Capítulo 62
"Nós somos o reflexo no espelho do seu coração."
- Violetta
Por Emma
Costumamos dar importância demais para coisas pequenas, problemas que não vai afetar nada em nossa vida. Pensamos muito no futuro, no que pode acontecer e esquecemos de viver o presente. Esquecemos que a vida é uma só e precisa ser vivida da melhor forma. É o que estou falando para mim a dias, e acho que está funcionando, apesar de ainda viver presa no passado, um passado que ainda me machuca muito.
Já faz um mês que cheguei em Nova York, tudo parece perfeitamente bem. Minhas aulas começaram e estou indo muito bem, eu conseguir entrar no musical e o melhor, eu vou ser a Cinderela. Hoje vai ter os testes para o papel de príncipe encantado e vários dançarinos até mesmo de outras academias vão poder fazer.
Como a academia é em frente ao trabalho da Vicki costumamos ir juntas todos os dias. Após me arrumar, pego minhas coisas e vou para o apartamento dela.
— Cheguei.... — Grito assustando ela que quase derruba a xícara com café que tem na mão.
— Tia Emy... — Lily se joga em meus braços.
— Oi pequena, adivinha o que trouxe pra você? — Entrego um pacote com um presente pra ela.
— Emma, para de mima minha filha, quando ela virar uma rebelde sem causa a culpa vai ser sua — Vicki grita da cozinha.
— Foi só um vestidinho.
— Já é o terceiro, só essa semana — dou de ombros e roubo a xícara que ela tem na mão — qual seu problema, tem na cafeteira — ela reclama.
— Tenho que minha afilhada e vamos, estou atrasada.
— Quem disse que ela é sua afilhada? E você sempre está atrasada, isso não é novidade.
— Eu disse... Isso é regra das melhores amigas e eu sou a sua, então vamos logo.
Vamos de táxi até a academia, no caminho coloco à música que vou dança hoje e fico tentando me concentrar e lembrar a coreografia. Sempre gosto de fazer isso antes de qualquer apresentação.
Troco de roupa e começo me aquecer, mas sou interrompida por um crocodita de collant.
— Emma Salvatore, você por aqui. Não acredito que veio fazer teste para o musical — ele e seu grupinho de ratazanas começam a rir.
Milhares de academias de dança no mundo e esse idiota veio parar justo aqui?
— Julian... — digo enojada. Ele é meu ex babaca, em pensar que esse cara foi um dos motivos por eu ter me afastado a dança. — O que faz aqui? — Por favor, que não seja para fazer o teste para o musical, por favor.
— Eu vou fazer o teste para o papel de príncipe encantado, apesar de todos saberem, que já ganhei né — reviro os olhos para ele e me viro, mas antes de sair ele diz — já você nem deveria perder tempo, todos sabem que você é uma fraca e não vai conseguir nenhum papel — eu poderia dizer que já ganhei o papel, mas acho que ver a cara de taxo dele me vendo em cima do palco vai ser melhor.
— Vai contar os pelinhos que você já tem no peito, vai, estou muito ocupada para perder tempo com você — bufo e saio deixando ele rindo igual uma hiena.
Só pode ser brincadeira, tanto musical no mundo ele tem que estar justo no que eu vou participar?
Como a Miranda só quer divulgar o elenco no evento que vai acontecer no final de semana estou liberada, não posso ensaiar com ninguém de fora aqui.
Meus dias aqui estão resumidos em passar a manhã na academia, a tarde com o Ryan dançando e a noite enchendo o saco da Vicki, ela disse que não me suporta mais e que estou deixando a Lily rebelde igual a mim, só que todo mundo sabe que ela me ama e não vive mais sem mim.
— Preciso dançar — invado o galpão do grupo do Ryan já ligando o som.
— O que aconteceu? — Ele pergunta preocupado.
— O babaca do meu ex vai fazer papel para o musical e se ele passar vou ter que contracenar com aquele bonequinho de plástico — reviso os olhos só de pensar em dançar com ele de novo.
— O Christian está aqui?
— O quê? Não, o Christian não é babaca, só é lerdo. É o Julian.
— E você tem quantos ex? — Olho pra ele brava, estou estressada — parei... ver se consegue me acompanhar — ele diz já correndo.
Eu costumo vim dançar com ele e com o grupo dele quase todos os dias e estou aprendendo muitas coisas e ensinando a eles também. Uma coisa que aprendi com o Cameron que misturar os ritmos as vezes, é ótimo e é isso que estamos fazendo. Fora que ainda está me ajudando muito, a Miranda me acompanhando de perto e ela falou que estou melhorando cada vez mais.
Começamos a correr por cima dos prédios de Nova York fazendo um pouco de Parkour. Se a mamãe me vice assim pulando de um prédio para o outro ele me mataria, logo depois de morrer do coração claro, mas isso é muito bom, você sentir a adrenalina pelo seu corpo é a melhor coisa que tem.
