Bônus IX
Oi amores, chegando com mais um capítulo dessa reta final da fic.
Espero que gostem!
Bjs
Lu
😘
🧔♥️👩
Pov Henrique
Por um momento eu pensei que toda a agonia havia acabado quando um dos policiais anunciou que haviam finalmente encontrado Dakota, que ingenuidade minha. Mal sabia eu que o tormento estava apenas começando. Enquanto Jamie e eu esperávamos em seu carro na frente da luxuosa mansão por longos e incontáveis minutos, em minha mente passavam todas as piores possibilidades, mas nenhuma me preparou para o que aconteceria.
O estampido das balas gelou minha alma e naquele instante eu soube que era ela. Sai do carro desesperado, vagamente consciente de que Jamie me seguia.
Um dos policiais tentou me conter, mas foi em vão. Nada e nem ninguém neste mundo seria capaz de me impedir.
Na sala da casa passei meus olhos por cada canto a procura dela. Seguia como um doido, abrindo portas, vasculhando tudo.
No andar de cima corri para a porta que estava aberta no final do corredor. Logo na entrada do quarto nos deparamos com o corpo inerte de Jordan estendido. Dakota estava sentada no chão em completo choque. Jamie assim que a viu a envolveu em seus braços a protegendo.
Mais ao centro minha Babi estava também caída no chão. Da sua perna jorrava sangue.
— Amor, olha para mim. Fica comigo, Babi.
Corri até ela em completo desespero. Minhas lágrimas rolavam sem controle. Barbara abriu seus olhos lentamente. Seu olhar era de medo e súplica.
— O bebê, salva o nosso bebê! — pediu ela já quase sem força.
A lembrança do dia em que perdi Marcela e nossa filha vem forte e dolorosa.
Flashback on
— Nossa princesa vai nascer amor, vai dar tudo certo. Fique calma, estou aqui com você.
— Henrique, me prometa que se algo acontecer a mim você vai proteger e cuidar de nossa filha.
— Para com isso Marcela. Vamos cuidar da nossa filha juntos.
— Por favor, me prometa!
— Tá bem, se isso te deixa mais calma, eu prometo.
Flashback off
Não! O destino não pode ser tão cruel em me fazer passar por isso outra vez. Eu não vou suportar perder a Babi e nem o fruto do nosso amor que cresce em seu ventre.
— Me perdoa se eu fiquei longe. Eu só queria te fazer uma surpresa — Barbara diz sorrindo enquanto uma lágrima escorre por seu rosto — Henrique, você foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida. Nunca se esqueça que eu te amo e sempre vou amar. — seus olhos vão se fechando.
Os paramédicos chegam e me tiram de cima dela. Queria gritar, mas não consigo. Estou preso dentro do meu pior pesadelo. O passado se misturando com o presente numa espécie de filme de mau gosto que insiste em me atormentar.
— Nós vamos leva-la. — um dos paramédicos diz me trazendo a realidade dura e amedrontadora.
O medo domina meu ser. Fico parado onde estou assistindo os paramédicos colocarem minha mulher em uma maca.
Dakota se levanta e vem na minha direção. Ela me segura pelos ombros.
— Henrique, eu sei que você está revivendo tudo o que passou com Marcela, mas neste momento a Babi precisa de você. — ela grita enquanto me sacode.
Meu choro se torna compulsivo e desesperado.
— Henrique, vai. A Babi! — ela torna a gritar.
Saio correndo pela casa e consigo alcançar os paramédicos quando já estavam a colocando dentro da ambulância.
— Eu vou com ela. — grito quando um deles está por fechar a porta.
No caminho para o hospital, assisti o trabalho frenético dos paramédicos para conter o sangramento e manter minha Babi viva.
— Não me deixa, por favor. Eu preciso de você, nosso bebê precisa de você. — encosto minha cabeça em seu ombro.
Uma equipe médica já estava aguardando a nossa chegada e assim que a ambulância parou, eles a levaram para dentro. Tentei acompanha-los, mas uma enfermeira me barrou.
