Capítulo 38
Oie...
Espero que gostem.
Bjs
Lu
😘
👩♥️🧔
Pov Jamie
Depois da briga que Dakota e eu tivemos na noite passada eu acabei dormindo no sofá. Na verdade, a minha intenção era apenas acalmar os meus nervos para evitar mais discussão. Só que acabei pegando no sono
Quando acordei já havia passado das quatro, assustado subi correndo para o quarto, apenas para ter certeza que ela ainda estava lá.
Senti um grande alívio por ela estar dormindo em nossa cama, mas meu coração ficou apertado quando a vi ali tão frágil. Mesmo eu ainda estando magoado e com muita raiva eu odiava mais do que tudo ver a minha menina sofrer. Ainda mais por minha culpa.
Seu nariz estava vermelho e seus olhos estavam inchados. Dakota estava agarrada ao meu travesseiro.
Por que é que ela tem que ser tão teimosa? Será que ela não enxerga que ela é importante demais para eu perde-la? Eu já a perdi uma vez. Sei o quanto dói. Sei também que vou fazer o que for preciso para não sentir aquela dor outra vez.
Tá, meu lado racional sabe que ela é adulta e independente. Que talvez eu esteja sendo um pouco insano ao pensar em proibi-la de qualquer coisa.
A lembrança de Dakota me comparando a Jordan me vem à mente e com ela a raiva por ela sequer cogitar que eu seja como aquele monstro.
Sem fazer barulho me aproximo e sento na beirada da cama
— Como você pode pensar isso de mim? — sussurro tirando os cabelos de seu rosto.
Dakota remexe mas não acorda.
Sabendo que não dormiria mais sai lentamente do quarto e fui para o escritório ler alguns processos até que o sol surgisse anunciando uma nova manhã.
Precisava acalmar minha mente que estava perdida em uma montanha russa de pensamentos e emoções.
O trabalho me distraiu, pelo menos por algum tempo, mas não me impediu de ficar pensando em tudo o que dissemos um ao outro.
Por que brigamos com quem a gente ama? Acho que nunca tínhamos brigado assim antes. Pelo menos não me lembro de ter acontecido.
Pela janela vejo que a noite vai dando lugar para o amanhecer. Resolvo dar uma corrida. Sem dúvida, me exercitar me ajudaria a colocar a cabeça no lugar.
Outra vez subi ao quarto, peguei um conjunto de moletom de corrida e um tênis. Me vesti no lavabo do andar de baixo. Ainda não estava pronto para encara-la.
Deixei sobre a mesa um bilhete dizendo que havia saído para correr e levando apenas meu ipad sai pelas ruas frias de Los Angeles com meus fones de ouvido estourando meus tímpanos com Believer de Imagine Dragons.
"Em primeiro lugar
Eu vou dizer tudo que está na minha cabeça
Estou irritado e cansado
Da maneira como as coisas têm andado
Do jeito como as coisas têm andado"
O cara ironicamente canta.
Quando senti meu corpo reclamar do esforço, voltei para casa. Só então que me dei conta do quanto eu tinha me afastado.
Ao entrar em casa o cheiro do café fresco denunciava que Dakota já havia acordado.
— Bom dia! — entrei na cozinha hesitante.
Minha mulher olhou sobre seu ombro e nada respondeu. É, ela estava muito brava ainda. Dakota voltou a preparar seu sanduíche me ignorando categoricamente.
Me servi apenas e um café preto e tomei apressado.
— Vou tomar um banho e me arrumar para ir para o escritório.
Fiquei esperando que ela tivesse alguma reação, mas Dakota seguia agindo como se eu não existisse.
Fiz tudo mecanicamente, não estava de fato prestando a atenção enquanto vestia me terno após meu banho escaldante.
Quando desci outra vez minha filha estava tomando seu café da manhã e minha sogra estava apoiada no balcão da cozinha com uma caneca de café.
— Bom dia meu amor. — beijo a testa de Dul
— Bom dia, papai. — ele responde de boca cheia. — não fale de boca cheia, filha. — advirto e minha sapeca ri — Bom dia, Mel.
— Pelo visto não tão bom, né meu filho? — ela diz baixinho quando lhe dou um beijo em seu rosto.
— Ela te contou? — minha sogra afirma com a cabeça.
— Vó, acabei.
— Vá escovar seu dentinho e depois pode ver desenho. A vó já vai lá com você.
