42° Capítulo - Com você
Por acaso vocês leram algum capítulo que eu logo excluí? Era o capitulo 48, se sim, me fala, pra mim chorar aqui por que vazou spoilers do meu livro kkkk. No final explico, boa leitura ❤
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Eu não posso aceitar o pedido de Carl... Eu não sei se o amo, sei que gosto, mas amar é diferente. Não quero lhe iludir. Muito menos sofrer se algo acontecer com nosso relacionamento. Em minha mente existe apenas confusão.
-Não... -sussurrei para Carl.
-Por que?
-Eu não sei se te amo.
Carl abaixou a cabeça encarando seus pés.
-Pensei que gostasse de mim, diz que sofreu e tudo e agora vem me dizer isso? -sua voz sai falha, estava aparentemente irritado.
-Eu... Eu sofri, pra valer. Mas eu, eu não sei... Espero que me entenda, me dê um tempo para saber quais são meus sentimentos Carl.
Ele balançou a cabeça positivamente, me encarou e se aproximou. Eu podia esperar que ele dissesse que não queria mais falar comigo, ou me xingar, eu sei lá. Mas ele apenas entrelaçou nossas mãos. Repentinamente me abraçou, fechei meu olhos permitindo seu toque, sua respiração batia contra meus fios.
-Eu te espero. -disse para mim.
Separei o abraço e sorri para ele. Carl levou sua mão até minha nuca e juntou nossos lábios em um beijo calmo e doce. Sem pressa alguma. Sorri entre o beijo, separei nossos corpos e puxei sua mão, caminhando com ele pela floresta quase escura.
-Onde vamos?
-Eu achei um lugar... Você vai gostar. -falei tentando dar um suspense.
-Ah!
-Já estamos chegando.
Caminhamos mais um pouco entre as folhas secas que emitiam um som gostoso e chegamos ao destino. Era uma acampamento abandonado. Tinha uma rede presa entre as árvores, uma cabana grande e alguns banquinhos no chão. Em frente tinha uma pequena cachoeira que emitia o som da água batendo contra as pedras, me trazendo calma.
Me sentei na rede e chamei Carl, ele me olhou confuso e veio. Fiquei meio sem jeito por ser muito apertado e estarmos juntos ali, mas me tranquilizei e coloquei minha cabeça em seu peito.
-Às vezes venho aqui espairecer um pouco. É seguro porque tem algumas armadilhas, se chegar algum zumbi ou alguém dá para ouvir.
-Gostei daqui. -Carl soltou uma gargalhada.
-Eu também gosto.
-Mas eu gosto por outro motivo. -segurou seu riso.
-O que foi Carl Grimes? -perguntei intrigada.
-É que adorei ficar agarradinho com você.
Soltei uma risinho envergonhado.
-É... Eu também. -sussurrei, quase que para mim mesma.
-O que disse? -perguntou.
-Nada não...
-Ei... -Carl se ajeita na rede, para ficar sentado de frente para mim, mas a rede balança e eu caio de costas no chão.
-Ai Grimes! -gritei irritada, ainda caida no chão.
Carl coloca o rosto para fora da rede e me encara, logo solta uma gargalhada gostosa.
-Idiota! Me ajuda.
Ele esticou a mão e eu segurei, levanto do chão com seu forte impulso e volto a sentar na rede, dessa vez com mais cuidado.
-Au... Minha coluna.
-Desculpa. -dá um beijo em minha bochecha. -Desculpa bochechuda. -apertou de leve minha bochecha. Revirei os olhos e retirei sua mão.
-Odeio quando fazem isso... Meus parentes faziam. -ri. -É chato para ca...
-Sh... -colocou a mão em minha boca me impedindo de falar. -Não fala palavrão.
-Tá bom senhor educado. -ironizei.
-Antes de você cair eu ia te fazer uma pergunta.
-Qual?
-Que pedido você fez em seu aniversário? Vi que ficou pensando. -perguntou curioso.
-Se eu falar não vai se realizar. -fiz beicinho.
-Diz logo, vai. Contar ou não, não fará diferença.
-Pedi um fim para isso tudo. Uma cura talvez. Ou a merda da extinção dos humanos logo. -bufei triste.
-Por um lado eu agradeço por tudo ter acontecido, pode me chamar de louco. -sorriu de lado e fechou os olhos por alguns segundos.
-Eu concordo... Eu conheci vocês, caso não tivesse acontecido não teria conhecido você. -digo sorridente e Carl solta um risinho fofo.
