Capítulo 58
"Se duas pessoas foram feitas para ficarem juntas, eventualmente acharão o caminho de volta."
- Gossip Girl
Por Emma
Olá galera do Brooklyn, garota do blog na área, sua primeira e única fonte sobre a vida da nova elite escandalosa do Manhattan....
Morar sozinha tem seus defeitos e suas qualidades, como já passei um tempo, sozinha, sei bem como é, a liberdade é ótimo, mas a falta de ter alguém ao seu lado te aconselhando, te protegendo, ou até mesmo para te fazer rir de vez em quando, faz muita falta. Mas acho que dessa vez vai ser mais difícil ainda, estou em um lugar novo, desconhecido e sem ninguém para me ajudar em nada, mas sinto que vai ser bom, precisa ser e vou fazer de tudo para ser inesquecível.
Depois de uma longa viagem, finalmente estou na minha nova casa. Separo um pijama em uma das minhas malas e tomo um banho demorado para tentar relaxar um pouco. Preparo um macarrão instantâneo para mim comer, aproveitar para comer essas coisas antes de voltar a dançar, porque depois de entrar na academia, se eu entrar, claro, vou ter que voltar a fazer dieta e odeio isso.
Parece que minha tia deixou tudo bonitinho para minha chegada, é um loft não tão grande, com uma sala em cores claras onde tem um sofá bege, mesinha de centro e raque com TV. O quarto fica em um mezanino preto da mesma cor da escada, logo em cima da mini cozinha, protegido por um guarda-corpo de vidro.
Após organizar algumas coisas, pego um cobertor e vou para o sofá ver alguma série. Resolvo ver Gossip Girl, estou na quinta temporada e chocada que o Dan e a Blair estão juntos, que coisa mais aleatória.
Alguém bate na porta e estranho, mas deve ser o porteiro, já que não me avisaram, levanto segurando um balde de pipoca, abro a porta e derrubo ele no chão sem acreditar ainda no que estou vendo.
— Christian... — digo quase sem voz.
— Olá — ele dá um pequeno sorriso de lado — posso tomar um banho no seu banheiro? — ele pergunta e só então vejo seu estado, ele está todo sujo, sua roupa que normalmente é impecável está suja e rasgada, seus cabelos bagunçados e sua pele tremula e molhada.
— Aí meu Deus você está tremendo — digo pegando meu coberto e colocando nele — o que você está fazendo aqui? — finalmente pergunto.
— Vim ver meu amor, pedir desculpas e tentar convencê-la a voltar pra mim — ele acaricia meu rosto me causando arrepios.
— Christian eu.... — ele me interrompe.
— Trouxe flores para você — ele me entrega algumas rosas que estão um pouco amassadas, mas mesmo assim continuam lindas, pego elas e coloco em um jarro com água.
— Você precisa trocar essa roupa molhada, ou vai ficar doente — procuro a mala dele e não encontro — cadê suas coisas?
— Não trouxe nada — arqueio a sobrancelha confusa — eu fui atrás de você Emma, assim que fiquei sabendo, mas foi tarde demais, então peguei o primeiro voo para o local mais perto de Nova Iorque e aqui estou eu, sem nada, apenas com a esperança de você me perdoar. — eu não acredito que ele fez isso por mim, sorrio sem tentar demostrar muito meus sentimentos ainda, na verdade, estou em choque, ele era a última pessoa no mundo que eu esperava aparecer aqui.
— Vem, vou te mostrar o banheiro e pegar algo para você vestir — chamo ele — procuro uma roupa do meu tio Pedro, como eles sempre vêm por aqui ele deixou algumas coisas.
Pego uma toalha, uma calça moletom e uma camisa para entregar a ele, bato na porta do banheiro que está encostada.
— Pode entrar — ele diz, mas êxito um pouco — qual é Emma, até parece que nunca me viu sem roupa — engulo seco o que ele diz, Emma se controle, você não pode.
Entro tentando evitar o máximo de contato visual com ele e deixo as coisas em cima da bancada, mas sou surpreendida com me puxando e me prendendo contra a parede, nossos corpos estão colados, consigo sentir sua respiração ofegante bem perto do meu rosto, não consigo esconder meu estado ansioso, ele acaricia meu rosto com sua mão gelada me causando arrepios, tento me controlar o máximo possível, mas está quase impossível.
— Christ.... nã... eu nã... — tento falar, mas as palavras parecem não querer sair da minha boca — não podemos — finalmente consigo dizer, ele se afasta e saio correndo.
Vou até à cozinha e respiro fundo, isso não pode acontecer, eu e ele nunca vamos dar certo, vai ser melhor assim. Preparo um chocolate quente pra ele com alguns marshmallow dentro, o preferido dele.
— Oi — ele diz quando aparece na cozinha — você quer que eu vá embora? — pergunta e a última coisa que quero é que ele vá embora!
— Não — sou sincera — está tarde, você está casando e deve está com fome — entrego o chocolate para ele — ele senta no banquinho do balcão — vamos dormir e amanhã convençamos — beijo a testa dele e vou para minha cama.
