Capítulo 74
Por Emma
Hoje vou receber um dos últimos resultados e se eu passar daqui a uma semana mais ou menos, estarei formada. Vou até à sala onde tem os resultados e descubro que fui reprovada e vou ter que apresentar outra coreografia para o professor.
— Droga Peter, qual seu problema comigo? — Falo irritada jogando o papel com o resultado na mesa dele, sei que ele é meu professor e que não deveria estar falando assim com ele, mas estou cansada disso, o meu parceiro de dança tirou nota máxima e eu não, sendo que dançamos e criamos a coreografia juntos.
— Senhorita Salvatore, sente-se, por favor — ele pede com calma me irritando mais ainda.
Se tem uma coisa que me deixa muito irritada, é quando estou estressada e a outra pessoa vem falar comigo calma.
— Não, posso saber porque está fazendo isso comigo?
— Fazendo o quê? Te ensinando.
— Não, você está me reprovando — queria fazer isso em dança contemporânea e não conseguiu porque a Miranda estava lá, agora fez.
— Você ainda não está pronta, por isso te reprovei, não se encontrou como dançarina ainda.
— Você só pode estar me zoando, certeza — falo e me viro para ir embora, não vou discutir com ele. Eu tenho as melhores notas da turma, eu ganhei o papel principal em um musical da Broadway sendo que não dançava a anos e ele vem me dizer que não me encontrei como dançarina, me polpe.
— Saber dançar não é tudo, Emma, você é boa, mas ser boa, não é o bastante, você tem que se encontrar como dançarina, o que você quer fazer, pense, e me mostre, aí sim, deixarei você sair daqui.
Pego minhas coisas e vou direto para meu apartamento, hoje é o último dia da minha mãe aqui, tenho que aproveitar o máximo dela.
— Você deveria ir comigo para Londres, passar uns dias e tentar relaxar um pouco.
— Mãe a última coisa que conseguiria fazer é relaxar, em Londres — sou sincera, no mínimo iria sair no tapas com alguém.
— Por favor, ninguém precisa nem saber que você está lá, podemos ir para casa do lago, só a gente as crianças e seu pai, fazer um piquenique no lago.
— Mãe, Bella e Emma Montgomery entrando em um avião juntas a primeira coisa que ia acontecer é sair era uma manchete em um tabloide de fofocas - sem dúvidas a pior parte de ser uma figura pública é não ter privacidade, sempre odiei isso.
— Eu te obrigo, então você não tem escolhas — estreito os olhos para ela que faz uma carinha fofa de cachorro pidão.
— Tudo bem, mas você vai arrumar minhas malas — digo e ela começa a pular comemorando — eu te amo sua doida — abraço ela — eu não sei o que faria da minha vida sem você.
— Eu provavelmente estaria sendo uma cantora de boate se não tivesse adotado você, mas seria muito bom — começo a rir com os pensamentos dela, até parece que ela e meu pai iriam conseguir viver sem o outro.
Arrumo uma mala com poucas coisas já que deixei a maioria das minhas coisas em Londres. Depois de tudo certo, aviso a Vicki que estou indo com minha mãe e vamos dormir. O nosso voo sair cedo e é uma viagem muita cansativa, então melhor dormir cedo.
— Não acredito que aceitei vim com você para Londres passar dois dias e ainda vou ter que voltar sozinha.
— Olhe para o lado bom, vamos passar um tempo juntas, faz tempo que não fazemos isso, podemos conversar.
— Tem razão, estava com saudades — deito minha cabeça no ombro dela. — Mãe — chamo e ela olha para mim — você e o papai brigavam muito por ciúme? — Ela pensa um pouco antes de responder.
— Não, pelo menos não depois de casados. Quando éramos solteiros um pouco, mas eu provocava. Teve uma vez que eu e seu tio Nick, combinamos de fazer ciúmes para ele e deu a maior confusão, até murro seu pai deu nele.
— Você e o tio Nick já ficaram — falo boquiaberta, a mamãe já pegou todos os meus tios, parece.
— Não... a gente apenas ficou andando juntos de mãos dadas, eu queria fazer ciúmes a ele e o Nick ama provocar alguém, então agarrou a oportunidade e na época ele e a Lídia não namorava ainda.
— Malvada... Gostei — começo a rir imaginando a cena.
— Eu não queria me apaixonar, sendo que já estava, e queria arrumar um jeito de fugir, igual você fez.
— É complicado.
— A gente também era, eu estava em um momento ruim, de luto por perder meus pais e me culpando pela morte deles e estava muito insuportável na época e ele não estava no seu melhor momento também, então juntou tudo. E por causa disso acabamos fazendo coisas que poderíamos se arrepender para o resto da vida.
— Eu?
— Tecnicamente sim, quando ele terminou comigo, vim para Nova Iorque em turnê e eu não iria voltar para Londres, só voltei por uns dias e foi justamente onde tudo aconteceu, e o resto você já sabe.
— Mas vocês se amavam, de alguma forma, iriam acabar juntos.