Ele se deita na rede e eu faço o mesmo. Ficamos encarando a imensa floresta, vazia, como se nada mais existisse. Olhei para nossos pés juntinhos, eu ouvindo sua respiração, sentindo seu coração, seu toque. Sorri largamente, do nada. Eu quero tê-lo para mim assim, para sempre de preferência.
-Eu aceito.
-O que? -pergunta confuso.
-Eu aceito namorar contigo... Eu sou uma boba, é obvio eu te amo Carl! - gritei na última frase. -Como não pude perceber?
O garoto me encara boquiaberto, sem palavras, apenas esboça seu melhor sorriso. Levanto da rede e fico em pé.
Carl levantou também e veio até mim, me abraçou na cintura e levantou meu corpo me girando até ficar tonta.
-Deu... -digo separando-me de seus braços. -Eu preciso vomitar. -coloco a mão na testa, falhando na tentativa de parar de ficar tonta.
Ele me agarra pela cintura novamente e enche minhas bochechas de beijos.
-Te amo, namorada. -disse ainda dando diversos beijos.
-Chega Carl... -ri e me separei de seu corpo. -Quer ir embora? -perguntei-lhe.
-Você quer ir?
-Bom... Por mim eu não voltaria, mas seu pai vai reclamar se ficarmos aqui.
-Então, prepare os ouvidos. -gargalhou baixo.
-O que está aprontando? -perguntei curiosa.
-Vamos dormir aqui! -abriu os braços e girou mostrando o lugar.
Solto uma risada forçada:- Sério? -levanto uma sobrancelha.
-Sério. Vem. -ele mexe a cabeça apontando para a barraca.
-Tá bom. -sorriu tímida.
Ele anda até a barraca e entra, quando vou para entrar olho em volta vejo outras barracas, as cercas, bancos... O antigo acampamento.
-Vamos dormir? -Jorge pergunta, mostrando seu sorriso assustador. Estremeci por dentro.
Queria dizer que não e sair correndo, mas minha voz saiu falha.
-Me deixa em paz... Saia da minha mente... -sussurro pressionando os olhos fechados.
Me vejo chorando, uma menina inocente tirando a roupa para aquele homem, que por sorte nada me fez. Mas querendo ou não deixou um trauma em meu coração.
-Enid! Enid! -Carl me segura pelos ombros.
Pressiono os olhos fechados e os abro. Vejo Carl me encarando confuso, suspiro aliviada e o abraço.
-Me conta o que aconteceu. -pede, ainda abraçado comigo. Passava suas mãos em meus fios de cabelo, me confortado.
-Não vamos falar sobre isso... Vamos dormir. Por favor. - ele separa o abraço e se deita, me deito ao seu lado de frente para seu rosto.
-Só quero que fique bem... -coloca uma mecha de cabelo atrás de minha orelha.
-Obrigada. -sorri e peguei em sua mão, praticamente a abraçando.
-Enid... -ele sussurra meu nome.
-Diga. -abro meus olhos e encaro seu rosto.
-Você... Você não se sente incomodada com isso? -ele aponta para seu olho direito, que estava enfaixado.
-Não... Por que sentiria? -pergunto confusa.
Ele se senta na barraca e começa a retirar a faixa que envolve sua cabeça. Quando finalmente retira eu me sento e encaro o vão que tem ali. Não existe mais seu olho azul, e sim pele, carne, ferida. Eu não digo nada, apenas o encaro sem reação.
-Tudo bem... -ele suspira. -Era de de se esperar. -Carl abaixa sua cabeça e balança negativamente.
-Você continua lindo. -toco em seu queixo e levanto seu rosto. -Esse ferimento não interfere em nada, eu não sinto nada ao olhar para seu machucado. Eu te amo e isso não significa nada para mim. -puxo sua nuca trazendo seus lábios aos meus formando um selinho.
Carl solta um sorriso espontâneo e pega a faixa para refazer o curativo. Pego a faixa de sua mão e começo ajudá-lo. Logo que termino me deito de frente para Carl e ele faz o mesmo.
-Você me fez sentir muito melhor. -ele sorri.
GENTENEY, esses dias sem querer eu postei um capítulo, maldito capítulo. Quem leu já está ciente do que vai acontecer, não sei se excluí a tempo de não salvar aí no pc ou cell de vocês, então to meio preocupada... Mas tudo bem, se alguém leu fica quietinho, please.
Well... OLHA ISSO CARAMBA!
17K!!!
Já aumentou para 17K e voltou para o #6 em fc, mas eu estou muito feliz e grata. Amo vocês ❤
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