou em outra coisa quando a loira entendeu o que havia sido disparado contra ela.

— Por que eu estou me desculpando? — a mais velha balançou a cabeça, irritada, o tom ainda alto, alterado.

— Por que é o mínimo? — Jamie deixou escapar — E eu agradeceria se você parasse de gritar e fazer isso... — Ela apontou para os cacos de vidro no chão.

— Desculpe, estou gritando? Na minha casa? Que comprei com o dinheiro que ganhei com minhas canções? Sobre a minha vida? — Taylor repreendeu, algo que ela havia dito outras vezes, mas em discussões com Adam, uma vida atrás. Mas não era Adam ali. Era Jamie, e Jamie entendia tudo sobre si. Ela não deveria se sentir assim — O que você ainda está fazendo aqui? — ela perguntou, e incontrolavelmente acabou deixando algumas lágrimas caírem, então o início de um choro se formou, e no segundo seguinte Taylor se apoiou na bancada da cozinha, desviando o olhar de Jamie, não querendo passar por aquilo, não de novo — Se você tinha planos de me deixar você poderia simplesmente não ter começado isso.

— Taylor... — A voz de Jamie soava calma e estranhamente distante. Taylor olhou para cima, levantando o rosto a contragosto, apenas para ver que a garota havia sumido.

Então tudo caiu como uma cortina escura, e isso foi o suficiente para Taylor se levantar exasperada, apenas para ver que nada daquilo havia acontecido.

Ela ainda estava em Nashville, em seu apartamento em Midtown, e não em Nova York, mas olhando ao redor Jamie não estava na cama, o que fez a mais velha se levantar e praticamente apressar o passo na direção da sala.

As luzes da cidade do meio da madrugada entravam pela janela de parede a parede, e era a única luz no apartamento, para uma Jamie sentada com seu MacBook na mesa da sala de jantar. Ela estava sentada na cadeira à cabeceira da mesa, a cadeira clássica com a bandeira da Inglaterra estampada nela. Uma cadeira que Taylor comprara anos atrás, sem a menor ideia de que alguns namoros fracassados com ingleses acabariam levando à inglesa certa.

Jamie, que parecia atenta a tudo ao seu redor, desviou o olhar para ver Taylor, de pijama rosa com estampa de gato e meias brancas nos pés, observando-a de longe, com uma expressão de descontentamento tão grande que por um momento, Jamie se perguntou se tinha feito alguma coisa.

Mas então algo clicou e não demorou muito para ela descobrir o que estava acontecendo e juntar as peças.

Com o início da turnê previsto para pouco mais de quatro meses e o início dos ensaios começando em um, Taylor tinha estado com dificuldade para dormir, mais do que o normal. Os pesadelos eram sempre os mesmos, e ela já tinha conversado sobre isso com sua psicóloga, mas não era muito o que poderia fazer. Havia dias em que ela se cansava e tomava um ou outro remédio para dormir, mas a melhor solução era sempre a presença de Jamie. E a inglesa sabia, claro que Taylor, de algum jeito, sentiria sua ausência, mas ela mesmo tinha estado sem sono por conta do fuso horário. Havia passado duas semanas em Londres, e naquele horário já tinha se acostumado a estar de pé. Ela tinha se cansado de revirar na cama, e levantou para ler alguns scripts que tinha recebido de Charlie.

Estendendo a mão na direção de Taylor, Jamie a chamou com um aceno e apenas esperou, a vendo caminhar em sua direção, e se afastando da mesa ela deu espaço suficiente para que Taylor se sentasse em seu colo, escondendo o rosto em seu pescoço.

— Desculpa ter levantado mais cedo que o normal — Jamie disse.

— Não é sua culpa — Taylor garantiu — Nós vamos ficar algum tempo longe uma da outra, eu já deveria estar me acostumando com isso. O que eu vou fazer nesse tempo de turnê sem você? Deixar de dormir? — ela jogou a questão sem realmente esperar uma resposta.

— Nós vamos resolver isso — Jamie apresentou — Quer conversar sobre o que foi o sonho?

— Você estava indo embora — Taylor murmurou contra a pele de Jamie.

— E então?

— E então eu me chateava e jogava copos de vidro em você.

— Oh, o pesadelo vestido de sonho — Jamie brincou, tentando levantar o clima — Muito "Blank Space" da sua parte.

— Jamie — Taylor ralhou, mas deixou um riso bobo escapar. Suspirando com calma, ela voltou ao seu estado comum, e então o espaço caiu em um silêncio momentâneo — Promete que não vai me deixar?

— Só se você prometer que não vai se cansar de mim — Jamie sussurrou. E Taylor entendeu o que ela estava fazendo. Para a loira era muito claro como Jamie era despreocupada, e muito confiante quanto a si mesma, o total oposto dela, mas ela fazia aquilo. Ela mantinha as situações equilibradas para que Taylor não sentisse que ela era o problema da situação.

Para Jamie, Taylor definitivamente não era um problema. Ela a entendia, e com o tempo entendeu também como a cabeça dela funcionava. Mas Taylor tinha uma visão diferente. Ela era um problema, e na maioria do tempo sua mente era a vilã de sua própria história. Ela pensava muito e se preocupava demais, e a sensação que tinha era que todos concordavam com ela naquele ponto.