— Onde estamos indo? — Pergunto ainda em movimento.
— Para meu carro trocar de roupa, tenho uma audiência em dez minutos — paro um pouco sem entender. — Vamos Emma.
Ele vai até o carro dele, tira um terno e uma gravata da sua bolsa e veste, fico apenas olhando para ele ainda esperando uma explicação.
— Você vai ser preso? — Pergunto e ele me olha rindo.
— Não Emma, eu sou advogado e tenho uma audiência com uma cliente agora — começo a rir dele — porque está rindo?
— Sei lá, você tem mais cara de dançarino de boate, mas eu gostei desse Ryan gostosão de terno, ficou mais gostoso ainda, agora vem cá, deixa eu ajeitar isso aqui — começo a arrumar a gravata dele — que advogado é esse que não sabe ajeitar uma gravata?
— Eu tenho uma amiga gostosona para fazer isso pra mim — rimos.
Ryan foi uma das melhores coisas que me aconteceu ultimamente, eu sinto verdade nele, ele é engraçado e me faz muito bem.
— Vai nessa e arrase e qualquer coisa viramos dançarinos de boate juntos — bato na bunda dele e saio correndo em direção o café da Vicki. Esse virou um dos lugares mais frequentados por mim. — Cheguei.... — Grito assustando Dona Betty que estava de costas para mim — oi gatona — beijo o rosto dela.
— Você ainda me matar do coração menina — ela diz tentando regular sua respiração.
Pego um pano que tem e começo a limpar as mesas junto com a Vicki que tomar de mim com cara feia.
— Solta, você não trabalha aqui — dou a língua pra ela e volto para conversar com a Betty.
— Você deveria me contrata — falo apoiando minha cabeça nas mãos. Ela estreita os olhos pra mim como se fosse algo absurdo.
— Eu tenho um emprego muito melhor para você — ela sorri animada — tem uma escolinha de dança aqui perto que estão precisando de professores, você não vai ganhar bem, mas ver o sorriso das crianças todos os dias já é um ótimo pagamento.
— Eu não posso dá aulas, não sou formada ainda — falo triste, bem que eu queria, deve ser ótimo.
— Você não entendeu — estreito os olhos pra ela — vem comigo — ela segura na minha mão e pede para eu acompanha-la, caminhamos até uma parte mais afastada do centro de Nova York. Vejo ser um lugar bem humilde, as casas são velhas e inacabadas — aqui tem muitos talentos escondidos que infelizmente não tem a oportunidade de ser mostrado — ela entrar em uma pequena escola, começo a repara em tudo, vejo que tem alguns garotos jogando basquete, outros estudando e mais à frente tem uma pequena sala de dança com vários dançarinos mirim, sorrio vendo eles. Parecem tão felizes. — Kat, essa é Emma — ela me apresenta para uma mulher que acho que é professora deles. — Emma essa é Kat, ela dá aulas para as crianças.
— Quer isso Betty eu não dou aulas, apenas cuido delas enquanto os pais estão trabalhando — ela diz mais confesso que não estou prestando atenção nela, apenas nas crianças dançando.
— Elas são lindas — digo sorrindo — posso? — Aponto para elas pedindo permissão para me aproximar — oi crianças — me abaixo ficando do tamanho delas — eu sou a Emma e assim como vocês eu também sou dançarina — me apresento.
— Você vai ensinar a gente dá uma pirueta? — Uma menininha diz animada e começo a rir com ela falando tudo errado.
— Sim, posso ensinar sim — fico em pé e eles me escutam atentamente — vocês têm que ter bastante estabilidade no giro, é o principal para dá uma bela pirueta — mostro a eles como faz — e o giro é fundamental para o movimento perfeito, você tem que ter o controle do corpo e ter um ponto fixo, ajuda muito, principalmente para vocês não ficarem tontos e não podemos esquecer dos braços, isso acho que vocês sabem fazer né — pisco pra eles que rir — que tal fazer comigo agora? — Pergunto e eles levantam animados e começam a me acompanhar.
Confesso que nunca pensei muito na possibilidade de dá aulas para crianças, mas parece ser muito bom.
— Aqui eles precisam mais de você do que na lanchonete — Betty diz e apenas olho pra eles novamente rindo, eles são perfeitos.
— Eu não sei dá aulas, nem sou formada, mas posso ajudar a Kat de vez enquanto — digo e eles comemoram. Deito minha cabeça no ombro da Betty e fico olhando eles.
Estou tão feliz que tudo finalmente está se encaixando perfeitamente na minha vida. Eu acho que vim a Nova York foi a escolha certa.
Oi meus amores, tudo bem com vocês? Espero que tenham gostado, comemtem aqui o que acharam e deixe sua estrelinha, vou ficar muito feliz, beijinhos da Barbie Malibu e até logo.
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