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Bônus II

Oiie...

Bora de capítulo, espero que gostem!
   
Bjs
Lu
😘

🧔♥️👩

Pov Henrique Mendonça

Quando chega a noite a dor se torna ainda mais intensa, como uma faca que corta meu peito lenta e dolorosamente.

A noite aqui no sítio da família Johnson é tão escura quanto minha alma. Pela janela da sala de estar vejo o céu encoberto, mas vez ou outra a luz da lua ultrapassa as nuvens por um breve instante dando a paisagem seu brilho prateado.

Jamie e Dak estão colocando Dulcie para dormir enquanto eu estou aqui em frente a lareira sozinho pensando no nada absoluto que é a minha vida.

— Pronto. Demorou, mas ela acabou se entregando. — Dakota aparece na sala enrolada em um cobertor azul claro com estampa florida

Logo atrás dela vem Jamie com uma garrafa de vinho tinto e três taças. Ele deixa tudo sobre a mesinha de centro e se acomoda no sofá. Dakota senta ao seu lado e cobre ambos com a coberta.

É lindo ve-los juntos, a energia que emana deles quando estão juntos é tão intensa e tão sublime.

O corpo de um responde a cada mínimo movimento do outro, quando ele se mexe ela automaticamente se movimenta também se ajustando a ele. São como dois imãs, sempre se atraindo.

Jamie abre a garrafa e serve a taça de sua mulher e depois a minha, por último serve sua própria taça.

— Um brinde a liberdade de vocês. — proponho.

— E ao melhor amigo que se pode ter! — Jamie bate sua taça na minha e eu repito o gesto com Dak. — Obrigado mais uma vez por ter cuidado dela. — Jamie puxa Dak contra si.

— Cara, preciso confessar a vocês que eu tive medo. Principalmente no consultório. — assumo rindo.

— Você tinha que ver a cara dele, amor. — Dakota provoca

— E você? rebato.

— Se eu estivesse lá acho que teria jogado Dakota sobre meu ombro e fugido.

— Justamente por isso que você não foi. — ela diz a ele com seus lábios próximos aos dele. Jamie sorri e lhe dá um beijo.

Ao mesmo tempo que eu acho lindo vê-los assim me traz tanta dor e tanta lembranças.

Bebo todo o meu vinho num gole só.

— Você nasceu aqui? — Dakota pergunta numa tentativa clara de puxar assunto.

— Não, sou de Nova York. Vim para cá há uns dez anos mais ou menos.

— Mais vinho, amigo? — Jamie oferece.

— Sim, por favor.

— Eu adoro aquele lugar. — ela comenta.

— Eu adorava...mas eu precisei fugir da minha dor. Acho que Jamie entende o que é isso.

Outra vez mais entorno o vinho em um só gole.

Me levanto e me aproximo da janela e fico observando a noite sem estar enxergando nada de fato. Tudo o que meus olhos vêem são as malditas lembranças.

— Você tá bem, Mendonça? — Jamie toca meu ombro.

— Na maioria das vezes não dói tanto. Eu até consigo fingir que estou bem sabe? Mas tem dias que a dor me rasga a cada batida de meu coração.

— O que aconteceu? A gente pode ajudar? — Dak questiona preocupada.

— Não Dak. Não há nada o que se possa fazer. Ninguém pode me ajudar.

Ela para em minha frente e segura minhas mãos.

— Da mesma forma que você sempre está ao nosso lado, nós queremos estar do seu. Nem que seja apenas para te ouvir, mas estaremos aqui para você.

Não gosto de falar disso, nunca contei a ninguém. Não sei se foi o vinho, mas tudo o que eu quero é desabafar.

Volto a me sentar na poltrona em frente ao fogo. Jamie e Dak se acomodam também.

Pego a garrafa e encho minha taça.

— Nos conhecemos na faculdade, ela fazia jornalismo e eu direito, obviamente. Marcela era sem dúvida a mulher mais linda de todo o campus e eu imediatamente a quis para mim. Eu pensava ser apenas mais um na sua longa lista de admiradores, eu via todos os caras fazendo tudo para sair com ela e Marcela nunca aceitava.

Faço uma pausa para tomar mais um gole da minha bebida.

— A chamei para sair e ela aceitou. Eu fiquei tão feliz! Levei Marcela para jantar num pequeno bistrô que eu costumava ir. Eu estava tão nervoso. — faço uma pausa enquanto lembro do sorriso lindo dela — A noite foi perfeita, nos divertimos tanto e no final da noite eu a beijei. Aquele beijo foi o melhor da minha vida.

Dakota e Jamie estão atentos a cada palavra.

— Nos tornamos inseparáveis, estávamos juntos a cada pequena oportunidade. Duas semanas depois a pedi em namoro e no ano em que nos formamos eu a pedi em casamento. A cerimônia foi na Saint Patrick's Cathedral. Ela sonhava em casa lá.

Fecho os olhos e é como se eu estivesse outra vez no altar a espera da minha mulher.

— Foi um dos dias mais incríveis da minha vida, acho que só perde para o dia em que Marcela disse que estava grávida. — digo com a voz embargada — Sabe aquele amor de filme, foi assim. Nossa vida era perfeita.

A imagem de Marcela grávida me vem a mente e eu não seguro mais a emoção.

— No sexto mês da gestação da nossa filha a pressão da Marcela começou a subir muito e a médica nós falou do risco de eclampsia durante o parto. Entramos com medicação e minha mulher entrou em repouso, mas quando chegamos ao sétimo mês minha mulher entrou em trabalho de parto. Nós corremos para o hospital e ela foi para uma cesária de emergência. Eu sabia do risco, mas durante todo o tempo eu dizia a ela que tudo ia dar certo.

Flashback on

— Nossa princesa vai nascer amor, vai dar tudo certo. Fique calma, estou aqui com você.

— Henrique, me prometa que se algo acontecer a mim você vai proteger e cuidar de nossa filha.

— Para com isso Marcela. Vamos cuidar da nossa filha juntos.

— Por favor, me prometa!

— Tá bem, se isso te deixa mais calma, eu prometo.

Flashback off

  — Ela foi anestesiada logo depois. O parto foi muito difícil, a pressão subiu mais do que esperado e eu fui arrancado da sala. Não sei quanto tempo levou, mas quando a médica saiu da sala de cirurgia disse que minha mulher e minha filha não haviam sobrevivido. Eu morri junto naquele instante. Minha alma foi enterrada junto com os corpos da minha esposa e da nossa bebê. Deste então não sou nem a sombra daquele cara que eu era ao lado dela.

Balanço a cabeça tentando expulsar a dor ao lembrar daquele minúsculo caixão branco.

— Eu mudei para cá meses depois. Era doloroso de mais ficar onde tudo me lembrava de uma felicidade que eu nunca mais teria. Me dediquei ao trabalho. Me tornei sócio de Ben e um belo dia conheci um cara tão sofrido quanto eu, mas ao contrário de mim ele tinha chance de ser feliz, só precisava de ajuda para isso. Eu resolvi ajudar você Jamie porque eu senti que era o que Marcela iria querer de mim. É por isso que eu faço o que posso para ajuda-los. Porque se Marcela estivesse aqui eu veria nos olhos dela o mesmo que você vê quando olha para Dakota. E tudo o que eu peço aos dois é que não permitam que nada os impessa de serem felizes.

Jamie se levantam e me abraça me forte. E depois de tanto segurar minha dor, eu choro e meu amigo chora a minha dor junto comigo

Obrigada por lerem!

Deixem suas estrelinhas!


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