Menos uma pessoa. Jamie. Que tinha se embrulhado com ela, mesmo nos problemas, e a fazia se sentir um pouco sã, mesmo quando tudo parecia terrivelmente complicado.

— Eu não vou me cansar de você — Taylor disse.

— E eu não vou te deixar — Jamie devolveu.

— Nem mesmo nos meus piores dias?

— "Porque as palavras saíram e a verdade não pode mentir, e nós temos dito isso com nossos olhos o tempo todo, que você tem todo o meu coração" — Jamie citou "Love In A Bar", uma música que tinha um espaço especial no coração das duas, e não precisou completar a letra, que parecia já clara, porque Taylor a conhecia do começo ao fim — A coisa é que, eu vou estar aqui — ela garantiu, e foi bastante para que Taylor sentisse que não tinha verdade maior do que aquela.

As duas se mantiveram naquele jeito, mas eventualmente Taylor sentiu os olhos pesados e perguntou, como uma sugestão, se Jamie podia se deitar com ela, pelo menos por um momento, até que ela conseguisse adormecer, e foi ali no sofá da sala mesmo, com a vista da cidade que a mais nova abraçou Taylor pelo ombro, sentindo a mão dela em seu abdômen, com o rosto em seu torso, e a viu adormecer para acordar apenas na metade da manhã.

Naquele dia, após um breve café da manhã, e um banho que gostava mais que o normal, ao som da playlist que dividiam. Com músicas de Dan + Shay - uma escolha pessoal de Taylor - e algumas de Childcare, uma banda que Jamie parecia ser a única pessoa que realmente ouvia o som. Jamie e Taylor então seguiram para a casa de Andrea, onde dali seguiriam para o prédio da 13 Management, decidindo os últimos detalhes da construção da turnê, precisavam cravar uma data para o início dos ensaios, e assinar algo que tinha estado na cabeça de Taylor por um tempo. O aval para dar início, no dia da abertura da turnê, em Glendale, as filmagens de um documentário, que faria parte de um acordo para dois filmes com a Netflix que Taylor havia assinado um tempo atrás. O primeiro se basearia na gravação de um dos concertos da Reputation Tour, e Taylor tinha muito claro em mente que isso tomasse lugar no último show da parte americana da turnê. Enquanto o outro se focaria nela, com uma diretora já escolhida e a equipe programada, ela sabia que queria passar pelos últimos anos de carreira e então seguir dali, mas até onde, nem mesmo ela sabia.

Quando Andrea recebeu sua filha, acompanhada de Jamie, foi com um sorriso calmo nos lábios que as abraçou. Entrando em casa, Taylor foi surpreendida por Kitty, a Dogue Alemã que Andrea tinha adotado três anos antes, mas assim que Kitty viu Jamie a atenção se voltou para ela, e antes mesmo que pudesse se acomodar no sofá a Dogue Alemã já tinha tomado o espaço ao lado da inglesa.

Austin tinha saído pela manhã, mas não demorou para chegasse na companhia do pai, e após um almoço calmo em família, os cinco partiram em direção a Hendersonville.

Sendo a primeira vez que Jamie se disponibilizava para estar em uma daquelas reuniões, a presença dela terminou causando um choque inicial entre o grupo de pessoas da 13 Management, mas ninguém se dispôs realmente a fazer perguntas ou direcionar o assunto da razão pela qual ela estava ali. Muito porque parecia bem claro.

Jamie então se manteve na sala de reunião, com o seu lugar um pouco mais afastado, ouvindo cada mínimo detalhe sobre as datas já confirmados da turnê e as datas por se confirmarem na Europa e na Ásia.

Alguns dias para frente, aproveitando os últimos dias em Nashville, Taylor assistiu o lançamento do vídeo clipe de "End Game" de seu apartamento em Midtown, e pelo tumblr falou sobre ele com alguns fãs, curtindo seus comentários e suas análises sobre os significados do vídeo.

Com Jamie, Taylor seguiu para Nova York, onde passou alguns dias, e no fim de janeiro, elas seguiram para Milão, na Itália, porque Jamie havia sido convidada para um evento da Prada. Ela então participou do desfile da Prada durante a semana de moda de Milão, porque tinha sido o rosto da campanha Primavera/Verão 2018 da marca.

A casa de moda havia definido Jamie como "uma conquistadora, uma aventureira. Uma nova personificação definitivamente heroica da ideia feminina da Prada". E selando uma parceria com a marca, a atriz compareceu ao desfile, mas desacompanhada. Vestida da cabeça aos pés em Prada, com exceção de um doce patch em forma de coração que ela prendeu ao seu conjunto.

Jamie usava um midi preto sem alças direto da passarela de outono de 2018 da Prada e, em um lado do vestido, havia um singelo coração com seu nome - uma lembrança feita sob medida a pedido de Taylor. Ela finalizou seu visual adicionando um pouco de ousadia com um par de botas de couro envernizado e meias até o tornozelo.