Tento dormir antes que ele venha, mas meus pensamentos não deixam, vejo ele vindo e sentando numa poltrona ao lado da cama, ficamos nos encarando por alguns minutos até que ele vem e deita ao meu lado. Meu coração dispara, eu não sei porque estou tão nervosa, talvez por não saber muito bem o que fazer agora, até alguns minutos atrás eu tinha tudo planejado, mas com a chegada dele, tudo mudou.
Ele segura minha mão e o que mais queria agora era dizer a ele o quanto o amo e beijar ele, mas eu não sei se é o certo, então levanto rápido antes que acabei fazendo algo que vou me arrepender depois, pego meu casaco e vou para área externa do prédio, preciso respirar um pouco, mas ele vem atrás de mim.
— Não... — digo sem olhar pra ele.
— Porque não? — respiro fundo e quer saber, dane-se, vou até ele e faço nossos lábios se chocarem em um beijo apaixonado.
No instante em que senti seu sabor, meu coração acelerou. Cada nervo do meu corpo dispara de uma só vez, fazendo eu perder o controle de todos eles. Minhas mãos vão para seu peito, enquanto as deles passeiam por todo meu corpo.
Um gemido suave viaja de minha garganta aos seus lábios que ainda estão pressionados contra os dele. Isso acende uma chama dentro de mim. Ele passa sua língua pela minha boca, me fazendo sussurra seu nome.
— Oh, Christian — sussurro baixinho, o que você está fazendo comigo. Inclino minha cabeça para trás enquanto ele abocanha meu pescoço, fecho os olhos me entregando ao desejo. Em poucos segundos nossas roupas já estão formando uma trilha até a cama. — Eu te amo — digo e ele me olha supressa. É a primeira vez que falo isso pra ele, eu não queria falar e não deveria, mas eu precisava que ele soubesse tudo que sinto por ele, porque amanhã tudo isso vai acabar, mas não quero que em nenhum momento ele duvide dos meus sentimentos, porque tudo que vivemos juntos, foi verdadeiro e a melhor coisa que me aconteceu.
Acordo no outro dia com a claridade do sol entrando pela janela, olho para o lado e vejo ele dormindo, beijo seus lábios e levanto com cuidado para não acorda-lo. Desço para preparar nosso café da manhã, coloco o fone de ouvidos e preparo a massa para fazer panquecas, estou distraída cantarolando baixinho a música "Never Let Me Go" do Florence e The Machine e me assusto quando me viro e vejo ele sentado me olhando.
— Essa camisa é minha — ele diz com um pequeno sorriso.
— Na verdade, é do meu tio e ela fica muito melhor em mim.
— Na verdade.... você fica melhor sem roupa nenhuma — ele diz e ruborizo envergonhada.
— Precisamos conversa — digo seria, como vou fazer isso, principalmente depois do que aconteceu?
Vamos até o sofá e sento na frente dele criando coragem para começa a falar. Ele acaricia minha bochecha e se aproxima para me beijar, mas me afasto.
— Christian, eu não vou voltar — sou direta.
— Eu sei — ele diz e levanto a sobrancelha esperando ele continuar — Emma a dança é sua paixão, você pode ter vindo pra cá pelos motivos errados, mas todos sabem que você só fez isso porque realmente quer ficar aqui, dançar, fazer aquele musical e não te vejo desistindo dos seus sonhos por alguém — por essa eu não esperava — eu te amo e não vim aqui para te levar de volta, vim para pedir mais uma chance.
— Mas como vamos fazer isso, sua vida está em Londres e não vou te pedir para deixar tudo por mim.
— Por você eu largo tudo, eu te amo Emma — ele segura meu rosto tentando me beijar novamente, mas me levanto.
— Não, você ama Londres, a CatCo, não quero que venha pra cá só por mim.
— Podemos tentar namorar a distância, posso vir pra cá às vezes, ou você vai pra lá, a gente pode dá um jeito.
— Christian, você sabe que isso nunca vai dar certo, a gente vivia brigando juntos, imagine assim, eu não quero me magoa mais ainda.
— Emma... — começamos a chorar, porque tem que ser tão difícil.
— Christian... — ele me abraça forte — eu sinto muito, mas vai ser o melhor pra você e melhor pra mim — limpo suas lagrimas — eu te amo — me apróximo dos seus lábios e dou um beijo demorado.
— Emma.... — ele diz quando entrar no elevador.
— Christian... — digo com um nó em minha garganta, o elevador fecha e não consigo mais segurar as lágrimas.
Mas como diz John Green, o problema da dor é que ela precisar ser sentida, espero que não dure muito, porque está quase insuportável. Eu simplesmente não estava preparada pra tudo isso e acho que ninguém deveria passar por tudo que já passei.
Hello! Oi gente, tudo bem com vocês? Comigo está tudo maravilhoso, espero que tenham gostado do capítulo, eu venho pensando nele a muito tempo e amei escrever. Então deixe sua estrelinha e comente aqui se vocês estão ansiosos para nova fase da vida de Emma em Nova York, será se ela e o chefe gostosão vão se reencontrar algum dia ainda, ou vai aparecer novos amores na vida dela, hummm, ansiosa para os próximos capítulos.
Barbie Malibu!
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