— O senhor não pode entrar.
— É minha mulher. — protestei.
— Nós iremos cuidar dela. — diz ela mais condescendente.
— Ela tá gravida. — grito antes que as amplas portas de vidro se fechem
— Nós vamos cuidar deles. — ela disse me deixando sozinho.
Me custa acreditar que mais uma vez eu estou sozinho em um maldito corredor de hospital esperando que apareça alguém que me traga esperança de que ao menos uma mais vez em minha vida as coisas vão dar certo.
Por que a vida sempre me tira o que amo? Por que Deus não olha para mim, só desta vez. Será que ele não gosta de mim? Talvez eu não seja digno de merecer o amor e a felicidade.
— Se não for por mim, Deus. Que seja por ela então. Eu imploro.
— Henrique. — uma mão toca meu ombro.
Assustado me viro, é Jamie. Sem dizer uma só palavra meu grande amigo me abraça e acabo outra vez libertando minha dor.
— Ela vai ficar bem. Acalme-se. Ela vai sair dessa.
Jamie repetia esse mantra enquanto afagava minhas costas.
— Eu não vou aguentar sem ela.
— Ei... Ela. Vai. Ficar. Bem. — me repreende ele — Vem, vamos achar um lugar para gente se sentar.
— E a Dak? —
— Está bem. Estão examinando ela por precaução. Já já ela deve ser liberada.
— Por que você não está com a sua mulher? — pergunto confuso.
— Porque graças a Babi a minha mulher está bem. E eu nunca te deixaria sozinho nessa, cara!
O tempo passa, não sei dizer se minutos ou horas, tudo parece tão irreal, e ninguém aparecia para dizer nada. Dakota se juntou a nós. Graças a Deus ela tem apenas alguns arranhões e machucados leves.
— Familiares de Barbara Adams. — um homem de meia idade aparece.
— Aqui, sou namorado. — me levando apreensivo e esperançoso ao mesmo tempo.
— Senhor?
— Henrique Mendonça.
— Muito prazer eu sou o doutor Marcos Silva. — nos cumprimentamos — Bom, sua namorada levou um tiro na parte interna da coxa. A bala atingiu a artéria femoral. Nós conseguimos remover a bala e suturamos o local.
— Doutor, por favor sem rodeios. Como ela está?
— Sua namorada vai ficar bem, está sedada. Perdeu muito sangue. Aliás, ela vai precisar de doação.
— Eu doo. — Jamie se oferece.
— Eu também posso.
— Ótimo.
— E quanto ao nosso bebê?
— Ainda não posso afirmar nada, assim que ela acordar a obstetra vai examinar.
Fomos levados para a sala de coleta de sangue. Fizeram o teste em nós dois para verificar sem éramos compatíveis com Babi. Dakota não pode doar, pois segundo nos explicaram ela ainda tem em seu sistema as fortes medicações que Jordan deu a ela.
Quando a coleta é finalizada sou informado que Babi estava sendo transferida para um quarto. Eu ia poder vê-la.
Desde que toda essa merda começou, pela primeira vez me sinto feliz. Minha Babi está bem. Talvez Deus não me odeie tanto assim.
— Agora que minha amiga já está fora de perigo, eu vou para casa. Não vejo a hora de abraçar minha filha. — Dak me abraça.
— Vai sim, você precisa descansar. Obrigado, aos dois, por estarem ao meu lado neste momento.
— Não tem que agradecer, amigo. Estaremos sempre aqui por vocês. — Jamie me abraça.
— Amanhã a gente vem para visitar. — Dakota completa antes de os dois deixarem o hospital.
Tomado por uma grande emoção, segui até o quarto indicado. Lentamente, eu abri a porta e lá estava minha linda delegata, dormindo tranquilamente. Me aproximei cuidadosamente e me sentei na cadeira ao lado da cama. Mesmo em um leito de hospital ela ainda é tão linda, é claro que está um tanto abatida, mas ainda assim é maravilhosa.