No desfile ela se sentou ao lado de Jeremy, o encontrando sem nem mesmo esperar, e reconectando de imediato eles passaram o tempo inteiro conversando. Jeremy tinha estado ocupado gravando Mamma Mia 2, Jamie sabia disso, e eles mantinham contato por mensagens e por comentários perdidos nas fotos um do outro, mas não se encontravam há algum tempo, e foi bom fazer isso outra vez. Jamie se atentou aos detalhes que tinha perdido com a distância, como o fato de que Jeremy e Gigi tinham saído para um encontro semanas atrás, quando a garota e Zayn deram um tempo na relação que tinham. Jeremy comentou como tinha tido o melhor tempo com a modelo, mas que não sabia se aquilo os levaria a algo, e ainda que gostasse muito de Zayn, algo no fundo da mente de Jamie pontuou como seria legal ver Jeremy e Gigi juntos.

Em entrevista, deixando o desfile, Jamie foi questionada sobre seu relacionamento com Taylor, e ainda que não quisesse se focar naquilo - porque mesmo que adorasse falar sobre a garota, ela não queria aquela atenção - Jamie suspirou, e com um sorriso educado deu sua resposta.

Ela disse que estavam fazendo um ótimo trabalho sendo secretas e mantendo o relacionamento delas como uma coisa pessoal entre as duas, e que tudo o que podia dizer era que tudo parecia um sonho. Respondendo isso, em meio a entrevista, Jamie tinha esquecido de tirar seu anel aparador de noivado, uma tira não tão fina em prata, e só percebeu isso quando estava de volta no Hotel, mas por muita sorte ninguém chegou a realmente reparar nisso.

Jamie e Taylor sempre tomavam cuidado com aquilo. Taylor usava uma aliança de noivado em ocasiões entre família, ou quando eram apenas as duas com a certeza de que não seriam fotografadas, e o mesmo se transferia para Jamie. Elas não tinham planos de contar para o mundo sobre o noivado, pelo menos não no momento. Talvez quando selassem de vez aquele compromisso, mas a verdade é que gostavam de ter aquilo para elas.

Eventualmente os dias em Milão logo chegaram ao fim após s semana de moda, e voltando para os Estados Unidos, Jamie e Taylor caíram na estrada, antes que os ensaios para a Reputation Tour se iniciassem. Em Big Sur, mais especificamente o trecho entre a Bixby Bridge e a Julia Pfeiffer Burns State Park, Jamie e Taylor partiram por uma viagem de carro pelo litoral da Califórnia.

As duas alugaram um Ford Mustang 1967 conversível na saída de San Francisco e então pegaram a estrada. Na Califórnia as estradas eram boas, bem sinalizadas e havia tantas possibilidades de roteiro que a grande dificuldade parecia escolher o que encaixar nos cinco dias de viagem que Jamie e Taylor conseguiram. Mas decidindo pelo que Taylor queria que Jamie visse há um tempo, elas seguiram pela Highway 1.

O trecho de Big Sur era de longe o mais lindo e especial da Highway 1. Eram apenas 70 Km, mas tinha tanta coisa linda para ver que o tempo gasto certamente seria muito. Por isso, e por experiência própria, Taylor sabia que não valia a pena fazer o Trecho Carmel – Santa Bárbara em uma só tacada.

Ela e Jamie fizeram uma viagem no sentido San Francisco – Los Angeles pela costa, para viajar sempre olhando para o mar, e porque ficava mais fácil parar nos mirantes e em pequenas entradinhas não sinalizadas que tinham vistas maravilhosas.

A estrada era repleta de pequenas brechinhas com vistas incríveis, praias escondidas em pequenas escadas e muita coisa linda e difícil de mapear. Taylor já tinha feito aquela viagem, uma única vez, e com Karlie, mas com Jamie ela ainda teve tempo para descobrir coisas novas.

Com a viagem começando na saída de Carmel, Point Lobos foi a primeira parada. Sendo um dos melhores lugares de Carmel para avistar baleias, lontras e leões marinhos, era um parque lindo que combinava trilhas fechadas recheadas de ciprestes, com caminhos lindos da beira do mar. A cor da água, e a mistura entre mar e natureza eram bem impressionantes.

Assim que passaram por Point Lobos, elas seguiram para o Garrapata State Park. Pararam em Rocky Ridge Trail, uma trilha inclinada de cerca de 7km pelo parque, e na Praia Garrapata, uma praia deserta super linda.

Passando o Parque Garrapata, seguiram os rochedos ponteagudos e as curvas estreitas que ficavam na famosa Highway 1. Elas passaram por Rockbridge, e a ponte Bixby veio logo em seguida.

Jamie quis tirar fotos da Bixby Bridge, e fez isso num puxadinho de acostamento que cabiam exatamente dois carros, e como ali já havia um, o delas foi o segundo, e chegando a tempo, ela e Taylor pegaram a melhor hora para fotografia, no finalzinho da tarde, quando as luzes do pôr do sol iluminaram todo o horizonte.

Pouco depois da Bixby Bridge, estava o Hurricane Point. Um mirante bem sinalizado, com estacionamento amplo e fácil de parar. Do alto do Huricane Point, se tinha uma vista bonita da costa com direito a um pedacinho da Bixby Bridge, o que com toda certeza valia a parada.

A viagem ainda seguiu por Point Sur Light Station, Julia Pfeiffer Burns State Park, Big Creek Bridge, Gamboa Point e Sand Dollar beach, e por fim, Taylor e Jamie se acomodoram no Post Ranch, um dos lugares mais luxuosos da área do Big Sur , com uma arquitetura que se integrava perfeitamente à encosta, em uma maneira sublime de vivenciar aquele trecho da Costa Central.