— Você não ama o Christian?
— Sim, eu o amo, mas parece que ele não me ama mais — mostro a foto dele e da Olivia.
— Você veio para Nova Iorque para esquecer ele, ele está tentando esquecer você de outra forma. Mas se você ainda o ama, é melhor correr atrás e tentar reconquista-lo, antes que seja tarde demais.
— Eu não vou fazer isso.
— Eu espero que não se arrependa disso depois, porque sei como é esse sentimento e é horrível.
— Queria ter algo como o da senhora e do papai, algo bom, leve, eu e o Christian não passamos um dia sem briga.
— A gente também já foi assim, mas após anos juntos aprendemos como ter uma boa convivência. Ou você achar que foi fácil para dois jovens de vinte e dois anos, casados, com uma filha, trabalho. Por um momento achei que nosso casamento iria acabar, acho que só mantemos por sua causa, você nos mantinha juntos.
— Eu não sabia.
— Todo casal tem problemas, você só não ver. No nosso caso acho que o que mais atrapalhou a gente foi o trabalho. Mal nos víamos, ou ele estava em um show, ou eu estava na gravadora, quando chegava o outro já estava dormindo, ou algo do tipo. Então começamos a briga feio até que um dia percebemos que teríamos que deixar algumas coisas de lado para conseguir continuar juntos e depois disso conseguimos.
— A gente tentou, você viu, mas não deu e é melhor agora depois de casado e com filhos.
— Depende, o amor de vocês é tão fraco assim, que algumas tentativas fracassadas já foi o suficiente para desistir? — Eu odeio quando minha mãe me deixa pensativa.
....
Como meu objetivo em vim para Londres era ensaiar e ficar com minha família, vamos direto para a casa do lago. Ela liga para meu pai e pede para encontrar a gente lá com meus irmãos.
É tão bom está com minha família, a bagunça, as brincadeiras, minha mãe tinha razão, eu realmente estava precisando disso. Como já está tarde, vou para o quarto junto com a Mia e o Jason.
— Eu estava com tanta saudades de vocês — falo mexendo no cabelo dos dois. Estamos os três na minha cama, Mia está lendo o livro "deixada para trás" deitada com a cabeça em cima da minha perna e o Jason apenas me abraçando apreciando meu carinho.
A mamãe bate na porta avisando que está entrando, ela vem até a gente e beija nosso rosto.
— Boa noite, não durmam muito tarde e não se matem, amo vocês. - ela beija nosso rosto.
— Também te amamos — falo sorrindo pra ela. Meu pai vem e faz o mesmo.
Por Christian
Amanhã vai acontecer o baile Hastigns, é uma festa que acontece no restaurante da minha família todo ano. Esse ano vai ser um baile de máscaras e estamos numa correria para conseguir apronta tudo. Minha mãe está simplesmente louca com toda essa bagunça e me deixando louco igual a ela. Agora mesmo estou indo para a casa do lago buscar algumas ferramentas para montar uns equipamentos no palco.
— Oi tia, a mamãe pediu para vim buscar umas ferramentas para colocar uns murais no restaurante — falo ao ver a Bella.
— Christian... — ela sorri sem graça — o que faz aqui? — estreito os olhos pra ela.
— Vim buscar as ferramentas — repito estranhando.
— Eu pego pra você.
— Não precisa, eu sei onde fica — vou em direção ao celeiro, mas ela tenta me parar.
— Não...
— Qual seu problema? — ela apenas sai da minha frente.
Vou até o celeiro e escuto a música I"m Only Human tocando baixinho, entro e me surpreendo quando vejo Emma. Ela está dançando lindamente, fico encantando olhando sem conseguir dizer nada. Fazia tanto tempo que não a via, ela está linda.
— Oi... — ela diz quando finalmente me ver, sorrio para ela sem graça.
— Oi, eu não sabia que estava em Londres, é bom te ver — vou até ela e abraço ela sem jeito. Porque estamos assim, com vergonha um do outro?
— É.... eu vim apenas passar um tempo com minha família e tentar me concentrar um pouco na minha dança, por isso não falei nada para ninguém.
— Você veio em um dia muito bom então, vai poder ir para o baile amanhã, minha mãe vai ficar muito feliz.
— Não... eu não vou, eu não posso, tenho muitas coisas para fazer, não vai dá.
— Tudo bem, aliás, você está dançando muito bem — sorrio, pego as ferramentas — foi ótimo te ver — beijo seu rosto e parece que tudo fica em câmera lenta, seu cheiro me faz lembrar de tudo que passamos juntos, todas as sensações boas.
— É... obri... o.... — ela tanta falar enquanto coloca a mão em umas ferramentas que tem perto e acaba derrubando tudo — ela começa a rir envergonhada.
— Você está bem? — pergunto ajudando a ela guardar as coisas de volta.
— Sim... é eu tenho que ir — ela sai correndo para fora do celeiro.
Como sempre, ela fugiu de mim, acho que isso já virou rotina.
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