— Oi amor. — acaricio seus cabelos, tomando cuidado com os fios que estão ligados a ela. — Que susto você me deu, hein. Mas já passou. O médico disse que você está bem e amanhã quando você abrir esses lindos olhos, nós vamos ver o nosso bebê. Descanse meu amor. Estarei aqui cuidando de vocês.
Não sei como e nem quando, mas acabei adormecendo. Acordo sentindo uma mão suave afagando meus cabelos. Levando minha cabeça e a vejo. Babi está sorrindo.
— Oi.
— Ah meu amor. Graças a Deus. — dou-lhe um beijo suave nos lábios. — Vou chamar o médico.
Aperto o botão e logo a enfermeira aparece, ela faz as verificações necessárias e sai dizendo que volta com o médico.
— Bom dia. — Doutor Marcos entra no quarto. — Como está se sentindo, Barbara?
— Bem, acho. — ela responde confusa — E o meu bebê doutor?
— Calma, vou examina-la e depois a obstetra vem.
Enquanto Doutor Marcos faz o seu exame minha ansiedade cresce. Faço uma prece silenciosa para que nosso bebê esteja bem.
— Está tudo certo Barbara. Vamos esperar apenas a posição da obstetra e se estiver tudo bem eu faço sua alta.
— Vai estar. — tento passar conforto e segurança a ela, mesmo eu estando tão ou mais nervoso que ela.
O médico se despede e deixa o quarto. Fico fazendo carinhos nos seus cabelos. Uma lágrima escapa por seu rosto.
— Ei amor, não chore! Já passou.
— Eu tive tanto medo. Me perdoa por não ter te contado antes sobre o bebê.
— Minha linda, não tem nada para se desculpar. A única coisa que importa agora é você se recuperar pra gente cuidar do nosso bebezinho que cresce aqui. — toco seu ventre.
— Com licença! Sou Patrícia Bernardes, a obstetra do hospital.
— Olá doutora.
— Como você se sente Barbara?
— Agora bem.
— Que bom. O doutor Marcos me passou o seu caso e eu estou aqui para ver se está tudo bem com o bebê de vocês. Antes de eu examina-la, me conta, de quantas semanas você está?
— Eu não sei ainda. Eu soube da gravidez há três dias.
— Ok. Estavam tentando?
— Não, foi uma grande surpresa. — Babi diz sorrindo para mim.
— Vamos ver esse bebê, então.
A doutora puxa o equipamento portátil de ultrassonografia, prepara a sonda e a introduz em Babi. Por longos e intermináveis minutos ela avalia a confusão escura na tela sem nada dizer. Estou a ponto de ter um ataque de nervos.
— Aqui, estão vendo? — questiona a médica apontando um micro pontinho preto. — Este é o filho ou filha de vocês.
Babi aperta minha mão e chora.
— Está tudo bem, doutora?
— Sim, tudo bem com o bebê. Sua gestação é de cinco semanas.
— Nosso filho amor. Ele tá bem. — Babi chora.
A médica conclui o exame e nos deixa a recomendação de iniciarmos o pré-natal assim que Babi se recuperar.
Estou sorrindo feito um idiota. Depois de achar que eu não era digno de tanta felicidade estou aqui olhando para o fruto do meu amor com Barbara.
— Obrigado por ter trazido luz a minha vida, por me tirar da escuridão, por me amar e por ter me dado essa família. — digo a minha mulher da minha vida.
Fecho meus olhos e agradeço aos céus por tanto. Em minha mente a imagem de Marcela de mãos dadas com uma linda menina de cabelos castanhos surge nitidamente. As duas me dão um lindo sorriso e Marcela me diz:
— Seja Feliz!
Marcela e a menina lentamente vão sumindo. Abro meus olhos e minha felicidade está bem na minha frente.
— Obrigado! — respondo mentalmente.
Obrigado por lerem!
Deixem suas estrelinhas!
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