Por questões de privacidade, elas escolheram a Tree House. E subindo uma pequena escada se tornaram praticamente uma só com a floresta. Os espaços independentes e triangulares incluíam uma confortável cama king size, uma escrivaninha, lareira a lenha e um assento na janela que parecia perfeito para absorver tudo.

De volta a Los Angeles, Jamie e Taylor, depois de algum tempo sem serem vistas por câmeras, foram fotografas em uma caminhada pelo parque, e no mesmo dia foram seguidas por paparazzis quando deixaram a casa em Beverly Hills para jantar em um restaurante na Vine Street, em Hollywood, o The Hungry Cat.

Elas tentaram não chamar a atenção na medida do possível, e quando saíram do The Hungry Cat se esconderam das câmeras, em um arranjo que parecia já costumeiro entre elas e a equipe de segurança da americana.

Eventualmente, o dia 13 de março as alcançou, e como um presente de aniversário para Jamie, Taylor lançou o vídeo clipe de "Delicate".

Também dirigido por Joseph Kahn, como os outros vídeos do álbum, esse videoclipe em específico tinha sido filmado em duas noites em Los Angeles; os pontos de referência apresentados incluíam o Millennium Biltmore Hotel, a estação 7th Street, o Los Angeles Theatre e o bar Golden Gopher. E em meio às luzes das câmeras e a vista da cidade, uma placa "Jamie's Deli" pôde ser vista no fundo de uma cena, uma referência óbvia usada por Taylor.

As duas passaram o aniversário da mais nova em casa, com um jantar simples, uma garrafa de vinho e um pequeno bolo encomendado pela americana. Jamie acendeu a fogueira do lado de fora, aproveitando o clima frio em Los Angeles, e da maneira mais simples elas viraram a madrugada ali.

Com alguns testes em Los Angeles, Jamie passou ainda mais alguns dias na cidade, mas precisando estar de volta em Londres, ela se separou da namorada. E assim Taylor seguiu para Nashville, para que pudesse gravar o Spotify Singles no The Tracking Room, um estúdio em Midtown, que durante algum tempo ela tinha usado como espaço de gravação, então significava algo para ela, por isso a escolha certeira.

Taylor fez um cover de September de Earth, Wind & Fire, e mudou a letra original para uma variação da letra para "Do You Remember the 28th Night of September?". Explicando a razão para o artigo original do Spotify, Taylor disse que escolheu fazer um cover da música por motivos sentimentais, porque sempre amou a música clássica do Earth, Wind & Fire, mas mais do que isso, porque o mês de setembro foi especialmente significativo para o seu relacionamento atual.

Entrando em abril, Taylor voou para o Arizona, para dar início aos ensaios da turnê, e aproveitou o momento para publicar a primeira foto do momento. Em um clique simples em que poderia ser vista numa sala com equipamentos de som e um teclado. Taylor ainda revelou maiores detalhes dos ensaios nos dias seguintes, publicando em seu Instagram uma foto com os dezesseis dançarinos da digressão em uma escada: Mark Villaver, Robert Green, Yoe Apolinário, Christian Owens, Maria Wada, Christian Henderson, Jazz Smith, Gracie Stewart , Giuseppe Giofre, Jake Roark Kodish, Jake Landgrebe, Toshi, Nadine Olmo, Grant "Atwiao" Gilmore, Stephanie Mincone e Maho Udo. Ela também postou uma série de imagens de outras partes dos ensaios, legendadas com as letras de "Gorgeous", "Dancing with Our Hands Tied" e "I Did Something Bad".

Ela tinha se distanciado do Instagram por motivos óbvios, mas com a turnê batendo na porta, seu tempo na rede social, e a quantidade de conteúdo que passou a compartilhar, mudou significativamente. Taylor divulgou mais fotos dos ensaios e, em 25 de abril, faltando 13 dias para as apresentações começarem, ela declarou que revelaria um fato da turnê por dia através dos Stories. E começou a fazer isso, revelando nos dois primeiros dias que cantaria dez músicas de seus álbuns antigos e, assim como em suas turnês anteriores, se encontraria com alguns fãs após os shows em uma área nos bastidores denominada "REP Room", que incluiria uma peça central com grandes cobras e um trono dourado.

Com 103 instrumentos para serem utilizados nos shows - 56 cordas, 37 teclados, oito percussões e duas baterias completas - a banda estaria sob a direção musical do tecladista David Cook, e seria composta pelas mesmas pessoas da última turnê. Como vocalistas de apoio Elliott Woodford, Jeslyn Gorman, Kamilah Marshall, Melanie Nyema — as duas últimas das quais eram co-capitãs vocais —, o baterista Matt Billingslea, os guitarristas Paul Sidoti, Max Bernstein, Mike Meadows — os quais serviriam também como tecladistas e forneceriam vocais —, e o baixista Amos Heller, também co-vocalista. No total, a turnê tinha demorado 14 meses para ser montada, incluindo o design do palco, com o University of Phoenix Stadium em Glendale, que foi escolhido para o primeiro concerto por estar disponível para quatro semanas de ensaio, anterior ao primeiro show da turnê.

