Capítulo 37
Por Emma
Eu juro que nunca mais bebo na minha vida. Porque temos que acorda com uma ressaca enorme depois de uma noite maravilhosa? Poderíamos apenas acorda felizes da vida, mas aqui estou eu, com dor em tudo quanto é canto e com vontade de matar alguém, mas eu juro que foi a última vez que bebi desse jeito, espero que eu lembre disso da próxima vez que me oferecerem tequila.
— Ninguém fala comigo — digo me jogando ao lado do Christian no sofá.
Depois que saímos do lago passamos no grill onde estava tendo música ao vivo e paramos para dá uma olhada e saímos de lá duas horas depois quando acabou a bebida, ou melhor, quando os garçons estavam olhando para a gente com uma cara de vou matar vocês, se não saírem daqui agora. Então por livre e espontânea pressão, viemos embora para o apartamento dele, acordei com minha mãe querendo me matar por não ter avisando que iria dormir fora. Acho que ainda não me acostumei com o fato de ter que dá explicações para meus pais novamente, depois de três anos morando sozinha.
— Por que? — Christian pergunta.
— Estou com ressaca demais para falar — digo e fecho meus olhos apreciando o carinho dele em meus cabelos.
Aí eu amo isso, existe coisa melhor que um cafuné do seu mozão? Só comida mesmo.
— Amor, seu pai não gosta de mim não — ele diz sentido.
— Ele não gosta do fato de você está ficando com a filha dele, só isso — digo e ele dá de ombros.
Ele está com isso na cabeça desde a viagem de Brighton, quando meu pai tentou jogar ele na água congelante da praia a noite, pode nem brincar mais que o povo já achar que é rancor.
— Porque passamos cinco anos para ficar juntos? — ele pergunta.
Ele hoje está com cada pergunta, acho que a bebida de ontem ainda ta fazendo efeito.
— Porque é mais fácil fugir, do que lutar pelo o que você realmente quer.
— Você é muito difícil, Emma — estreito os olhos pra ele e sinto uma tremenda vontade de brigar, para não perder o costume, mas fiz uma promessa pra mim mesma que não posso mais fazer isso.
— Estou me controlando para não bater em você agora, então não sou tão difícil assim.
— Porque bateria em mim? — ele pergunta.
— Nada, só gosto de bater.
Ligo a tv e está passando uma reportagem dos meus pais, ai que chique... estão falando dos trabalhos deles e do musical que a mamãe está produzindo junto com uma academia de artes de Londres.
— Você vai participar disso aí? — ele pergunta.
— Não, ela até me chamou, mas não é minha praia — lembro que sempre que ela estava produzindo algo ela ficava insistindo para mim participar, mas eu nunca gostei, eu amo dança, mas quando vem a parte de se apresentar para várias pessoas já não é comigo.
— Você é uma dançarina e não é sua praia?
— Eu sou uma reporte, e é um musical, não uma competição de dança.
Se bem que um musical precisa de dançarinos, mas isso não é pra mim.
— Quando vai começar os ensaios daquele concurso?
— Era pra ser hoje, mas vou dá um bolo na Tia Maggie e no Cameron, não levando da cama hoje por nada — digo sem nenhum peso na consciência, ontem foi meu aniversário, eu mereço.
— Eu estou com muito ciúmes de saber que você vai ficar se agarrando com aquele cara lá — ele diz com uma cara bem fofa.
— Eu não vou ficar me agarrando com ele, eu vou dançar com ele.
— É a mesma coisa.
— Não, não é a mesma coisa, a única pessoa que quero e sempre quis agarrar, é você.
— Mas você já ficou com ele – eu estou sentindo que é melhor eu ir embora, antes que essa conversa acabe em uma briga.
— Já sim, mas porque queria esquecer você, e quando eu percebi que o que estava fazendo era errado, eu terminei tudo com ele.
— Você já namorou outras pessoas? — ele pergunta.
— Que interrogatório é esse Christian Hastings? — pergunto estranhando, eu sei que somos namorados, mas não estou afim de ficar falando dos meus ex.
— Passamos cinco anos longe, quero saber mais sobre sua vida em Los Angeles.
— Você quer saber da minha vida amorosa, isso sim, seu ciumento, mas sim eu namorei um cara — ele me olha supressa, porque todos fazem essa cara quando digo que já namorei? — O nome dele era Julian, e ele me traiu com minha melhor amiga, e fez ela me substituir em uma apresentação que eu estava ensaiando a meses, só porque machuquei meu pé.
— Nossa, que babaca.
