Oie amores...bora com mais um.

Espero que gostem!

Bjs
Lu
😘

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Pov Dak

Na manhã seguinte a minha consulta acordei me sentindo cansada e com a cabeça pesada. Minha mente parecia funcionar de maneira estranha. Senti uma leve tontura ao tentar me levantar.

Permaneci sentada na cama, enquanto esperava a sensação desagradável passar.

— Bom dia amor! — Jordan entra no quarto com uma bandeja com meu café da manhã.

—Bom dia. — minha voz sai pastosa.

— Melhor amor?

— Um pouco zonza.

— Trouxe o seu café.

Ele ajeita as almofadas e me ajuda a me acomodar confortavelmente.

Olho para a linda bandeja que me meu marido arrumou com tudo que eu gosto, mas não sinto vontade de comer.

— Estou sem apetite. — digo sem graça.

— Você precisa comer. Pelo menos um poquinho.

Mesmo sem vontade, me forço a comer para agradar meu marido, que tem sido tão cuidadoso e amoroso comigo.

— Amor, estava pensando em passarmos uns dias na nossa casa de Aspen. Relaxar!

— Jordan, eu...

— Dakota, seu médico recomendou. Lembra?

— Eu sei, mas eu queria muito ficar em casa. Pelo menos até eu fazer os exames. Daí podemos sair em férias, para onde você quiser.

Jordan Bufa contrariado.

— Tudo bem. — ele finalmente concorda.

— Amor, eu queria passar na loja pegar alguns projetos em que eu estava trabalhando.

— Fora de cogitação, você não vai sair dessa casa. — ele diz bravo.

— Mas...

— Dakota pelo amor de Deus, você esqueceu que está doente? O médico disse que você deveria fazer repouso e você está ai querendo sair para trabalhar. — ele diz com voz alterada

— Desculpe, você tem razão.

— Eu preciso de você bem. — ele faz um carinho em meu rosto e me puxa para um beijo.

Sou pega de surpresa, mas o retribuo na mesma intensidade. Até que minha mente traiçoeira me tras as lembranças de uma outra boca, um outro beijo.

Solto um gemido involuntário com a lembrança agridoce. Jordan entende isso como um pedido e aumenta a intensidade.

— Amor, para por favor. — empurro seus ombros até que sua boca se afasta da minha.

— O que foi? — Jordan pergunta preocupado

— Fiquei um pouco tonta. — minto.

Jordan se levanta da cama e pega na cômoda um comprimido e um copo de agua.

Sem protestar, eu tomo a medicação. Me ajeito na cama e em poucos instantes estou dormindo.

"Me vejo caminhando em meio a uma névoa espessa.

Mal posso ver meus pés tocando o chão.

— Dakota...filha! — é a voz de meu pai.

— Pai, é você?

— Filha...

— Cadê você papai? — começo a correr, tentando encontra-lo.

— Abra seus olhos filha...

— Pai, onde você está? Não me deixe sozinha.

— Abra os seus olhos que você verá. Você tem que abria seus olhos, filha!

—Pai... Não me deixa!

— Não se esqueça...abra seus olhos".

Acordo assustada! Meu corpo molhado de suor.

Tive um sonho estranho, mas não consigo lembrar direito. Só lembro que era com meu pai.

Olho ao redor, tentando me orientar.

— Boa noite! — um mulher vestida de branco está sentada ao lado na minha cama.

— Quem é você?

— Sou sua enfermeira. Vim por recomendação do seu médico.

— Que horas são?

— Passa das dez da noite.

— Onde está meu marido?

— Ele saiu.

A enfermeira me passa um comprimido e um copo de água.

— Ta na hora do seu remédio, senhora.

—Eu não quero dormir outra vez!

— Sinto muito mais a senhora tem que tomar, são ordens do médico.

— Obrigada...como é mesmo o seu nome?

— Millie, meu nome é Millie.

— Obrigada, Millie.

Frustrada engulo o remédio e caio em um sono confuso com sonhos esquisitos.

Quando acordo novamente, o sol já está alto. Não vejo nem Jordan, nem a enfermeira no quarto.

Com dificuldade consigo me levantar. Vou me apoiando nos móveis até chegar o banheiro.

Minha visão está turva, lavo meu rosto com agua fria na tentativa de aliviar, mas não ajuda muito.

Saio do quarto lentamente, segurando com força no corrimão.

— Senhora... — Conceição me olha espantada. — A senhora não pode se levantar sozinha.

— Me ajude aqui, por favor.

Ela me conduz até o sofá.

— Onde está meu marido?

— Eu não sei dizer.

— E a enfermeira?

— Saiu.

— Melhor... Preciso que me ajude Conceição. Tenho que falar com meu médico. Esses remédios estão me fazendo dormir o tempo todo.

Ela me olha apreensiva.

— Não posso e nem devo me meter em problemas dona Dakota.

Suspiro...ela tem razão. Tenho que falar antes de tudo com meu marido.

— Você pode ao menos me ajudar a dar uma volta? Eu adoraria pegar pouco de sol.

Ela reflete por um momento.

— Certo. Eu levo a senhora.

Conceição e eu saímos de braços dados, caminhando pelas ruas do bairro. Ainda me sinto grogue, mas o ar da rua me trás certo alívio

Seguimos até o parque que fica perto da minha casa.

— Podemos nos sentar? Estou um pouco cansada. — peço a ela.

— Só por alguns instantes. Não devemos demorar.

Ela me ajuda a sentar e eu fico observando. O dia está lindo, o sol brilha alto no céu e uma leve brisa balança as árvores. Algumas crianças brincam ao redor e eu rio da alegria dos pequenos.

Uma linda menina de cabelos loiros corre pelo gramado enquanto uma mulher de uniforme corre atrás dela.

A menina tem um sorriso tão lindo, o sorriso que eu sonhei para uma filha, se um dia eu tiver.

— Oi. — a menina senta ao meu lado. seu rostinho suado e vermelho de tanto correr.

— Oi, linda. — respondo a ela.

— Dulcie, o que seu pai lhe disse? — a moça de uniforme a repreende.

— Eu só queria ver o olho dela, tia.  É igual o meu né?

— Sim. Meu olho é da mesma cor que o seu.

— Sabia tia que meu papai tem olho azul também? Só que o dele é escuro, parece o céu quando vai chover.

Meu peito aperta ao lembrar de um par de olhos que também tinham esse tom de azul.

— Senhora precisamos ir. — Conceição me alerta.

— A tia tem que ir tá?!

— Ah tia, mas a gente nem conversou direito.

— Eu sei amor. Outro dia a gente fala tá.

— Promete?

— Prometo.

A menina pula em meu colo e me abraça. A sensação é tão boa, é como sentir a brisa do verão tocando meu rosto.

— Tchau tia. — ela correndo para longe.

Obrigada por lerem!🙏🏻🙏🏻

Deixem suas estrelinhas!⭐⭐