Claro que não perdendo a oportunidade, em entrevista para a Forbes, Scott Borchetta, da Big Machine Records, disse que a turnê teria a "maior produção já vista até a data" e que nunca viu Taylor "tão animada para se apresentar". Ele afirmou que era agradável a ver dessa forma, e que ela vinha falando sobre como aquilo era uma realização, mas por trás desses comentários de Scott a verdade era um pouco diferente. Taylor estava sim totalmente animada, e mal podia esperar para se dedicar aos concertos, mas ela e Scott mal se falavam desde a última vez que tinham se encontrado em Nashville, então as declarações dele eram contidas exclusivamente no que ele ouvia da própria equipe, e se dependesse de Taylor aquela relação continuaria daquela forma.

Taylor ia ser honesta, com o fim do contrato com a Big Machine no fim daquele ano, ela estava pensando mesmo em não o renovar e partir em busca de outra gravadora, uma que a dessa flexibilidade para criar da sua própria maneira, e ainda que Scott não soubesse disso, ele mesmo tinha planos diferentes para o próximo ano.

Já no início de maio, faltando uma semana para o início da turnê, Jamie desembarcou em Glendale com sua mãe, Deborah, e com Kit. Chegando no meio da tarde, em um dia de ensaios, eles seguiram do aeroporto direto para o Hotel em que ficariam, mas enquanto Deborah e Kit se acomodaram para descansar, Jamie logo saiu seguindo para o University of Phoenix Stadium, para se encontrar com Taylor .

Jamie fez o caminho de táxi, e já na entrada que se destinava a equipe da turnê, foi com Noel com quem se encontrou. Ele estava avisado da chegada da garota, e sorriu acenando quando a viu de longe. Passando pela estrutura da turnê, que contava com três palcos, Jamie precisou seguir pelo caminho mais longo para se encontrar com Taylor alguns metros abaixo do palco principal.

De legging preta, uma blusa de manga comprida em um tom acinzentado e com o cabelo preso em um rabo de cavalo, Taylor tinha algumas gotas de suor em sua testa, e sua respiração ainda estava descompassada, por conta do exercício requerido pela última coreografia que tinha feito. Ela estava tentando não se cobrar tanto, mas queria entregar o melhor, e com a data de abertura da turnê marcada para uma semana, também estava um pouco apreensiva. 

De longe Taylor viu Jamie, de jeans, mocassim prada e uma camisa, todos em tom preto, com somente um cardigã vermelho simples se destacando pela cor em todo o visual.

Jamie manteve o sorriso calmo quando se aproximou e abraçou a namorada pelos ombros, sentindo suas mãos em sua cintura. Ela deixou um doce beijo em seu rosto, e quando quebrou o abraço de frente, se manteve unida a mais velha em um meio abraço de lado, com o braço direito por cima dos ombros de Taylor.

A atriz cumprimentou o restante da equipe. Não só os dançarinos, mas também a banda que estava completa ali, e após uma breve conversa com Taylor, ela se acomodou logo ao lado para acompanhar o fim do ensaio.

Naquela noite, voltando para o Hotel, Taylor e Jamie tiveram um jantar calmo na companhia de Kit e Deborah, e no dia seguinte, quando Taylor seguiu para mais ensaios, Jamie foi buscar Scott, Andrea e Austin no aeroporto. Os três se juntaram a Deborah e Kit para um almoço em um restaurante na 57th Drive, e pela tarde Taylor os encontrou de volta no Hotel, encerrando aquele dia de ensaios mais cedo do que tinha se acostumado pela últimas semanas.

Pelo restante da semana, John e Kate também desembarcaram em Glendale. David infelizmente não pôde estar presente, assim como Rose que estava no meio de filmagens para uma nova série, gravada em Boston. Os amigos de Jamie, de Londres, também passariam a abertura da turnê, mas prometeram que nas datas em Londres todos estariam presentes.

No dia anterior a abertura de Reputation Tour, Taylor e Jamie tiraram o dia para um passeio calmo. Elas seguiram para o Thunderbird Conservation Park, um parque em Hedgpeth Hills, dedicado a preservar o ambiente do deserto, e passaram parte do dia lá. As duas tiraram fotos diversas, e duas delas acabaram em suas contas no Instagram. Taylor publicou uma foto em que estava ao lado de um cacto enorme, e Jamie publicou uma foto de si praticamente equivalente a de Taylor. Como uma brincadeira, elas publicaram as fotos no mesmo momento, e por mais que parecesse bobo, aquele virou notícia.

Elas seguiram para o Hotel a tempo de jantarem no restaurante do lugar com a família de Taylor, com a companhia da família de Jamie, mas especialmente naquele dia, Taylor acabou subindo para o próprio quarto um pouco mais cedo que o costume. Com menos de 24h para a noite de estreia de sua turnê, ela estava ansiosa, e claro que isso dificultou seu sono, mas tentando seu máximo ela conseguiu ter oito horas diretas de descanso, e no dia seguinte, quando acordou e deixou o hotel, o fez antes que Jamie tivesse acordado.