— Aí quando eu fiquei boa, uma semana depois, descobrir que além de ter saído da apresentação, eu era uma chifruda, aí eu desisti da dança, troquei minha faculdade para jornalismo, comecei a trabalhar em um barzinho perto da faculdade porque eu fingia ser pobre, para ninguém se aproxima de mim por dinheiro, ou por eu ser filha de uma produtora musical e um cantor famoso.
— Não acredito que desistiu da dança por isso.
— Eu amo jornalismo, e nunca gostei de ser o centro das atenções, então é a profissão perfeita, e a dançar pra mim é só diversão agora.
— Você viveu altas aventuras lá — realmente aconteceu muitas coisas, algumas boas, outras nem tanto.
— Sim, algumas queria nunca ter vivido, mas serviu para eu crescer e não ser mais trouxa, se bem que eu fui por você.
— Eu sou um amor de pessoa, e o que fizemos quando éramos crianças, vamos deixar no passado, porque eu sou perfeito agora — o cara é muito convencido, meu Deus.
— Você se acha muito sabia?
— Sim, mas eu posso.
— Me conte como foi esses últimos anos também.
— Não fiz muita coisa, apenas foquei na minha carreira, comecei a estagiar na CatCo assim que entrei na faculdade e quando terminei já me tornei chefe de redação.
— Chique você em — ficamos mais um tempo deitados assistindo até que ele me chama.
— Amor — olho pra ele esperando ele continuar — eu já falei que te amo, mas e você, você me ama? — penso um pouco antes de responder.
Como dizer se eu amo ou não alguém se eu nem sei a resposta?
— Eu não sei o que é amor — sou sincera, eu não sei descrever meus sentimentos, só sei que nunca senti isso por mais ninguém além dele.
— Deixar que eu te ensino — ele diz e me beija, deito por cima dele no sofá.
O resto do dia foi ótimo, pedimos comida, depois que queimamos o que tentamos fazer, acho que colocar a comida no fogo e ficar namorando enquanto ela ficar pronta não é uma boa ideia. Filho de donos de restaurantes e filha de uma ex chefe de cozinha queimando um arroz, somos decepções para nossas familias.
Depois disso ele me deixar na minha casa, preciso organizar umas coisas, amanhã volto ao trabalho e começa meus ensaios, a semana vai ser corrida.
— Emy... Emy... você não vai acreditar — Mia diz empolgada, se jogando na minha cama.
— O que aconteceu? — pergunto curiosa, pela sua cara deve ser algo muito bom.
— Adivinha quem conseguiu um estágio na Marin Conexion?
— Mentira.... — digo enquanto termino de organizar minha bolsa.
Mia sempre sonhou em ser uma grande estilista, ela quer estudar moda em Nova York e esse estágio vai ajudar muito ela com os créditos na faculdade.
— Aah eu estou tão feliz — ela diz e do nada sua expressão mudar para triste.
— O que foi?
— A mamãe nunca vai deixar.
Eu seria uma pessoa muito rim se influenciasse minha irmã mais nova enfrenta minha mãe? Porque é o que vou fazer.
— Mas se não vai atrapalhar nos seus estudos, eu acho que ela não vai se importa não.
— Você sabe que ela não quer a gente trabalhando, só estudando — ela diz.
— Mas isso vai ajudar na sua faculdade, ela não vai dizer nada — digo e ela fica calada com uma carinha triste, odeio ver minha irmã assim — ei levante daí você nem falou com ela ainda, está sofrendo por antecedência — faço ela levanta puxando seus braços — se você quiser posso falar com você.
— Serio? — ela pergunta como se fosse uma coisa impossível de acontecer.
Eu acho que sou uma péssima irmã, fiquei longe por tanto tempo.
— Mia, você é minha irmãzinha, você sabe que pode conta comigo para o que precisar né? — pergunto.
— Sei... é que é estranho ter você aqui de novo — é horrível escutar isso dá sua própria irmã, mas eu entendo ela, éramos melhores amigas e eu me afastei por dois anos — você sumiu, não dava nem notícias, eu sentir muito sua falta.
— Desculpa, eu juro que nunca mais vou me afastar de você — abraço ela.
— Emma você é maluca, não promete isso — ela diz e rimos — mas promete pra mim que mesmo estando longe uma da outra, nunca vamos deixar de ser amigas.
— Amigas pra sempre — digo fazendo sinal com meu dedinho para ela encaixar o dela.
Vamos até o escritório dela, e encontramos ela mexendo em seu laptop toda concentrada.
Sentamos no sofá e ficamos observando ela trabalhar.
— Parem de olhar assim pra mim — mamãe diz nos olhando — estão me desconcentrando.
— Assim como? — pergunto.