— Sua filha é teimosa demais, ela não entende que é perigoso. Ela disse que sou igual ele.
Mel suspira e meu puxa até a mesa para sentarmos.
— Filho, para uma relação dar certo é preciso decidir junto. Não dá para você decidir proibir e nem ela decidir que vai fazer o que bem entende. Tem que conversar, com calma, com respeito. Sempre tentando se colocar no lugar do outro. Você não é mais aquele garoto que ela conheceu e nem ela é a mesma menina. Não tem cabimento que se comportem da mesma forma que faziam quando eram dois adolescentes.
— Eu prometo que vou consertar tudo isso, Mel.
— Eu vou levar a Dul comigo para o sítio assim vocês conversam com calma hoje à noite.
— Tá bem, obrigada. Só leva segurança por favor.
— Eu vou sim, querido. Agora acalma esse coração que tudo tem jeito na vida.
Abraço Mel com carinho. A cada dia que passa nossa ligação se fortalece mais e mais e isso me deixa muito feliz.
Me despedi de minha filha e sai para o trabalho. No caminho, por mais que eu tente não pensar, a todo instante me vem à mente aquele medo de algo acontecer.
Não posso ficar parado. Tenho que fazer algo para eu ter certeza que ela está em segurança. Uma ideia me surge e decido ligar para Blake.
Ligação on
— Alô.
— Oi, Blake. É o Jamie.
— Ah...oi Fred. — ele disfarça.
— Ela tá ai?
— Tá tudo bem sim. O que posso fazer por você?
— Eu vou mandar um dos caras da segurança para vigiar a loja. Preciso que você arranje um espacinho aí para ele.
Blake ri alto.
— Eu sempre tenho um espacinho sobrando. — ele responde malicioso e eu rio de suas besteiras.
— Obrigado, amigo. Te devo essa.
— Vou cobrar! — ele gargalha e desliga
Ligação Off
Entrei em contato com o chefe da segurança e expliquei tudo o que precisava. Deixei agilizado que uma equipe ficaria responsável por minha mulher e outra por minha filha.
Já no escritório, nossa secretária me passa a minha agenda e eu me debruço sobre meu trabalho. Talvez assim o dia passe logo!
Na hora do almoço, pedi um lanche e comi por aqui mesmo. Além de eu estar sem fome, eu não estava com a mínima vontade de ir a um restaurante.
Batidas a porta despertam a minha atenção.
— Posso? — Ben pergunta.
— Claro que sim. Precisa de algo?
— Não, vim aqui saber se tá tudo bem? Blake me ligou — explica ele.
— Acho que tá. — suspiro — Eu fui um idiota e tenho que consertar isso.
— Tenha calma, vocês se amam e é isso que importa. Tenho certeza de que vão se entender.
— Atrapalho? — Mendonça pergunta.
— Opa. Eai? — Ben o cumprimenta — A gente tava só conversando.
— Pela cara do bonitão aí, eu aposto que a Dak o colocou de castigo. — Mendonça ri.
— Mais ou menos isso — respondo rindo também.
— Eu vim para saber se vocês vão na festa de aniversário de formatura do Bob.
Eu tinha até me esquecido que um dos advogados que trabalha conosco vai comemorar 10 anos de formatura hoje.
— Não. Sem clima lá em casa. — respondo.
— A gente vai dar uma passada lá. — Ben diz.
Então senhores, com licença que por hoje eu estou indo. Até amanhã. — Mendonça se levanta da cadeira onde estava sentado e deixa minha sala.
— E eu vou para a minha sala. — Ben ri.
Volto para as minhas atividades e quando dou por mim já é final de tarde. Começo a arrumar minha mesa e guardar meus pertences.
— Doutor Dornan, sua esposa está na recepção. — Susan anuncia.
— Pede para ela entrar, por favor.
— Sim senhor.
— E Susan, não precisa anuncia-la. Minha mulher tem acesso livre.
— Claro, doutor.
Minha respiração se altera. Estou tão nervoso. O que será que ela quer?
Logo Susan volta trazendo Dakota.
— Obrigada! — ela sorri educada.
— Posso lhe trazer uma água ou um café?
— Não, obrigada. — Dakota agradece.
— Com licença. — Susan sai nos deixando a sós.
— Eu vim para nós resolvermos essa situação.
Obrigada por lerem!
Deixem suas estrelinhas!
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