Com algumas horas antes do início do concerto, Taylor estava uma grande bagunça. Ela estava nervosa, de um jeito que nunca tinha estado antes. Aquele era o projeto mais ambicioso dela, o tipo de coisa que ela nunca tinha feito, e ela não sabia o que esperar, mesmo porque todos os veículos de notícias projetavam como aquela turnê sendo o grande fracasso do ano. Os números de venda só naquele primeiro mês mostravam o contrário, mas era meio complicado se apegar completamente a algo quando todo mundo dizia o exato oposto. No fim Taylor ainda estava com aquele medo, ali no fundo, de que a turnê desse errado mesmo, porque todo seu ano de 2016 talvez acabasse falando mais alto.

Um artigo publicado na coluna Page Six do New York Post divulgou que a turnê estava com vendas fracas, sem ter um único concerto esgotado, mesmo após dias de venda, o que era mentira. Eles também disseram que aquele primeiro show em Glendale não tinha vendido todos os ingressos, o que também era mentira. A declaração do New York Post foi desmentida pela equipe de Taylor, que indo contra o que normalmente dispensava, divulgaram alguns dados de vendas antecipadamente, revelando que cerca de US$ 180 milhões em receitas já haviam sido lucrados em apenas sete dias - sendo quatro na pré-venda do "Verified Fan" da Ticketmaster e três nas vendas gerais - com cerca de 110 milhões em receita para as apresentações de 18 e 19 de maio no Rose Bowl. Aqueles números eram surpreendentes, mostravam um aumento considerável em comparação com a passagem da The 1989 World Tour, que na época mobilizou 81 mil fãs para a mesma arena num total de cinco datas. Então, a previsão era de que tudo caminhasse bem, apesar da insistência da imprensa em dizer que Taylor estava no pior momento da carreira dela.

Jamie, Andrea, Austin e Scott chegaram no estádio juntos, poucos minutos depois Deborah, John, Kate e Kit também apareceram, e se encontraram no Club Meredith, uma das duas áreas com assentos reservados da turnê. Os olhares se voltaram para o espaço, especialmente focados em Jamie, e mesmo quando o concerto teve início com "...Ready for It?",  a atenção se dividiu entre Taylor e atriz que estava ansiosa assistindo a apresentação. Logo em seguida "I Did Something Bad" tomou o espaço, mas foi durante a terceira faixa, em "Gorgeous", que alguns fãs levantaram os telefones para filmar a reação de Jamie.

Ouvindo Taylor cantar a parte "You're so cool, it makes me hate you so much" Jamie acabou olhando para os lados, apenas para ver como todos cantavam juntos, e sem se conter ela acabou sorrindo. Ela mesma tirou o celular do bolso para filmar Taylor no fim de "Gorgeous", quando a loira caminhou pelo palco se aproximando de onde ela estava, e Austin, que estava ao lado da atriz, e também filmava o momento, não perdeu a chance em desviar a câmera do foco da irmã para Jamie.

No fim da música, Taylor piscou na direção de Jamie, e logo o mashup de "Style"/"Love Story" e "You Belong with Me" teve início. Lá pela metade, as notas de "Delicate" soaram e em um determinado momento o olhar de Taylor procurou a namorada, apontando para ela quando cantou "You like me for me". Foi algo rápido, mas não o suficiente para que os fãs não olhassem a interação silenciosa. E enquanto alguns apenas reagiram ali momentaneamente, com gritos e tudo mais, outros tiveram a sorte de estar filmando a situação, e em poucos segundos os vídeos já estavam tanto no Twitter quanto no Instagram.

Quando Taylor foi para o segundo palco, ela aproveitou o momento mais "intimista", com só ela, o violão e os fãs, e se permitiu falar algumas coisas, sobre como aquele momento estava sendo muito mais do que ela imaginou. Que ela estava realmente com medo de ver tudo aquilo dando errado, que depois do último ano a sensação era de que as coisas não seriam mais como antes em relação a carreira que ela tinha construído, mas que ali ela estava tendo a certeza de que precisava, que os fãs que tinha conseguido ao longo dos anos, as pessoas que amavam ela e a música dela, ainda estavam ali e dificilmente iriam embora, e ela não conseguia ser mais nada se profundamente agradecida por isso.

Taylor então cantou "Dancing With Our Hands Tied' e "State Of Grace", a segunda música sendo uma escolha acertada porque era uma das músicas preferidas de Jamie. Logo depois ela atravessou o pequeno corredor entre as pessoas ali e seguiu para o segundo palco , onde aconteceria uma performance de "Dress", e foi quando Andrea e Scott aproveitaram a deixa para dar início a escolha dos fãs que se encontrariam com Taylor no "REP Room". "Call It What You Want" foi a penúltima música e quando Taylor cantou "Walking with her down, I'm the one she's walking to" Jamie abaixou a cabeça e olhando de volta para cima ela riu.

Naquele show de Glendale, os fãs que estavam ao lado de onde toda a família de Taylor estava, passaram mais tempo observando as reações de Jamie do que observando Taylor. E a conclusão parecia clara, de que a atriz era a mais fofa quando se tratava de ouvir as músicas escritas para si. A maneira como ela estava sorrindo para Taylor tinha deixado claro o quão apaixonada ela estava.