— Como se nunca tivesse me visto na vida — ela responde.
Continuamos caladas olhando para ela trabalhar, depois de um tempo ela fechar o laptop, levanta e vem até a gente e senta em uma poltrona na nossa frente.
— Estamos atrapalhando? — Mia pergunta.
— Claro que não, vocês nunca me atrapalham — ela sorri pra gente e sorrimos de volta — está tudo bem?
— Sim, e temos uma novidade, na verdade a Mia tem — digo olhando para ela.
— É.... eu conseguir um estágio na Marin Conexion.
Ela abriu a boca para responder, como se estivesse pensando, mas logo em seguida abriu um sorrio forçado. Ela sempre falou que não precisamos trabalhar tão cedo, queria a gente focados nos estudos, mas as vezes isso é bom, faz a gente crescer.
— Que legal, meu amor, é a empresa dá Elena né? — ela diz.
— Sim, você conhece ela? — Mia pergunta.
— Sim, a bastante tempo, o marido dela é cantor e ele abriu alguns shows para seu pai.
— Você vai deixar?
— Sim, mas antes quero saber tudo direitinho, e não quero você faltando aula, ou tirando notas baixas em.
— Obrigada mãe — Mia senta em seu colo e abraça ela.
— Queria saber se minhas duas filhinhas topam passar a tarde comigo, podíamos fazer um programa de meninas — minha mãe pergunta com uma carinha bem triste.
— Eu nã.... — Mia tenta dizer, mas interrompo ela.
— Claro, vai ser ótimo, poderíamos assistir uma serie — conheço minha mãe e sei que ela não está nada bem.
Vamos para cozinha e preparamos pipoca, pegamos sorvete e alguns doces para comemos. Existe coisa melhor que assistir serie de homens gostosos, comendo doces? Se existe, eu desconheço.
— Esse Chuck Bass é uma perdição, ou homem lindo — mamãe diz e eu e a Mia começamos a rir.
Estamos assistindo "Gossip Girl" eu amo essa serie, mas tento termina ela a uns cinco anos e ainda estou na quinta temporada, essa serie é eterna.
— Ele é lindo, mas não se compara ao Nate, essa franjinha dele me deixar maluca — digo mordendo meu chocolate.
— Mamãe... — Jason entra chorando — mamãe — ele senta no colo da minha mãe e começa a chorar.
Ficamos olhando pra ele sem entender nada. Mia pegar o celular e começa a filmar ele, depois tenho que pegar esse vídeo com ela para ameaçar ele quando eu precisar.
— O que você aprontou garoto? — mamãe pergunta.
— Eu vou ser pai — ele diz ainda chorando e começamos a rir, mas paramos quando ele nos olha com uma cara bem bravo.
— Mãe.... Você não deveria estar rindo — ele faz drama.
Eu sei que é uma coisa bem ruim, principalmente quando você tem dezessete anos, mas é meu irmão, tenho que encher o saco dele um pouquinho.
— Tem razão, eu tenho que briga, sou sua mãe né — ela diz e ele faz bico. — Eu não sabia que você tinha namorada — eita, começou com as perguntas, boa sorte maninho.
Pego o sorvete e começo a tomar junto com a Mia, isso vai ser melhor que a série.
— É.... é eu não tenho, foi só um lance — ele tenta se explicar.
— Só um lance, só um lance Jason.... Você está louco — ela grita — quem é essa garota?
— Briana — ele diz e dessa vez quem responde é a Mia.
— Ah Jason, não acredito, não quero que aquela idiota seja mãe do meu sobrinho.
Isso está ficando cada vez melhor, parece novela. E quem é essa Briana? Aff, nem conheço minha futura cunhadinha.
— Quem é essa? — mamãe pergunta.
— A maior galinha da escola — Mia que responde.
— Mia, caladinha — mamãe reclama — amanhã eu quero essa garota aqui.
— Pra que?
— Só para ter a certeza.
— De que?
— Que ela está enganando meu filho — olhamos para ela confusa — eu já cai nessa uma vez, não vou caí de novo e agora para de drama e vem assistir o Chuck e o Nate ser lindos com a gente.
Ela diz se jogando no sofá ao nosso lado e apertando o play no controle.
— O papai não vai gosta de você falando assim — Jason diz.
— Azar o dele que me deixou aqui sozinha para fazer show por aí.
Eu amo o jeito da tranquilo da minha mãe de resolver as coisas, o filho ta prestes a ser pai e ela quer assistir serie, quero ser uma mãe assim.
— Aliás — ela olha para o Jason — está de castigo.
— Mas mãe... — ela olhar pra ele brava — ta bom.
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