Com o fim do concerto, e no caminho para a saída, Jamie deixou o espaço primeiro, e se encontrou com Jack na saída do Club Olivia. Ele também tinha ido prestigiar o primeiro show da turnê, e animado puxou Jamie para um abraço, e com o braço ao redor dos ombros da garota, os dois saíram em direção ao backstage, onde esperaram por Taylor, que completamente esgotada, mas muito feliz , correu na direção da namorada quando a viu de longe.

— Hey — ela murmurou, abraçando a mais nova.

Jamie observou a câmera que acompanhava Taylor, mas tentou não exatamente focar nela, e retribuiu o abraço, deixando um beijo em seu rosto.

— Foi incrível — ela fez questão de dizer.

— Oh, eu quem preciso dizer isso — Taylor devolveu, quebrando o contato, ela manteve o braço ao redor da cintura de Jamie, sentindo a mão da garota em seus ombros, e juntas elas caminharam pela extensão do enorme corredor que as levaria para o camarim — Eu sei como você odeia a atenção, mas...

— Hoje foi inevitável — Jamie entendeu — Mas tudo bem — ela garantiu, dando de ombros — Eu gostei muito que "Dancing With Our Hands Tied entrou com a versão acústica.

— Eu fiz porque sei como ela é importante, e como você gosta dessa forma apenas fez sentido.

— Provavelmente a que eu mais gosto, apesar de ser um difícil dizer isso tendo "CIWYW" como competição  Jamie brincou.

 —Eu espero que sua mãe tenha acompanhado a minha e saído do Club Meredith quando "Dress" começou — Taylor brincou.

— Ela não fez isso, porque ficou quase o show inteiro com o celular no meu rosto — Jamie comentou — Algo sobre as minhas reações aparentemente era muito importante. Ela ainda tem dificuldade em acreditar que você escreveu algumas boas músicas sobre mim.

— Ela é realmente um amor, você sabe disso — Taylor acompanhou — Hm, eu vou tomar um banho, me trocar e seguir para o "REP Room", será que sua mãe aceitaria me acompanhar? Minha mãe vai estar lá também, então...

— Ela vai adorar — Jamie garantiu, certa de que Deborah amaria uma ideia, e não foi diferente disso.

Enquanto Jamie seguiu com os irmãos, os cunhados, o pai de Taylor e Jack para o restaurante onde posteriormente Taylor e a equipe da turnê os encontrariam para comemorar a abertura do projeto, Taylor seguiu para o "REP Room", com Andrea e Deborah.

No "REP Room" havia cookies temáticos da era, com letras de músicas, simbólos e um em específico com o singelo pingente com a inicial de Jamie, igual ao que Taylor carregava consigo no psecoço. Naquele espaço, com apenas os fãs, Taylor se deu a liberdade de manter sua aliança de noivado no dedo.

Taylor se apresentou, como sempre fazia - mesmo que não precisasse - e fez o mesmo com Andrea e Deborah, essa última sendo introduzida como a "mãe da Jamie". A situação parecia tão secreta e íntima, o tipo de relação despojada que Taylor teria com um amigo, que alguns fãs inevitavelmente se sentiram como amigos próximos.

Entre uma foto e outra, e algumas conversas com fãs, uma garota se aproximou, e antes mesmo de tirar a foto com Taylor ela fez questão de dizer algo que tinha estado em sua mente desde o concerto.

— As reações da Jamie... Eu mal consegui não prestar ela atenção — ela despejou, o que rendeu uma risada vinda de Taylor — Foi realmente fofo ver ela ouvindo "Call It What You Want".

— Ela normalmente fica sem jeito quando as músicas tocam — Taylor observou.

— Ela não parava de sorrir — a garota disse — E ela me parece ser uma pessoa incrível.

— Oh, ela é a melhor — Taylor garantiu — E realmente é uma pessoa incrível. Ela me acalma sempre que vejo algo maldoso que alguém diz sobre mim, ela simplesmente me tira de tudo. E ela tem sido meu relacionamento mais longo! — Taylor se animou — Estamos juntas há 20 meses. Quando chegarmos aos dois anos, eu vou surtar. Eu vou me gabar muito sobre isso — ela brincou.

— Eu me gabaria também — a garota concordou — Eu não sei qual de vocês é a mais sortuda em tudo isso.

— Definitivamente eu — Taylor disse, certa do comentário, antes de se voltar para a câmera e tirar algumas boas fotos com a garota ao seu lado.

Um outro fã, também aproveitando o momento, perguntou a Taylor sobre uma polaroid em específico nas revistas do "Reputation", uma em que ela estava de frente para uma fogueira, com a camisa xadrez de Jamie, e Taylor foi honesta respondendo que as pessoas na Inglaterra faziam fogueiras o tempo todo e ela e Jamie só tinham aquela mania de ficar no quintal queimando coisas para alimentar o fogo, especialmente em noite frias. Taylor também disse que Jamie tirou fotos dela o tempo todo em que ela se manteve escondida na Inglaterra, e confirmou com um sorriso no rosto que todas as fotos nas revistas foram tiradas pela namorada.

Depois do "REP Room", após passar quase duas horas no estádio depois do fim do concerto, Taylor seguiu para se encontrar com sua equipe, seus amigos e sua família. A última parada, antes dela seguir para o Hotel em que estava hospedada, foi nesse restaurante na Northern Boulevard, fechado para o seu pessoal.

Mas foi em casa que ela encerrou o dia - ou começou ele - já que embarcando em seu jato no início da madrugada, pouco mais de uma hora e ela estava aterrissando em Los Angeles com Jamie.

Um fim de semana depois, após dois concertos em Santa Clara, Taylor se encontrou em Pasadena. Com três shows feitos, e uma realização doce de que tudo parecia estar dando muito certo, ela entrou no palco montado no Rose Bowl e tirou um tempo para apreciar aquele momento.

No ano seguinte ao término de seu último ano escolar, Taylor não tinha ideia de que estava na rota para ser uma das maiores estrelas do planeta, ela sacrificou a educação formal que a maioria de seus amigos fez, e ainda sentiu um pouco do gosto amargo de não ter tido algumas experiências "comuns", mas ao mesmo tempo faria tudo o que fez novamente.

Quando ela se tornou uma compositora profissional com 14 anos, assinou um contrato com 15 e lançou seu primeiro álbum aos 16, uma idade em que a maior preocupação da maioria dos adolescentes era com quem eles iriam ao baile de formatura, algumas coisas haviam mudado de rumo na vida da garota.

Para Taylor, não ter tido a oportunidade de ir para a faculdade foi algo que realmente deixou uma marca em si. Lembrando do pequeno concerto que fez em Harvey Mudd, em 2012, ela gravou bem em sua mente a sensação de ter andado pelo campus, no auge de seus 23 anos, e pensado como queria viver uma vida como aquela, vivenciando aquela mesma atmosfera enquanto aprendia sobre algo que realmente significava algo sobre si. Mas ela entendeu na sexta feira, no primeiro dos dois shows no Rose Bowl em Pasadena, na quarta parada de sua turnê, que, se havia alguma faculdade capaz de formar pessoas em conexão humana, ela estava na lista para seu PhD.

Taylor deu uma aula. Ela atendeu fãs escondidos no backstage e se comunicou com uma audiência de 60 mil pessoas com a mesma naturalidade com quem se falava com um amigo, e estes, twittando ou postando no instagram, repassaram o sentimento para uma comunidade virtual de milhões de fãs da cantora.

Na entrada, os espectadores receberam pulseiras brancas que se iluminavam em diversos momentos durante o show. Às vezes as pulseiras se iluminavam em sincronia com a música, enquanto outras vezes emanavam diferentes núcleos ou criavam padrões no estádio, permitindo que os fãs se sentissem como participantes, e colaboradores, em vez de apenas observadores.

Quando ela cantou "Love Story", onde ela alterou o final trágico de Romeu e Julieta para encaixar sua referência de romance aos 17 anos, ela conseguiu fazer que jovens admiradores não se abalassem por tradições e expectativas do passado, mas que se sentissem livres para escreva seus próprios finais felizes na vida.

Alguns minutos depois da cantora Charli XCX começar a noite, que também contou com um ótimo set da Camila Cabello, ainda no backstage Taylor disse ao The Times, em uma publicação que sairia alguns dias depois, que "Reputation" tinha sido definitivamente seu álbum mais catártico. Depois que ela o finalizou, ela estava respirando aliviada porque começou a sentir que finalmente podia escrever músicas "comuns" novamente.

Como um costume, Taylor criou um momento isolado do tema para um elemento acústico em que ela cantava músicas diferentes em cada show. No último dia em Pasadena foi "Come Back... Be Here" a escolha da vez, que ela usou explicar pra como suas músicas, não importava o quão produzidos eram nos álbuns, começavam apenas com um instrumento. Deixando claro o contexto dessa música, ela usou sua própria letra e a adaptou, fazendo questão de mudar o último refrão, de "Eu acho que você está em Nova York hoje" para "Eu acho que você está em Londres hoje" porque Jamie tinha partido para Londres no dia anterior, e nem mesmo 24h tinham se passado, mas ela já estava morrendo de saudades.

No fim daquele último dia em Pasadena, com cinco concertos completos, Taylor voltou para casa e no caminho de volta, ainda em seu jato, caiu em um choro descompassado quanto tudo se assentou. Andrea abraçou a filha, tentando entender o que estava associada, e a razão não era tão nebulosa quanto se podia imaginar.

Taylor estava apenas feliz.

Ela tinha deixado de lado aqueles que a machucaram. Deixado de lado aqueles que tinha superado. Deixado de lado as palavras que lançaram em seu caminho enquanto ela saia pela porta sem a certeza de que voltaria para os palcos. 

Em algum momento ela tinha mesmo desistido de tudo porque não sabia ser possível voltar para onde tinha saído. Taylor sabia que não podia aguentar tudo e não podia estar ali para todos enquanto estivesse machucada. Ela escolheu se preservar, e segurou-se no fraco reconhecimento de si mesma, segurou-se em caprichos infantis e seu auto respeito ardente.

Ela admitia, a vida quase tinha a tirado da estrada que escolheu trilhar, mas naquela noite, se permitindo chorar, ela aprendeu o melhor. O truque para ter aguentado tudo aquilo foi todo aquele desapego. Ter se dado seu próprio espaço, para conseguir se sentir bem.

Muito melhor do que estivera em qualquer outro momento.

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